ALGUMAS CONTRADIÇÕES BÍBLICAS
‘”Invariavelmente, todas as religiões procuram
interpretar determinados ensinamentos exarados nos Evangelhos, fazendo-o a seu
modo, com o objetivo de outorgar autenticidade aos seus dogmas, aos seus
postulado, ou de servir aos seus interesses mais imediatos.Dentre os temas que
permanecem obscuros nos Evangelhos, destacam-se a chamada Trindade, a
existência do Espírito Santo, a chamada Ressurreição dos Mortos, a consagração
da Idolatria, as Aparições de Jesus após a sua morte (com o corpo perecível), o
Batismo de Água, a Circuncisão, a decantada Descida de Jesus aos Infernos, a
existência do Purgatório, do Céu e do Inferno como lugares geograficamente
localizados e circunscritos, a existência de Demônios criados para viverem
eternamente devotados à prática do mal, as Penas Eternas, o Pecado Original, a
chamada Salvação pela graça, a existência de Anjos já criados perfeitos, o
Pecado Irremissível, além de alguns outros.Quando por exemplo, Jesus Cristo
discorreu sobre a chamada Ressurreição, não pretendeu falar sobre a
ressurreição dos mortos ou ressurreição da carne. Ele se referiu ao
ressurgimento do Espírito (sem o corpo perecível), para desfrutar da vida
eterna no seio de Deus, representando isso não a estagnação, o marasmo, a
inércia, mas o desempenho de uma ação constante no sentido de executar a
soberana vontade do Pai Celestial num Universo
incomensurável e harmonioso, uma ação que requer trabalho, alegria,
amor, dedicação e vibração, pois Deus não é Deus dos mortos, mas daqueles que
vivem a verdadeira vida, nas noites da Eternidade.Além disso, é notório que
muitos dos ensinamentos do Cristo sofreram o impacto das adulterações, das
desfigurações no decurso dos séculos, introduzindo-se-lhes conceitos
distanciados da Verdade, em flagrante atentado à sentença proferida por Jesus:
“Conhecei a Verdade e ela vos libertará.” “Muitos pontos evangélicos se
tronaram obscuros e controvertidos, não por terem sidos emanados de uma fonte
de água turva e duvidosa, mas porque os homens lhes introduziram agregados
estranhos, vestindo-os com roupagem diferente, nada condizente com os ninfos
preceitos emanados do generoso coração de Jesus. As excrescências introduzidas
nos Evangelhos jamais coadunam com os ensinamentos que foram legados à
Humanidade, há cerca de vinte séculos, e para cuja revelação o Cristo de Deus sofreu agruras e dores indiscritíveis, tanto
de natureza física como de fundo moral e espiritual.”(Casos Controvertidos do
Evangelho-Paulo Alves Godoy, pag. 9).
“Acreditam alguns comentaristas e exegetas que a
alegoria bíblica da criação da mulher tinha uma finalidade social: incutir no
homem o respeito pela companheira tirada de sua própria carne. A verdade, ao
que parece, é outra. Esse objetivo seria melhor atingido se Deus criasse o
casal ao mesmo tempo. A Bíblia deu preferência ao homem e colocou a mulher em
segundo plano. O motivo deve ser a necessidade de atender aos preconceitos da
época. Mas é incrível que até hoje, no mundo inteiro, multidões de pessoas
acreditem que Adão dormiu sozinho
e acordou acompanhado
de Eva, porque
Deus lhe tirou
uma costela e dela fez a primeira mulher.A passagem figura no cap. II do
Gênesis, versículos 18 a
25. Note-se que Deus já havia criado todas as coisas, o mundo , já estava feito
e povoado de animais, com Adão solitário no Éden, quando a mulher foi criada.
Tudo ocorre para a sua situação de dependência e subserviência das sociedades
patriarcais.”
“... Basta recordar os processos mitológicos de
criação, em que os próprios deuses eram tirados do corpo de outros deuses e as
criaturas humanas também, como no caso muito conhecido da descendência de
Brama, na Índia. Aceitar, pois, literalmente, o relato bíblico da criação da
mulher é deixar de lado a nossa faculdade de pensar, que Deus nos deu para que
seja usada e desenvolvida cada vez mais. A situação de dependência da mulher se
justifica ainda com a alegoria do pecado original, pois é as mulher, criatura inferior,
que põe o homem a perder.” (J. Herculano Pires, Visão Espírita da Bíblia,
págs.49 e 50).
A própria Bíblia assevera que a criação foi feita no sexto dia. Portanto o homem e a mulher
já existiam, aptos a se multiplicaram e lavrarem a terra. Entretanto em
Gênesis, cap.2, v5, diz que no sétimo dia, ainda “não havia nem planta , nem erva do campo, nem homem para lavrar a
terra” A contradição já está patente. Em Gênesis, cap.2, v7, lê-se “Por
isso que, não havendo no sétimo dia ninguém para lavrar a terra , formou Deus o
homem do pó da terra e deu-lhe vida e o chamou de Adão.” Em Gênesis, cap.2,
v18, ....mas, Deus entendeu não era bom estar o homem só ...., Em Gênesis
cap.2, v21, ... por isso que o adormeceu, lhe arrancou uma costela...Em
Gênesis, cap.2, v 22, e formou com ela uma mulher.
Não
precisamos ser teólogos nem sábios, para
identificarmos inúmeras contradições nessas narrativas. Mas elas existem e isso
é inegável. Prosseguindo nossa pesquisas encontramos idêntica contradição ao
observamos quanto a vegetação, em Gênesis cap.1, v 29, “... deu ao homem toda a
erva que dá semente e toda a árvore que dá fruto, para o seu mantimento, isto
no sexto dia. Mas, no sétimo dia em Gênesis, cap. 2,v5, “....ainda não havia
plantas, as quais não tinham nascido por falta de chuvas”. Portanto mais uma
contradição, Deus não havia dado nem ervas nem árvores. Nos versículos 14 e 15
do cap.4, da Gênesis, vemos Caim temer que “outros”o matem e o Senhor “pôs um
sinal em Caim, para que não o ferissem de morte quem quer que o “encontrasse”.
Perguntamos como alguém poderia matá-lo
se pela
própria Bíblia só
existiam três indivíduos na
face da Terra, ou seja, Adão, Eva
e Caim? O mesmo raciocínio utilizamos para compreender que o paraíso não era um
lugar circunscrito, pois a própria Bíblia indica no versículo 16 do cap. 4, da
Gênesis, vemos que Caim foi habitar a
terra de Node, ao oriente do Éden.
Perguntamos ainda quem se casou
com Caim, ao se retirar da terra de Node, se só existiam na face da terra três
pessoas, Adão, Eva e o próprio Caim? As indagações continuam, e seguimos
questionando para quem Caim construía uma cidade a qual chamou de Henoc,
dando-a o nome de seu filho? Caim era lavrador e Abel pastor, isso já pressupõe
uma sociedade que possuía profissões definidas, aspecto incomum se analisarmos
a história antropológica do homem.
Como entender, segundo a Gênesis
cap.2, v2, que o Criador do Universo tenha descansado, é atribuir ao Supremo
imperfeições humanas, quando o próprio Jesus asseverou que o Pai trabalha
incessantemente?
Não
nos parece coerente, depois de Noé ter
capturado um casal de cada espécie vivente na terra, tenha levado a extinção
algumas espécies compreendidas como animais e aves considerados puros
oferecendo em holocausto ao Senhor?
Assim lemos em Gênesis cap. 8,
v.20 e 21, “E Noé levantou um altar ao Senhor:
tomou de todos os animais puros e
de todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor sobre o altar.
O Senhor respirou um agradável odor, e disse em seu coração: “Doravante, não
mais amaldiçoarei a terra por causa do homem
porque os pensamentos do seu coração são maus desde a sua juventude, e
não ferirei mais todos os seres vivos, como o fiz.”
Perguntaríamos também se as
dimensões da arca teriam capacidade para abrigar todas as espécies animais,
répteis, aves, anfíbios, etc...? Como prover a alimentação dessas espécies com
suas centenas para não dizer milhares de particularidades e peculiaridades?
Sabendo que muitos deles, naturalmente são predadores, alimentando-se praticamente de
outros animais?
Como Noé teria capturado todas
as espécies viventes, se naquela época, o resto do mundo era uma grande
incógnita. Não se tinha a mínima idéia do continente Americano ou da Oceania, e das inúmeras espécies viventes
que se desenvolvem e se reproduzem sob determinadas condições ambientais e
climáticas?
Segundo a Bíblia o homem foi “criado” em um
determinado momento por Deus, e todos os animais existentes são os que estavam
a bordo da Arca de Noé , então os dinossauros, por esta visão, não embarcaram
muito embora sua existência é comprovada? O episódio da destruição de Sodoma e
Gomorra, parece está ligado primeiramente a uma causa de ordem transcendente,
mais em contrapartida a manifestação dos anjos não apresentam ingredientes de
uma aparição divina como em outros relatos bíblicos, pois os anjos, possuem
necessidades físicas: comem, dormem e bebem. Uma erupção vulcânica, ou mesmo um
terremoto em grande escala poderia ter sido a causa da destruição das cidades.
Seres com uma maior capacidade de percepção intelectual poderiam antever essa
catástrofe, livrando a família de Lot, primo do patriarca Abraão do cataclismo
iminente. As filhas de Ló consideradas justas pelos anjos, e salvas no
julgamento de Sodoma e Gomorra, na primeira oportunidade embebedam Lot e engravidam do próprio pai. Praticando
assim um dos primeiros atos de incesto a que se tem notícia em Gênesis cap. 19 vs 30 a 38.
Contradições no Velho
Testamento, são constantes como em Números, cap.31, v.17, que diz: “Ide! Matai todos os filhos
varões e todas as mulheres que
tiverem tido comércio com um homem. São ordens de pessoas que diziam-se seguir
a Deus, isso depois de terem recebido as tábuas da Lei cuja uma das dez ordens
expressas é não matar!. Na realidade o Antigo Testamento está repleto de
matanças e iniquidades que tais umas, segundo ali se diz, por Deus
presenciadas, outras por ele consentidas, outras, ainda, por ele ordenadas, e
outras, mesmo, por ele praticadas pessoalmente. Diante disto é de perguntar-se:
Que idéia de Deus e da religião poderão fazer aqueles a quem forem apresentadas
essas leituras? Pois o que se admite como
ensino de religião é isso. É isso o que se proclama com o carater de religião.
Vemos o rei Salomão tido como temente a Deus, praticar inúmeras atrocidades,
assim como o rei Davi, que contrariavam diretamente as leis promulgadas no Sinai. Em
Números cap 21, vs 8 e 9, vemos: “E
o Senhor disse a Moisés: “Faz para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um
poste. Todo o que for mordido olhando para ela será salvo. Moisés fez, pois uma serpente de bronze e
fixou-a sobre um poste. Se alguém era
mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze conservava a
vida.”
Tudo
aqui indica nessa passagem que Moisés utilizava-se de um talismã egípcio, e não
a Deus para intimidar o seu povo. O rei Salomão, em I
Reis cap.6, vs .23,29 e 32, contraria o mandamento de não
adorar e não fazer esculturas: “Fez no
santuário dois querubins de pau de
oliveira, que tinham dez côvados de altura.Mandou esculpir em relevo em
todas as paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins palmas e flores abertas. Nos
dois batentes de pau de oliveira mandou esculpir
querubins, palmas e flores desabrochadas, e cobriu-as de ouro: cobriu
de tanto ouro os querubins e as palmas.” E ainda o próprio Jeová assevera em Levítico
cap. 26 v.1: “Não farás para ti escultura , nem imagem daquilo que existe no
alto, no céu, ou aqui em baixo, na terra, ou daquilo que existe debaixo da
terra, nas águas.” Já em Êxodo cap. 25 v.18, ordena : “Farás dois querubins de
ouro, trabalhados a martelo, na duas extremidades do propiciatório.” As
contradições se apresentam das mais variadas formas. Vemos que Josué queimou a cidade de Hai e a
reduziu-a a um monte de ruínas.(Josué cap. 8 vs. 28) Hai ainda existe como uma
cidade.(Neemias cap. 7 v. 32). Josué destruiu totalmente os habitantes de Daber
(Josué cap. 10. Vs 38 e 39) Os habitantes de Daber ainda existem (Josué cap. 15
v.15). Davi tomou 1.700 cavaleiros de Adadezer (II Samuel cap. 8 v.4) Davi
tomou 7000 cavaleiros de Adadezer. (I Crônicas cap. 18 v.4). Satã provocou Davi
para fazer um censo em Israel.(I Crônicas cap. 21 v.1). Deus sugeriu Davi a
fazer um censo em Israel. (II Samuel cap. 24 v.1).Aterra vai durar para sempre
(Salmos 104).5) A terra perecerá (II Pedro cap. 3 v10).Várias profecias
efetivamente não se cumpriram. Como as descritas em Gênesis cap. 15, v. 18;
Josué cap. 1, vs. 3 e 4; Isaías cap. 17 v.1; Isaías cap. 34 vs. 8 a 10; Jeremias cap. 9 v.11;
Jeremias cap. 42 v. 17; Jeremias cap. 49 v.3; Jeremias cap. 51 vs. 24 a 26; 28 a 31, 40, 53 a 55; Isaías cap. 14 v. 23;
Ezequiel cap. 26 vs. 3 e 4; 7 a
12; Ezequiel cap. 28 v. 19; Ezequiel cap. 29 v.s 9 a 12; Ezequiel cap. 29 v. 15;
Ezequiel cap. 30 vs. 4 a
16; 22 a
26; Miqueias cap. 7 v. 13; Sofonias cap. 1, vs. 2 e 3, 18, entre outras.
Já
em
Ezequiel cap.36,v.7, vemos que o próprio Senhor fazendo juramentos:
“Por isso, eis o que diz o Senhor Javé:
Eu o juro. As nações que vos rodeiam terão elas que sofrer ignomínia,
enquanto vos montes de Israel, vos lançareis os vossos ramos e trareis vosso
fruto para o meu povo de Israel, porque
sua volta está próxima. “ Quando o próprio Jesus que falava por Deus na Terra
ensina em Mateus cap.5, vs .33
a 37, :”Ouvistes ainda o que foi dito aos antigos: Não
juraras falso, mas cumprirás para com Senhor os teus juramentos. Eu
porém, vos digo: Não jureis de
modo algum: nem pelo céu ,
porque é o trono de DEUS nem pela terra,
porque é escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande
rei. Nem jurarás pela tua cabeça, porque
não podes fazer um cabelo branco ou negro. Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não”. Este ensinamento é confirmado em Tiago
cap.5, v.12, que diz: “Antes de mais nada, meus irmãos, abstende-vos de jurar. Não jureis nem pelo o céu nem pela terra,
nem empregues qualquer outra fórmula de juramento. Que vosso sim, seja sim: que
vosso não, seja não. Assim não caireis ao golpe do julgamento.”
Encontramos também muitas
contradições no Novo Testamento Mateus, Marcos e Lucas, escrevem que Jesus
pregou sua doutrina, durante um ano só,
e João escreve que ele levou três anos a
pregá-la. Uma contradição bem significativa, para atribuirmos a uma falta
de memória, ao entendermos o antagonismo dois apóstolos Mateus e João, que
conviveram diretamente com Jesus, pois
Marcos e Lucas eram discíplulos de outros apóstolos. Desta forma,
identificar uma divergência entre os dois é até admissível. Sobre a lenda da “virgem Maria”, Mateus cap. 2,
v1,escreve que José habitava em Belém,
e só foi por um acaso que ele foi para Nazaré na sua volta do Egito. E o
apóstolo Lucas cap 1, vs 26 e 27, escreve que José habitava em Nazaré e para lá voltou depois de ter ido ao templo
fazer a apresentação do menino. Mateus desconhece totalmente a visita dos
pastores, diz que os Magos chegaram logo após a partida de José para o deserto
é que eles se retiraram. Lucas que desconhece ou não menciona a história dos
Magos, escreve que são os pastores que chegaram logo após a nascimento de Jesus,
e diz que José esperou 40 dias em Belém antes de apresentar seu filho ao
templo, de onde se retirou logo, não para o Egito, mas para Nazaré onde
permaneceu. A considerar Lucas não ouve
a famosa fuga para o Egito, e muito menos aviso de anjo algum nesse
sentido. Em Mateus, José tem pai Jacob,
com 28 gerações desde David. Em Lucas é Heli, o pai, com 40 gerações desde David. Nas duas genealogias
unicamente dois nomes é que conferem Zoroboel
e Salathiel, somente. A se admitir o
espaço de tempo implícito em cada um dos três grupos é grande demais para
conter apenas catorze gerações, de vez que transcorreram 750 anos de Abraão a
Davi, 400 de
Davi ao exílio da Babilônia e cerca de 600 daí até o nascimento de
Jesus. Tomando-se 30 anos para cada geração,
chegamos a apenas 420 anos, ou seja, um total de 1260 anos para as 42
gerações, quando em realidade, passaram-se cerca de 1750 anos ( 750 + 400
+ 600 = 1750 ). Marcos cap.1, v
39, escreve que Jesus ensinou em toda a
Galiléia , já Lucas cap. 4, v 40, escreve
que Jesus ensinou na Judéa. Lucas
cap.28, v 35, escreve que Jesus curou
um cego e Mateus, cap.20, v 29, escreve que foram dois. Marcos diz que muitos foram curados, o que significa
que nem todos o foram; mas, Mateus diz que ele curou toda doença e toda
enfermidade. Mateus cap. 27, v 32; Marcos
CAP.15,v 21; Lucas cap.23, v 26;
concordam em suas narrativas que foi Simão, o Cirineu, quem levou a cruz ao
Calvário e não Jesus que a deixou cair logo; mas. João cap.19, v 17; escreve
que foi Jesus quem a levou ao ombro, sem nada mas explicar. João diz que Jesus
morreu no dia 14 de Nisan, Lucas,
Mateus e Marcos, escrevem que foi no dia
16. Mateus cap. 18, v 15; escreve “... repreender seu irmão sem testemunha”, Paulo, Timóteo cap. 1,
v 5 a 20,
escreve: “....manda repreender perante a
todos”.Marcos 15, v 32, escreve que foram dois ladrões crucificados ao lado
de Jesus, e que ambos o insultaram.
Lucas cap. 28, vs 39 a 42, descreve que foi só um que o insultou. Os outros
evangelistas nada comentam. Marcos cap 5, v 2 e Lucas cap. 8, v 27, escrevem
que surgiu um homem endemoninhado.
Mateus cap. 8, v 38, escreve que foram dois. João cap 10 vs 16,30,
escreve; “....que Jesus sabe tudo”.
Marcos cap.13, vs 30 e 31, escreve
“....ninguém sabe quando a de ser, nem os anjos, nem o Filho, mas só o pai.” João cap. 5, v. 31, escreve: “...se eu dou testemunho
de mim mesmo, não é verdadeiro meu
testemunho.” O próprio João cap. 8, v 14, escreve “...ainda que eu mesmo
sou o que dou testemunho de mim, meu
testemunho verdadeiro.” Mateus e
Paulo escrevem: “... Deus prepara as
tentações”, Thiago cap 1,v 13, vemos: “...Deus não tenta ninguém.” Paulo em Romanos cap 13, v 1, escreve ”...as autoridades são todas de Deus, já
Pedro cap.13, v 1, escreve “....as
autoridades são todas dos homens. Lucas cap 1, v 70, escreve: “Zacarias
profetizou dizendo:”Como falou pela boca de seus santos profetas desde o
princípio do mundo”, Em Atos dos Apóstolos cap 3, v 21, Pedro arroga para si
esta frase. Lucas cap.1, v 1, diz que relata
o curso dos acontecimentos, e, pouco depois, no versículo 65, escreve que colheu tudo da tradição na montanha da
Judéa.
O nome de Jesus, era para ser Emmanuel, conforme a
profecia de Isaías, cap. 7. v.14 e cap.8, v.8, e este fato foi confirmado por
Mateus cap.1, v 23, contrariado por Lucas cap I, v 31 que o substituiu pelo nome de Jesus. Marcos cap.16, v 7, narra que Jesus
apareceu após a morte na Galiléia; mas Lucas cap.29, v 36, escreve que foi em Jerusalém. João
cap.20, v 14,escreve que foi a Madalena. Marcos cap.16, v 9, narra que ele
apareceu sob outra forma. Na hora do desenlace Mateus cap.27, v 46 , escreve:
“Próximo a hora nona, Jesus exclamou em voz forte: Eli, Eli, lamma sabactáni?” - o que quer dizer: “ Meu Deus, Meu Deus,
porque que me abandonastes? ”, Marcos cap. 15, v 34, escreve: “E na hora
nona Jesus bradou em alta voz: Elói,
Elói, lamma sabactáni? “que quer dizer: Meu Deus, Meu Deus por que me
abandonastes?”, Lucas cap 23, v 46, escreve: “ Jesus então deu um grande brado
e disse: “Pai, nas suas mãos eu entrego
o meu espírito”. E dizendo isto, expirou.”, João cap. 19, v 30, escreve:
“Havendo Jesus tomado o vinagre disse: “Tudo
está consumado.” Inclinou a cabeça e rendeu o espírito.
Segundo alguns especialistas,
a correta tradução desta frase é: “Meu Deus, Meu Deus,quanto que me
glorificais!” . Entende que essa tradução foi articulada propositadamente,
apesar se ser um contracenso e uma imensa contradição vinda de Jesus. No
momento crucial de seu desencarne Jesus alega que Deus o teria abandonado.
Ninguém utilizando o raciocínio lógico
há de aceitar esse tipo de adulteração das escrituras, justamente para remeter
o leitor ao Salmo cap.12,v2. Sempre as discordâncias entre os evangelistas,
agora após sua morte a quem ele se manifesta?na chamada ressureição. Em Marcos
cap. 16, vs .14 ,19, escreve que por fim
apareceu aos onze, Lucas cap.14, vs.
50 e 51, escreve: “Depois os levou para Betânia e, levantando as mãos, os
abençoou. Enquanto os abençoava,
separou-se deles e foi arrebatado ao céu.”e isso se deu no terceiro dia. Agora
em Atos dos Apóstolos cap.1, v 3, vemos que Jesus ainda permaneceu
com eles durante 40 dias.
No Novo Testamento intercalaram-se muitos episódios
para que se cumprissem as profecias do Velho Testamento. Diz o Evangelho de
João que Jesus foi o Verbo; seria patente a intervenção, visto que a palavra
grega logos, o verbo, era desconhecida do judeus. Lucas refere-se que Cirinêus
governa a Síria quando Jesus nasceu; ora, o governador da Síria, ao nascimento
do Cristo, era Varo.Nas Bodas de Caná, o Cristo renega sua mãe quando
exclama ” Que há, mulher entre mim e
ti?”.Contribuindo para que dois mil porcos se afogassem, numa terra, aliás, em
que era proibido comer carne de porco, Jesus teria arruinado muita gente.
Expulsando a chicote os vendilhões do templo, não só comete a violência, como
uma iniquidade, visto que os comerciantes, naquela época, tinham licença para o
seu comércio, pagavam impostos e, provavelmente, estavam ali tão inocentes e
descansados, como barraqueiros nas festas de Igreja.
Essas expressões segundo Lucas,
proferidas por Jesus, na realidade são expressões inspiradas em Isaías e Habaduc. Aonde,
encontramos supostas palavras saídas da boca de Jesus, que na realidade são
ensinamentos contidos em forma de alegoria entendidos como maldições. Da mesma
maneira que existem ensinamentos bem explícitos com relação a lei do amor e da
caridade como: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam,
bendizei os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos difamam. A quem te ferir
numa face, oferece a outra, a quem te arrebatar a capa, não recuses a
túnica. Dá a quem te pedir, e não
reclames de quem tomar o que é teu. Como quereis que os outros vos façam, fazei
também a eles. Se amais os que vos amam, que graça alcançais? Pois até mesmo os
pecadores amam aqueles que os amam.
De qualquer forma, o amor a Deus
e ao próximo são os atributos básicos e
elementares da doutrina de Jesus. A sua
vida de pregação consistia em ensinar e demonstrar, no exercício de sua
compaixão e caridade, e do exemplo que culminou com o inenarrável sacrifício
do Gólgota. Ensinamentos que estão contidos nas Escrituras que estão em
consonância com a lei do amor e do perdão são perfeitamente aceitáveis, ainda que alguns eventualmente, possam não
ser originários diretamente dele, ou expressos com as exatas palavras de que
ele se utilizou. O que estiver em desacordo ou dissonância com isso deve ser
considerado suspeito ou francamente rejeitado. Então atribuir a Deus questões
que o próprio Criador adverte através dos Dez Mandamentos seria ilógico. Deus
não se contradiz! Então atribuímos aos homens e aos Espíritos dos homens certas
questões que por desconhecimento das verdades espirituais e do constante
intercâmbio com o mundo espiritual, atribuíam a Deus, comunicações e intuições
sem passá-las pelo crivo da razão.
Evidenciamos algumas passagens
das muitas existentes na Bíblia nas quais se observa contradições. É bem
verdade que se existem contradições elas não vem de Deus e sim dos homens como
já observamos. Saibamos portanto separar o joio do trigo na própria Bíblia,
examinando tudo e retendo o que é bom como bem nos ensinou o apóstolo Paulo,
acrescentando porém que as contradições Bíblicas de nenhuma forma tiram a
credibilidade de muitos fatos ocorridos,
dos fenômenos e sobretudo dos ensinamentos do Divino Mestre, que é a
bússola que norteia os nossos caminhos no orbe terrestre.
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