O FENÔMENO
MORTE
“Noutro
tempo, André, os antigos acreditavam que entidades mitológicas cortavam os fios
da vida humana. Nós somos Parcas autênticas, efetuando semelhante operação...
Segundo
você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de libertação da
alma: o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações
fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no
tórax, e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.”
(André Luiz, Obreiros da Vida Eterna, pág.209 e 210).
“O
Assistente estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no
cérebro. Era a última etapa. Concentrando
todo seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou
alguma coisa que não pude perceber
com minúcias, e
brilhante chama violeta-dourada desligou-se
da região craniana, absorvendo, instantaneamente, vasta
porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que
era difícil fixá-la com rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças
em exame eram dotadas de movimento plasticizante. A chama mencionada
transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em
desencarnação, constituindo-se após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas,
membro a membro, traço a traço. E, à
medida que ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no
cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer, de todo, como se
representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade,
momentaneamente recolhidos a um único ponto, espairando-se, em seguida, através
de todos os escaninhos do organismo perispíritico, assegurando desse modo, a
coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.
Dimas-desencarnado
elevou-se alguns palmos acima de Dimas-cadáver, apenas ligado ao corpo através
de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico, entre o cérebro de
matéria densa, abandonado e o cérebro da matéria rarefeita do organismo
liberto.”(André Luiz, Obreiros da Vida Eterna,pág. 211 e 212),
“Nossa
função, acompanhando os despojos esclareceu ele afavelmente, não se verifica
apenas no sentido de exercitar o desencarnado par os movimentos iniciais da
libertação. Destina-se também a sua defesa. Nos cemitérios costuma congregar-se
compacta fileira de malfeitores, atacando vísceras cadavéricas, para
subtrair-lhes resíduos vitais.
Ante
a minha estranheza, Hipólito considerou:
__ Não é para admirar. O Evangelho, descrevendo o encontro
de Jesus com endemoninhados, refere-se a Espíritos perturbados que habitavam
entre os sepulcros.” (André Luiz, Obreiros da Vida Eterna, pág. 231 e 232).
Diante
desses relatos idôneos, chegamos a conclusão que Eclesiastes, também observou e
fenômeno nos descrevendo da seguinte forma:
ECLESIASTES CAP.12,VS 5 a 7
“...nos quais se temem as subidas; nos quais se terão
sobressaltos no caminho, nos quais a amendoeira branqueia, nos quais o
gafanhoto engorda, nos quais a alcaparra perde a sua eficácia, porque o homem
se encaminha para a morada eterna e os carpiadores percorrem as ruas; antes que se rompa o cordão de prata,
que se despedace a lâmpada de ouro,
antes que se quebre a bilha na fonte
e que se fenda a rolana na cisterna; e antes que o sopro de vida retorne a Deus que o deu.”
AS REGIÕES
PURGATIVAS
“Por
ocasião da morte, tudo a princípio é confuso. De algum tempo precisa a alma
para entrar no conhecimento de si mesma. Ela se acha como que aturdida, no
estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre
sua situação. A lucidez das idéias e a memória se apaga a influência da matéria
que ela acaba de abandonar, e à medida que se dissipa a espécie de névoa que
lhe obscurece os pensamentos.
Muito
variável é o tempo que dura a perturbação que se segue à morte. Pode ser de
algumas horas, como também de muitos meses e até muitos anos. Aqueles que,
desde quando ainda viviam na Terra, se identificaram com o estado futuro que os
aguardava, são os e, que menos longa ela é, porque esses compreendem
imediatamente a posição em que se encontram.
Aquela
perturbação apresenta circunstâncias especiais, de acordo com os caracteres dos
indivíduos e, principalmente, com o gênero da morte. Nos casos de morte
violenta, por suicídio, acidente, apoplexia, ferimentos, etc., o Espírito fica
surpreendido, espantado e não acredita estar morto. Obstinadamente sustenta que
não o está. No entanto, vê seu próprio corpo, reconhece que esse corpo é seu,
mas não compreende que se ache separado dele. Acerca-se das pessoas a quem
estima, fala-lhes e não percebe por que elas não ouvem. Semelhante ilusão se
prolonga até o completo desprendimento do perispírito. Só então o Espírito se
reconhece como tal e compreende que não pertence mais ao número dos vivos. Este
fenômeno se explica facilmente. Surpreendido de improviso pela morte, o
Espírito fica atordoado com a brusca mudança que nele se operou; considera
ainda a morte como sinônimo de destruição, de aniquilamento. Ora, porque pensa,
vê, ouve, tem a
sensação de não
estar morto. Mas
lhe aumenta a
ilusão o fato
de se ver com um corpo semelhante, na
forma, ao precedente,
mas cuja natureza etérea ainda
não teve tempo de estudar. Julga-o
sólido e compacto como o primeiro e, quando se lhe chama a atenção para esse
ponto, admira-se de não poder palpá-lo. Esse fenômeno é análogo ao que ocorre
com alguns sonâmbulos inexperientes, que
não crêem dormir. É que têm o sono por sinônimo de suspensão das faculdades.
Ora, como pensam livremente e vêem, julgam naturalmente que não dormem. Certos
Espíritos revelam essa particularidade, se bem que na morte não lhes tenha
sobrevindo inopinadamente. Todavia, sempre mais generalizada se apresenta entre
os que, embora doentes, não pensavam em morrer. Observa-se
então singular espetáculo de um Espírito assistir ao seu próprio enterramento
como se fora o de um estranho, falando desse ato como coisa que não lhe diz
respeito, até o momento em que compreende a verdade.
A
perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem, que se
conserva calmo, semelhante em tudo a que acompanha as fases de um tranqüilo
despertar. Para aquele cuja consciência ainda não está pura, a perturbação é
cheia de ansiedade e de angústias, que aumentam à proporção que ele de sua
situação se compenetra.
Nos
caos de morte coletiva, tem sido observado que todos os que perecem ao mesmo
tempo nem sempre tornam a ver-se logo. Presas da perturbação que se segue à
morte, cada um vai para o seu lado, ou só se preocupa com os que lhe
interessam.” (Allan Kardec, O livro dos Espíritos, Cap. III, 2º part., págs.118
e 119).
“__
Efetivamente, logo após a morte física, sofre a alma culpada minucioso processo
de purgação, tanto mais produtivo quanto mais se lhe exteriorize a dor do arrependimento,
e, apenas depois disso, consegue elevar-se as esferas de reconforto e
reeducarão.
Se
a moléstia experimentada na veste somática foi longa e difícil, abençoadas
depurações terão sido feitas, pelo ensejo de auto-exame, no qual as aflições
suportadas com paciência lhe alteraram sensações e refundiram idéias.
Todavia,
se essa operação natural não foi possível no círculo carnal, mais se lhe
agravaram os remorsos, depois do túmulo, por recalcados na consciência, a
aflorarem, todos eles, através de reflexão, renovando as imagens com que foram
fixados na própria alma.
Criminosos
que mal ressarciram os débitos contraídos, intatos pelo próprio arrependimento,
pasmam, em torno de si mesmos, as cenas degradantes em que arruinaram a vida
íntima, alimentando-as à custa dos próprios pensamentos desgovernados.
Caluniadores
que aniquilaram a felicidade alheia vivem pesadelos espantosos, regravando nas
telas da memória os padecimentos das vítimas, como no dia em que as fizeram
descer para o abismo da angústia, algemados ao pelourinho de obsidentes
recordações.
Tiranos
diversos volvem a sentir nos tecidos da própria alma os golpes que desferiram
nos outros, e os viciados de toda a sorte, quais os dipsômanos e morfinômanos,
experimentam agoniada insatisfação, qual ocorre também nos desequilibrados do
sexo, que acumulam na organização psicossomática as cargas magnéticas do
instinto em desvario, pelas quais
localizam em plena alienação.
As
vítimas do remorso padecem, assim, por tempo correspondente às necessidades de
reajuste, larga internação em zonas compatíveis com o estado espiritual que
demonstram.” (André Luiz, Evolução em Dois Mundos , Cap. XIX, págs. 147 e 148).
“Após
a morte, antes que o Espírito se oriente, gravitando para o verdadeiro “lar
espiritual” que lhe cabe, será sempre necessário o estágio numa “antecâmara”,
numa região cuja densidade e aflitivas configurações locais corresponderão aos
estados vibratórios e mentais do recém-desencarnado. Aí se deterá até que seja
naturalmente “desanimalizado”, isto é, que se desfaça dos fluidos e forças
vitais que são impregnados todos os corpos materiais. Por aí se verá que a
estada será temporária nesse Umbral do Além, conquanto geralmente penosa. Tais
sejam o caráter, as ações praticadas, o gênero de vida, o gênero de morte que
teve a entidade desencarnada __ tais serão o tempo e a penúria no local
descrito. Existem aqueles que aí apenas demoram algumas horas. Outros levarão
meses, anos consecutivos, voltando à reencarnação sem atingirem a
Espiritualidade. Em se tratando de suicidas o caso assume proporções especiais,
por dolorosas e complexas. Estes até se demorarão, geralmente, o tempo que
ainda lhes restava para conclusão do compromisso da existência que
prematuramente cortaram. Trazendo carregamentos avantajados de forças vitais
animalizadas, além das bagagens das paixões criminosas e uma desorganização
mental, nervosa e vibratória completas, é fácil entrever qual será a situação
desses infelizes para quem um só bálsamo existe: __ a prece das almas
caritativas!
Se,
por muito longo, esse estágio exorbite das medidas normais ao caso __ a
reencarnação imediata será a terapêutica indicada, embora acerba e dolorosa, o
que será preferível a muitos anos em tão desgraçada situação, assim se
completando, então, o tempo que falava ao término da existência cortada.(Yvonne
A. Pereira, Memórias de um Suicida, Cap.I, pág.21).
Através
da elucidação dos nossos amigos espirituais, podemos melhor compreender essas
passagens:
SABEDORIA CAP.9, V.15
Porque o corpo
corruptível torna pesada a alma, e a morada terrestre oprime o espírito
carregado de cuidados.
PROVÉRBIOS CAP. 5,VS. 22 e 23
O homem será preso por suas próprias faltas, e ligado com as cadeias de seu pecado.Perecerá
por falta de correção
e se desviará pelo excesso de sua loucura.
JO CAP. 21,VS.13
Passam os dias de alegria,e descem tranqüilamente à região dos mortos
JÓ CAP. 24,V.19
Como seca e calor absorvem a água das neves,assim a região dos mortos engole os
pecadores
PROVÉRBIOS CAP.1,V.12
Como a
região dos mortos devoremo-lo vivo,inteiro,
como aquele que desce à cova
PROVÉRBIOS CAP.9,V.18
Ignora ele que ali há sombras,e que os convidados {da Senhora Loucura}jazem nas profundezas da região dos mortos
PROVÉRBIOS CAP.15,V.24
O sábio escala o caminho da vida, para evitar a descida à morada dos mortos
ECLESIÁSTICO CAP. 14,V.17
Pratica a justiça antes da morte,pois na moradia dos mortos não há de encontrar alimento
ECLESIASTES CAP. 28,VS. 25 e 26
A morte que ela dá é morte desastrada,Ela durará , mas não sempre;Ela dominará
o proceder dos injustos,e os justos não serão devorados pelas suas chamas.
O
INFERNO EXISTE?
“Os
antigos judeus chamavam as regiões de sofrimento de Sheol. Na septuaginta, o
Sheol foi traduzido por Hades
que, na Teologia grega, era também região subterrânea povoada das almas dos
mortos. Na Vulgata Latina, Hades foi
traduzido por Infernus, um
substantivo derivado do adjetivo Infernus, significado que está em baixo, de região
inferior, ou ainda de local
subterrâneo.
O emérito
dr. Canuto Abreu, em sua obra “Iniciação Espírita”, escreveu: “A Teologia
cristã afirma que, descendo aos Infernos, Jesus levou consigo os Espíritos de
Abraão e de todos os patriarcas e heróis que faleceram antes dele, os quais
aguardavam o Messias Redentor nos planos inferiores e só com ele puderam dali
sair.”
Afirmou
Allan Kardec, no livro “O Céu e o Inferno”, que o Inferno cristão foi copiado
do Inferno pagão, acrescentando: “O inferno dos pagãos continha, de um lado os
Campos Elísios e, de outro, o Tártaro. (Um era lugar de gozo, e outro de
sofrimento); o Olimpo, morada dos deuses, dos homens divinizados, ficava nas
regiões superiores. Segundo a letra do Evangelho, Jesus desceu aos Infernos,
isto é, aos lugares baixos para
deles tirar as almas dos justos que aguardavam a sua vinda. Os infernos não
eram, portanto, um lugar unicamente de suplício; estavam tal como os pagãos
acreditavam nos lugares baixos. A
morada dos anjos, como o Olimpo, era nos
lugares elevados. Esta mistura de idéias cristãs e pagãs nada tem de
surpreendente.”(Casos Controvertidos do Evangelho-Paulo Alves Godoy, pags.91 e
92).
“A
palavra eterno, que tão freqüentes
vezes se encontra nas Escrituras, parece não dever ser tomada ao pé da letra,
mas como uma dessas expressões enfáticas, hiperbólicas, familiares aos
orientais. É um erro esquecer que tudo são símbolos e imagens em seus escritos.
Quantas promessas, pretensamente eternas,
feitas ao povo hebreu ou aos seus chefes, não tiveram realização! Onde está a
terra dos israelitas deviam possuir eternamente.
Onde essas pedras do Jordão, que Deus anunciava deverem ser, para o seu povo,
um monumento eterno (JOSUÉ,
CAP.7,V.7), Onde essa descendência de Salomão, que devia reinar eternamente em
Israel (CRÔNICAS, CAP. 22, V.10), e tantas outras idênticas promessas? Em todos
esses casos, a palavra eterno parece
simplesmente significar: uma longa duração. O termo hebraico ôlam, traduzido por eterno, tem como raiz o verbo alâm, ocultar. Exprime um período cujo
fim se desconhece. O mesmo acontece à palavra grega aion e à latina aeternitas.
Tem esta como raiz aetas, idade Eternidade, no sentido em que entendemos hoje,
di-se-ia em grego adios e em latin sempternus, de semper, sempre. As penas eternas siginificam então: sem duração
limitada. Para quem não lhes vê o termo, são eternas. As mesmas formas de
linguagem eram empregadas pelos poetas latinos. Horácio, Virgílio, Estácio e
outros. Todos os monumentos imperiais de que falam devem ser, diziam eles, de eterna duração.”(Léon Denis,
Cristianismo e Espiritismo, pág. 91, Ed. Feb.)
EFÉSIOS, CAP. 4, V. 9
Ora, isto ele subiu que é senão que também tenha descido às partes mais baixas da Terra?
Paulo
de Tarso, em sua carta aos Efésios,asim como outros autores na Bíblia, traduzem
um pensamento natural da sua época ,na qual delimita um espaço limitado para
uma região inferior, o qual seria nas profundezas da Terra. Isso, por naturalmente conhecerem a natureza dos
vulcões emanando por ocasião das erupções espetaculares as larvas
incandescentes, adotou assim um lugar para que fossem recambiados os espíritos
rebeldes naquela conjuntura.
Jesus
fez diversas citações a um lugar denominado “GEENA” que na realidade era um
sítio existente nas cercanias da cidade de Jerusalém aonde se atiravam detritos
de toda a sorte, bem como carcaças de animais mortos. Jesus enfatizava que ao
desencarnar os transgressores da s leis divinas iriam diretamente para o
“GEENA” aonde o fogo era constante os verme jamais deixa corroer, alusão aos
inúmeros cadáveres que ali jaziam em estado de decomposição. Mas o fogo que
Jesus se referia era naturalmente os dramas de consciência agravados pelos
remorssos,e estes por sua vez, não são de maneira nenhuma eternos, pois na
realidade, nós humanos e imperfeitos que somos não temos a condição de aquilatar
o que seja eternidade. A visão espírita é clara, quanto ao inferno, entendendo
assim que realmente existem na espiritualidade lugares de enormes sofrimentos,
nos quais os espíritos se depuram e saldam os seus dedítos perante sua
consciê6encia. Mas todavia esses lugares de nenhuma maneira são eternos,
cadendo aos espíritos sempre uma nova chance através das portas da
reencarnação. A Bíblia por ser um livro universal e transcendental, aborda o
tema e estes lugares aonde o sofrimento se faz necessário para a evolução do
espírito. Vejamos:
TOBIAS CAP.13,V.2
Porque vós provais e, em
seguida salvais, Conduzis a profundos abismos e deles tirais, E não há quem possa escapar da vossa mão.
SALMOS, CAP. 15,V. 9
Porque vós não abandonareis minha alma na manção dos mortos
SALMO CAP. 54,V.16
Que a morte os colha de improviso,Que eles desçam vivos a mansão dos mortos,Porque entre eles, em
suas moradas, só há perversidade
SALMOS, CAP.85,V.13
Porque vossa misericórdia foi grande para comigo, arrancastes
minha alma das profundeza das regiões dos mortos
SABEDORIA, CAP.11, V. 26
Mas poupai
todos os seres, porque todos são vossos,
ó Senhor, que amais a vida.
ECLESIÁSTICO CAP.21,V.11
O caminho dos pecadores é calçado de pedras unidas,Mas ele conduz à região dos mortos, as
trevas e aos suplícios.
ECLESIÁSTICO, CAP.39, VS. 33 e 34
Há espíritos que foram criados para a vingança:
aumentaram seus tormentos pelo seu furor. No tempo do extermínio manifestarão a
sua força, e apaziguarão a fúria daquele
que os criou.
Eclesiástico, faz alusão aos
Espíritos malignos, destinados a tentar os vivos e a atormentar os condenados,
missão essa bárbara, injusta e abominável, que Deus não pode estabelecer, e que
só pode conceber um homem de coração rancoroso em sumo grau de crudelíssimo
coração. Mas, supondo mesmo que assim seja, embora não o aceitemos, deixando
isso somente a cargo dos caritativo inventores das fogueiras temporais ou
eternas, resultará, das palavras do Eclesiastes, que a salvação e o perdão são
o destino final dos Espíritos malignos, pois, no tempo da consumação, isto é,
passado o termo da iniquidade, derramarão a sua força, esgotarão a sua maléfica
atividade e, arrependidos, aplacarão o furor daquele que os fez e que espera o
seu arrependimento com amorosa solicitude e paternal carinho.
OSÉAS, CAP.8,V.14
E eu o
libertaria do poder da região dos mortos, isenta-lo-ia da morte? Onde estão as tuas calamidades ó morte?
MIQUÉIAS, CAP.7,VS. 18 e 19
Qual é o Deus como vós, que apaga a iniquidade e
perdoa o pecado do resto do povo? Que
não se ira para sempre porque prefere a misericórdia?
MATEUS CAP.25,V.30
E esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores: ali haverá choro e ranger de dentes.
II CORÍNTIOS CAP.5,V.10
Porque
teremos que comparecer diante do tribunal do Cristo. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem o
mal que tiver feito enquanto estava no
corpo.
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