JESUS O
ÚNICO INTERMEDIÁRIO
Vemos
aqui a resposta mas curta e mas profunda do “Livro dos Espíritos”na qual aponta
para Jesus como o caminho para se chegar a Deus. Vejamos:
“Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao
homem, para servir de guia e modelo?”
R: “Jesus”
“Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de
Deus, qual a utilidade do Ensino que os Espíritos dão? Terão que nos ensinar
mais alguma coisa?”
R:“Jesus empregava amiúde, na sua linguagem, alegorias
e parábolas, porque falava de conformidade com os tempos e os lugares. Faz-se
mister agora que a verdade se torne inteligível para todo o mundo. Muito
necessário é que
aquelas leis sejam explicadas e desenvolvidas, tão poucos são os que
compreendem e ainda menos os que a praticam. A nossa missão consiste em abrir
os olhos e os ouvidos a todos, confundindo os orgulhosos e desmascarando os
hipócritas: os que vestem a capa da virtude e da religião, a fim de ocultarem
suas torpezas. O ensino dos Espíritos tem de ser claro e sem equívocos, para
que ninguém possa pretextar ignorância e para todos o possam julgar e apreciar
com razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou.
Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao
sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e
caridade.” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Parte 3º, Cap.I, Questões 625
e 627).
I TIMÓTEO CAP.2,VS. 5 e 6
Porque só há um Deus e há um mediador entre Deus e os
homens: Jesus Cristo, homem, que se
entregou como resgate por todos. Tal é o fato atestado em seu tempo.
O CORPO DE JESUS
CRISTO
O
corpo de Jesus ainda no meio espírita causa algumas controvérsias, e algumas
fogem diretamente da visão de Kardec, seria o corpo de Jesus Fluídico? Ou
carnal. A resposta a essa questão tentaremos fornecer através de trechos de
alguns autores encarnados e desencarnados e de alguns breves comentários de
nossa parte. Mas para começar observemos o codificador:
“Se
as condições de Jesus, durante a sua vida, fossem as dos seres fluídicos, ele
não teria experimentado nem as dor, nem as necessidades do corpo. Supor que
assim haja sido é tirar-lhe o mérito da vida de privações e de sofrimentos que
escolhera, como exemplo de resignação. Se tudo nele fosse aparente, todos os
atos de sua vida, a reiterada predição de sua morte, a cena dolorosa do Jardim
das Oliveiras, sua prece a Deus para lhe afastasse dos lábios o cálice de
amarguras, sua paixão, sua agonia, tudo, até o último brado, no momento de entregar o Espírito, não teria
passado de vão simulacro, para enganar
com relação à sua natureza e fazer crer num sacrifício ilusório de sua vida,
numa comédia indigna de um homem simplesmente honesto, indigna, portanto, e com
mais forte razão de um ser tão superior. Numa palavra: ele teria abusado
da boa-fé dos
seus contemporâneos e
da posteridade. Tais as conseqüências lógicas desse sistema,
conseqüências inadmissíveis, porque o
rebaixaram moralmente, em vez de o
elevaram.Jesus, pois, teve, como todo
homem, um corpo carnal e um corpo fluídico, o que é atestado pelos fenômenos
materiais e pelos fenômenos psíquicos que lhe assinalaram a existência.
Não é
nova essa idéia
sobre a Natureza
do corpo de
Jesus. No quarto século, Apolinário, de Laodicéia, chefe da seita dos
apolinaristas, pretendia que Jesus não tomara um corpo como o nosso, mas um
corpo impassível, que descera do céu ao seio da santa Virgem e que não nascera
dela; que assim, Jesus não nascera, não
sofrera e não morrera, senão em aparência. Os apolinaristas foram anatematizados
no concílio de Alexandria, em 360; no de Roma, em 374; e no de Constantinopla,
em 381.Tinham a mesma crença dos Docetas (do grego dokein, aparecer), seita
numerosa dos Gnósticos, que subsistiu as três primeiros séculos. ( Allan
Kardec, A Gênese, Cap. XV, págs.353 a 355).
Vejamos Herculano Pires:
“Os
docetas sustentavam que Jesus não tinha uma realidade física, que seu corpo era
apenas aparente. Sua posição contrariava as teses da encarnação do Cristo,
apresentando-o como uma espécie de deus mitológico, sob a influência das idéias
helenísticas. O Docetismo exerceu grande influência em Alexandria,
propagando-se a Éfeso, onde o Apóstolo João instalara a sua Escola Cristã. João
refutou a tese doceta como herética, pois além de não corresponder à realidade
histórica, transformava o Cristo num falsário. Renan conta um curioso episódio em que João se dirige com
seus discípulos ao balneário público de Éfeso, e ali chegando volta com os
discípulos, dizendo-lhes: “O balneário vai cair, pois lá se encontra Cerinto, o
maior dos mentirosos”. Cerinto era um dos introdutores do Docetismo em Éfeso.”(
J.Herculano Pires, Revisão do Cristianismo, Cap. VIII, pág.56).
A
Bíblia, objeto de nosso estudo descreve trechos no qual evidencia uma distinção
por parte de Jesus quanto ao seu corpo que abrigava o seu espírito. Assim narra
o médico Lucas:
LUCAS CAP. 23,V.46
Jesus deu então um grande brado e disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.”
E dizendo isto, expirou.
LUCAS CAP. 24, VS. 25 a 32
Jesus lhes disse: “Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para credes
tudo o que anunciaram os profetas! Porventura não era necessário que Cristo sofresse estas coisas e assim
entrasse na sua glória? E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes
o que dele se achava dito em todas as Escrituras. Aproximaram-se da aldeia para
onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante.
“O
Dr. Elias Barbosa, em seu livro “No Mundo de Chico Xavier”, 5a. edição,
Instituto de Difusão Espírita, página 69, fez a seguinte pergunta a Chico:
__Emmanuel
já fez para você alguma referência especial sobre Allan Kardec?
__Lembro-me
de que, num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que pretendia
trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo,
procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Kardec e disse mais que, se um
dia, ele, Emanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as
palavras de Jesus e Kardec, que eu devia
permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo. (Adelino da Silveira,
Chico, de Francisco, pág.120).
Diante
das palavras de Emmanuel, tiremos nossas conclusões a respeito do corpo do
Mestre, mediante a análise de alguns trechos das escrituras.
JOÃO CAP.1,V.14
E o Verbo se
fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que um filho
único recebe do Seu Pai, cheio de graça e de liberdade.
I JOÃO CAP.5,VS. 6 a 8
Hei-o, Jesus Cristo, aquele que veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas pela água e
pelo sangue. E o Espírito é quem dá testemunho dele, porque o espírito é a
verdade. São, assim três os que dão testemunho: o Espírito, a água, e o sangue,
e estes três dão o mesmo testemunho.
JOÃO, CAP. 1, VS. 38 A 40
Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de
Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para
tirar o corpo de Jesus. Pilatos
permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de
Jesus. Acompanhou-o Nicodemos(aquele que anteriormente fora de noite Ter
com Jesus), levando umas cem libras de mirra e aloés. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com aromas, como os judeus
costumam sepultar.
II JOÃO CAP.1,V.7
Muitos sedutores têm saído pelo mundo afora, os quais
não proclamaram Jesus Cristo que se
encarnou. Quem assim proclama é o sedutor e o Anti-Cristo.
ROMANOS CAP.1,VS.2 e 3
Paulo, servo de Jesus Cristo, escolhido para ser
apóstolo, reservado para anunciar o Evangelho de Deus __ este Evangelho de Deus
prometera outrora pelos seus profetas nas Santas Escrituras, acerca de seu
Filho Jesus Cristo, nosso Senhor descendente de Davi quanto à carne.
ROMANOS CAP.8, V.3
O que era impossível à Lei, Deus o fez, por causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante a do pecado, condenou o
pecado na carne.
I TIMÓTEO CAP.2,VS. 5 e 6
Porque só há um Deus e há um mediador entre Deus e os
homens: Jesus Cristo, homem, que se
entregou como resgate por todos. Tal é o fato atestado em seu tempo.
I TIMÓTEO CAP.3,V.16
Sim, é tão sublime unanimemente o proclamamos ___
o Mistério da bondade divina:“manifestado na carne,justificado pelo
espírito,visto pelos anjos,anunciado as povos,acreditado no mundo,exaltado pela
glória!”
I PEDRO CAP.3, VS.17 a 19
Aliás, é melhor padecer, se Deus assim o quiser, por fazer o bem do que por fazer o mal. Pois
também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados__ o Justo pelos injustos__
para nos conduzir a Deus. Padeceu a
morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. É neste mesmo
espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles
que outrora, nos dias de Noé tinham sido rebeldes, quando Deus aguardava
com paciência, enquanto se edificava a arca, na qual poucas pessoas, isto é,
apenas oito se salvaram através da água.
Observamos
que João, Pedro e
Paulo de Tarso, ou
seja, os apóstolos
mais diletos de Jesus em consenso aceveram quanto a materialidade do
corpo de Jesus. Sabemos portanto que esses mesmos apóstolos eram orientados por
uma plêiade de espíritos superiores e pelo próprio Cristo como a Bíblia mesmo
relata, não poderiam estar enganados quanto a este fato. O fato de algumas
pessoas no meio espírita entenderem que Jesus tenha tido um corpo fluídico, se
explica pela reencarnação de indivíduos que vivereram em comunidades ao longo
dos tempos, algumas delas citadas por nós como os docetas e os apolininaristas
que ainda não se desvincularam dessas idéias, que na realidade não encontram
sustentáculo na Doutrina dos Espíritos. Emmanuel, André Luiz,e vários Espíritos
a exemplo dos apóstolos, asseveram que Jesus teve um corpo material.
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