O JUDAÍSMO
O judaísmo é a primeira e
mais antiga das três religiões monoteístas e começou oficialmente como religião
institucionalizada após o período de cativeiro do povo hebreu na Babilônia. Com
ele vislumbram-se os primeiros rudimentos da compreensão da divindade no
planeta, apesar da visão antropomórfica, sugerida pela compreensão dos homens
naquela época, o Judaísmo absorve o Monoteísmo e prepara o caminho para o
Cristianismo a partir da vinda de Jesus. Segundo Emmanuel, em “A Caminho da Luz”, na pág. 65,
relata-nos: “Dos Espíritos degredados na
Terra, foram os hebreus que constituíram
a raça mais forte e mais homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres
através de todas as mutações.”
Moises e Araão
Por essas razões, entendemos
a razão da sua crença fervorosa e inabalável no Deus único de Israel. O próprio
Emmanuel, em “O Consolador”, assevera
que Moisés aparece como a primeira revelação a partir do recebimento das tábuas
da lei, ou seja, os dez mandamentos recebidos no Monte Sinai, sendo Jesus a
segunda, e o Espiritismo codificado por Allan Kardec, a terceira. O
Judaísmo, suas leis básicas e seus princípios advém do Torá, o chamado
pentateuco que na realidade são os cinco primeiros livros da Bíblia, seja ela
católica ou protestante. Sendo assim, a Bíblia Hebraica é composta pelo Torá
que é justamente o Pentateuco(Gênesis: O Livro das origens contendo tradições
da mais remota antigüidade; Êxodo: Libertação do povo de Deus do Egito;Números;
Advertência de Moisés ao seu povo, regras de higiene, deveres, instituição das
festas da páscoa, de pentecostes e dos tabernáculos, incluindo várias outras
prescrições; Levítico: Numeração das tribos, leis diversas, recenseamento,
organização social, cidades refúgio, etc.;Deuteronômio: repetição dos dez
mandamentos, exortações, recomendações de Moisés, sanções penais, etc.
Terminando por último com cântico dirigido ao Senhor pelo condutor do povo de
Israel), acrescido dos Profetas e os Hagiógrafos, chamados também de
escrituras. O judaísmo se ramificou no passado em várias seitas que comungavam
dos mesmos princípios bíblicos (Torá), mais por terem pontos de vista
divergentes, seguiram caminhos diferentes, mas que sem dúvida nenhuma deixaram
suas marcas nas próprias escrituras, as quais os mencionam, assim como os
próprios relatos dos grandes historiadores do passado, que registraram esses
acontecimentos.
Algumas dessas influencias sofridas pelo Judaísmo foi a contaminação pelas idéias gregas, tanto que alguns séculos antes de Cristo, o Judaísmo era conhecido como religião helênica, sendo esse, um dos fatores que propiciaram o surgimento dos essênios. A exemplo das pitonisas gregas muitas mulheres judias alcançaram posições proeminentes entre a classe sacerdotal, a Bíblia por seu turno em (Juízes cap.4, v.4) diz que “Débora, uma profetiza julgava Israel naquela época” e fala de Holda, outra profetiza, que morava em Jerusalém, no colégio(II Reis cap.22, v.14); e o profeta Samuel menciona várias mulheres sábias, (II Samuel cap.14, v.2). Apesar da injunção de Moisés no sentido de não se utilizar de adivinhação ou augúrio na tentativa radical de controlar os abusos da mediunidade, vemos que sua própria irmã Miriã, era uma profetisa segundo Êxodo cap. 15, v. 20: “Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão”. O apóstolo João em Apocalipse cap, 2 vs 6 e 20, faz severas críticas a Zelabel, uma profetiza pertencente a seita Nicolaíta.
Escriba Judeu
Algumas dessas influencias sofridas pelo Judaísmo foi a contaminação pelas idéias gregas, tanto que alguns séculos antes de Cristo, o Judaísmo era conhecido como religião helênica, sendo esse, um dos fatores que propiciaram o surgimento dos essênios. A exemplo das pitonisas gregas muitas mulheres judias alcançaram posições proeminentes entre a classe sacerdotal, a Bíblia por seu turno em (Juízes cap.4, v.4) diz que “Débora, uma profetiza julgava Israel naquela época” e fala de Holda, outra profetiza, que morava em Jerusalém, no colégio(II Reis cap.22, v.14); e o profeta Samuel menciona várias mulheres sábias, (II Samuel cap.14, v.2). Apesar da injunção de Moisés no sentido de não se utilizar de adivinhação ou augúrio na tentativa radical de controlar os abusos da mediunidade, vemos que sua própria irmã Miriã, era uma profetisa segundo Êxodo cap. 15, v. 20: “Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão”. O apóstolo João em Apocalipse cap, 2 vs 6 e 20, faz severas críticas a Zelabel, uma profetiza pertencente a seita Nicolaíta.
Desta forma, os israelitas sofreram nitidamente
muita influência da Grécia, como também de outros povos, um exemplo disso é a
cidade de Séforis, situada apenas cinco quilômetros de distância de Nazaré,
cidade natal de Jesus, era um ponto estratégico de passagem para o Egito,
Sefóris era habitada, segundo pesquisas arqueológicas mais recentes, tanto por
romanos como judeus, e ambos tinham como sua segunda língua o grego. No quadro
que se apresenta abaixo, relacionamos algumas seitas filosófico-religiosas do
tempo de Jesus que tinham na sua base preceitos do Judaísmo.
SEITA
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DESCRIÇÃO
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Fariseus
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A palavra fariseu, advém do
hebreu perishut, e significa separação, os doutores da lei, assim chamados na
época costumavam criar dogmas das suas interpretações bíblicas, bem como
fomentar práticas ritualísticas e a fazer proselitismo. Inimigos da mudança e
das inovações, se apegavam aos seus princípios, utilizando sua religião para
fazer valer os seus pensamentos e suas vontades. Por estas razões tiveram
Jesus como seu inimigo, pois o Mestre significava mudança. Exerciam grande
influência sobre o povo, fazendo-o seguir exatamente o que determinavam. Um
exemplo são as vestimentas brancas, “túmulos
caiados de branco”, segundo expressão do próprio Cristo, proibiam as
curas no dia de sábado dentre outras. Segundo o historiador Josefo os
fariseus eram “um corpo dentro da comunidade judaica que professava ser mais
religioso que os outros e pretendia explicar a lei mais precisamente.”
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Nazarenos
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Os nazarenos, faziam votos de
castidade , eram proibidos de cortar os cabelos e a ingerir bebidas
alcoólicas. Sansão, Samuel, João Batista eram nazarenos. Conferiram esse
título a Jesus, mais pelo seu procedimento do que a sua filiação a esta
seita.
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Sacudeus
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Criada por Sadoc, esta seita
acreditava somente
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Doutores da Lei ou
Escribas
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Não estavam ligados a nenhum
segmento social e ou mesmo a algum partido político ou alguma seita
específica, atuavam no Templo de Jerusalém, nas Sinagogas e nas escolas
rabínicas. Eram por sua vez, considerados os intérpretes abalizados das
Sagradas Escrituras. Homens de grande conhecimento, eram consultados em
assuntos polêmicos e comumente influenciavam as decisões do Sinédrio. Muitos
deles pertenciam ao grupo dos fariseus.
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Samaritanos
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Os Samaritanos, viviam na
cidade de Samaria, acreditavam somente no Torá, e rejeitavam todos os demais
livros que a esse foram ou fossem acrescentados. Segundo Kardec, em linhas
gerais, eram os protestantes do nosso tempo.
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Terapeutas
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Eram dissidentes judeus, que
viviam em Alexandria no Egito, e que a época do Cristo, abrigavam em seus
conceitos muitos pensamentos essênios.
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Essênios
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Comunidade judaica dissidente,
que abrigou-se no deserto por volta de 200 anos antes de Cristo, em virtude
de considerar o mal procedimento dos sacerdotes do Templo de Jerusalém.
Viviam em mosteiros, sobre rígidas leis,
esperavam ardorosamente o juízo final que se concretizaria através da vitória
dos filhos da luz, liderados pelo messias sobre os filhos das trevas, os
quais implantariam um reinado de Justiça no planeta Terra.
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Zelotes ou Sicários
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Membros de um partido-seita da
judeía no tempo de Cristo que se opunha radicalmente a dominação romana, como
totalmente incompatível com a soberania do Deus de Israel. Eram os
fundamentalistas islâmicos, ou seja seriam os terroristas do tempo de Cristo.
Organizavam atentados contra os romanos, brigavam entre si e com outras
seitas, e planejavam a revolta liderada pelo Messias, que para eles
definitivamente não era Jesus. Por causa deles é que Jerusalém, juntamente
com o seu templo foi destruída. Mas alguns de seus líderes mais
inescrupulosos, insuflavam a população na tentativa de conseguir adeptos
baseando-se e interpretando nas próprias palavras de Jesus um chamamento para
a guerra; "não
para trazer a paz, mas a espada". Em Lucas cap.22 v.36, Jesus
instrui “simbolicamente” seus
seguidores que não possuem espada a comprar uma; e após a refeição do
festival judeu, em Lucas cap. 22 v 38, o Mestre averigua, aprovando, que eles
estão armados. Segundo autoridades modernas, Judas, o Iscariotes deriva de
Judas, o Sicarii - e Sicarii e Lestai eram sinônimos para zelotes. Na versão
grega de Marcos, Simão é chamado "Kananaios",
tradução grega da palavra aramaica para zelote. O Evangelho de Lucas não
deixa dúvidas. Simão é claramente identificado como zelote, e até mesmo a Bíblia do rei
James o introduz como "Simão
zelotes". Em razão dessas revoltas e rebeliões, no ano de 73,
960 judeus se suicidaram na fortaleza de Massada para não se entregarem aos
romanos.
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Destruição do Templo
Segundo os anais da história, logo após a destruição do templo de Jerusalém pelos Romanos, no ano 70 da era cristã, os eruditos judeus da Terra Santa compilaram os seis volumes da Mishná, por volta do ano 200 da era cristã, tendo por finalidade, registrar e preservar a regra básica da legislação religiosa judaica, que anteriormente eram passados oralmente de geração em geração, conforme a antiga tradição. Durante os cinco séculos seguintes o Mishná foi suplementado pela Guemará, registro de comentários, discussões e debates aportados de eruditos rabínicos e da Babilônia. Juntos esses dois textos compreendem o Talmud, que continua a ser uma fonte viva de estudo, pensamento e comentário religioso. Não poderíamos falar do judaísmo sem deixar de citar algumas particularidades dessa religião para melhor entendimento do leitor como:
a) Shabat, é o período que
compreende desde o por do sol da sexta feira ao por do sol do sábado.
b) Kosher alimentos permitidos
p/alimentação, uma vez que toda a comida feita de sangue é proibida, já que a
vida está no sangue.
c) Oito dias após o nascimento
os meninos são circuncidados, aos treze anos se tornam um Bar Mitsvá, expressão
em hebriaco que significa “ filho do
mandamento”, as meninas tornam-se uma Bar Mistvá, quando completam doze
anos.
d) O Pessach, comemora o Êxodo
do Egito, significa “para cima”, essa
expressão faz referência ao anjo do
Senhor, na última praga do Egito, na qual segundo os relatos bíblicos, os
hebreus primogênitos foram poupados.
Como também não citarmos o
lugar para onde se encaminham suas peregrinações sagradas, aliais como é
constante na tradição das três grandes religiões monoteístas
(Judaísmo,Catolicismo e Islamismo). Desta forma para conhecermos e entendermos
melhor “O Muro das Lamentações”, local de adoração do povo judeu,
recuaremos um pouco mais no tempo, mas precisamente no local aonde a tradição
sugere que seja o local em
que Abraão se preparava para sacrificar o seu filho Isaac
a Jeová, a rocha antiga denominada Monte
Moriah. Neste local a 1.000 anos antes
de Cristo, foi aonde o rei Salomão construiu o primeiro templo, a partir
daí, esse local, tornou-se um lugar de
sagradas peregrinações do povo judeu na antigüidade. Para tristeza do povo
judeu, este templo foi destruído em 588
antes de Cristo, verifica-se que o próprio Jesus na realidade nem conheceu essa
construção do rei Salomão, neste local Herodes,
o Grande, construiu um templo muito maior, na mesma plataforma onde se
ergue a chamada “rocha do sacrifício de
Abraão”.
Sendo assim, o templo de
Herodes foi construído, no mesmo local, que foi cenário da Purificação de
Maria, quando o velho Simeão tomou o Menino Jesus nos braços e
profetizou.(Lucas cap.2,vs.25a35). Este mesmo templo foi mais uma vez destruído
pelos romanos em 70 depois de Cristo, sendo reconstruído pelo muçulmanos quando
conquistaram Jerusalém no século VII, recebendo o nome de “Cúpula
da Rocha” e isto se deu em 691
depois de Cristo, pelo califa de Damasco, que mandou cobrir a parte exterior
com mosaicos de ouro, substituídos mais tarde, por ordem do turco Otman, por
45.000 azulejos. Desta forma , a “Cúpula
da Rocha” é atualmente constituída de alumínio revestido de ouro e
ornamentada com versos do Corão ou Alcorão, uma vez que tornou-se “propriedade” do Islamismo. Os
fundamentalistas, tantos Judeus, Cristãos ou Islâmicos consideram como um lugar
sagrado das “coisas últimas”. Judeus e
Cristãos consideram-no como o lugar do
Armagedão, o conflito final, antes da
vinda do Messias. Já os Muçulmanos acreditam ser o lugar onde Jesus e
Madi, este o verdadeiro Messias, conseguirão juntos, a destruição do mal e a
conversão ao Islão de judeus e cristãos. Pois o Islamismo considera Jesus como
um dos três grandes profetas, ao lado de Moisés e Maomé, sendo que o verdadeiro
Messias para eles, ainda é esperado. A
igreja da Cúpula da Rocha, ocupa o terceiro lugar entre as quatro
maravilhas do mundo Islâmico, abaixo apenas das mesquitas de Meca terra natal
do profeta Maomé e de Medina cidade onde o profeta encontrou refúgio das
perseguições que o acometeram.
Muro da Lamentações e a Cúpula da Rocha
Isto posto, voltamos ao
Judaísmo, chegamos então ao “Muro das
Lamentações”. Uma vez desapossados pelos muçulmanos do “Templo da Rocha”, que se transformou na
igreja de adoração muçulmana sob o nome de “Cúpula
da Rocha”, como já vimos, os judeus necessitavam de outro centro de devoção
e adoração, assim, encontraram-no no muro maciço que circunda a zona ocidental
da cidade antiga. Os enormes blocos de pedra considerados como pertencentes ao
primeiro templo de Salomão, são na realidade uma parede de um Templo construído
pelo rei Herodes. O seu nome nasceu em função do fato dos judeus sempre se
lamentarem pela destruição do seu Templo e do seu exílio. Ao longo de 1.000
anos, os judeus de todas as partes do mundo se dirigem para esta incrível
sinagoga sem telhado para orarem e assim estarem segundo as suas crenças mais
perto de Deus. Segundo Emmanuel, em “A Caminho da Luz”, no capítulo
intitulado “A Incompreensão do Judaísmo”,
pág. 70 e 71, o autor espiritual nos esclarece sobre a figura de Jesus e o
motivo de sua não aceitação por parte do Judaísmo ortodoxo. O autor espiritual
narra o seguinte: ”A verdade, porém, é
que Jesus, chegando ao mundo, não foi
absolutamente entendido pelo povo judeu. Os sacerdotes não esperavam que o
Redentor procurasse a hora mais escura da noite para surgir na paisagem
terrestre. Segundo a sua concepção, o
Senhor deveria chegar num carro magnificente de suas glórias divinas, trazido
do céu a Terra pela legião dos seus Tronos e Anjos; deveria humilhar todos os
reis do mundo, conferindo a Israel o cetro supremo na direção de todos os povos
do planeta; deveria operar todos os
prodígios, ofuscando a glória dos Césares. E, no entanto, o Cristo surgira entre os animais humildes da
manjedoura; apresentava-se como filho de um carpinteiro e, no cumprimento de
sua gloriosa missão de amor e de humildade, protegia as prostitutas, confundia-se
com os pobres e com os humilhados, visitava as casas suspeitas para lá arrancar
os seus auxiliares e seguidores; seus companheiros prediletos eram os
pescadores ignorantes e humildes, dos quais fazia apóstolos bem-amados. Abandonando os templos da Lei, era
freqüentemente encontrado no Tiberíades, em cujas margens pregava aos simples a
fraternidade e o amor, a sabedoria e a humildade. O judaísmo, saturado de orgulho, não conseguiu compreender a ação do
celeste emissário. Apesar da crença fervorosa e sincera. Israel não sabia que toda a salvação tem de começar no íntimo de cada
um e, cumprindo as profecias e de seus próprios filhos, conduziu aos
martírios da cruz o divino Cordeiro.”
Sendo
assim, a facção mais liberal Judaísmo, considera hoje em dia, que Jesus foi um
grande orientador judeu, um rabino propriamente dito, apesar de alguns de seus
ensinamentos estarem diametralmente opostos a base do Judaísmo, que encontra
seus fundamentos mais profundos no Torá, como por exemplo: Jesus acreditava ter
o poder de perdoar os pecados, esse atributo sob a perspectiva judaica,
pertence somente a Deus; Jesus também alegava ter o poder de ressuscitar os
mortos, ao passo que os profetas hebreus como Elias(I Reis, cap.17, vs. 19 a 24) e Eliseu (II Reis
cap.4, vs. 32 a
36), quando operavam um prodígio; frisavam que o faziam como meros instrumentos
de Deus; Jesus ainda louvava a oração solitária, afirmando que só os hipócritas
oravam em conjunto. O
judaísmo preconiza a importância da oração grupal. E ainda o Judaísmo, não
reconhece Jesus como “Filho de Deus”
que se destaca e se eleva acima dos homens. Segundo os preceitos do judaísmo,
todos os homens são iguais, e nenhum ser mortal pode pretender a divindade,
pois todos os homens são de fato descendentes de Adão. Portanto o Judaísmo,
ainda espera a vinda do Messias, já a facção ortodoxa aguarda essa manifestação
através de inúmeros prodígios, bem como nos esclarece Emmanuel. Outros, já mais
liberais, acreditam que a redenção futura se consolidará pela própria
modificação dos homens na terra. Mas ao mesmo tempo todos frisam que o autor da
redenção é Deus, sendo o Messias mero instrumento da ação do criador, que terá
a missão de restabelecer o Reino Divino na Terra.
Encerrando este
capítulo relacionaremos um breve resumo dos pilares da fé e particularidades
segundo o Judaísmo:
- Crença na existência de Deus;
-
Unicidade de Deus;
-
Unicidade na Adoração;
-
Unicidade nos Atributos de Deus( Imaterialidade, Onisciência,
Onipotência, Imutabilidade);
-
Crença nos Anjos como mensageiros de Deus;
-
Crença que Moisés foi o maior de todos os profetas;
-
Crença no Torá (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio);
-
Crença na vinda do Messias;
-
Crença na ressurreição dos mortos e no Juízo Final.
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