terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Moises e a evocação dos mortos


MOISÉS E A EVOCAÇÃO DOS MORTOS

                “Assim começa o profetismo, ou mediunidade sagrada, em Israel. Moisés, iniciado nos mistérios de  Ísis, graças a sua longa permanência no Egito, e sobretudo em conseqüência de suas relações familiares com o seu sogro Jetro, grã-sacerdote de Heliópolis, foi a seu turno o grande iniciador psíquico de seu povo, antes de se constituir em seu imortal legislador.
                Desde então a mediunidade profética se tornou permanente na raça judaica, posto que intermitente em suas manifestações. Está visivelmente subordinada a certos estados psicológicos, que não são sempre constantes nem nos indivíduos nem nos povos.”(Léon Denis, No Invisível, págs. 387 e 388).

          “Os antigos egípcios acreditavam na imortalidade da alma, nas recompensas e castigos numa outra vida, e na reencarnação. Tinham constante preocupação a respeito da vida depois da morte corporal; a sua vida era um incessante esforço para bem morrer. Conheciam as ciências psíquicas, o destino das almas no mundo invisível, e a comunicação entre os encarnados e os desencarnados. Em todas estas coisas, naturalmente, só os altos iniciados possuíam conhecimentos claros; o povo, em geral, contentava-se com lendas,  símbolos e,  principalmente,  com pomposas festas.” “Depois de passar longo tempo no mundo espiritual, a alma, segundo as crenças dos egípcios, renascia em novo corpo na Terra. Por isso cuidavam de embalsamar e conservar os corpos dos mortos; pois pensavam que a alma não precisaria reencarnar enquanto estivesse conservada a sua múmia. Por isso também cada rei, quando subia ao trono, começava, antes de tudo, a construir o seu túmulo, em forma duma pirâmide, a qual porém, servia também para estudos astronômicos e ocultistas.”( F.V.Lorenz, A Voz do Antigo Egito, Cap. X, págs. 60 e 61).

 


                A Bíblia atesta e reconhece os grandes iniciados do Egito, como portadores das grandes verdades espirituais.

ATOS DOS APÓSTOLOS CAP.7,V. 20 a 22
“Por este mesmo tempo nasceu Moisés. Era belo aos olhos de Deus e por três meses foi criado na casa paterna. Depois, quando foi exposto,  a filha do faraó o recolheu e o criou como seu próprio filho. Moisés foi instruído em todas as ciências do egípcios, e tornou-se forte em palavras e obras.

                “Qual a intenção de Moisés no Deuteronômio, recomendado “que ninguém interrogasse os mortos para saber a verdade”?
                __Antes de tudo, faz-se preciso considerar que a afirmativa tem sido objeto injusto de largas discussões  por  parte  dos  adversários  na  nova  revelação  que  o Espiritismo trouxe aos homens, na sua feição de Consolador.
                As expressões sectárias, todavia, devem considerar que a época de Moisés não comportava as indagações  do  Invisível,   porquanto  o  comércio  com  os   desencarnados  se  faria  com  material  humano excessivamente grosseiro e inferior.”( Emanuel, O Consolador, Questão 274.)

                “É aconselhável a evocação direta de determinados Espíritos?”
                __ “Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, em caso algum.
                Se essa evocação é passível de êxito, sua exeqüibilidade somente pode ser examinada no plano espiritual. Daí a necessidade de sermos espontâneos, porquanto, no complexo dos fenômenos espíritas, a solução de muitas incógnitas espera o avanço moral dos aprendizes sinceros da Doutrina. O estudioso bem-intencionado, portanto, deve pedir sem exigir, orar sem reclamar, observar sem pressa, considerando que a esfera espiritual lhe conhece os méritos e retribuirá os seus esforços de acordo com a necessidade de sua posição evolutiva e segundo o merecimento do seu coração.Podereis objetar que Allan Kardec se interessou pela evocação direta, procedendo a realizações dessa natureza, mas precisamos ponderar,  no seu esforço, a tarefa excepcional do Codificador, aliada a necessidade e méritos ainda distantes da esfera da atividade dos
aprendizes comuns.” (Emmanuel, O Consolador, pág.207, Questão 369).

                Na passagem abaixo Moisés atesta incondicionalmente a mediunidade de Eldad e Medad. Concluímos então, se todos profetizassem em Israel, ou seja, praticassem a mediunidade de maneira consciente e responsável, contatando os bons Espíritos, Moisés não a teria proibido no Deuteronômio como explica Emmanuel.

NÚMEROS CAP.11,VS. 24 a 30
Moisés saiu e referiu ao povo as palavras do Senhor. Reuniu setenta homens dos anciãos do povo e os colocou em volta da tenda. O Senhor desceu numa nuvem e falou a Moisés; tomou uma parte do espírito que o animava e o pós sobre os setenta anciãos. Apenas repousara o espírito sobre eles, começaram a profetizar; mas não continuaram.Dois homens tinham ficado no acampamento: um chamava-se Eldad e o outro Medad, e o espírito repousou também sobre eles, pois tinham sido alistados, mas não tinham ido a tenda; e profetizaram no acampamento. Então Josué filho de Nun, servo de Moisés desde a juventude, tomou a palavra: “Moisés disse ele, meu senhor, impede-os”. Moisés, porém, respondeu: “Por que és tão zeloso por min? Provera a Deus que todo o povo do Senhor profetizasse, e que o Senhor lhe desse seu espírito!”. E Moisés retirou-se do acampamento com os anciãos de Israel.




DEUTERONÔMIO CAP.18, VS.9 a 11
Quando  tiveres  entrado  na  terra  que o Senhor teu Deus, te dá. Não te porás a imitar práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem que se de à adivinhação. À astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à evocação dos mortos.

                “Ora os Antigos eram demasiado positivos e muito conscienciosos, não teriam praticado o Culto dos Mortos, se não tivessem conhecido a Vida no Além da tumba, e as suas diferentes hierarquias, e não teriam levantado altares às Almas pertencentes às duas hierarquias, a heróica e a divina,  se esse culto não fosse útil à Humanidade, e se a Comunhão com as Almas não tivesse sido para eles certa e experimentalmente demonstrada.”(F.V.Lorenz, A Voz do Antigo Egito, Cap.XI, pág.66).

ISAÍAS CAP. 8 V. 19
Consultai os espíritos dos mortos, os advinhos, os que conhecem os segredos e dizem em voz baixa: Porventura um povo não deve consultar os seus deuses? Consultar os mortos em favor dos vivos?


                O profeta Isaías, escreve o motivo que levou a proibição de Moisés, que seria a prática nociva no exercício da mediunidade no antigo Egito.

ISAÍAS, CAP. 19, V. 3
O Egito perderá a cabeça, e eu abolirei sua prudência. Consultarão os ídolos e feiticeiros, os evocadores de mortos e advinhos.

Em Sabedoria, Salomão atesta que uma fez criada por Deus a alma é imortal

SABEDORIA CAP. 2, V. 23
Ora Deus criou o homem para a imortalidade e o fez a imagem de sua própria natureza.

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