MOISÉS E A EVOCAÇÃO DOS MORTOS
“Assim começa o profetismo, ou
mediunidade sagrada, em
Israel. Moisés , iniciado nos mistérios de Ísis, graças a sua longa permanência no
Egito, e sobretudo em conseqüência de suas relações familiares com o seu sogro
Jetro, grã-sacerdote de Heliópolis, foi a seu turno o grande iniciador psíquico
de seu povo, antes de se constituir em seu imortal legislador.
Desde então a mediunidade
profética se tornou permanente na raça judaica, posto que intermitente em suas
manifestações. Está visivelmente subordinada a certos estados psicológicos, que
não são sempre constantes nem nos indivíduos nem nos povos.”(Léon Denis, No
Invisível, págs. 387 e 388).
“Os antigos egípcios acreditavam na
imortalidade da alma, nas recompensas e castigos numa outra vida, e na
reencarnação. Tinham constante preocupação a respeito da vida depois da morte
corporal; a sua vida era um incessante esforço para bem morrer. Conheciam as
ciências psíquicas, o destino das almas no mundo invisível, e a comunicação
entre os encarnados e os desencarnados. Em todas estas coisas, naturalmente, só
os altos iniciados possuíam conhecimentos claros; o povo, em geral,
contentava-se com lendas, símbolos
e, principalmente, com pomposas festas.” “Depois de passar longo
tempo no mundo espiritual, a alma, segundo as crenças dos egípcios, renascia em
novo corpo na Terra. Por isso cuidavam de embalsamar e conservar os corpos dos
mortos; pois pensavam que a alma não precisaria reencarnar enquanto estivesse
conservada a sua múmia. Por isso também cada rei, quando subia ao trono,
começava, antes de tudo, a construir o seu túmulo, em forma duma pirâmide, a
qual porém, servia também para estudos astronômicos e ocultistas.”( F.V.Lorenz,
A Voz do Antigo Egito, Cap. X, págs. 60 e 61).
A Bíblia atesta e reconhece os
grandes iniciados do Egito, como portadores das grandes verdades espirituais.
ATOS
DOS APÓSTOLOS CAP.7,V. 20 a
22
“Por
este mesmo tempo nasceu Moisés. Era belo aos olhos de Deus e por três meses foi
criado na casa paterna. Depois, quando foi exposto, a filha do faraó o recolheu e o criou como
seu próprio filho. Moisés foi instruído
em todas as ciências do egípcios, e tornou-se forte em palavras e obras.
“Qual a intenção de Moisés no
Deuteronômio, recomendado “que ninguém interrogasse os mortos para saber a
verdade”?
__Antes de tudo, faz-se preciso
considerar que a afirmativa tem sido objeto injusto de largas discussões por
parte dos adversários
na nova revelação
que o Espiritismo trouxe aos
homens, na sua feição de Consolador.
As expressões sectárias,
todavia, devem considerar que a época de Moisés não comportava as indagações do
Invisível, porquanto o
comércio com os
desencarnados se faria
com material humano excessivamente grosseiro e inferior.”(
Emanuel, O Consolador, Questão 274.)
“É
aconselhável a evocação direta de determinados Espíritos?”
__
“Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, em caso algum.
Se
essa evocação é passível de êxito, sua exeqüibilidade somente pode ser
examinada no plano espiritual. Daí a necessidade de sermos espontâneos,
porquanto, no complexo dos fenômenos espíritas, a solução de muitas incógnitas
espera o avanço moral dos aprendizes sinceros da Doutrina. O estudioso
bem-intencionado, portanto, deve pedir sem exigir, orar sem reclamar, observar
sem pressa, considerando que a esfera espiritual lhe conhece os méritos e
retribuirá os seus esforços de acordo com a necessidade de sua posição
evolutiva e segundo o merecimento do seu coração.Podereis objetar que Allan
Kardec se interessou pela evocação direta, procedendo a realizações dessa
natureza, mas precisamos ponderar, no
seu esforço, a tarefa excepcional do Codificador, aliada a necessidade e
méritos ainda distantes da esfera da atividade dos
aprendizes comuns.” (Emmanuel, O Consolador, pág.207,
Questão 369).
Na passagem abaixo Moisés atesta
incondicionalmente a mediunidade de Eldad e Medad. Concluímos então, se todos
profetizassem em Israel, ou seja, praticassem a mediunidade de maneira
consciente e responsável, contatando os bons Espíritos, Moisés não a teria
proibido no Deuteronômio como explica Emmanuel.
NÚMEROS
CAP.11,VS. 24 a
30
Moisés
saiu e referiu ao povo as palavras do Senhor. Reuniu setenta homens dos anciãos
do povo e os colocou em volta da tenda. O Senhor desceu numa nuvem e falou a
Moisés; tomou uma parte do espírito que
o animava e o pós sobre os setenta anciãos. Apenas repousara o espírito sobre eles, começaram a profetizar; mas não
continuaram.Dois homens tinham ficado no acampamento: um chamava-se Eldad e o
outro Medad, e o espírito repousou
também sobre eles, pois tinham sido alistados, mas não tinham ido a tenda; e profetizaram no acampamento. Então
Josué filho de Nun, servo de Moisés desde a juventude, tomou a palavra: “Moisés
disse ele, meu senhor, impede-os”. Moisés, porém, respondeu: “Por que és tão
zeloso por min? Provera a Deus que todo
o povo do Senhor profetizasse, e que o Senhor lhe desse seu espírito!”. E
Moisés retirou-se do acampamento com os anciãos de Israel.
DEUTERONÔMIO
CAP.18, VS.9 a 11
Quando tiveres
entrado na terra
que o Senhor teu Deus, te dá. Não te porás a imitar práticas abomináveis
da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo
seu filho ou sua filha, nem que se de à adivinhação. À astrologia, aos agouros,
ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à evocação dos mortos.
“Ora os Antigos eram demasiado
positivos e muito conscienciosos, não teriam praticado o Culto dos Mortos, se
não tivessem conhecido a Vida no Além da tumba, e as suas diferentes
hierarquias, e não teriam levantado altares às Almas pertencentes às duas hierarquias,
a heróica e a divina, se esse culto não
fosse útil à Humanidade, e se a Comunhão com as Almas não tivesse sido para
eles certa e experimentalmente demonstrada.”(F.V.Lorenz, A Voz do Antigo Egito,
Cap.XI, pág.66).
ISAÍAS
CAP. 8 V. 19
Consultai
os espíritos dos mortos, os advinhos, os que conhecem os segredos e dizem em
voz baixa: Porventura um povo não deve consultar os seus deuses? Consultar os mortos em favor dos vivos?
O profeta Isaías, escreve o motivo que levou a
proibição de Moisés, que seria a prática nociva no exercício da mediunidade no
antigo Egito.
ISAÍAS, CAP. 19, V. 3
O Egito perderá a cabeça, e eu abolirei sua prudência.
Consultarão os ídolos e feiticeiros, os
evocadores de mortos e advinhos.
Em
Sabedoria, Salomão atesta que uma fez criada por Deus a alma é imortal
SABEDORIA CAP. 2, V. 23
Ora Deus criou o homem para a imortalidade e o fez a imagem de sua própria natureza.
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