A RELIGIÃO DA BABILÔNIA
Após
a morte do rei Nabucodonosor, o império babilônico começou a ruir
vertiginosamente, e com ele os seus deuses e suas crenças. Seu último rei
Nabonídes (556-539 a .
C.), vivia no deserto enquanto o seu
filho Baltazar reinava como príncipe regente do império decadente. Num banquete
realizado em umas das enormes praças da esplendorosa cidade, episódio que é
narrado pela Bíblia em Daniel (cap.5), Baltazar ousou servir-se dos vasos de
ouro, que roubara do Templo de Jerusalém.
Enquanto se divertiam, por conta disso, apareceu uma mão que materializando-se escreveu na parede a misteriosa frase : “mene, mene, tekel, upharsin”, Baltazar recorreu aos seus advinhos, que atônitos não conseguiram decifrar o sentido da inscrição. O profeta Daniel que vivia na cidade, foi convocado para decifrar o enigma traduzindo a escrita misteriosa: ”contato, contado, pesado e dividido”, significando que Baltazar estava prestes a perder o seu império, o que realmente aconteceu em 539, quando Ciro, o Grande, seguidor de Zoroastro, conquistou a cidade Babilônica, que passou a fazer parte do Império Persa. Esse episódio na visão judaico-cristã, marca não tão somente a queda do império, mais a desarticulação do panteão babilônico, a partir da intervenção divina do Deus de Israel, mas também a fusão de muitos de seus deuses através do sincretismo formado com a associação dos muitos deuses persas com a fusão dos impérios, assim como a implantação do zoroastrismo como religião. Citaremos somente algumas das centenas de divindades que existiam, no diversificado sistema religioso do império babilônico.
Enquanto se divertiam, por conta disso, apareceu uma mão que materializando-se escreveu na parede a misteriosa frase : “mene, mene, tekel, upharsin”, Baltazar recorreu aos seus advinhos, que atônitos não conseguiram decifrar o sentido da inscrição. O profeta Daniel que vivia na cidade, foi convocado para decifrar o enigma traduzindo a escrita misteriosa: ”contato, contado, pesado e dividido”, significando que Baltazar estava prestes a perder o seu império, o que realmente aconteceu em 539, quando Ciro, o Grande, seguidor de Zoroastro, conquistou a cidade Babilônica, que passou a fazer parte do Império Persa. Esse episódio na visão judaico-cristã, marca não tão somente a queda do império, mais a desarticulação do panteão babilônico, a partir da intervenção divina do Deus de Israel, mas também a fusão de muitos de seus deuses através do sincretismo formado com a associação dos muitos deuses persas com a fusão dos impérios, assim como a implantação do zoroastrismo como religião. Citaremos somente algumas das centenas de divindades que existiam, no diversificado sistema religioso do império babilônico.
A MITOLOGIA BABILÔNICA
NOME
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SIGNIFICADO
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ADAD
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DEUS DO TEMPO
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ASHMAN
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DEUSA DO TRIGO
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BEL
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DEUSA DA TERRA
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EA/ENKI
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DEUS(A) DA SABEDORIA
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ENLIL E NINLIL
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DEUS DO AR
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GIBIL
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DEUS DO FOGO
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GULA
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DEUSA DA MEDICINA
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INANA
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DEUSA DA FERTILIDADE
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ISHTAR
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DEUSA DO AMOR E FERTILIDADE
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LILITH
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DEUSA DA MORTE
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MARDUK
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DEUS SUPREMO
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NAMU
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DEUSA DAS ÁGUAS DO MAR
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NAVA
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DEUS DOS SONHOS
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NERGAL OU ERESSHKIGAL
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GUARDIÃO DO REINO DOS MORTOS
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NINGAL
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DEUS DA LUA
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NINIBE
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DEUS DA CAÇA/GUERRA/AGRICULTURA
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SAMASH
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DEUS DO SOL
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SAMASH/UTU
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DEUS DA JUSTIÇA/ADVINHAÇÕES
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SHAMATH
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DEUSA DO EROTISMO
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TAMUZ
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DEUS DA PRIMAVERA/BELEZA
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O CÓDIGO HAMURABI
O código Hamurábi, foi
escrito pelo rei Hamurábi, cerca de 1.900 a . C., ou seja uns quinhentos anos antes
dos hebreus serem supostamente libertados do julgo egípcio por Moisés. Esse
grande rei unificou todas as cidades da Mesopotâmia, formando o poderoso
Império da Babilônia. Seu reinado viveu um período de grande florescimento
cultural através da literatura, da matemática, da astronomia e da astrologia,
assim como da justiça. Seu famoso código foi descoberto em Susa em 1.600 a . C., e hoje exposto
no museu do Louvre em Paris, contém
diversas leis distribuídas em 282 artigos que na realidade influenciaram
de uma certa forma aos códigos contidos no Êxodo, Levítico e no Deuteronômio
dos hebreus. Suas leis regulamentavam toda a vida da comunidade; divisão de
classes sociais, comércio, juros, casamento, herança, etc. Segundo a legislação de Hamurabi, a injúria e
os danos deveriam ser vingados com atitudes equivalentes, e é nele que
encontramos a expressão de retaliação: “olho por olho e dente por dente”.
Sendo assim, se alguém
matava injustamente, deveria ser morto pela família da vítima. Além do seu
aspecto penal, o código era também uma regulamentação econômico-social dos
domínios do rei. As diversas profissões nele se achavam minuciosamente reguladas,
assim como instituições como o casamento e o divórcio. Eis aqui um trecho do Código de Hamarabi:
“Se alguém
penetrar numa casa por arrombamento, deve morrer, e o seu corpo deve ser
enterrado no próprio local do arrombamento”
“Quando um
arquiteto construir uma casa, tão negligentemente que ela se desmorone, e que o
proprietário morra na derrocada, esse arquiteto deve ser morto. Se o filho do
proprietário morrer, o filho do arquiteto deve ser morto também. Se morrer um
escravo do proprietário, o arquiteto deverá dar ao cliente um escravo para
substituir o escravo perdido”
Esse Código, que originou-se nos tempos do
patriarca Abraão, e veio a ser o primeiro documento legal que humanidade
conheceu. Suas leis, são diretamente baseadas na lei de retribuição. Consta que
o rei Hamurábi a exemplo de Moisés recebeu a lei do deus Shamash, o deus-sol
babilônico. Através dessas concordâncias podemos verificar que os prepostos de
Jesus no plano espiritual já trabalhavam intensamente no sentido de incutir em
certos povos da antigüidade, leis que pudessem melhorar o padrão de
relacionamento com os outros indivíduos e o seu engrandecimento espiritual,
muito embora as leis fossem rígidas, talvez fossem necessárias naquela época.
Portanto, verificamos que o povo hebreu não foi o único a receber as
orientações do plano espiritual como naturalmente pensa o leigo, que não possui
conhecimentos sobre a origens das demais religiões e das civilizações. Os povos
mais antigos começaram este processo já com os próprios Vedas, com seus
regulamentos e normas que orientam o homem como proceder na Terra, sendo que
esses ensinamentos também foram dados por Deus, ao seu filho mais dileto;
Krishna, segundo as crenças da Índia, ensinamentos muito similares com os dez
mandamentos recebidos por Moisés no monte Sinai. Mas sem sombras de dúvidas
verificamos uma influência direta dos povos da antiga mesopotâmia na formação,
no pensamento e na filosofia do povo hebreu, pois o pensamento indiano, apesar
de ser mais antigo, era mais elevado para ser absorvido prontamente pelos povos
mais rudes, como é o caso dos hebreus e os semitas de forma geral, além
disso, a proximidade geográfica
facilitava o intercâmbio cultural em todos os seus aspectos. Segundo o Espírito
Emmanuel, inicialmente os degredados do Sistema de Capela, reuniram-se aqui na
Terra, pelas leis das afinidades, dessa
maneira os habitantes da mesopotâmia, do oriente médio, como da própria Índia,
pertenciam a grupos diferenciados, dado a natureza dos suas idéias religiosas.
Paralelo a isso, a cultura da mesopotâmia era bem rica e diversificada se
comparada a do povo hebreu, que carecia
de uma base mais sólida que sustentasse os seus questionamentos mais profundos,
desta forma, tudo leva a crer que adaptaram a estrutura que já existia e que
conheceram na Babilônia, nos tempos de exílio, convergindo para sua realidade,
as leis do rei Hamurabi.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGostei muito deste estudo, este estudo é de grande valia para quem quer fazer o curso de Ciência da Religião. Para mim foi uma experiência incrível e de grande proveito.
ResponderExcluirKerygma
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Pastor e Mestre em Teologia