A MEDIUNIDADE E O MAGNETISMO DOS MAGOS
MATEUS,
CAP. 2, V. 1
Tendo,
pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que os magos vieram do oriente a Jerusalém.
“Também na época cristã, ao lado
dos milagres dos santos, encontramos os sortilégios dos bruxos, e vemos que as
ciências ocultas, e assim em todos os períodos da História, eram mais
especialmente voltadas para o conhecer
o porvir. As antiquíssimas formas de adivinhação,
outras inumeráveis se foram agregando, até formar uma cadeia deveras
interminável. Eis um pequeno elenco: Aburomancia, alvromancia,
cristomancia (adivinhação com
farinha sobre a
cabeça da vítima nos
sacrifícios), aeromomancia ( pelo
vento ), aletromancia ( pelo galo ), aritmomancia (pelos
números), astragalomancia e cubomancia
(pelos dados e fichas), astrologia (pelos astros), axinomancia (por um
círio), belomancia (pela fecha), botanomancia (pelas folhas), bibliomancia (por
um livro), cartomancia (pelo baralho), capnomancia (pelo vapor), catopromancia
(pelos espelhos), cleidomancia (pelas chaves), cefalomancia (pela cabeça do
asno), ceraunomancia (pelos raios), ceromancia (por figuras de cera),
coscinomancia (pela peneira), cromniomancia (pelo cabelo), dactilomancia(pelo
exame dos dedos), dafnomancia (pelo louro), epatocoscopia (pelo exame do fígado
da vítima), filorodomancia (pelas pétalas de rosa), farmancia (pelos perfumes),
geomancia (pela terra), gastromancia (por vasos de água), giromancia (por
círculos traçados no solo), hidromancia (por vasos cheios de água),
giromancia(por círculos traçados no solo), hidromancia (pela água), ictiomancia
(pelos peixes), lampadomancia, licnomancia (pela forma de chamas nas lâmpadas),
lebanomancia pela fumaça do incenso), leconomancia (pelos recipientes cheios de
água), margaritomancia (pelas pérolas), metatoscopia (pelas rugas do rosto),
molibdomancia (pela cera ou chumbo), miomancia (pelos ratos), necromancia
(evocando os mortos), nefelomancia (observando as nuvens), ofiomancia (por
serpentes), oniromancia (pelos sonhos), ooscopia (pelos ovos), onomamancia
(pelos nomes próprios), partenomancia (pelos sinais da virgindade), piromancia
(pelo fogo), quiromancia (pelo exame das mãos), rabdomancia (pela varinha),
rapsodomancia (pelos livros proféticos), sicomancia (por folhas da figueira),
estafilomancia (por passas de uva), tetromancia (pela cinza dos sacrifícios),
terascopia (pelas imagens), xilomancia (pelo ramos espargidos no solo).
Entre estes sistemas
adivinhatórios sobressaem a catoptromancia, que se exercia com espelhos; a
hidromancia, a leconomancia, a gastromancia, que tinham por base a água. Os
espiritistas denominam a primeira de “visão no cristal”e as outras “mediunidade
no copo de água”.mas todas, no fundo, têm um mesmo princípio e um mesmo alvo: a
alucinação produzida pelo fixar de
uma superfície brilhante. Alguns, ao
contrário, obtinham os mesmos
efeitos contemplando uma das unhas, um escudo, a lâmina de uma espada. A
antigüidade destes sistemas de adivinhação é indubitável, e encontramos traços
na Bíblia, onde se faz menção do copo
pelo qual José fazia suas adivinhações; na Grécia, ao oráculo de Apolo, cujas
respostas se obtinham olhando em um poço.Varrão assegura que o uso dos espelhos
mágicos é originário da Pérsia. Santo Agostinho diz que Numa via aparecer na
água a imagem dos deuses que lhe indicavam o que devia fazer. Plínio e Apuleio
assim descrevem a “leconomancia”: colocavam-se em um recipiente cheio de água
algumas lâminas de ouro e prata, e pouco depois se viam aparecer as figuras
desejadas: ouvia-se adiante a resposta, com o que o fenômeno auditivo se unia
ao visual. Espartiano narra a Dídio Juliano, antes da batalha a Septímio
Severo, consultou o espelho mágico, por intermédio de um menino, sobre cuja
cabeça se havia previamente feito encantamentos. “(César Lombroso, Hipnotismo e
Mediunidade, págs. 215 a
217).
“Muitos processos são usados
para esse desenvolvimento, sendo os mais
comuns, para a vidência por exemplo, os
do grupo da cristalovidência, isto é: a fixação de superfícies lisas e
brilhantes como sejam bolas de vidro, garrafas ou copos contendo água,
espelhos, lentes, objetos de metal polido, poças de água, borrões de tinta e a
própria unha convenientemente polida.
Não havendo mediunidade __
tarefa, nenhum processo material ou artificial dará resultado se, do ponto de
vista moral, ou segundo as necessidades de sua própria evolução, o indivíduo
não for digno.As superfícies brilhantes provocam uma auto-hipnotização que nada
resolve em definitivo, porque se os assistentes invisíveis nada projetarem
sobre tais superfícies nada poderá ser visto; costumam todavia os guias
aconselhar às vezes tais processos com o intuito de obrigar o estudante e fazer
exercícios de concentração, familiarizando-se com a disciplina mental. Costumam
também agir diretamente sobre os médiuns em desenvolvimento, aumentando-lhes as
vibrações da glândula Pienal e projetando-lhes durante o sono ou semi-sono,
quadros simbólicos no campo da visão. ”(Edgard Armond, Mediunidade 1º Parte,
pág. 51 e 52)
O próprio José utilizava-se desse artifício, Vejamos:
GÊNESIS
CAP.44,V.5
(A
taça que roubaste) é aquela em que bebe o
meu senhor e da qual se serve para suas adivinhações.
***
Muitos dos antigos sacerdotes possuíam grandes poderes
anímicos ao ponto de se equivalerem ao grande médium Moisés em vários pontos,
como podemos observar abaixo:
ÊXODO
CAP.7,VS.11 e 12, 19, 22
Mas
o Faraó, mandando vir os sábios, os
encantadores e os mágicos, estes
fizeram mesmo com seus encantamentos: jogaram
cada uma de suas varas, que se transformaram em serpentes. Mas a vara
de Aarão engoliu as deles. Entretanto, como o Senhor o havia anunciado,
endureceu-se o coração do Faraó e não quis ouvi-los.O Senhor disse a Moisés:
“Diz a Aarão: toma a tua vara e estende a mão sobre as águas dos rios do Egito,
sobre os
seus rios e seus canais, sobre
seus lagos e seus reservatórios, para
que estas águas se tornem sangue. Haverá sangue em todo o Egito,
assim nos recipientes de madeira como nos de pedra”. Mas os mágicos do Egito, tendo feito outro tanto com seus encantamentos,
o coração do Faraó permaneceu endurecido: e, como o Senhor havia predito, não ouviu a Moisés e Aarão.
ÊXODO
CAP.8, VS.5 a 7 , 17 a
19,24
O
Senhor disse a Moisés: “ Diz a Aarão: estende tua vara sobre os rios, os canais
e os lagos, e faz subir as rãs sobre as terras do Egito”. Aarão levantou a mão sobre as águas do Egito, e as rãs subiram e
cobriram a terra. Os mágicos, porém, fizeram outro tanto com seus encantamentos:
fizeram subir as rãs sobre a terra do Egito.Fizeram assim: Aarão estendeu a mão
com sua vara , feriu o pó da terra; e houve mosquitos sobre os homens e os
animais. Toda a terra
se transformou em mosquitos em todo o Egito. Os mágicos , usando de seus encantamentos,
tentaram produzir os mosquitos, mas não o puderam. Os mosquitos ficavam
sobre os homens e os animais. Então os mágicos disseram ao Faraó: “Isto é o dedo de Deus”. Mas o coração
do Faraó permaneceu endurecido e, como o Senhor havia predito, não ouviu a
Moisés e Aarão.
Eclesiástico
refere-se nessa passagem ao profeta Eliseu.
ECLESIÁSTICO
CAP. 49 V 18
Seus
ossos foram conservados com cuidado;
depois de sua morte fizeram profecia.
Muitos magos também existiam no
tempo de Jesus, dividindo com ele as atenções do povo de Israel.
ATOS
DOS APÓSTOLOS, CAP. 8, VS. 9 a
11
Ora,
havia ali um homem, por nome Simão, que exercia magia na cidade, maravilhando o povo de Samaria, e fazia-se passar
por um grande personagem. Todos lhe davam ouvidos, o menor até o maior,
comentando: “Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande. Eles o atendiam,
porque por muito tempo hvia deslumbrado com suas artes mágicas.
ATOS
DOS APÓSTOLOS, CAP.13, V.6
Percorreram toda a ilha de Pafos e acharam um judeu chamado Bar-Jesus, mago e falso profeta.
Percorreram toda a ilha de Pafos e acharam um judeu chamado Bar-Jesus, mago e falso profeta.
“Muito se tem falado de pessoas
que, deitando as cartas, disseram coisas de surpreendente verdade. De modo nenhum
pretendemos fazer-nos apologistas
dos leitores da “buena-dicha” que exploram a credulidade dos
espíritos fracos e
cuja linguagem ambígua
se presta a todas as combinações de uma imaginação
abalada; mas, não é todo impossível que certas pessoas, fazendo disso um
ofício, tenham o dom da segunda vista, mesmo mau grado seu. Sendo assim, as
cartas, entre as suas mãos, não passam de um meio, de um pretexto, de uma base
de conversação. Elas falam de acordo com o que vêem e não com o que indicam as
cartas para as quais apenas olham. O mesmo se dá com outros meios de
adivinhação, tais como as linhas da mão, a clara de ovo e outros símbolos
místicos. Os sinais das mãos talvez tenham mais valor do que todos os outros
meios, não por si mesmos, mas porque, tomando e palpando a mão do confluente, o
pretenso advinho, se é dotado de dupla vista, estabelece relação mais direta
com aquele, como se verifica nas consultas sonambúlicas.” ( Allan Kardec, Obras
Póstumas, págs. 101 e 102).
Kardec em o “Livro dos Espíritos”indaga sobre as
propriedades da matéria, vejamos:
“A matéria elementar é
suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as
propriedades?
Sim, e é isso o que se deve entender, quando
dizemos que tudo está em tudo!”(1)
O oxigênio, o hidrogênio, o
azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples são meras
modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade em que ainda nos
achamos de remontar, a não ser pelo pensamento, a esta matéria primária, esses
corpos são para nós verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseqüências,
tê-los como tais, até nova ordem.
a)
__ Não parece que esta teoria dá razão aos que não admitem na matéria senão
duas propriedades essenciais: a força e o movimento, entendendo que todas as
demais propriedades não passam de efeitos secundários, que variam conforme a
intensidade da força e a direção do movimento?
“É acertada essa opinião. Falta
somente acrescentar: e conforme à disposição das moléculas, como o mostra, por
exemplo, um corpo opaco, que pode tornar-se transparente e vice-versa.”
“Este princípio explica o fenômeno conhecido de todos
os magnetizadores e que consiste em dar-se, pela ação da vontade, a uma
sustância qualquer, a água, por exemplo, propriedades muito diversas: um gosto
determinado e até as qualidades ativas de outras substâncias. Desde que não há
mais de um elemento primitivo e que as propriedades dos diferentes corpos são
apenas modificações desse elemento, o que se segue é que a mais inofensiva
substância tem o mesmo princípio que a mais deletéria. Assim, a água, que se
compõe de uma parte de oxigênio e de duas de hidrogênio, se torna corrosiva,
duplicando-se a proporção do oxigênio. Transformação análoga se pode produzir
por meio da ação magnética dirigida pela vontade.””(Allan Kardec, O Livro dos
Espíritos, Parte 1º, Cap. II,págs.62 e 63, Questão 33).
JOÃO
CAP. 2, VS. 7 a
9
“Jesus
ordena-lhes: “Enchei as talhas de água.”
Eles encheram-nas até em
cima. Tirai agora, disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos
serventes.” E levaram. Logo que o chefe dos serventes provou a água tornada vinho, não sabendo donde era , (se bem que o
soubessem os serventes, pois tinham tirado a água.).
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