terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Magnetismo dos Magos


A MEDIUNIDADE E O MAGNETISMO DOS MAGOS

MATEUS, CAP. 2, V. 1
Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que os magos vieram do oriente a Jerusalém.




                “Também na época cristã, ao lado dos milagres dos santos, encontramos os sortilégios dos bruxos, e vemos que as ciências ocultas, e assim em todos os períodos da História, eram mais especialmente voltadas para  o  conhecer  o  porvir.  As antiquíssimas formas de adivinhação, outras inumeráveis se foram agregando, até formar uma cadeia deveras interminável. Eis um pequeno elenco: Aburomancia,  alvromancia,  cristomancia   (adivinhação  com  farinha  sobre  a  cabeça  da vítima  nos  sacrifícios),   aeromomancia   ( pelo  vento ),   aletromancia  ( pelo galo ),  aritmomancia     (pelos  números), astragalomancia  e  cubomancia  (pelos dados e fichas), astrologia (pelos astros), axinomancia (por um círio), belomancia (pela fecha), botanomancia (pelas folhas), bibliomancia (por um livro), cartomancia (pelo baralho), capnomancia (pelo vapor), catopromancia (pelos espelhos), cleidomancia (pelas chaves), cefalomancia (pela cabeça do asno), ceraunomancia (pelos raios), ceromancia (por figuras de cera), coscinomancia (pela peneira), cromniomancia (pelo cabelo), dactilomancia(pelo exame dos dedos), dafnomancia (pelo louro), epatocoscopia (pelo exame do fígado da vítima), filorodomancia (pelas pétalas de rosa), farmancia (pelos perfumes), geomancia (pela terra), gastromancia (por vasos de água), giromancia (por círculos traçados no solo), hidromancia (por vasos cheios de água), giromancia(por círculos traçados no solo), hidromancia (pela água), ictiomancia (pelos peixes), lampadomancia, licnomancia (pela forma de chamas nas lâmpadas), lebanomancia pela fumaça do incenso), leconomancia (pelos recipientes cheios de água), margaritomancia (pelas pérolas), metatoscopia (pelas rugas do rosto), molibdomancia (pela cera ou chumbo), miomancia (pelos ratos), necromancia (evocando os mortos), nefelomancia (observando as nuvens), ofiomancia (por serpentes), oniromancia (pelos sonhos), ooscopia (pelos ovos), onomamancia (pelos nomes próprios), partenomancia (pelos sinais da virgindade), piromancia (pelo fogo), quiromancia (pelo exame das mãos), rabdomancia (pela varinha), rapsodomancia (pelos livros proféticos), sicomancia (por folhas da figueira), estafilomancia (por passas de uva), tetromancia (pela cinza dos sacrifícios), terascopia (pelas imagens), xilomancia (pelo ramos espargidos no solo).
                Entre estes sistemas adivinhatórios sobressaem a catoptromancia, que se exercia com espelhos; a hidromancia, a leconomancia, a gastromancia, que tinham por base a água. Os espiritistas denominam a primeira de “visão no cristal”e as outras “mediunidade no copo de água”.mas todas, no fundo, têm um mesmo princípio e um mesmo alvo: a alucinação produzida pelo fixar de  uma  superfície  brilhante. Alguns,  ao  contrário, obtinham  os  mesmos  efeitos contemplando uma das unhas, um escudo, a lâmina de uma espada. A antigüidade destes sistemas de adivinhação é indubitável, e encontramos traços na Bíblia,  onde se faz menção do copo pelo qual José fazia suas adivinhações; na Grécia, ao oráculo de Apolo, cujas respostas se obtinham olhando em um poço.Varrão assegura que o uso dos espelhos mágicos é originário da Pérsia. Santo Agostinho diz que Numa via aparecer na água a imagem dos deuses que lhe indicavam o que devia fazer. Plínio e Apuleio assim descrevem a “leconomancia”: colocavam-se em um recipiente cheio de água algumas lâminas de ouro e prata, e pouco depois se viam aparecer as figuras desejadas: ouvia-se adiante a resposta, com o que o fenômeno auditivo se unia ao visual. Espartiano narra a Dídio Juliano, antes da batalha a Septímio Severo, consultou o espelho mágico, por intermédio de um menino, sobre cuja cabeça se havia previamente feito encantamentos. “(César Lombroso, Hipnotismo e Mediunidade, págs. 215 a 217).

                “Muitos processos são usados para esse desenvolvimento,  sendo os mais comuns,  para a vidência por exemplo, os do grupo da cristalovidência, isto é: a fixação de superfícies lisas e brilhantes como sejam bolas de vidro, garrafas ou copos contendo água, espelhos, lentes, objetos de metal polido, poças de água, borrões de tinta e a própria unha convenientemente polida.
                Não havendo mediunidade __ tarefa, nenhum processo material ou artificial dará resultado se, do ponto de vista moral, ou segundo as necessidades de sua própria evolução, o indivíduo não for digno.As superfícies brilhantes provocam uma auto-hipnotização que nada resolve em definitivo, porque se os assistentes invisíveis nada projetarem sobre tais superfícies nada poderá ser visto; costumam todavia os guias aconselhar às vezes tais processos com o intuito de obrigar o estudante e fazer exercícios de concentração, familiarizando-se com a disciplina mental. Costumam também agir diretamente sobre os médiuns em desenvolvimento, aumentando-lhes as vibrações da glândula Pienal e projetando-lhes durante o sono ou semi-sono, quadros simbólicos no campo da visão. ”(Edgard Armond, Mediunidade 1º Parte, pág. 51 e 52)

                O próprio José utilizava-se desse artifício, Vejamos:

GÊNESIS CAP.44,V.5
(A taça que roubaste) é aquela em que bebe o meu senhor e da qual se serve para suas adivinhações

***
Muitos dos antigos sacerdotes possuíam grandes poderes anímicos ao ponto de se equivalerem ao grande médium Moisés em vários pontos, como podemos observar abaixo:

ÊXODO CAP.7,VS.11 e 12, 19, 22
Mas o Faraó, mandando vir os sábios, os encantadores e os mágicos, estes fizeram mesmo com seus encantamentos: jogaram cada uma de suas varas, que se transformaram em serpentes. Mas a vara de Aarão engoliu as deles. Entretanto, como o Senhor o havia anunciado, endureceu-se o coração do Faraó e não quis ouvi-los.O Senhor disse a Moisés: “Diz a Aarão: toma a tua vara e estende a mão sobre as águas dos rios do Egito, sobre  os  seus  rios e seus canais, sobre seus lagos e seus reservatórios,  para que estas águas se tornem sangue. Haverá sangue em todo o Egito, assim nos recipientes de madeira como nos de pedra”. Mas os mágicos do Egito, tendo feito outro tanto com seus encantamentos, o coração do Faraó permaneceu endurecido: e, como o Senhor havia predito,  não ouviu a Moisés e Aarão.




ÊXODO CAP.8, VS.5 a 7 , 17 a 19,24
O Senhor disse a Moisés: “ Diz a Aarão: estende tua vara sobre os rios, os canais e os lagos, e faz subir as rãs sobre as terras do Egito”. Aarão levantou a mão sobre as águas do Egito, e as rãs subiram e cobriram a terra. Os mágicos, porém, fizeram outro tanto com seus encantamentos: fizeram subir as rãs sobre a terra do Egito.Fizeram assim: Aarão estendeu a mão com sua vara , feriu o pó da terra; e houve mosquitos sobre os homens e  os  animais. Toda  a  terra  se  transformou em  mosquitos em todo o Egito. Os mágicos , usando de seus encantamentos, tentaram produzir os mosquitos, mas não o puderam. Os mosquitos ficavam sobre os homens e os animais. Então os mágicos disseram ao Faraó: “Isto é o dedo de Deus”. Mas o coração do Faraó permaneceu endurecido e, como o Senhor havia predito, não ouviu a Moisés e Aarão.

Eclesiástico refere-se nessa passagem ao profeta Eliseu.

ECLESIÁSTICO CAP. 49 V 18
Seus ossos foram conservados com cuidado; depois de sua morte fizeram profecia.

                Muitos magos também existiam no tempo de Jesus, dividindo com ele as atenções do povo de Israel.

ATOS DOS APÓSTOLOS, CAP. 8, VS. 9 a 11
Ora, havia ali um homem, por nome Simão, que exercia magia na cidade, maravilhando o povo de Samaria, e fazia-se passar por um grande personagem. Todos lhe davam ouvidos, o menor até o maior, comentando: “Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande. Eles o atendiam, porque por muito tempo hvia deslumbrado com suas artes mágicas.


Simão o Mago


Morte de Simão o Mago


ATOS DOS APÓSTOLOS, CAP.13, V.6
Percorreram toda a ilha de Pafos e acharam um judeu chamado Bar-Jesus, mago e falso profeta.




                “Muito se tem falado de pessoas que, deitando as cartas, disseram coisas de surpreendente verdade. De modo  nenhum   pretendemos  fazer-nos apologistas dos leitores da “buena-dicha” que exploram a credulidade  dos  espíritos  fracos  e  cuja  linguagem  ambígua  se  presta  a todas as combinações de uma imaginação abalada; mas, não é todo impossível que certas pessoas, fazendo disso um ofício, tenham o dom da segunda vista, mesmo mau grado seu. Sendo assim, as cartas, entre as suas mãos, não passam de um meio, de um pretexto, de uma base de conversação. Elas falam de acordo com o que vêem e não com o que indicam as cartas para as quais apenas olham. O mesmo se dá com outros meios de adivinhação, tais como as linhas da mão, a clara de ovo e outros símbolos místicos. Os sinais das mãos talvez tenham mais valor do que todos os outros meios, não por si mesmos, mas porque, tomando e palpando a mão do confluente, o pretenso advinho, se é dotado de dupla vista, estabelece relação mais direta com aquele, como se verifica nas consultas sonambúlicas.” ( Allan Kardec, Obras Póstumas, págs. 101 e 102).

                Kardec em o “Livro dos Espíritos”indaga sobre as propriedades da matéria, vejamos:

                “A matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as propriedades?
                 Sim, e é isso o que se deve entender, quando dizemos que tudo está em tudo!”(1)
                O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples são meras modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade em que ainda nos achamos de remontar, a não ser pelo pensamento, a esta matéria primária, esses corpos são para nós verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseqüências, tê-los como tais, até nova ordem.

a) __ Não parece que esta teoria dá razão aos que não admitem na matéria senão duas propriedades essenciais: a força e o movimento, entendendo que todas as demais propriedades não passam de efeitos secundários, que variam conforme a intensidade da força e a direção do movimento?

                “É acertada essa opinião. Falta somente acrescentar: e conforme à disposição das moléculas, como o mostra, por exemplo, um corpo opaco, que pode tornar-se transparente e vice-versa.”

“Este princípio explica o fenômeno conhecido de todos os magnetizadores e que consiste em dar-se, pela ação da vontade, a uma sustância qualquer, a água, por exemplo, propriedades muito diversas: um gosto determinado e até as qualidades ativas de outras substâncias. Desde que não há mais de um elemento primitivo e que as propriedades dos diferentes corpos são apenas modificações desse elemento, o que se segue é que a mais inofensiva substância tem o mesmo princípio que a mais deletéria. Assim, a água, que se compõe de uma parte de oxigênio e de duas de hidrogênio, se torna corrosiva, duplicando-se a proporção do oxigênio. Transformação análoga se pode produzir por meio da ação magnética dirigida pela vontade.””(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Parte 1º, Cap. II,págs.62 e 63, Questão 33).

JOÃO CAP. 2, VS. 7 a 9
“Jesus ordena-lhes: “Enchei as talhas de água.” Eles encheram-nas até em cima. Tirai agora, disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes.” E levaram. Logo que o chefe dos serventes provou a água tornada vinho,  não sabendo donde era , (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água.).








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