PITÁGORAS
Parte do pensamento religioso grego,
além de Alexandria, foi também muito influenciado pelas idéias egípcias,
através do matemático e filósofo nascido em Samos: Pitágoras(580-500 a .C.), que lá viveu
durante muitos anos, sendo este,
iniciado pelos sacerdotes egípcios por volta do séc. VI antes de Cristo.
Pitágoras, considerado o pai de todos os pensadores da antigüidade, passou a ter o conhecimento da lei da
reencarnação e da comunicação com os Espíritos, reforçando em parte as idéias
do orfismo, que naturalmente já conhecia e que de alguma forma tentou
revive-lo. Rememorando suas vidas passadas, teve consciência de ter sido uma
prostituta na Fenícia; esposa de um comerciante na Líbia, lavrador na Trácia; o
profeta Hermótimus, queimado vivo por seus adversários e Euphorbus, guerreiro
troiano, chegando até mesmo a reconhecer
a couraça que como guerreiro, utilizou
na guerra de Tróia. Segundo, historiadores foi além do Egito, chegando a
Babilônia, onde aprendeu com os magos caldeus a arte de calcular as órbitas
celestes. A sua concepção de ver nos números um meio usado por Deus para criar
o universo é também pensamento de
Platão, e ambos tem base na própria Bíblia, mais precisamente em Sabedoria cap.
11, v 21 lemos: “ Deus, ao criar todas as
coisas, usou para isso peso, medida e números.” Chegando a Índia,
fascinou-se com a filosofia dos Upanishads e ao que tudo indica absorveu muito
dos seus princípios. Desta forma, o
conceito da essência de alma, os conhecimentos sobre estados de
consciência diferenciados ou multidimensionais e o significado dos sonhos como
informações de um campo cósmico supra cosnciente, são pensamentos eminentimentes
hindus. Pitágoras desenvolvia a consulta
e o diálogo com os mortos, através de uma mesa denominada “mística”, juntamente com seu discípulo Filolaus. Supunha-se ser
esta mesa, uma espécie de oráculo, onde uma série de questões eram associadas a
uma série de números resultando em respostas. Princípio
muito similar ao utilizado por Allan Kardec, através das mesas girantes dar
início ao questionamento dos Espíritos em 1854.
O próprio codificador da Doutrina Espírita faz uma menção ao grande
filósofo no “Livro dos Espíritos”,
pág.143:
“Constituindo uma lei da natureza, os fenômenos estudados pelo
Espiritismo hão de ter existido desde a origem dos tempos e sempre nos
esforçamos por demonstrar que dele se descobrem sinais da antigüidade remota.
Pitágoras, como se sabe, não foi o autor da metempsicose (ou seja, da transmigração
da alma pela reencarnação); ele colheu dos filósofos indianos e dos egípcios,
que tinham desde tempos imemoriais”.
O
pensamento pitagórico influenciou muito o Judaísmo e a Cabala hebraica e por
conseguinte a Bíblia, na qual observamos de Gênesis ao Apocalipse, diversas
referências aos números
enigmáticos principalmente o três e o sete que são a alma do pensamento de
Pitágoras e Platão. Os pensadores gregos, apresentavam uma preocupação
extrema com a filosofia e apelavam somente para a lógica e a razão para
desenvolve-la, os quais tentavam desvendar a origem das coisas. Através de
diálogos transcendentais e discussões fervorosas, procuravam penetrar nos
mistérios mais profundos que envolviam a natureza, a criação do homem e de tudo
que havia, o motivo da existência e o
por que da vida, assim como o destino
dos seres após a morte, dentre outros.
Muitos desses pensamentos chegaram a influenciar escritores bíblicos como
Timóteo( II Timóteo cap. 4 v13), João Evangelista( João cap.1 v.1), Lucas (Atos
dos Apóstolos cap. 17 v28) e Paulo de Tarso (I Coríntios cap. 15 v 33).
Sócrates o maior de todos ensinava a reencarnação através da maiêutica, método
de ensino que consiste em formular perguntas ao aprendiz induzindo-o a encontrar intuitivamente as respostas nos arquivos
inconscientes, nas profundezas da alma. Muitos espiritualistas acreditam que
muitos deles reencarnaram na França, na época de Kardec, com o intuito de
fortalecer a doutrina então nascente dos Espíritos. Segundo Emmanuel em “A Caminho da Luz” o autor espiritual nos
relata na pág.90, sobre a magnífica civilização grega:
”Muitas teorias científicas, que provocam o
sensacionalismo dos vossos dias como inovações ultramodernas, foram
conhecidas na Grécia, em cujos os mestres têm os seus legítimos fundadores”.
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