terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pitágoras


PITÁGORAS


 Parte do pensamento religioso grego, além de Alexandria, foi também muito influenciado pelas idéias egípcias, através do matemático e filósofo nascido em Samos: Pitágoras(580-500 a .C.), que lá viveu durante muitos anos, sendo  este, iniciado pelos sacerdotes egípcios por volta do séc. VI antes de Cristo. Pitágoras, considerado o pai de todos os pensadores da antigüidade,  passou a ter o conhecimento da lei da reencarnação e da comunicação com os Espíritos, reforçando em parte as idéias do orfismo, que naturalmente já conhecia e que de alguma forma tentou revive-lo. Rememorando suas vidas passadas, teve consciência de ter sido uma prostituta na Fenícia; esposa de um comerciante na Líbia, lavrador na Trácia; o profeta Hermótimus, queimado vivo por seus adversários e Euphorbus, guerreiro troiano, chegando até  mesmo a reconhecer a couraça que como guerreiro, utilizou  na guerra de Tróia. Segundo, historiadores foi além do Egito, chegando a Babilônia, onde aprendeu com os magos caldeus a arte de calcular as órbitas celestes. A sua concepção de ver nos números um meio usado por Deus para criar o universo é  também pensamento de Platão, e ambos tem base na própria Bíblia, mais precisamente em Sabedoria cap. 11, v 21 lemos: “ Deus, ao criar todas as coisas, usou para isso peso, medida e números.” Chegando a Índia, fascinou-se com a filosofia dos Upanishads e ao que tudo indica absorveu muito dos seus princípios. Desta forma, o  conceito da essência de alma, os conhecimentos sobre estados de consciência diferenciados ou multidimensionais e o significado dos sonhos como informações de um campo cósmico supra cosnciente, são pensamentos eminentimentes hindus. Pitágoras  desenvolvia a consulta e o diálogo com os mortos, através de uma mesa denominada “mística”, juntamente com seu discípulo Filolaus. Supunha-se ser esta mesa, uma espécie de oráculo, onde uma série de questões eram associadas a uma série de números resultando em respostas. Princípio muito similar ao utilizado por Allan Kardec, através das mesas girantes dar início ao questionamento dos Espíritos em 1854.  O próprio codificador da Doutrina Espírita faz uma menção ao grande filósofo no “Livro dos Espíritos”, pág.143:

Constituindo uma lei da natureza, os fenômenos estudados pelo Espiritismo hão de ter existido desde a origem dos tempos e sempre nos esforçamos por demonstrar que dele se descobrem sinais da antigüidade remota. Pitágoras, como se sabe, não foi o autor da metempsicose (ou seja, da transmigração da alma pela reencarnação); ele colheu dos filósofos indianos e dos egípcios, que tinham desde tempos imemoriais”.




O pensamento pitagórico influenciou muito o Judaísmo e a Cabala hebraica e por conseguinte a Bíblia, na qual observamos de Gênesis ao Apocalipse, diversas referências aos números enigmáticos principalmente o três e o sete que são a alma do pensamento de Pitágoras e Platão. Os pensadores gregos, apresentavam uma preocupação extrema com a filosofia e apelavam somente para a lógica e a razão para desenvolve-la, os quais tentavam desvendar a origem das coisas. Através de diálogos transcendentais e discussões fervorosas, procuravam penetrar nos mistérios mais profundos que envolviam a natureza, a criação do homem e de tudo que havia, o motivo da  existência e o por que da  vida, assim como o destino dos seres após a   morte, dentre outros. Muitos desses pensamentos chegaram a influenciar escritores bíblicos como Timóteo( II Timóteo cap. 4 v13), João Evangelista( João cap.1 v.1), Lucas (Atos dos Apóstolos cap. 17 v28) e Paulo de Tarso (I Coríntios cap. 15 v 33). Sócrates o maior de todos ensinava a reencarnação através da maiêutica, método de ensino que consiste em formular perguntas ao aprendiz  induzindo-o a encontrar  intuitivamente as respostas nos arquivos inconscientes, nas profundezas da alma. Muitos espiritualistas acreditam que muitos deles reencarnaram na França, na época de Kardec, com o intuito de fortalecer a doutrina então nascente dos Espíritos. Segundo Emmanuel em “A Caminho da Luz” o autor espiritual nos relata na pág.90, sobre a magnífica civilização grega:

  ”Muitas teorias científicas, que provocam o sensacionalismo dos vossos dias como inovações ultramodernas, foram conhecidas na Grécia, em cujos os mestres têm os seus legítimos fundadores”.

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