OS MÉDIUNS FALANTES
“Os médiuns audientes, que nada
fazem do que transmitir o que ouvem, não são propriamente médiuns
falantes, os quais as mais das vezes,
nada ouvem. Com eles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atuam
sobre a mão dos médiuns escreventes. Querendo comunicar-se, o Espírito se serve
do órgão
que acha mais
maleável: de um, utiliza-se da
mão, de outro da
palavra, de um terceiro da audição. Em geral, o médium
falante se exprime sem ter consciência do que diz amiúde coisas inteiramente
fora do âmbito de suas idéias habituais, de seus conhecimentos e, até do
alcance de sua inteligência. Não é raro verem-se pessoas iletradas e de
inteligência vulgar expressar-se, em tais momentos, com verdadeira eloqüência e
tratar, com incontestável superioridade, de questões sobre as quais seriam
incapazes de emitir, no estado ordinário, uma opinião. Se bem esteja
perfeitamente acordado quando exerce a sua lembrança do que disse. Nem sempre,
porém, é integral a sua passividade. Alguns há que tem intuição do que dizem,
no próprio instante em que proferem as palavras.Estas, no médium falante, são o
instrumento de que se serve o Espírito com quem uma
pessoa estranha pode entrar em comunicação, do mesmo modo que o pode fazer com
o concurso de um médium audiente. Entre o médium falante e o médium audiente,
há uma diferença de que este fala voluntariamente para repetir o que houve, ao
passo que o outro fala involuntariamente.” (Allan Kardec, Obras Póstumas, item
44, pág. 60 e 61).
A Bíblia narra um episódio o qual podemos classificar
como um caso típico dessa mediunidade
aonde Balac é impelido a proferir palavras que eram completamente
contrárias ao seu modo de pensar.Vejamos:
NÚMEROS
CAP.23,VS.11 e 12
Balac
disse a Balaão: “Que me fizeste? Mandei-te chamar para amaldiçoares os meus
inimigos; e eis o que abençoas!”__”Porventura __ respondeu o advinho__não devo eu cuidar de só dizer o que o
Senhor põe na minha boca?”
NÚMEROS
CAP.24,VS. 1 a
3,10
Balaão
vendo que era do agrado do Senhor que abençoasse Israel, não foi como antes ao
encontro de agouros. Voltou-se para o deserto e, levantando os olhos, viu
Israel acampado nas tendas segundo as suas tribos. O Espírito de Deus vê-lo sobre ele, e pronunciou o oráculo
seguinte:Balac, encolerizado contra Balaão, bateu as mãos e disse-lhe: “Foi para amaldiçoar os meus inimigos que te
chamei, e eis que já pela terceira vez os abençoa.
A
PSICOFONIA
“Esta forma
de mediunidade se
caracteriza pela transmissão,
oral ou escrita, da comunicação do Espírito e pode
ser parcial ou total, como já dissemos. Há uma corrente de investigadores
psiquista que não considera a incorporação como uma faculdade real porque
segundo alegam, os médiuns desta classe não revelam possuir força psíquica,
especial e definida, que se manifeste por si mesma, produzindo fenômenos;
trata-se, ajuntam, de um estado passivo que denota unicamente capacidade
sonambúlica por parte do médium. Mas
tais investigadores não têm razão, segundo penso, porque:
1 ) para ser médium não é necessário possuir “uma força psíquica especial
definida” que produza fenômenos; já vimos que a mediunidade é capacidade de
percepção de vibrações mais altas e vimos também que todos possuem essa
capacidade em maior ou menor grau;
2 ) mesmo aceitando a incorporação como um estado passivo, isso não seria
argumento porque o médium de efeitos físicos ( que pertence à classe dos que
possuem, segundo muitos admitem, “força psíquica própria”), esse médium, em
transe sonambúlico, inteiramente passivo, concorre da mesma forma para produção
de fenômenos; passivo, concorre da mesma
forma para produção de fenômenos;
3 ) a incorporação, como vamos ver , nem sempre é uma forma passiva. Por outro
lado consideramos a incorporação
uma das formas
mais interessantes de mediunidade e das mais úteis porque não só
nos faculta entendimento direto e pessoal com os Espíritos, como inconscientes,
imersos em escuridão mental, bem como os maldosos, realizando assim um ato de
verdadeira caridade espiritual e cooperando com os companheiros que dirigem as
organizações assistências do Espaço, dedicados a esse trabalho.”(Edgard Armond,
Mediunidade, 1º Parte, pág.52).
“O ato mediúnico é o momento em
que o espírito comunicante e o médium se fundem na unidade psico-afetiva da
comunicação. O espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações
espirituais. Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual atingindo o
corpo espiritual do médium. A esse toque vibratório, semelhante a um brando
choque elétrico, reage o perispírito do médium. Realiza-se a fusão fluídica. Há
uma simultânea alteração no psiquismo de ambos. Cada um assimila um pouco do
outro. Uma percepção visual desse momento comove o vidente que tem a ventura de
captá-la. As irradiações perispirituais projetam sobre o rosto do médium a
máscara transparente do espírito. Compreende-se então o sentido profundo da
palavra intermúndio. Ali estão, fundidos e ao mesmo tempo distintos, o semblante
radioso do espírito e o semblante humano do médium, iluminado pelo suave clarão
da realidade espiritual. Essa superposição de planos dá aos videntes a
impressão de que o espírito comunicante incorpora no médium.”(Herculano Pires,
Mediunidade,pág.37)
Expressões como o Espírito;
“apoderou-se”, “desceu”, “virá sobre ti”, “apossou-se”, “cheio do espírito
santo”, “falando com desassombro”, “delírio”, etc., caracteriza este tipo de
mediunidade na Bíblia. Vejamos;
JUIZES
CAP. 6,V.34
O Espírito do Senhor apoderou-se de
Gedeão, o qual, tocando a trombeta,
convocou os filhos de Abieser para que o seguissem.
JUIZES CAP.15,V.14
Chegando
a Lequi, os filisteus acolheram-no com gritos de alegria, Apoderou-se, porém, de Sansão o Espírito do Senhor, e as duas
cordas que ligavam meus braços tornaram-se como fios de linho queimado, caindo
de suas mãos as armaduras.
JUIZES
CAP. 11,V.29
O Espírito do Senhor desceu sobre Jefte,
e ele, atravessando Galaad e Manasses, passou dali até Masfa de Galaad, donde
marchou contra os amonitas.
I
SAMUEL CAP.10, VS.6, 7 e 9
O Espírito do Senhor virá também sobre
ti, profetizarás com eles e
tornaste-ás um outro homem. Quando vires acontecer todos estes sinais, faz o
que a circunstância te ditar, porque
Deus estará contigo. Logo que Saul voltou as costas, despedindo-se de Samuel,
Deus transformou-lhe o coração.Todos estes sinais se cumpriram no mesmo
dia.Chegando a Gabaa, veio-lhe ao encontro um grupo de profetas; o Espírito de Deus apoderou-se de Saul e
ele pôs-se a profetizar no meio deles.
I
SAMUEL CAP. 16, V.13 e 14
Samuel
tomou o corno de óleo e ungiu-o no meio de seus irmãos. E a partir daquele momento o Espirito do Senhor
apoderou-se de Davi. Samuel porém, retomou o caminho de Rama.O Espírito do Senhor retirou-se de Saul, e um
espírito mau veio sobre ele, enviado pelo Senhor. Os homens de Saul
disseram-lhe: “Eis que um mau espírito
de Deus veio sobre ti.”
I
SAMUEL CAP.19,VS. 9 e 10
O mau espírito do Senhor, porém, veio
novamente sobre Saul. Estava ele
sentado em sua casa, com a lança na mão; Davi tocava harpa. Saul então,
procurando cravá-lo na parede; Davi desviou-se e a lança foi cravar-se na
parede. Davi esquivou-se e fugiu naquela mesma noite.
I
SAMUEL CAP.19,VS18 a 24
Davi
fugiu, pois e foi ocultar-se junto a Samuel, em Rama, e contou-lhe tudo o que
Saul lhe fizera. E foram ambos morar em Naiot. Disseram-no
a Saul: “Davi está em Naiot, perto de
Rama.” Saul mandou homens para prendê-lo, mas quando viram a comunidade dos profetas em delírio, que
tendo Samuel a sua frente, o espírito de
Deus veio sobre os enviados de Saul e começaram a profetizar.
II
CRÔNICAS CAP.15, VS.1 e 2
O espírito do Senhor se apoderou de
Azarias, filho de Oded. Este saiu ao
encontro de Asa, e lhe disse: “Escutai-me, Asa, com todo o Judá e Benjamin: O
Senhor está convosco assim como vos estais com ele. Se vos
o procurais, ele se manifestará a
vós, mas se vós o abandonais, ele vos abandonará.
II
CRÔNICAS CAP. 18,V.22
O
Senhor infundiu, portanto, um
espirito de mentira na boca de todos os profetas aqui presentes: mas foi a
tua perda que decretou o Senhor.”
II
CRÔNICAS CAP.24, VS.19 e 20
Enviou-lhes
o Senhor, profetas para os converterem a
ele; porém, pregaram em vão, e não foram escutados. Então o Espírito de Deus apossou-se de Zacarias,
filho do sacerdote Jojada, o qual se apresentou diante do povo: “Eis, disse
ele, o que diz o Senhor: Por que transgredis as ordens do Senhor ? Nada
conseguireis. Porque abandonastes o Senhor, o Senhor abandonará.
ISAÍAS
CAIP.29,V.10
Porque
o Senhor espalhou sobre vós um espírito
de torpor, fechou vossos olhos e cobriu vossas cabeças.
EZEQUIEL
CAP.2,V.2
Enquanto
ela falava, entrou o espírito em mim,
e me fez ficar de pé; então ouvi aquele que me falava.
EZEQUIEL
CAP.3 V.24
Mas o Espírito do Senhor entrou em mim para me por em pé enquanto me falava o Senhor: “Vai
encerrar-te em tua casa.”
LUCAS
CAP.1,V.67
Zacarias,
seu pai , ficou cheio do Espírito Santo
e profetizou, nestes termos:
ATOS DOS APÓSTOLOS
CAP.14, V.3
Não
obstante, eles se demoraram ali por
muito tempo, falando com desassombro e confiança no Senhor, que dava
testemunho à palavra da sua graça pelos milagres
e prodígios que ele operava por meio das mãos dos apóstolos.
HEBREUS CAP. 11 V.4
Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício bem
superior ao de Caim e mereceu ser chamado de Justo, porque aceitou as suas
ofertas. Graças a ela é que apesar da
sua morte, ele ainda fala.
A MEDIUNIDADE EXTÁTICA
“O êxtase
é o estado em que
a independência da alma, com
relação ao corpo, se manifesta de modo mais sensível e se torna, de certa
forma, palpável.No sonho e no sonambulismo, o Espírito ainda em giro pelos
mundos terrestres. No êxtase, penetra em um mundo desconhecido, e dos Espíritos
etéreos, com os quais entra em comunicação, sem todavia, lhe seja lícito
ultrapassar certos limites, porque, se os transpusesse, totalmente se partiriam
os laços que o prendem ao corpo. Cerca-o então resplendente e desusado fulgor,
inebriam-no harmonias que na Terra se desconhecem, indefinível bem-estar o
invade: goza antecipadamente da beatitude celeste e bem se pode dizer que pousa
em pé no limiar da eternidade.No estado de êxtase, o aniquilamento do corpo é
quase completo. Fica-lhe somente, pode-se dizer, a vida orgânica. Sente-se que
a alma se lhe acha presa unicamente por um fio, que mais um pequenino esforço
quebraria sem remissão.
Nesse estado, desaparecem todos
os pensamentos terrestres, cedendo lugar ao sentimento apurado, que constitui a
essência mesma do nosso ser imaterial. Inteiramente entregue a tão sublime contemplação,
o extático encara a vida apenas como passagem momentânea. Considera os bens e
os males, as alegrias grosseiras e as misérias deste mundo quais incidentes
fúteis de uma viagem, cujo termo tem a dita de avisar.Dá-se com os extáticos o
que se dá com os sonâmbulos: mais ou
menos perfeita podem ter a lucidez e
o Espírito mais ou menos apto a
conhecer e compreender as coisas, conforme seja mais ou menos elevado.
Muitas vezes,
porém, há neles mais excitação do que verdadeira lucidez, ou, melhor, muitas
vezes a exaltação lhes prejudica a lucidez. Daí o serem, freqüentemente suas
revelações um misto de verdades e erros, de coisas grandiosas e
coisas absurdas, até
ridículas. Dessa exaltação,
que é sempre
uma causa de fraqueza,quando o indivíduo não sabe
reprimi-la, Espíritos inferiores costumam
aproveitar-se para dominar o
extático, tomando, com tal intuito, aos seus olhos, aparências que mais o
aferram às idéias que nutre no estado de vigília. Há nisso um escolho, mas nem
todos são assim. Cabe-nos tudo julgar friamente e pesar-lhes as revelações na
balança da razão.”(Livro do Espíritos,Parte 2ª,Cap.VIII, Resumo teórico).
Vejamos algumas passagens Bíblicas que evidenciam esta
mediunidade:
ATOS
DOS APÓSTOLOS CAP.10,VS. 10 e 11
Então,
como sentisse fome, quis comer. Mas enquanto lho preparavam, caiu em êxtase. Viu o céu aberto e descer uma coisa parecida com uma grande toalha que baixava do céu a
terra, segura pelas quatro pontas.
ATOS
DOS APÓSTOLOS CAP. 22 VS. 17 a
21
“Voltei
para Jerusalém, e orando no templo, fui arrebatado em êxtase: E vi Jesus que
me dizia: Apressa-te e saiam logo de Jerusalém, porque não receberão o teu
testemunho a meu respeito.
APOCALIPSE CAP.1, V.10
Num domingo, fui arrebatado em êxtase, e ouvi, por trás de mim, voz
forte como trombeta, que dizia: “O que vês, escreve-o num livro e manda-o as
sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia
e a Laodicéa”.
A XENOGLOSSIA
O termo “xenoglossia”, foi inicialmente proposto pelo professor
Richet, com intuito de distinguir, de modo preciso, a mediunidade propriamente
dita, pela qual os médiuns falam ou escrevem em línguas que eles ignoram
totalmente e, às vezes, ignoradas de todos os presentes, dos casos afins, mas radicalmente
diversos de “glossolalia”, nos quais os pacientes sonambúlicos falam ou
escrevem em pseudo-línguas inexistentes, elaboradas nos recessos de suas
subconsciências, pseudo-línguas que não raro se revelam orgânicas, pelo serem
conformes às regras gramáticas.
Do ponto de
vista da classificação dos casos, observou Bozzano que os fenômenos de
“xenoglossia” se produzem nas seguintes modalidades evidenciando várias
características extrínsecas: com ou sem “automatismo falante” (possessão
mediúnica); com a “mediunidade audiente” (clariaudiência), caso em que o médium
repete foneticamente as palavras que subjetivamente percebe; com o “automatismo
escrevente” (psicografia e tipologia);
com a “voz direta”. Neste último caso, trata-se, quase sempre, de mãos materializadas,
visíveis ou invisíveis, que escrevem diretamente as suas mensagens.
Acrescentando os casos de espíritos materializados ou não que falaram em
línguas ignoradas do médium ou até mesmo dialetos já completamente
extintos.Procuramos relacionar na Bíblia
fatos similares que venham corroborar a existência do fenômeno, porquanto o que
as igrejas Católica e Protestante entendem como a vinda do “Espírito
Santo", nada mais é do que o fenômeno estudado e classificado como
mediunidade Xenoglóssica.
ATOS
DOS APÓSTOLOS CAP. 2, VS.4 a 9
Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído,
reuniu-se muita gente e maravilha-se de que
cada um os ouvia falar em sua própria língua. Profundamente impressionados,
manifestavam a sua admiração: “Não são porventura galileus todos estes que
falam? Como então todos nós
os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
Partos, medos, elamitas, os que habitam a Mesopotâmia, a Judéia, a Capadócia, o
Ponto. Ásia, a Frígida, a Panfília, o Egito, e as províncias da Líbia próximas
a Cirene, peregrinos romanos, judeus ou prosélitos, cretenenses e árabes, ouvimo-los publicar em nossas línguas as
maravilhas de Deus!”.
ATOS DOS APÓSTOLOS CAP.10, VS. 44 a 46
Estando
Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a
(santa) palavra. Os féis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro,
profundamente se admiraram, vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos; pois eles o ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus.
ATOS DOS APÓSTOLOS CAP.19,V.6
E
quando Paulo lhes impôs as mãos, o
Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e
profetizavam.
A
PSICOGRAFIA
“Essa denominação é dada às
pessoas que escrevem sob a influência dos Espíritos. Assim como um Espírito
pode atuar sobre os órgãos vocais de um médium falante e fazê-lo pronunciar
palavras, também pode servir-se da sua mão para fazê-lo escrever. A mediunidade
psicográfica apresenta três variedades bem distintas: os médiuns mecânicos, os
intuitivos e os semimecânicos.Com o médium mecânico, o Espírito lhe atua
diretamente sobre a mão, impulsionando-a . O que caracteriza este gênero de
mediunidade é a inconsciência absoluta, por parte do médium, do que sua mão
escreve. O movimento desta independe da vontade do escrevente; movimenta-se sem
interrupção, a despeito do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa a
dizer, e pára desde que este último haja concluído.O médium intuitivo, a transmissão
do pensamento serve de intermediário o Espírito do médium. O outro
Espírito, nesse caso, não atua sobre a mão para movê-la, atua sobre
a alma, identificando-se com ela e imprimindo-lhe sua vontade e suas idéias. A
alma recebe o pensamento do Espírito comunicante e o transcreve. Nesta
situação, o médium escreve, embora não grafe seus próprios pensamentos.Torna-se
freqüentemente difícil distinguir o pensamento do médium do que lhe é sugerido,
o que leva muitos médiuns deste gênero a duvidar da sua faculdade. Podem
reconhecer-se os pensamentos sugeridos pelo fato de não serem nunca
preconcebido; eles surgem à proporção que o médium vai escrevendo e não raro
são opostos idéia que este previamente concebera. Podem mesmo estar fora dos
conhecimentos e da capacidade do médium; por intuição, pode este último tratar
de um assunto que lhe seja completamente estranho. A inspiração se estende por
um campo mais vasto e geralmente vem do auxílio das capacidades e das
preocupações do Espírito encarnado. Os traços da mediunidade são, de regra,
menos evidentes.O médium semimecânico, ou semi-intuitivo participa dos outros
dois gêneros. No médium puramente mecânico,
o movimento da mão independe da
sua vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O
médium semimecânico sente na mão uma impulsão, dada mau grado seu, mas ao mesmo
tempo tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam. Com o
primeiro, o pensamento vem depois do ato de escrever; com o segundo, precede-o;
com o terceiro, acompanha-o.Sendo o médium mais do que um instrumento que
recebe e transmite o pensamento de um Espírito estranho, que obedece à impulsão
mecânica que lhe é dada, nada há que ele não possa fazer fora do campo de seus
conhecimentos, se possui a maleabilidade e a aptidão medicina necessárias.
Assim é que há médiuns desenhistas, pintores, músicos, versejadores, embora
estranhos às artes do desenho, da pintura, da música e da poesia; médiuns
iletrados, que escrevem sem ler, nem saber ler, nem escrever; médiuns
polígrafos, que reproduzem escritas de diversos gêneros e, algumas vezes, com
perfeita exatidão, a que o Espírito tinha quando encarnado; médiuns poliglotas,
que escrevem ou falam em línguas que lhes são desconhecidas, etc.”(Obras
Póstumas,Itens 50 e 51.)
CRÔNICAS,
CAP. 28,VS. 11 a
19
Deu
Davi a Salomão, seu filho, a planta do pórtico com as suas casas, as suas
tesourarias, os seus cenáculos e as suas câmaras interiores, como também da
câmara do propiciatório; também a planta de tudo quanto tinha em mente com
referência aos, átrios da casa do Senhor(e os detalhes de todos os utensílios
sacros)...Tudo isto, disse Davi, me foi
dado por escrito por mandado do Senhor, a saber, todas as obras desta
planta.
ISAÍAS,
CAP.8, V.1
E
o Senhor disse-me: “Toma uma grande placa e escreve nela em caracteres legíveis: Maer-chala-hach-baz.
JEREMIAS CAP.36, VS 1 e 2, 27 ,28,32
No
quarto ano de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, foi dirigida a palavra do
Senhor a Jeremias nestes termos: “Toma um rolo de um livro e nele escreverás todos os oráculos que ditei
a propósito de Israel, de Judá e as nações pagãs, desde que te comecei a falar,
no tempo de Cosias, até o presente.Depois que o rei queimou o rolo que continha
os oráculos escritos por Baru e que Jeremias lhe ditara, foi a palavra do
Senhor dirigida ao profeta, foi a palavra do Senhor dirigida ao profeta, nestes
termos: “Toma outro rolo, e nele
escreverás todos oráculos contidos no primeiro, que foi queimado por Joaquim,
rei de Judá.Tomou Jeremias outro rolo e o entregou a Baruc, filho de Néria,
seu secretário, o qual nele escreveu, sob o ditado do profeta, todos os
oráculos contidos no rolo atirado ao fogo por Joaquim, rei de Judá. E vários
outros oráculos lhes foram acrescentados.
HABADUCK
CAP.2,V. 2 a
4
E
o Senhor respondeu-me assim:“Escreve
esta visão, grava-a em tabuinhas,
para que ela possa ser lida facilmente; porque há ainda uma visão para o termo
fixado, ela se aproxima rapidamente de seu termo e não falhará. Mas se tardar,
espera-a, Eis que sucumbe o que não tem alma íntegra, mas o justo vive por sua
felicidade.
Os Dez Mandamentos, poderiam ser
também classificados em nossos estudos como psicografia.
A
MEDIUNIDADE PRECOGNITIVA
Neste tipo de mediunidade o indivíduo consegue prever
fatos futuros, seja através de sonhos ou em estado de vigília.
“Pode o futuro ser revelado ao
homem ?
“Em princípio, o futuro lhe é
oculto e só em casos raros e excepcionais permite Deus que seja
revelado.”(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Part.3º,Cap. X, Questão 868).
“Os fenômenos premonitórios
atestam a possibilidade da presciência com relação ao futuro?
__Os Espíritos de nossa esfera
não podem devassar o futuro, considerando essa atividade uma característica dos
atributos do Criador Supremo, que é Deus. Temos de considerar, todavia que as
existências humanas estão subordinadas a um mapa de provas gerais, onde a
personalidade deve movimentar-se com o seu esforço para a iluminação do porvir,
e, dentro desse roteiro, os mentores espirituais mais elevados podem organizar
os fatos premonitórios, quando convenham à demonstração de que o homem não se
resume a um conglomerado de elementos químicos, de conformidade com a definição
do materialismo dissolvente.( Emmanuel, O Consolador, Questão 144).
“Como é possível o conhecimento
do futuro?
Compreende-se
a possibilidade da previsão dos acontecimentos que devam resultar do estado
presente; porém, não a dos que nenhuma relação guardem com esse estado, nem
ainda menos, a dos que são comumente atribuídos ao acaso. Não existem as coisas
futuras, dizem; elas ainda se encontram no nada; como pois, se há de saber que
se darão? São, no entanto, em grande número os casos de predições realizadas,
donde forçosa se torna a conclusão de que ocorre aí um fenômeno para cuja causa
que vamos tentar descobrir e
é ainda o
Espiritismo, já de si mesmo chave de tantos mistérios, que no-la
fornecerá,
mostrando-nos,
ao demais, que o próprio fato das predições não se produz com exclusão das leis
naturais.
Tomemos, para comparação, um
exemplo nas coisas usuais. Ele nos ajudará a compreender o princípio que
teremos de desenvolver.
__Suponhamos um homem colocado
no cume de uma alta montanha., a observar a vasta extensão da planície em derredor. Nessa
situação, o espaço de uma légua pouca coisa será para ele, que poderá
facilmente apanhar, de um golpe de vista, todos os acidentes do terreno, de um
extremo a outro da estrada que lhe esteja diante dos olhos. O viajor, que pela
primeira vez percorra essa estrada, sabe que, caminhando, chegará ao fim
dela.Constitui isso uma simples previsão da conseqüência que terá a sua marcha.
Entretanto, os acidentes do terreno, as subidas e descidas, os cursos d’água
que terá de transpor, os bosques que haja de atravessar, os precipícios em que
poderá cair, as casas hospitaleiras onde lhe será possível repousar, os ladrões
que o espreitem para roubá-lo, tudo isso independe da sua pessoa; é para ele o
desconhecido, o futuro, porque a sua vista não vai além da pequena área que o
cerca. Quanto a duração, mede-a pelo tempo que gasta em perlustar o caminho.
Tirai-lhe os pontos de referência e a duração desaparecerá. Para o homem que
está em cima da montanha e que o acompanha com o olhar, tudo está presente.
Suponhamos que esse homem desce do seu ponto de observação e, indo ao encontro
do viajante, lhe diz: “Em tal momento, encontrarás tal coisa, serás atacado e
socorrido”. Estará predizendo o futuro, mas futuro para o viajante, não para
ele, autor da previsão, pois que, para ele, esse futuro é presente.(Allan
Kardec, A Gênese, Cap. XVI, págs.357 e 358).
“Muitas vezes pessoas dotadas da
faculdade de prever, seja no estado de êxtase, seja no de sonambulismo, vêem os
acontecimentos como que desenhados num quadro, o que também poderia explicar
pela fotografia do
pensamento. Atravessando o
pensamento, o espaço como os sons atravessam o ar, um sucesso que
esteja no dos
Espíritos que trabalham para que
ele se dê, ou no dos homens cujos atos devam provocá-lo, pode formar uma imagem
para o vidente; mas, como a sua realização pode ser apressada ou retardada por
um concurso de circunstâncias, este último fato, sem poder, todavia, determinar
o momento em que se dará. Não raro acontece que aquele pensamento não passa de
um projeto, de um desejo, que se não concretizem em realidade, donde os
freqüentes erros de fato e de data nas previsões.” (Allan Kardec, A Gênese,
Cap. XVI, pág.361, Item 7).
“A adivinhação propriamente dita é uma visão
problemática das coisas futuras, seja por uma introspecção do pensamento dos
vivos, que contém em gérmem dos atos do porvir, seja pela influência oculta de
espíritos superiores que desenrolam o futuro em imagens vivas ante o olhar do
clarividente. Em ambos os casos, são projeções do pensamento na luz astral.
Finalmente, o êxtase, define-se como uma visão do mundo espiritual, onde os
espíritos bons ou maus aparecem ao vidente sob formas humanas e comunicando-se
com ele. Parece realmente que a alma se desentranha do corpo, quase abandonado
pela vida e reduzido a uma catalepsia muito vizinha da morte.”(Os Grandes
Iniciados;Pitágoras,Édouard Schuré, págs.40e 41).
II
REIS CAP. 8 VS. 13 a
15
Eliseu
e Hazael“Será o teu servo porventura um cão, disse-lhe Hazael, para fazer estas
coisas ?” Eliseu respondeu: “O Senhor mostrou-me
numa visão que serás rei da Síria. Deixando Eliseu, voltou Hazael para
junto de seu amo, o qual lhe perguntou: “Que te disse Eliseu?”- “Disse-me,
respondeu ele, que serás curado.” No dia seguinte, (Hazael) tomou uma
cobertura, molhou-a em água e aplicou-a sobre o rosto do rei, e este morreu. E Hazael sucedeu-lhe no trono.
DANIEL
CAP.2,V.29
“Senhor
os pensamentos que vieram ao teu espírito, enquanto estavas em
teu leito, são previsões do futuro:
aquele que revela os mistérios mostrou-te o
futuro...”
ZACARIAS
CAP.1,V.8
Visão dos cavalos: Tive uma visão durante a noite. Percebi, entre as murtas do fundo do vale, um
homem montado num cavalo vermelho, e atrás dele estavam cavalos ruços, alazões
e brancos.
ZACARIAS
CAP. 11, V.12
Eu
disse-lhes: “Dai-me o meu salário, se o julgais bem, ou então retende-o!”Eles
pagaram-me apenas trinta moedas de
prata pelo meu salário.
Zacarias aqui faz uma alusão
profética a traição de Judas.
MATEUS
CAP. 17.V.21 e 22
Enquanto
caminhava pela Galiléia , Jesus lhe disse: “O Filho do homem deve ser entregue
às mãos dos homens. Matá-lo-ão, mas ao
terceiro dia ressucitará.”E eles ficaram profundamente aflitos.
MATEUS CAP. 17, VS. 25 e 26
Jesus replicou: ...”Vai ao mar, lança o anzol, e ao
primeiro peixe que pegares, abrirás a
boca, e encontrarás um estatere. Toma-o e da-o por min e por ti.”
MATEUS,
CP. 21, VS. 1 e 2
Aproximaram-e
de Jerusalém perto do Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois de seus
discípulos, dizendo-lhes: “Ide à aldeia
que está defronte. Encontrareis logo uma jumenta amarrada com ele seu
jumentinho. Desamarrai-os e
trazei-os.
MATEUS
CAP.26,VS.2, 20 a
23, 34
“Sabeis
que daqui a dois dias será a Páscoa, e o Filho
do homem será traído para ser crucificado”.Ao declinar da tarde, pôs-se
Jesus à mesa com os doze discípulos. Durante a ceia, disse:”Em verdade vos digo,um de vós me há de trair.”Com profunda
aflição cada um começou a perguntar: “Sou eu Senhor? Respondeu ele: “Aquele que pôs comigo a mão no prato esse
me trairá...Disse-lhes Jesus: “Em verdade te digo, nesta noite mesma, antes que o galo cante, três vezes me negará.”
JOÃO
CAP.21,VS. 5 e 6
Perguntou-lhe
Jesus: “Amigos, não tendes alguma coisa para comer? ” “Não ”, reponderam-lhes.
Disse-lhes ele: “Lançai a rede ao lado
direito da barca e achareis.”Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por
causa da grande quantidade de peixes.
ATOS
DOS APÓSTOLOS, CAP.11, VS. 27 e 28
Por
aqueles dias desceram em Jerusalém a Antióquia. Um deles, chamado Ágabo,
levantou-se e deu a entender pelo Espírito que haveria grande fome em toda a
terra. Esta, com efeito, veio no reinado
de Cláudio.
ATOS DOS APÓSTOLOS CAP.20, VS.22 e 23
“Agora
constrangido pelo Espírito, vou a Jerusalém, ignorando a sorte que ali me
espera. Só sei que, de cidade em cidade, o
Espírito me assegura que me esperam em Jerusalém cadeias e perseguições.
PSICOMETRIA
A
psicometria permite ao medium ver e ouvir fatos que aconteceram no passado pelo
simples toque em seres vivos ou objetos, ou mesmo identificar fatos através de
emanações psíquicas do próprio ambiente, descobrindo assim, a história recente
ou pregressa, tanto dos seres vivos, como do objetos inanimados, através da
captação das energias mentais impregnadas nesses mesmos objetos ou ambientes ao
longo dos tempos.
JOSUÉ CAP.24, VS 26 A 28
Josué escreveu tudo isto no livro da lei de Deus,
tomou em seguida uma pedra muito grande e erigiu-a ali, debaixo do carvalho que
estava no santuário do Senhor e disse ao povo: “Esta pedra servirá de testemunho contra nós porque ela ouviu as
palavras que o Senhor nos disse; ela
servirá de testemunho contra vós, para que não abandoneis o vosso Deus.
A MEDIUNIDADE PARA INTERPRETAR SONHOS
Com relação a este tipo de
mediunidade os mentores espirituais muitas das vezes fornecem telas mentais ao
médium, com as quais dão o significado do sonho quando lhe é permitido. A
Bíblia por sua vez, narra bem claramente que José e Daniel possuíam esta
faculdade.
GÊNESIS
CAP.40,VS. 8 e 9
“Tivemos um sonho, responderam; e não há
ninguém para no-los interpretar”. -
Porventura, não pertence a Deus, replicou José, a interpretação dos sonhos? Rogo-vos que nos conteis.”
GÊNESIS
CAP.44,V.15
José
disse-lhes: “Que é isto que fizestes? Não sabeis que sou um homem dotado da faculdade de advinhar?”
JEREMIAS
CAP. 23, V.28
Conte
o profeta o sonho que tiver! Mas a
quem for dado ouvir-me a palavra, que
fielmente a reproduza. Que vem fazer a palha com o grão? - oráculo do
Senhor.
DANIEL
CAP. 1, V. 17
A
estes quatro jovens, Deus concedeu talento e saber no domínio das letras e das
ciências. Daniel era particularmente
entendido na interpretação de visões e sonhos.
Daniel interpreta sonho de Nabucodonosor
A MEDIUNIDADE PROFÉTICA
Na literatura mais ou menos especializada, o fenômeno
paranormal de conhecimento do futuro recebe vários nomes. Preferimos os nomes
prognosis ou precognição (gnóis em grego e cognitivo em latim = conhecimento; pró e pre = antes ) que
simplesmente denotam o fato do conhecimento antecipado de um acontecimento
futuro.
“É igualmente uma variedade dos médiuns inspirados. Recebem, com a permissão de Deus e com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação das coisas futuras, de interesse geral, que eles recebem o encargo de tornar conhecidas dos homens, para lhes servir de ensinamento.De certo modo, o pressentimento é dado à maioria dos homens, para uso pessoal deles; o dom da profecia, ao contrário, é excepcional e implica a idéia de uma missão na Terra.Todavia, se há verdadeiros profetas, maior é o número de falsos, que tomam os devaneios da sua imaginação como revelações, quando não são velhacos que por ambição se fazem passar como profetas. O profeta verdadeiro é um homem de bem, inspirado por Deus; pode ser reconhecido pelas suas palavras e pelas suas ações. Não é possível que Deus se sirva da boca do mentiroso para ensinar a verdade.(Obras Póstumas, Item 49, págs.63 e 64).
“Médiuns proféticos; variedade dos médiuns inspirados
ou de pressentimentos; recebem, com a permissão de Deus, e com mais precisão do
que os médiuns de pressentimentos, a revelação das coisas futuras de um
interesse geral, e que estão encarregados de dá-las a conhecer aos homens para
sua instrução.Se há verdadeiros profetas, mais ainda os há falsos, e que tomam
os sonhos de sua imaginação por revelações, quando não são velhacos que, por
ambição, se fazem passar como tais.”(Allan Kardec, Livro dos Médiuns,2º
Parte,Cap. XVI, pág.209 e 210).
“ Os Espíritos vêem ou pressentem por indução os
acontecimentos futuros; vêem se cumprirem em um tempo que não medem como nós;
para precisar-lhes a época, lhes seria preciso se identificar com a nossa
maneira de calcular a duração, o que não julgam sempre necessário; daí, com
freqüência, uma causa de erros aparentes.”
(Allan Kardec, Livro dos Espíritos, 3º Parte, Cap.I, pág.308).
“Qual o caráter do verdadeiro profeta?”
“O
verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo
pelas suas palavras e pelos seus atos.
Impossível é que Deus se sirva da boca do mentiroso para ensinar a
verdade” (Allan Kardec, Livro dos Espíritos, 3º Parte, Cap.I, pág.308).
“A forma geralmente empregada
até agora nas predições faz delas verdadeiros enigmas, as mais das vezes
indecifráveis. Essa forma, misteriosa e cabalística, de que Nostradamus nos
oferece o tipo mais completo, lhe dá certo prestígio perante ao vulgo, que
tanto mais valor lhe atribui, quanto mais incompreensíveis se mostrem. Pela sua
ambigüidade, elas se prestam a interpretações muito diferentes, de tal sorte
que, conforme o sentido que se atribua a certas palavras alegóricas ou
convencionais, conforme a maneira por que se efetue um pouco de boa vontade,
nelas se encontram quase tudo o que se queira.
Seja como for, não se pode
deixar de convir em que algumas apresentam caráter sério e confundem pela sua
veracidade. É provável que a forma velada tenha tido, em certo tempo, sua razão
de ser e mesmo sua necessidade.”( Allan Kardec, A Gênese, Cap. XVI, Item 17,
pág. 367).
“É de notar-se que, entre os antigos , os
tremores de terra e o obscurecimento do Sol eram acessórios forçados de todos
os acontecimentos e de todos os presságios sinistros. Com eles deparamos, por
ocasião da morte de Jesus, da de César e um sem número de outras circunstâncias
da história do paganismo. Se tais fenômenos se houvessem produzido tão
amiudadas vezes quantas são relatados, fora de ter-se por impossível que os
homens não houvessem guardado deles lembrança pela tradição. Aqui,
acrescenta-se a queda das estrelas céu, como que a mostrar às gerações futuras,
mais esclarecidas, que não há nisso senão uma ficção, pois que agora se sabe
que as estrelas não podem cair. Entretanto,
sob essas alegorias, grandes verdades se ocultam. Há, primeiramente, a predição
das calamidades de todos
gêneros que assolarão
e dizimarão a Humanidade, calamidades decorrentes de
lutas suprema entre o
bem e o mal, entre a fé e a incredulidade, entre as
idéias progressistas e as idéias retrógradas. Há, em segundo lugar, a da
difusão, por toda a Terra, do Evangelho restaurado na sua pureza primitiva;
depois, a do reinado do bem, que será o da paz e da fraternidade universais, a derivar
do código de moral evangélica, posto em prática por todos os povos. Será,
verdadeiramente, o reino de Jesus, pois que ele presidirá a sua implantação,
passando os homens a viver sob a égide da sua lei. Será o reinado, portanto diz
ele __ “depois dos dias de aflição, virão os de alegria”.(Allan Kardec, A
Gênese, Cap. XVII, Itens 55 e 56).
ESTER
CAP.11VS.5 a 11
Esta
foi sua visão: clamores repentinos,
tumultos, trovões , um tremor de terra, o terror por toda a terra. Em
seguida, repentinamente avançaram dois
grandes dragões, dispostos para acometer um ao outro. Ao grito que lançaram, as
nações se comoveram para combater contra a nação dos justos. Foi um dia de
escuridão e trevas: tribulação, angústia, perigo e terror sobre toda a terra. O
povo inteiro dos justos cheio de terror, temendo todos os males, julgou-se a
ponto de perecer, e clamou a Deus. Enquanto levantavam clamores, eis que uma
pequenina fonte toma proporções de um grande rio, uma massa de água. A luz
apareceu com o sol; os que estavam na humilhação foram exaltados e devoraram os
nobres. Depois de ter visto este sonho e o que Deus queria fazer, Mardoqueu se
levantou. Até a noite conservou este sonho gravado no seu espírito, procurando
conhecer o seu sentido.
ISAÍAS
CAP.13,VS.9 a 13
Eis
que virá o dia do Senhor,dia implacável, de furor e cólera ardente,para reduzir
a terra a um deserto,e dela exterminar os ecadores.Nem as estrelas do céu, nem suas constelações brilhantes,farão
resplandecer sua luz.Punirei o mundo por seus crimes,e os pecadores por
suas maldades.Abaterei o orgulho dos arrogantes e humilharei a pretensão dos tiranos. Tornarei
os homens mais raros que o ouro fino,e os mortais mais raros que o metal de
Ofir.Verei oscilar os céus,e a terra
abalada será sacudida. Pela ira do Senhor dos exércitos,no dia de seu furor
ardente.
ISAÍAS
CAP.29,V.6
Serás
visitada pelo Senhor dos exércitos com forte trovão, tremor de terra e estrondos,tempestade, furacão e chamas de fogo
devorador...
ISAÍAS
CAP.66,VS.15 e 16
Pois
o Senhor virá no meio do fogo com seus carros semelhantes ao furacão,para
satisfazer sua cólera num braseiro,e cumprir suas ameaças em chamas ardentes;porque o Senhor fará a justiça de toda a
terra pelo fogo e todo o ser vivente pela espada,e muitos cairão sob os
golpes do Senhor.
EZEQUIEL
CAP.32,VS. 7 a
10
Quando
estiveres morto, velarei aos céus, obscurecerei
as estrelas,cobrirei o solo de nuvens, e
a lua cessará de clarear. u obumbrarei todos os astros do céu por tua
causa;sobre a terra estenderei trevas
___ oráculo do Senhor Javé.Mergulharei na dor o coração de inúmeras
gentes,enviando seus cativos entre as nações,e as terras que não conheces;farei tremer por causa de ti numerosos
povos, cujos reis serão enregelados de horror;quando eu brandir diante
deles a minha espada,eles tremerão sem cessar , pela sua própria vida,no dia de
sua queda.
EZEQUIEL
CAP.38,VS.18 a 23
Naquele dia futuro, o dia em
que Gog penetrar o solo de Israel ___ oráculo do Senhor JAVÉ
___ , o furor me subirá ao nariz. Na explosão de meu ciúme e na exasperação de
minha raiva, eu o afirmo, naquele dia, eu o juro, haverá terrível abalo na terra de Israel. À minha vista, tremerão de pavor os peixes do mar e os
pássaros do céu, os animais dos campos e os répteis que se movem pela terra,
assim como todos os homens que vivem na crosta terrestre. As montanhas
desmoronar-se-ão, os rochedos cairão e todas as muralhas serão derrubadas por
terra. Chamarei contra Gog toda a espécie de terríveis flagelos __ oráculo
do Senhor JAVÉ. Cada
qual voltará a
espada contra seu
companheiro. Farei seu processo
com a peste mortífera, farei chover sob as hordas que acompanham um
aguaceiro, saraivada, fogo e enxofre. É assim que manifestarei a minha glória e
a minha santidade, revelando-me aos olhos de inúmeras nações, a fim de que
saibam que eu sou o Senhor.”
JOEL
CAP.3,VS. 3 a
5
Farei aparecer prodígios no céu e na
terra,sangue, fogo e turbilhões de fumo;O sol converter-se-á em trevas e a lua em
sangue,ao se aproximar o grandioso e temível dia do Senhor.Mas todo aquele
que invocar o nome do Senhor será
poupado,
porque
sobre o monte Sião e em Jerusalém,haverá um resto, como o Senhor disse;e entre
os sobreviventes estarão os que o Senhor tiver chamado.
JOEL
CAP.4, VS.15 e 16
O sol e a lua se obscurecem,as estrelas
empalidecem. O Senhor rugirá de Sião
e trovejará de Jerusalém;Os céus e a terra serão abalados.Mas o Senhor será o
refúgio para seu povo,uma fortaleza para os israelitas.
AMOS
CAP.8,VS. 9 a
11
Acontecerá
naquele dia __que farei o sol se pôr ao
meio-dia,e encherei a terra de trevas em pleno dia.Converterei vossas
festas em luto,e vossos cânticos em elegias fúnebres,Porei o saco em volta de
todos os rins,e a navalha em todas as cabeças.E farei (a terra) debulhar-se em
pranto,como se chora um filho único,e seu porvir será dia de amargura.Virão
dias __ oráculo do Senhor Javé,em que enviarei fome sobre a terra,não uma fome
de pão, nem sede de água,mas (fome e sede) de ouvir a palavra do Senhor.
ABADIAS
CAP.1,VS.14 e 15
Não
te ponhas nas encruzilhadas para matar os fugitivos,e não entregue os
sobreviventes no dia da
tribulação.Porque o dia do Senhor está próximo para todas as nações:como
tiveres feito, assim se fará contigo;carregarás sobre a cabeça o peso de seu
atos.
SOFONIAS
CAP.1,VS. 14 a
18
Ei-lo
que se aproxima o grande dia do Senhor,Ele se aproxima rapidamente.Terrível é o
ruído que faz o dia do Senhor,o mais forte soltará gritos de amargura nesse
dia.Esse dia será um dia de ira,dia de angústia e de aflição,eles andarão como
cegos porque pecaram contra o Senhor.Seu sangue será derramado como pó, e suas
entranhas como lixo.Nem sua prata, nem seu ouro poderão salvá-los no dia da
cólera do Senhor.Toda a terra será
devorada pelo fogo de seu zelo, porque ele aniquilará de repente toda a
população da terra.
MATEUS
CAP.5,V.5
Bem-aventurados
os mansos porque herdarão a terra.
MATEUS
CAP.24,VS.11 a 14 , 29
Levantar-se-ão
muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o processo crescente da
iniqüidade, a caridade de muitos esfriará. Entretanto, aquele que perseverar
até o fim será salvo. Este Evangelho do reino será pregado pelo mundo inteiro
para servir de testemunho a todas as nações, e então chegará o fim. Logo após esses dias de tribulação, o sol
escurecerá, a lua não terá claridade, cairão do céu as estrelas e as potências
dos céus serão abaladas.
LUCAS
CAP.21,VS. 7 a
14
Então o interrogaram: “Mestre, quando
acontecerá isto? E que sinal haverá
para saber-se que isso se vai cumprir?” Jesus respondeu: “Vede que não sejais
enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo : Sou eu e: o tempo está próximo.
Não sigais após eles. Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos
assusteis: porque é necessário que isto aconteça primeiro, mas não virá logo o
fim.Disse-lhes também: “Levantar-se-á
nação contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos
espantosos no céu. Mas, antes de tudo, isto vos lançarão as mãos e vos
perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos a presença
dos reis e governadores, por causa de
mim. Isto vós acontecerá para que sirva de testemunho Gravai bem no vosso
espírito de não preparar vossa defesa.
II
PEDRO CAP.3,V.10
Entretanto,
virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia, os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e
será consumida a terra e todas as obras que ela contém.
APOCALIPSE
CAP.6,VS.12 a 14
Depois
vi o Cordeiro abrir o sexto selo; e sobreveio então um grande terremoto. O
sol se escureceu como um tecido de crina, a lua tornou-se toda vermelha como
sangue e as estrelas do céu caíram na
terra , como frutos verdes que caem da figueira agitada por forte ventania.
O céu desapareceu como um pedaço de papiro que se enrola, e todos os montes e
ilhas foram tirados de seus lugares.
APOCALIPSE
CAP.8, VS.7 a 12
O
primeiro anjo tocou. Saraiva e fogo, misturados com sangue, foram lançados à
terra; e queimou-se uma terça parte da
terra, uma terça parte das árvores e toda erva verde.O segundo anjo tocou.
Caiu então no mar uma como que grande montanha, ardendo em fogo, e transformou-se em sangue e uma terça parte do mar,
morreu uma terça parte das criaturas que estavam no mar, e pereceu uma terça parte dos navios.O terceiro
anjo tocou a
trombeta. Caiu então do céu uma grande estrela a arder
como um facho; caiu sobre a terça parte
dos rios e sobre as fontes. O nome da estrela era “Absinto”. Assim uma
terça parte das águas transformou-se em
absinto, e muitos homens morreram por ter bebido dessas
águas envenenadas.O quarto anjo tocou. Foi atingida então uma terça parte do
sol, da lua e das estrelas, de modo que
se obscureceram em um terço da claridade,
bem como a noite.
A
MEDIUNIDADE PROFÉTICA E A ANUNCIAÇÃO DO MESSIAS
“Essa
era, pois naqueles tempos, a esperança geral do mundo: o Messias. “ Uma santa
intuição __ conta Emanuel __ clarificava o espírito divinatório das massas
populares”.Todos os povos O esperavam em seu seio acolhedor; todos O queriam,
localizando em seus caminhos sua expressão sublime e divinizada”.Os tibetanos
O aguardavam na
forma de um herói que regularizava a vida do povo e O redimiria de seus
erros.Era Kin-Tsé, o Santo que não tinha pai humano, era concebido de uma
virgem e existia antes mesmo que a Terra existisse”. Diziam d’Ele:
__ “Será o deus-homem, andará entre os homens e os
homens não o conhecerão.
Feri
o Santo __ dizia a tradição __ rasgai-o com açoites, ponde o ladrão em liberdade”.
Veja-se
em tão curto trecho quanta realidade existia nesta profecia inspirada!
Pelo
ano 500 AC .,
muito antes do drama do calvário e no tempo de Confúcio, que era então ministro
distribuidor da justiça do Império do Meio, foi ele procurado por um homem
Santo: quem era, onde vivia, como prestar-lhes honras ...
O
sábio, com a discrição e o entendimento que lhe eram próprios, respondeu que
não conhecia nenhum homem santo, nem
ninguém que, no momento fosse digno
desse nome; mas que ouvira dizer (quem o disse não sabia) que no ocidente (em
que lugar não sabia) haveria num certo tempo (quando, não sabia) um homem que
seria aquele que se esperava. E suas palavras foram guardadas; transcorreu o
tempo e quando, muito mais tarde e com enorme atraso, devido às distâncias e às
dificuldades de comunicações, a notícia do nascimento de Jesus chegou àquele
longínquo e isolado país, o imperador Ming-Ti enviou uma embaixada para
conhecê-lo e honrá-lo: porém já se haviam passado sessenta anos desde quando se
consumara o sacrifício do Calvário.Na índia toda sagrada dos templos estava
cheias de profecias a respeito da Vinda do Messias.O Barta-Chastran, por
exemplo, dizia em um de seus belos poemas, que em breve nasceria um brahma,
na cidade de Sçambelan, na morada de um pastor, que
libertaria o mundo dos daítias(demônios), purgaria a terra dos seus pecados,
estabeleceria um reino de justiça e verdade e ofereceria um grande sacrifício.
Nesse
poema, além de outras notáveis concordâncias com a futura realidade dos fatos,
destaca-se esta: Sçambelan em sânscristo significa “pão de casa”; Beth-leem, em
hebraico, significa: “casa de pão”. O
Scanda-Pouana dizia que:
__ “Quando três mil e cem anos de Kali-Yuga se
esgotarem o Rei da Glória aparecerá e libertará o mundo da miséria e do mal”.
O
Agni-Pourana assinalava:
__ “Que um poderoso espírito de retidão e de justiça
apareceria em dado tempo, nascendo de uma virgem.
E
o Vrihat-Gatha anunciava:
__ “Que nasceria em breve tempo uma encarnação divina
com o nome de Vicrama”.
Ouçamos
agora a palavra profética das nações cujos sacerdotes tinham a primazia na
comunhão misteriosa com os astros.
Na
Pérsia o primeiro Zoroastro, três milênios antes do divino nascimento, já o
anunciava a seus discípulos dizendo:
__
“Oh! vós, meus filhos, que já estais avisados do seu nascimento antes de
qualquer outro povo; assim que virdes a estrela, tomai-a por guia e ela vos
conduzirá ao lugar onde Ele o Redentor,
nasceu.Adorai-o e ofertai-lhe presentes porque Ele é a Palavra. O Verbo que formou os céus”.Na Caldéia, no tempo da
Cambyzes Zerdacht __ o sacerdote magno __ anunciou a sua vinda e a estrela que
brilharia por ocasião do seu nascimento.E no Egito, o país das portentosas
construções iniciáticas, Ele era também esperado, desde muito tempo, e em sua
honra os templos sacrificavam nos seus altares.Na grande pirâmide de Ghizet lá
estava gravada a profecia do seu nascimento, em caracteres hieroglíficos, para
conhecimento da posteridade.E o tebano
Pamylou, quando certa
vez visitava o templo de Amon
conta que ouviu, vindo de suas profundezas, uma voz misteriosa e imperativa a
bradar-lhe:“Oh! tu que me ouvis, anuncia aos mortos o nascimento de Osiris, o
grande rei salvador do mundo”.E quanto à Grécia lá está Ele o Messias __
simbolizado no “Prometeu” de Eschilo, uma das mais poderosas criações do
intelecto humano.E d’Ele disse Platão o
iluminado: “Virtuoso até a morte Ele passará por injusto e perverso e, como tal
, será flagelado, atormentado e, por
fim, posto na cruz”.E a essa corrente
sublime de vozes inspiradas que o anunciavam em todas as partes do mundo vêm
então, juntar-se e de forma mais objetiva e impressionante, a palavra profética
do povo hebreu. (Edgar Armond, Os Exilados da Capela, págs.95 a 106).
NÚMEROS CAP.24,17
Eu o vejo,
mas não é agora,Percebo-o mas não de
perto:Um astro sai de Jacó, Um cetro levanta-se em Israel,Que fratura a cabeça de Moab,O
crânio dessa raça guerreira.
SALMO CAP.21,VS. 27 a 31
Os pobres comerão e serão saciados;Louvarão o Senhor
aqueles que o procuram:“Vivam para sempre os nossos corações.”Hão de lembrar o Senhor e a ele se
converter Todos os povos da terra.E diante dele se prostrarão Todas as
famílias das nações.Porque a realeza pertence ao Senhor,E ele impera sobre as
nações.Todos os que dormem no seio da terra o adorarão, diante dele se
prostrarão os que retornam ao pó.Para ele viverá a minha alma,Há de servi-lo
minha descendência.Ela falará do Senhor às gerações futuras e proclamará sua
justiça ao povo que vai nascer:“Eis o que fez o Senhor.”
ISAÍAS CAP.7,VS.15 e 16
Ele será nutrido com manteiga e mel até que saiba rejeitar o mal e escolher o bem.
Porque antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, cujos dos reis tu temes, será devastada.
ISAÍAS CAP.9,VS.1 e 5
O povo que andava nas trevas viu a grande luz ;sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz.Vós suscitais um
grande regozijo,provocais uma imensa alegria;rejubilaram-se diante de vós como
na alegria da colheita,como exultam na partilha dos despojos.Porque o jugo que
pesava sobre ele,a coleira de seu ombro e a vara do feitor,vós os quebrastes,
como no dia de Madiã.Porque todo calçado que se traz na batalha,e todo manto
manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão proeza das chamas;porque o menino nos nasceu,um filho nos
foi dado;a soberania repousa sobre seus ombros e ele se chama:Conselheiro
admirável, Deus forte,Pai eterno,
Príncipe da Paz.O seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi
e em seu reino.Ele firmará e o manterá pelo
direito e pela justiça,desde agora e para sempre.Eis o que fará o zelo do
Senhor dos exércitos.
ISAÍAS CAP.26,VS. 17 a 19
Como uma mulher grávida, prestes a dar à luz retorce e
grita em suas dores,assim estamos diante de vós, Senhor:Nós concebemos e
sofremos para dar à luz (o vento),sem poder dar a salvação à nossa terra;não
nasceram novos habitantes no mundo.Que vossos mortos revivam! Que seus cadáveres ressuscitem!Que despertem e cantem aqueles que jazem
sepultos,
porque vosso orvalho é um orvalho de luz e a terra
restituirá o dia às sombras.
ISAÍAS CAP.40,V.3
Uma voz exclama: Abri no deserto um caminho para o Senhor, traçai reta estepe uma pista
para vosso Deus.
ISAÍAS CAP.42, VS.1 a 4
Eis meu servo que eu amparo,meu eleito ao qual dou
toda minha afeição,faço repousar sobre
ele meu espírito,para que leve as nações a verdadeira religião.Ele não grita, nunca eleva a voz,não clama
nas ruas.Não quebrará o caniço rachado,
não extinguirá, nem desfalecerá,até que tenha
estabelecido a verdadeira religião sobre
a terra,e até que as ilhas desejem seus ensinamentos.
ISAÍAS CAP.53,V.11
Após
suportar em sua pessoa os tormentos,alegrar-se-á
de o conhecer até ao enlevo.O justo, meu servo, justificará a muitos homens,e
tomará sobre si suas iniquidades.
OSÉAS CAP.11,V.1
Israel era ainda criança, e eu o amava,e do Egito chamei meu filho.
MIQUEIAS
CAP.5,VS.1,4, 12 ?
Mas tu, Belém-Efrata,tão pequena entre os clãs de Judá,é de ti que sairá para mim
aquele que é chamado a governar Israel.Suas origens remontam dos tempos antigos,aos dias do longínquo
passado.Por isso, (Deus) os deixará, até o tempo
em que der à luz aquela que há de dar à luz.Então o
resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel.Ele se levantará
para (os) apascentar, com o poder do
Senhor,com a majestade do nome do Senhor,
seu Deus.Os seus viverão em segurança,
porque ele será exaltado até os confins da terra.E assim será a paz...
ZACARIAS CAP.11,VS. 12 e 13
Exulta de alegria, filha de Sião,solta gritos de
júbilo, filha de Jerusalém;eis que vem a
ti o teu rei, justo e vitorioso;Ele é simples e vem montando o jumento,no potro
de uma jumenta.Ele suprimirá os carros de guerra na terra de Efraim, e os
cavalos de Jerusalém. O arco de guerra será quebrado.Ele proclamará a paz entre nações,seu império estender-se-á de um mar a
outro,Desde o rio até às extremidades da terra.
Entre
os cristãos primitivos havia o texto chamado:“Dvid cum sibyla”, conhecido como
“Dies irae”referindo-se ao juízo final.E nos tempos pagãos dos gregos, romanos,
egípcios, caldeus e persas, como nos santuários, tantas vezes tenebrosos, onde
sibilas pontificavam, fazendo ouvir as vozes misteriosas, dos manes e dos
pitris, todas elas, univocamente, profetizaram sobre o Messias esperado.
Afinal
esse acontecimento era planetário em não exclusivo do povo hebreu.Daí vários
médiuns terem sido avisados a esse respeito. Ouçamo-las uma por uma:
Cassandra, a
sibila Titurbina
Nos tempos de Bethleem, em lugar do agreste,,Eis que
uma virgem se torna mãe de um deus!E o menino, nascido em carne mortal,Suga o
leite puro do seu seio casto.Oh! Três vezes feliz! Tu aleitarás O filho do
Eterno, protegendo-o com os teus braços.
A sibila
Europa
Sob um pequeno alpendre, aberto, inabitado.O Rei dos
Reis nasce pobremente.Ele que tem o poder de dispor de todos os bens!Vejam:
sobre o feno, seu corpo descansa.Os mortos, do Inferno, piedoso tirará.Depois,
triunfante, em glória, subirá aos céus.
A sibila
Helespônica (Que viveu 560 A .C.)
Os povos não sofrerão mais, como no passado.Verão em
abundância as colheitas de Ceres.Uma santa Jovem, sendo mãe e virgem. conceberá
um filho de poder imortal,Ele será deus da paz, e o mundo perdido,Será salvo
por ele.
A sibila
Egípcia
O verbo se fez carne, sem poluição.Duma virgem ele
toma seu corpo.Exprobrará o vício; e a alma depravada. Ante ele cobrirá a
face.Aqueles que ante ele se arrependeram terão socorro e graça na hora do
sofrimento.
Amalthea,
sibila cumana
Deus, para nos resgatar, toma a humana vestidura.Mais
do que a nossa salvação, nada lhe é mais caro.A paz, à sua vinda, descerá à
Terra,A tranqüilidade florirá; e o Universo, sem guerra.Não será mais de perturbações
agitado.A idade de ouro retomará seu brilho.
Cimeria de
Cumes (Sacerdotisa de Apolo)
Num século surgirá o dia,Em que o Rei dos Reis
habitará conosco.Três reis do oriente, guiados pela luz.Dum astro rutilante,
que ilumina a jornada, Virão adorá-lo e humildes, prosternados,Lhe oferecerão
ouro, incenso e mirra.
Prisca,
sibila Eritrea
Vejo o Filho de Deus, vindo do Olimpo,Entre os braços
de uma virgem hebréia.Que lhe oferece o seio puro.Em sua vida viril, entre
penas cruéis, Sofrerá por aqueles.Que o fizeram nascer, mostrando. Que, como um
Pai, se afligiu por eles,
A sibila
Líbica (Filha de Nonnulio)
Um rei do povo hebreu será o redentor.Bom, justo e
inocente. Pelo homem pecador.Padecerá muito. Com olhar arrogante
Os escribas o acusarão de se dar,Como Filho de Deus.
Ao povo ele ensinará. Anunciando-lhe a salvação.
Sambeta,
sibila Pérsica (Filha de Berosi)
Do Filho do Eterno uma virgem. Será mãe. Seu
nascimento trará ao mundo.A vida e a salvação. Com grande modéstia
Conquanto rei, montado sobre um asno,Ele fará sua
entrada em Solyeme(Jerusalém), onde injuriado,E condenado pelos maus, sofrerá a
morte.
Daphné, a
sibila Délfica
Depois que alguns anos passarem.O deus, duma virgem
nascido, aos homens aflitos.Fará luzir a esperança da redenção.
Conquanto tudo possa (e quão alto está .O seu trono)
ele sofrerá.A morte para, da morte , resgatar os povos.
Phito-sibila
samiense
Eis que os santos decretos se cumprem.Entre os dias
mais claros, este é,Duma bela caridade que tudo ilumina.As trevas se vão. Deus,
seu filho nos manda.Para abrir nossos olhos. Eia! Vede o imortal.Que de
espinhos se cobre e por nós se entrega à morte.
Sibila
Ancyra, da Phrígia
O Filho excelso do Pia Poderoso,Tendo sofrido a morte
abate-se, frio, inerte,Sobre o colo débil de sua mãe.Vendo-lhe o corpo
dessangrado.Ela sofre profundo golpe. Ei-lo! Está morto!Sem ele nós morreríamos
em nossos próprios pecados.
“De
todas as sibilas celebradas pela tradição ou pela história, que viveram
naqueles recuados tempos, como instrumentos das revelações do Plano Espiritual,
da Pérsia ao Egito e à Grécia, poucas foram as que deixaram de referir-se ao
advento do Messias esperado.E como poderiam essas mulheres inspiradas, fechar
os olhos a luz radiante que descia dos céus? Essas profecias foram rigorosamente
cumpridas, o que demonstra o sublime encadeamento dos eventos da vida
espiritual planetária, como também prova o quanto eram iluminados pela Verdade
os instrumentos humanos que a proferiam.E o próprio mestre, nos inesquecíveis
dias da sua exemplificação evangélica, não disse __ “que não vinha destruir a
lei, mas cumpri-la? E quantas vezes não advertiu: __ “que era necessário que
assim procedesse para que as escrituras se cumprissem! Portanto, nas
tradições que cultuamos, a
Verdade se contém indestrutível e do passado se projeta no futuro como uma luz
forte que ilumina todo o caminho da nossa marcha evolutiva.” (Edgar Armond, Os
Exilados da Capela, págs.95 a 106).
A
MEDIUNIDADE DE TRANSPORTE
“Necessariamente, é preciso,
para se obterem fenômenos desta ordem, ter consigo médiuns que eu chamaria
sensitivos, quer dizer, dotados, no mais alto grau, de faculdades medianímicas
de expansão e de penetrabilidade; porque o sistema nervoso destes médiuns,
facilmente excitável, lhes permite, por meio de certas vibrações projetar ao
seu redor, com profusão, seu fluido animalizado.”(Allan Kardec, O Livro dos
Médiuns, 2º Parte, Cap. V, Item 98).
Vejamos algumas elucidações de
Ernesto Bozzano sobre o assunto.
“Vimos, no caso exposto, que a
personalidade mediúnica operante dissera “ser impossível passar a matéria
através da matéria”, mas, como depois a mesma entidade produziu um fenômeno que
demonstrava praticamente ao contrário, deve-se entender que, com tal
afirmativa, quis referir-se à penetração da matéria sólida através de outra
matéria sólida, mas, em igual tempo, demonstrou, com fatos, como era possível
fazer passar através da matéria sólida outra matéria desintegrada em estado
molecular fluídico.”(Ernesto Bozzano,Fenômenos de Transportes,pág.4)
“Em geral, em que objetos
transportados, de pedra ou metal, foram muitas vezes encontrados tépidos,
quentes ou quentíssimos, segundo a estrutura atômica dos mesmos objetos, o que,
na base da lei da transformação das forças físicas, deve justamente produzir-se
toda vez em que nos defrontarmos com um fenômeno de desintegração e
reintegração rapidíssima da matéria e, assim sendo, então se deveria inferir
que, no caso aqui considerado, em que se tratava de argolas de madeira, o
incidente do “leve cheiro queimado” estaria a indicar que a muito rápida
desintegração molecular das argolas tenha provocado uma reação calórica
bastante notável para atacar e queimar, em pequena parte, a celulose da
madeira.”(Ernesto Bozzano. Fenômeno de Transporte, pág.6.)
“Ora, a circunstância exposta é
notável do ponto de vista teórico das modalidades com que se produzem os
fenômenos do gênero, já que, se Moses notou a passagem do arco do tamborim
através do próprio braço, experimentando a sensação de algo de morbidíssimo
como lanugem, que logo cedera frente ao obstáculo encontrado, isto faz presumir
que a desintegração fluídica da matéria lenhosa e metálica do tamborim não foi
levada ao grau máximo de sublimação, mas reduzida a estado de “pastosidade” suficiente para produzir o
fenômeno.
Nos casos dos “transportes”, ao
contrário, a desintegração da matéria deverá ser constantemente levada ao grau
máximo de sublimação molecular ou fluídica. Naturalmente que dirigimos muitas
perguntas ao “iogue”acerca da natureza e extensão de seus poderes mágicos. Ele
respondeu, com franqueza, a algumas de nossas perguntas, mas as outras não o
fez ou não pode. Achando-nos tão sinceramente interessados, ele observou que
poderia ter-se colocado em estado de ver o que acontecia durante a produção dos
fenômenos e explicou que a sua iniciação, com os grandes sacrifícios que
ela exigia e
a austeridade da
vida que levava,
lhe tinha conferido
autoridade sobre certa categoria
de “elementais”, seres do mundo etéreo que lhe obedeciam instantânea e
cegamente. Acrescentou que, se nós quiséssemos submeter-nos a uma iniciação
preparatória, que ele nos explicaria, poderíamos ver o que realmente se produz
durante as manifestações. A iniciação preparatória, consistia em jejuar, em
nutrir-se unicamente de substâncias
especiais, em concentrar-se
na meditação, evitando
toda relação com outras pessoas. Tudo isso nos tornaria
suscetíveis de apurar o nosso poder visual a ponto de perceber os “seres
etéreos” que operavam por seu intermédio”.(Ernesto Bozzano, Fenômeno de
Transporte, pág. 28).
“Dir-se-ia , em tais circunstâncias, que a obscuridade
é indispensável para a rematerialização do objeto transportado
em condições fluídicas.
Nas célebres experiências deste gênero, com a mediunidade da sra.
D’Esperance, experiências, por sua vez
feitas com suficiente luz, a personalidade mediúnica “Yolanda” cobria também,
com um pano, o recipiente em que deviam se rematerializar as plantas
transportadas. Entretanto, para muitos
outros objetos transportados, tais preocupações não parecem necessárias e
viu-se que segundo o “iogue”,cobria com um pano, o recipiente em que devia se
produzir o fenômeno dos “transportes” também maravilhosos. Por que? Ninguém o
sabe, e seria inútil esforçar-se em penetrar o mistério das diferenças
existentes entre os objetos materializáveis em plena luz e os que exigem
obscuridade. Aos pósteros cadê a solução do mistério.”(Ernesto Bozzano,
Fenômeno de Transporte, pág.29).
“Noto ainda o incidente, estranho e bastante freqüente
nos fenômenos de “transporte”(como em numerosos
outros fenômenos físicos) das
fortíssimas pancadas que se produziam nas duas fases de subtração e transporte
do objeto designado.Observo que o incidente se verificava, com freqüência, nas
célebres experiências do rev. Willian Stainton Moses, especialmente antes da
produção dos globos luminosos. Essas manifestações ruidosas e inúteis, porém,
não agradavam a Moses, pelo que pediu explicações ao seu espírito guia
“Rector”, que informou que não podia evitar tal coisa, pois que se produziam
todas as vezes que houvesse abundância de “forças físicas exteriorizadas”,
abundância que era preciso dissipar logo para impedir a invasão de entidades
inferiores e vulgares, as quais seriam favorecidas pela existência de uma
“força” de que podiam servir-se melhor do que os outros e, assim sendo,
o modo mais rápido para libertar-se dela, à medida que se produzia, era o de consumi-la
produzindo, ruídos e estrondos.”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte,
pág.36).
“Nenhuma dúvida há de que tal
plausividade poderá sustentar-se, e não tenho nenhuma intenção de constatá-la,
mas ao mesmo tempo julgo verossímil presumir que tais estampidos, ouvidos por
algumas pessoas e comparados ao estrondo que produziria um móvel que se
partisse em pedaços, tenham origem no fenômeno instantâneo da desintegração a
tal ponto fulminante que determinasse, em menor grau, um barulho correspondente
ao produzido por um explosivo deriva, por sua vez, de um fenômeno de
desintegração instantânea de um preparado químico, que é matéria sólida, como o
é a madeira móvel.”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte,págs. 43 e 44).
“Os objetos transportados,
especialmente as pedras, estavam quentíssimas. As plantas, ao contrário,
pareciam úmidas.”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte,pág. 45).
“E isto é o que basta, porquanto serve para confirmar que os
fenômenos são produzidos por força de um processo de desintegração e
reintegração molecular rapidíssima dos objetos transportados, salvo uma
variante que não muda, de modo algum, os processos não obstante sejam esses
aplicados em sentido inverso, isto é, que a vontade operante se serve, nas
janelas, nas paredes, introduzindo, em tal ponto, um objeto em um ambiente
hermeticamente fechado, sem desintegrá-lo. Esta última variante do fenômeno foi
indicada pela mesma personalidade mediúnica com a qual se obteve o “transporte”
incompleto de que se trata. Nós já havíamos notado que, muitas vezes, as pedras
e os objetos metálicos transportados estavam notavelmente quentes e outras
vezes se mostravam tecnicamente normais. Perguntei,
pois, ao “espírito guia” por que causas se davam tais alternativas de condições
térmicas contraditórias e este nos informou que, quando os objetos estavam
quentes, isto acontecia porque eles haviam desintegrado fulminantemente a
matéria constituinte do objeto transportado, provocando, de tal modo, uma
reação térmica mais ou menos considerável, conforme a constituição molecular
dos objetos e que, quando, ao contrário, esses chegavam termicamente normais, isto
acontecia porque, em lugar de desintegrar o objeto, eles haviam desintegrado
a madeira da
porta ou da janela. Tal explicação desde logo nos
pareceu inteiramente satisfatória pela concordância admirável entre os efeitos
termodinâmicos previstos pela ciência na hipótese de um agrupamento instantâneo
de átomos e isto era o que se verificava em numerosos fenômenos de
transporte”.(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte, págs. 61 e 62).
“Fica por responder a seguinte
pergunta: “onde se achava a penca de chaves ou matéria das chaves, reduzida ao
estado fluídico, nas horas que decorreram entre o fenômeno de asport e o aporá?
Nos comentários ao caso X se acha bem desenvolvida a declaração do médium e dos
experimentadores, que viram muitas
vezes a “sombra” dos
objetos transportados antes
que os mesmos
aparecessem materialmente no aposento, enquanto que algumas
personalidades mediúnicas, entre as quais “Salter”, guia da sra. D’Esperance,
afirmam várias ocasiões que a matéria fluídica do objeto transportado ficava
provisoriamente acumulado, no ambiente em que ele deveria ser
materializado.”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte, pág.77).
“A respeito da possibilidade de tais restituições
supra normais de objetos em condições absolutamente idênticas à precedente,
convém repetir as explicações fornecidas pela sonâmbula do Sr. Suasse, que
assim explicou: Durante a
desmaterialização, vejo as
moléculas do objeto
se desintegrarem e
se separarem singularmente, ainda
que conservando cada uma a sua respectiva posição. Adquirem, em tal maneira,
dimensões muito maiores, porém a forma inicial do objeto não muda. Para a
rematerialização, produz-se o fenômeno inverso: as moléculas, que constituem o
objeto, voltam a tomar o seu lugar primitivo...”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de
Transporte, pág.93).
“Esta última importantíssima
observação do relator é bem oportuna por completar a elucidação sugerida para o
caso precedente, em relação com a modalidade com que se determina a
desintegração e a reintegração das moléculas que constituem os objetos
transportados. Viu-se consoante os resultados obtidos que, em tal
circunstância, era-se levado a inferir que as moléculas dissociadas
conservavam, no espaço, sua respectiva posição. E agora, com a observação
complementar deste outro experimentador, segundo o qual “parecia que a
totalidade das moléculas, que constituíam o objeto transportado, se
precipitavam instantaneamente sobre um espécie de trama que os experimentadores
vagamente conseguiam descortinar, faz espontar na mente a idéia de que os
experimentadores tenham tido ali a visão do duplo etéreo, primitivo e
intangível, que fazia o papel de trama, sobre a qual viriam à precipitar-se ,
condensar-se e materializar-se, pela lei da afinidade, as moléculas dissociadas
que, em nosso caso, constituíam o corpo do objeto transportado. Daí se conclui
que, se assim for, seremos logicamente levados a generalizar, de forma bem mas
ampla e fecunda, tal princípio por “lei da natureza”.(Ernesto Bozzano, Fenômeno
de Transporte, pág. 95).
A Bíblia relata alguns
transportes que segundo a nossa análise não podem ser considerais como
emancipação da alma. Vejamos:
I
REIS CAP.19,VS. 4 a 8
Elias no monte Heron: E andou pelo deserto um dia de caminho. Sentou-se
debaixo de um junípero e desejou a morte: “Basta, Senhor, disse ele; tirai-me
da vida porque não sou melhor que os meus pais.”Deitou-se por terra, e
adormeceu debaixo do junípero. Mas eis que um anjo tocou-o, e disse: “Levanta-te e come.” Elias olhou e viu junto à sua cabeça um pão
cozido debaixo da cinza, e um vaso de água. Comeu e bebeu e tornou a
dormir. Veio o anjo do Senhor uma segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e
come, porque tens um longo caminho a percorrer”. Elias levantou-se comeu e
bebeu e, com o vigor daquela comida, andou quarenta dias e quarenta noites, até
Horeb, montanha de Deus.
EZEQUIEL CAP.3, VS.14 e 15
Então
o espírito se apoderou de mim e ouvi
atrás de mim uma vozeria de violento rumor: “Bendita seja a glória do Senhor,
onde ela repousa!” Ouvi o rumor do bater das asas dos seres vivos e o ruído de suas rodas ao
lado deles, um barulho portentoso. O
espírito, a seguir, me transportou e me levou. Eu ia, com o coração repleto
de amargura e furor, desde a mão do Senhor havia pesado sobre mim. Cheguei a Tel Abib, junto dos deportados que se haviam
instalado às margens do Cobar. E ali fiquei sete dias no meio deles, em sombria estupefação.
DANIEL CAP.14, V.32 a 38
Ora,
o profeta Habacuc vivia naquele tempo na Judéia. Acabava de cozinhar um caldo e
picava pão dentro dele numa panela, para levá-lo aos ceifadores no campo. Mas
um anjo do Senhor disse-lhe: “Leva esta refeição a
Babilônia, a Daniel,
que se encontra
na cova dos
leões.” Senhor, disse a Habacuc, nunca vi Babilônia, e não conheço essa
cova.” Então, o anjo, segurando-o pelo alto da cabeça, transportou-o pelos cabelos,
num fôlego, até a Babilônia, em cima da cova. Daniel respondeu: “Ó Deus,
vós pensastes em mim ! Vós não abandonastes os que vos amam!” Depois disto se
pôs a comer enquanto o anjo do Senhor
transportava de volta Habacuc a seu domicílio.
ATOS DOS APÓSTOLOS CAP.8 , V.38 e 40
E mandou
parar o carro. Ambos
desceram à água
que Filipe batizou
o eunuco. Mal saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe dos olhares do eunuco que,
cheio de alegria, continuou o seu caminho. Filipe,
entretanto, foi transportado a Azot. Passando
além, pregava o Evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesária.
A
LEVITAÇÃO
“Como um Espírito pode operar o
movimento de um corpo sólido?
Combina uma parte do fluido universal com o
fluido que o médium libera, próprio para esse efeito.
Os Espíritos levantam a mesa com
a ajuda de seus braços de certo modo solidificados?
Esta
resposta não conduzirá, ainda , ao que desejais. Quando uma mesa se move sob
vossas mãos, o Espírito evocado vai tomar, no fluido universal, do que animar
essa mesa de vida factícia. Assim preparada a mesa, o Espírito a atrai e a põe
sob a influência do seu próprio fluido, liberado por sua vontade. Quando a
massa que quer por em movimento lhe é muito pesada, chama em sua ajuda outros
Espíritos que estão em suas mesmas condições. Em razão de sua natureza etérea,
o Espírito, propriamente dito, não pode agir sobre a matéria grosseira sem
intermediário, quer dizer, sem o laço que o une à matéria; esse laço, que
constitui o que chamais perispírito, vos dá a chave de todos os fenômenos
espíritas. Creio ter-me explicado bastante claramente para me fazer
compreender.
Os Espíritos que chamam em sua
ajuda, lhe são inferiores? Estão sob suas ordens?
Iguais quase sempre;
freqüentemente, vêem por si mesmos.
Todos os Espíritos estão aptos
para produzir os fenômenos desse gênero?
Os Espíritos que produzem essa
espécie de efeito são sempre Espíritos inferiores, que não estão, ainda,
inteiramente despojados de toda a influência material.
Compreendemos que os Espíritos
superiores não se ocupam de coisas que estão abaixo deles; mas, perguntamos
se, em razão de serem mais
desmaterializados, teriam a força de fazê-lo, se estivessem disso vontade?
Eles têm força moral como os
outros têm a força física; quando têm necessidade dessa força, servem-se
daqueles que possuem. Não vos foi dito que se servem dos Espíritos inferiores
como fazeis com os carregadores?
“Foi dito que a densidade do
perispírito, se pode exprimir assim, varia segundo o estado dos mundos; parece
que varia também no mesmo mundo segundo os indivíduos. Nos Espíritos avançados
moralmente, é mais sutil e se aproxima da dos Espíritos elevados; nos Espíritos
inferiores, ao contrário, se aproxima da matéria, e é
o que faz que esses Espíritos de
baixo estágio conservem por tempo tão longo as ilusões da vida terrestre; eles
pensam e agem como se estivessem ainda vivos; têm os mesmos desejos e, se
poderá dizer, a mesma sensualidade. Essa grosseria do perispírito, dando-lhe
mais afinidade com a matéria, torna os Espíritos inferiores mais próprios para
as manifestações físicas. Pela mesma razão, um homem do mundo, habituado aos
trabalhos de inteligência, cujo o corpo é débil e delicado, não pode erguer um
fardo pesado como um carregador . A matéria,
nele, de alguma sorte, é menos
compacta, aos órgãos menos resistentes e tem menos fluidos nervosos. O
perispírito, sendo para o Espírito o que o corpo é para o homem, e sua
densidade estando em razão da inferioridade do Espírito, supre nele a força
muscular, quer dizer, lhe dá, sobre os fluidos necessários às manifestações,
uma força maior do que aqueles cuja a natureza é mais etérea. Se um Espírito
elevado produzir tais efeitos, faz o que fazem,
entre nós, as pessoas
delicadas: manda fazê-lo um Espírito de
ofício.
Qual o papel do médium nesse
fenômeno?
Já o disse, o fluido próprio do
médium se combina com o fluido universal acumulado pelo Espírito; é necessária
a união desses dois fluidos, quer dizer, do fluido animalizado com o fluido
universal, para dar vida à mesa. Mas,
note bem, esta vida não é senão
momentânea; e ela se extingue com a ação e, muitas vezes, antes do fim da ação,
logo que a quantidade do fluido não é mas suficiente para animá-la.
O Espírito pode agir sem o
concurso de um médium?
Pode agir com desconhecimento do
médium; quer dizer que muitas pessoas servem de auxiliares dos Espíritos para
certos fenômenos, sem disso desconfiarem. O Espírito toma delas, como de um
fonte, o fluido animalizado de que tem necessidade; é assim que o concurso de
um médium, tal como entendeis, não é necessário, e é o que tem lugar,
sobretudo, nos fenômenos espontâneos.
Por que todo o mundo não pode
produzir o mesmo efeito, e por que todos os médiuns não tem a mesma força?
Isso depende do organismo e da
maior ou menor facilidade com qual a combinação dos fluidos pode se operar;
depois, o Espírito do médium simpatiza mais ou menos com os Espíritos estranhos
que nele encontram a força fluídica necessária. Ocorre com esta força, como com
a dos magnetizadores, ser maior ou menor. Sob esse aspecto, há pessoas que são
inteiramente refratárias; outras, nas quais a combinação não se opera senão por
um esforço de sua vontade; outras, enfim, nas quais ocorre tão naturalmente e
tão facilmente, que nem desconfiam disso, e servem de instrumento sem o
saberem, como já dissemos. .(Allan Kardec, Livro dos Médiuns, 2º parte, Cap.
IV,Itens 9 a
15.)
II
REIS CAP. 6,VS. 5 a
7
Ora,
estando um deles a cortar uma árvore heis que o machado caiu na água. “ Ah, meu
senhor !”exclamou ele. Porque o machado era emprestado. “Onde caiu ele ?”
perguntou o homem de Deus. Ele mostrou-lhe o lugar. Eliseu cortou em pedaço de
madeira, jogou-a na água, e o machado
veio a tona. “Tira-o”, disse ele. O homem estendeu a mão e tomou-o.
MATEUS
CAP.14, V.26 a 29
Quando
os discípulos o perceberam caminhando
pelas águas, ficaram com medo:“É um fantasma!” disseram eles, soltando
gritos de terror. Mas Jesus logo lhes disse: “Tranqüilizai-vos, sou eu, não
tenhais medo!”
Vejamos o codificador como se
expressa a respeito:
“Exemplos análogos provam que
ele nada tem de impossível, nem de miraculoso, pois que se produz sob a ação
das leis da Natureza. Pode operar-se de duas maneiras.Jesus, embora estivesse
vivo, pôde aparecer sobre a água, com uma forma tangível, estando alhures o seu
corpo. É a hipótese mais provável. Fácil é mesmo descobrir na narrativa alguns sinais característicos
das aparições tangíveis.
Por outro lado, também pode ter
sucedido que seu corpo fosse sustentado e neutralizada a sua gravidade pela
mesma força fluídica que mantém no espaço uma mesa, sem ponto de apoio.
Idêntico efeito se produz muitas vezes com os corpos humanos.( Allan Kardec, A
Gênese, Cap. XV, pág. 335.)
Vejamos Lombroso como se
pronuncia à respeito do fenômeno:
“Entre fenômenos mais freqüentes
que se verificam, entre os extáticos cristãos, está o denominado pelos
espiritistas de __ levitação.Gorres, em sua Mística , cita uma infinidade de exemplos, em
sua maior parte bem documentados.Margarida da Hungria eleva-se do solo depois
de cada comunhão. S.Domingos, na abadia de Castres, recolheu-se para rezar na
igreja, onde um frade, que o foi buscar, o encontrou suspenso entre o céu e a
terra. O mesmo ocorreu com S. Bernado, enquanto pregava aos monges reunidos em
capítulo; a Santa Lutgarda, enquanto religiosas cantavam o “Veni Creator”; a
S.Francisco Xavier, enquanto dizia missa dava comunhão as fiéis; a Santo
Alberto, enquanto recitava, à noite, os
Salmos, ajoelhado ante o
crucifixo.Durante suas preces ou meditações, aconteceu o mesmo a Santo Inácio
de Loiola, a Santa Catarina de Siena, à carmelita Catarina Texada, a Santo Estevão, rei da Hungria, a Ângela de
Milão, a Nicolau Fattori, a Gaspar de Florença, a Teresa, rainha de Castela, a
Maria Gomes, a Camilo de Lellis, a Ângelo de Bressanome, a Domingos do Paraíso,
a Francica Olímpia, a úrsula Benincasa, a Catarina de Seins, a Matias de
Baseio, a Maria Villani, a Inês de Assis, a Joana de Orvieto, a Liberta de
Civitella, a Pedro de Garde e a Francisco de Assis.Os historiadores das
diversas Ordens regorgitam de relatos em torno de fatos semelhantes, ocorridos
ante ás multidões. Bernadette, a extática de Lourdes, que morreu em a893, foi
também muitas vezes a vista muitas vezes elevar-se e flutuar enquanto rezava. S
Luís Gonzaga ficou por vezes suspenso no espaço, privado dos sentidos e
imóvel.De S. Pedro de Alcântara, célebre por suas levitações, dizem que
superava, nos vôos, a altura da copa das mais elevadas árvores. Santa Tersa de
Jesus assim fala das suas levitações estáticas: Algumas vezes, meu corpo se
sentia atraído até o ponto de se elevar do solo; mas, isto me ocorria
raramente. Aconteceu uma vez enquanto estava no coro com as outras religiosas,
e ajoelhada para comungar...”“Mas também os fenômenos de levitação não eram
exclusivos dos santos, de vez que se viam com freqüência nos endemoninhados.
“Vi __ refere-se Suplício Severo __ um possesso, ao aproximar-se de S. Martinho,
elevar-se suspenso no ar.”( César Lombroso, Hipnotismo e Mediunidade, pág. 213
e 214).
Kardec em o “Livro dos Médiuns”
faz dois pronunciamentos em notas que elucidam bastante a questão:
“Nota 1: O contato das mãos não é sempre necessário para
fazer mover um objeto. O mais freqüentemente,
o é para
dar o primeiro impulso, mais uma vez que o objeto está animado, pode obedecer à vontade sem contato material;
isto depende, seja da força do médium , seja da natureza dos Espíritos. Um
primeiro contato não é mesmo sempre indispensável; disso temos a prova nos
movimentos de deslocamentos espontâneos, que não se sonha provocar.” .(Allan
Kardec, Livro dos Médiuns, 2º parte, Cap. IV,Itens 9 a 15.)
“Nota 2: O magnetismo, sem nenhuma dúvida, é o princípio desses
fenômenos, mas não como se entende geralmente; a prova é que há magnetizadores
muito poderosos que não fariam mover uma mesinha, e pessoas que não podem
magnetizar, mesmo crianças, a quem basta pousarem os dedos sobre a mesa pesada
para faze-la agitar-se; logo, se a força medianímica não está em razão da força
magnética, é que há uma outra causa.”(Allan Kardec, Livro dos Médiuns, 2º
parte, Cap. IV,Itens 9 a
15.)
PNEUMATOGRAFIA: A
ESCRITA DIRETA
Segundo Kardec, a escrita direta, ou pneumatografia,
é aquela que se produz espontaneamente, sem o concurso, quer da mão do médium,
quer do lápis.(2ª Parte-Cap.VIII,127), tratando o assunto mais especificamente
no “Livro dos Médiuns”, Kardec (no Cap. XII, 146) observa ser a pneumatografia,
a escrita direta produzida diretamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário;
logo em seguida no item 147, faz uma citação a qual reproduziremos na íntegra
para maiores esclarecimentos sobre a natureza das nossas conclusões no que
concerne ao entendimento do fenômeno estudado em questão. “Quaisquer que tenham
sido os resultados obtidos em diversas épocas, não foi senão depois da
vulgarização das manifestações espíritas que se tomou a sério a questão da
escrita direta. O primeiro que parece tê-la feito conhecer, foi o Barão de Guldenstuble, que publicou a
esse respeito obra muito interessante, contendo inúmeros casos das escritas que
obteve através de suas pesquisas. Cabe ressaltar que o fenômeno já era
conhecido na América desde algum tempo. A posição de Guldenstubble, sua independência,
a consideração que desfrutava no mundo mais elevado, descartam,
incontestavelmente, toda suspeição de fraude voluntária, porque não pode ter
sido movido por nenhum motivo de interesse. Poder-se-ia, quando muito, crer que
ele mesmo era joguete de uma ilusão; mas a isso o fato responde
peremptoriamente, que é a obtenção do mesmo fenômeno por outras pessoas que se
cercavam de todas as precauções necessárias para evitar todas as fraudes e toda
causa de erro.” Prossegue Kardec no
mesmo capítulo item 148. “ Nessa
escrita o Espírito
não se serve
nem das nossas
substâncias, nem dos nossos
instrumentos; ele próprio faz a matéria e os instrumentos dos quais tem
necessidade, tirando seus materiais do elemento universal primitivo fazendo sofrer,
por sua vontade, as modificações necessárias ao efeito que quer produzir.”
Contudo o
Barão de Guldenstuble, citado por Kardec com certo elogio e admiração pelo seu
importante trabalho (A Realidade dos Espíritos), observou mais detalhadamente
este fenômeno, identificando que a escrita direta também se dava por intermédio
de transportes de substâncias existentes no plano físico como grafite, glóbulos
sangüíneos, tintas, etc..., todos naturalmente comprovados através de exames e
testes laboratoriais.
Prosseguindo nosso estudo no item 177, sobre a
designação de médiuns pneumatógrafos,
Kardec assevera que
dá-se esse nome
aos médiuns aptos a obterem a escrita direta, o que não é dado a todos
os médiuns escreventes. Essa faculdade, diz Kardec: “até o presente, é muito
rara; se desenvolve provavelmente pelo exercício; mas, como já dissemos, sua
utilidade prática se limita a uma constatação patente da intervenção de um
potência oculta nas manifestações. Só a experiência pode fazer conhecer se a
possui; pode-se pois, experimentar e também se pode perguntar a um Espírito
protetor por outros meios de comunicação. Segundo o
maior ou menor
potência do médium, obtêm-se
simples traços, sinais, letras, palavras, frases, e
mesmo páginas inteiras.
Basta ordinariamente colocar
uma folha de papel dobrada em um
lugar qualquer, ou designado
pelo espírito, durante
dez minutos ou
um quarto de
hora, algumas vezes mais. A prece e o recolhimento são condições
essenciais; por isso , pode-se esperar como impossível a obtenção de
alguma coisa em
uma reunião de
pessoas pouco sérias,
ou que não estivessem animadas de
sentimentos simpáticos e benevolentes”.
Esse procedimento encaixa-se perfeitamente com o episódio em que Moisés , o grande
legislador hebreu serviu de intermediário no monte Sinai após seu recolhimento
e purificação de quarenta dias e quarenta noites , servindo desta forma, as
entidades responsáveis pela tarefa de transmitir aos homens as designações da
espiritualidade superior, através do Decálogo. Segundo esse critério de análise
podemos classificar as passagens do Decálogo bem como a do festim de Baltazar
respectivamente como fenômenos de escrita direta.
ÊXODO
CAP.31, V.18
Tendo o Senhor acabado de falar com
Moisés sobre o monte Sinai,
entregou-lhe as duas tábuas do testemunho,
tábuas de pedras, escritas com dedo de Deus.
“É contudo, possível que os Espíritos, que envolvem
freqüentemente em uma substância sutil, com um corpo etéreo, segundo todas as
sagradas tradições da antigüidade ( o que torna explicável a realidade objetiva
das aparições), possam concentrar,
por sua força
de vontade e auxílio de seu corpo
sutil, uma corrente de eletricidade sobre um objeto qualquer...”(Epes Sargent,
Bases Científicas do Espiritismo, Cap.I,pág.67, Ed. Feb).
ÊXODO
CAP.32,VS.15, 19
Moisés
desceu da montanha segurando nas mãos as duas tábuas da lei, que estavam escritas dos dois lados,
sobre uma e outra faca. Eram obra de
Deus, e a escritura nelas gravada
era a escritura de Deus. Aproximando-se do acampamento, viu o bezerro de ouro e
as danças. Sua cólera se inflamou, arrojou de suas mãos as tábuas e quebrou-as
ao pé da montanha. Em seguida, tomando o bezerro que tinham feito, queimou-o e
esmagou-o até o reduzir a pó, que lançou na água e a fez beber aos israelitas.
ÊXODO
CAP.34,VS.1,28
O
Senhor disse a Moisés: “Talha duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras: escreverei nelas as palavras que se
encontravam nas primeiras tábuas que quebraste. Moisés ficou junto do Senhor quarenta
dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas
tábuas o texto da aliança, as dez palavras.
DEUTERONÔMIO CAP.4,V.13
Ele
deu-vos a conhecer a sua aliança, e ordenou-vos que a observásseis: as dez
palavras que escreveu nas duas tábuas de
pedra.
DEUTERONÔMIO
CAP.9,V.10
E
o Senhor entregou-me as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus,
nas quais estavam gravadas todas as palavras que o Senhor vos tinha dirigido no
monte, do meio do fogo, no dia da assembléia.
DEUTERONÔMIO
CAP.10,VS. 1 a
5
“Naquele
mesmo tempo o Senhor disse-me: Corta duas tábuas de pedra semelhantes às
primeiras, e sobe para junto de mim no monte, depois de ter fabricado uma arca
de madeira. Escreverei nessas tábuas as palavras que se achavam nas
primeiras que quebraste, e tu as porás na arca. - Fiz, pois, uma arca de
madeira de acácia, e cortei duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras,
depois disso, com as duas tábuas na mão, subi ao monte.O Senhor gravou nas novas pedras o que tinha escrito nas primeiras,
as dez palavras que ele vos tinha dirigido no monte, do meio do fogo, no dia da
assembléia. Devolveu-mas em seguida, e desci da montanha para depô-las na arca
que tinha feito. E elas lá estão, como o Senhor me tinha ordenado.
ÊXODO
CAP.31, V.18
Tendo o Senhor acabado de falar com
Moisés sobre o monte Sinai,
entregou-lhe as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedras, escritas com dedo de Deus.
EZEQUIEL,
CAP. 2,VS. 9 e 10
Olhei
e vi avançando para mim uma mão que segurava um manuscrito enrolado. E foi
desdobrado diante de mim: estava coberto
com escrita de um e outro lado: eram cânticos de luto, de queixumes e de
gemidos.
DANIEL
CAP.5,V.5
Ora,
nesse momento, eis que surgiram dedos de
mão humana a escrever, defronte do candelabro, no revestimento da parede do
palácio real. O rei, à vista dessa mão que escrevia, mudou de cor; pensamentos
tétricos assaltaram-no; os músculos de seus rins relaxaram-se e seus joelhos
entrechocaram-se.
Um caso bastante interessante,
a não dizer maravilhoso, é a pintura da
Virgem de Guadalupe, na qual estudos e análises científicas comprovaram que os
corantes utilizados para a pintura e outras fascinantes particularidades que
envolvem a obra obedecem a uma técnica não encontrada no planeta Terra. Abaixo transcrevemos um trecho do livro de
Benítez, que observou mas de perto o fenômeno:
“As
assombrosas descobertas científicas que se fizeram recentemente e que ainda
continuam sendo feitas em torno da imagem da Virgem de Guadalupe(México), tem
deixado literalmente pasmados todos os que a conheceram.Para entender a
importância dessas descobertas, é preciso fazer uma breve recapitulação de uma
antiga e piedosa lenda, que falava a respeito de uma forma milagrosa como a
imagem foi feita, que não foi pintada pela mão do homem __ segundo essa
tradição __, porém impressa na túnica ou tilma de um índio chamado Juan Diego,
em 1531. E chegamos aos nossos dias, ou melhor, ao nosso século, quando se
forma uma comissão de estudos para investigar os não poucos fenômenos inexplicáveis
da famosa tilma de Juan Diego.Em primeiro lugar, o que chama a atenção dos
peritos em têxteis é a singular conservação do tosco tecido. Hoje em dia, está
protegido por vidros, mas, durante mais de um século, esteve exposto à bondade
de Deus, ao relento, aos rigores do calor, ao pó e à umidade, sem desafiar nem
ficar turva a sua rara policromia. Atribui-se esta virtude ao tipo de pintura
que cobre a tela e que podia muito bem atuar como poderosa matéria protetora.
Em conseqüência disso, enviou-se uma amostra para ser analisada pelo sábio
alemão Richard Khun, prêmio Nobel de Química. Sua resposta deixou atônitos os
consultantes. Os corantes da imagem guadalupiana __ respondeu o cientista
alemão __ não pertencem ao reino vegetal nem ao mineral, tampouco ao animal,
pediu-se a dois estudiosos norte-americanos (o Dr. Callagan, da equipe
científica da NASA, e o professor Jody B. Schmidt, catedrático de Filosofia da
Ciência no Pensacolla College) que submetessem a imagem guadalupiana à análise
fotográfica com raios infravermelhos. E, entre outras conclusões, os
cientistas afirmam que
o ayate, tecido
de ralo fio de pita (maguey) __
carece de qualquer preparação, o que torna inexplicável, à luz dos
conhecimentos humanos, que os corantes impregnem e se conservem numa fibra tão
inadequada. Não existem pinceladas e a técnica é desconhecida na história da
pintura. “Não é usual __ dizem eles __, incompatível e não dá para ser
reproduzido”.Paralelamente a isso Torija Lavoignet, conhecido oftalmologista de
sobrenome hispano-francês, examinou com
seu oftalmoscópio de alta potência a pupila da imagem e observou maravilhado,
que na córnea se via uma minúscula figura que parecia o busto de um homem.E foi
o que aconteceu imediatamente a investigação que passo a explicar: a
“digitalização”dos olhos da Virgem de Guadalupe. Sabe-se que a córnea do olho
humano se reflete que está sendo visto naquele instante. O Dr. Aste Tonsmann
mandou fotografar (sem ele estar presente) os
olhos de uma
de suas filhas. Utilizou o chamado “processo de digitalizar imagens” e
conseguiu, desta forma, saber tudo o que ela estava vendo no momento de ser
fotografada.
Este mesmo
cientista, cuja profissão atual consiste em captar as imagens da Terra
transmitidas do espaço pelos satélites artificiais, digitalizou no ano passado
a imagem guadalupiana e agora os resultados começam a ser conhecidos.Nos olhos
da Virgem foram observados os seguintes pormenores: um índio, no ato de ser
despojar de sua tilma, ou túnica, diante de um franciscano; o próprio
franciscano, em cujo rosto se vê uma lágrima deslizando; um camponês muito
jovem, com a mão no rosto barbado, num gesto de consternação; um índio de tórax
nu, numa atitude quase de oração; uma mulher de cabelo crespo, provavelmente
uma negra da criadagem do bispo; um homem , uma mulher e umas crianças de
cabeças meios raspadas, além de outros religiosos, mas com hábito franciscano,
isto é ... o mesmo episódio relatado pela língua náuatle pelo escritor indígena
na primeira metade do século XVI, que em 1649 foi editado na língua asteca e em
castelhano por Lasso de La Vega !...”(J.J.Benítez,
O Mistério da Virgem de Guadalupe, págs. 10 e 11).
Segundo o termo “Virgem de Guadalupe”, observamos que
esta imagem foi gravada na tilma ou bata do índio Juan Diego, como prova das
aparições de uma entidade que apresentou-se a ele algumas vezes com pedido de
fundação de uma Igreja naquele local. Contudo segundo estudo criterioso de
J.J.Benítez, concluímos que o índio nunca se referiu a entidade como a “Virgem
de Guadalupe” do que foi dito infere-se que o podia dizer o índio Juan Diego,
no seu idioma, foi a palavra “tequantlanopeuh”, cujo significado é “a que teve
origem nos penhascos”, porque entre aqueles penhascos Juan Diego viu, pela
primeira vez, o Espírito comunicante, convencionado pela Igreja como a Virgem
Santíssima...
PNEUMATOFONIA: A
VOZ DIRETA
“Os Espíritos, podendo produzir ruídos e
pancadas, podem muito bem fazer ouvir gritos de toda a natureza, e sons
vocais imitando a voz humana, ao nosso lado ou no vago do ar; é a esse fenômeno
que designamos sob o nome de pneumatofonia. Segundo o que conhecemos da
natureza de pneumatofonia. Segundo o que conhecemos da natureza dos Espíritos,
pode-se pensar que alguns, dentre eles, quando são de ordem inferior, se iludem
e crêem falar como em sua vida.( Ver, Revista Espírita, fevereiro 1858:
História do fantasma da senhorita Clarion.)Seria preciso, todavia, guardar-se
de tomar por vozes ocultas todos os sons que não tem causa conhecida, ou
simples zunidos do ouvido, e sobretudo de crer que haja a menor verdade na
crença vulgar de que o ouvido que zune nos adverte de que se fala de nós em
algum lugar. Esses zunidos, cuja causa é puramente fisiológica, não tem aliás
nenhum sentido, ao passo que os sons pneumatofônicos exprimem pensamentos, e só
por isso pode-se reconhecer que são devidos a uma causa inteligente e não
acidental. Pode-se tomar como princípio de que os efeitos notoriamente
inteligentes são os únicos que podem atestar a intervenção dos Espíritos; quando
aos outros, há pelo menos cem chances contra uma de que sejam devidos a causas
fortuitas.Ocorre com bastante freqüência que, meio adormecido, ouve-se
distintamente pronunciar palavras, nomes, algumas vezes mesmo frases inteiras,
e isso com bastante força para nos acordar sobressaltados. Embora possa
acontecer que em certos casos seja realmente uma manifestação, esse fenômeno
não tem nada de positivo para que não se possa atribuí-lo a uma causa análoga
àquela que desenvolvemos na teoria das alucinações, capítulo VI, números 111 e seguintes. O que se ouve dessa
maneira, não tem, de resto, nenhuma continuidade; não ocorre o mesmo quando se
está desperto, porque então, se é um Espírito que se faz ouvir, quase sempre se
pode fazer com ele uma troca de pensamentos e iniciar uma conversação regular. Os sons espíritas ou pneumatofônicos
têm duas maneiras de se produzirem: algumas vezes, é uma voz íntima que
repercute no foro interior; ainda que as palavras sejam claras e distintas, não
tem, entretanto, nada de material; de outras vezes, são exteriores e bem
distintamente articuladas, como se proviessem de uma pessoa que estivesse ao
seu lado.De qualquer maneira que se produza, o fenômeno da pneumatofonia, quase
sempre, é espontâneo e não pode, senão raramente, ser provocado.” ( Allan
Kardec, O Livro dos Médiuns, Parte 2º ,Cap. XII, Itens 150 a 151).
“Existe quando os Espíritos
comunicantes, ao invés de falarem incorporados em um médium, ou usando de
processos telepáticos, já estudados, fazem-no diretamente, através de um
aparelho vocal improvisado no plano invisível.Modalidades deste fenômeno são os
assobios, canto etc., e para
sua produção, em geral , é
utilizada pelos Espíritos a matéria plástica fluídica denominada ectoplasma.
Quando a quantidade de fluido é suficiente podem falar vários Espíritos ao
mesmo tempo e em diversos pontos de aposento no qual se realiza o trabalho e
quando ele escasseia os Espíritos são obrigados a falar o mais junto possível
do médium de efeitos físicos, doador principal de fluidos.Não temos espaço
neste trabalho para entrar em análise mais detalhada do assunto e citamos
apenas alguns de seus aspectos mais interessantes; mas podemos entretanto,
acrescentar que estas manifestações de voz direta apresentam modalidades que
são: fenômenos de classe inferior e fenômenos de classe superior, sendo os
primeiros aqueles que os Espíritos provocam usando fluidos pesados, obtidos no
próprio ambiente em que, no momento, atuam e os segundos aqueles que exigem
purificação e filtragem dos fluidos, combinados com fluidos mais finos, obtidos
do reservatório cósmico e com alcance da maioria dos operadores, exigindo por
outro lado médiuns de maior capacidade.Em geral, para a obtenção dos fenômenos
de efeitos físicos, entre os quais se enquadram os de voz direta, forma-se no
plano invisível um grupo de Espíritos que agem em comum, sob a chefia do mais
autorizado, com uma mais ou menos perfeita e detalhada distribuição das
tarefas. Uns, por exemplo, se encarregam de colher os fluidos pesados fornecidos
pelo médium e assistentes; outros de misturar e manipular estes fluidos em
recipientes apropriados ou moldá-los em suas próprias mãos; outros de
isolar o ambiente
de trabalho, tanto
no plano físico
como no etéreo,
estabelecendo cordões vibratórios de segurança às vezes a distância
apreciáveis; outros de ligar entre si fluidicamente os assistentes encarnados,
para estabelecer a necessária corrente magnética; outros produzir fenômenos
diversos como levitações ( de pessoas e
coisas), transportes, etc.,
outros de purificar o ambiente e higienizá-lo segundo
as necessidades vibratórias do trabalho a produzir; outros enfim, de produzir
pancadas etc.Nas manifestações de voz direta, de que estamos tratando, surge
ainda o trabalho mais delicado de preparar a máscara ou a garganta fluídica,
conforme o caso para a emissão de sons.
Vejamos com o Espírito já citado André Luiz, descreve
uma manipulação desse gênero:
__’André,
falou o meu orientador em tom grave improvisamos a garganta ectoplasmática. Não
podemos perder tempo ...
“E identificando-me a
inexperiência acrescentou:
“__Não
precisa inquietar-se. Bastará ajudar-me na mentalização das minúcias anatômicas
do aparelho vocal. A força nervosa do médium é matéria plástica e profundamente
sensível às nossas criações mentais.
“Logo após Alexandre tomou
pequena quantidade daqueles eflúvios leitosos, que exteriorizavam,
particularmente através da boca, narinas e ouvidos do aparelho mediúnico, e
como se guardasse nas mãos reduzida quantidade de gesso fluídico começou a
manipulá-lo, dando-me a impressão de estar completamente alheio ao ambiente,
pensando com absoluto domínio de si mesmo, sobre a criação do momento,“Aos
poucos vi formar-se, sob meus olhos atônitos, um delicado aparelho de fonação.
No íntimo do esqueleto cartilaginoso, esculturado com perfeição na matéria na
matéria ectoplasmática, organizavam-se os fios tenuíssimos das cordas vocais,
elásticas e completas, na fenda glótica e, em seguida Alexandre
experimentou emitir alguns sons, movimentando as cartilagens aritenóides.
Formam-se, ao influxo mental e sob a ação técnica de meu orientador, uma
garganta irrepreensível. “Com assombro verifiquei que, através do pequeno
aparelho improvisado e com a cooperação do som de vozes humanas guardadas na sala,
nossa voz era integralmente percebida por todos os encarnados presentes”.(
Edgard Armond, Mediunidade, 1º Parte, págs. 70 e 71).
ÊXODO
CAP.19,VS.3, 16 a
20
Moisés
subiu para Deus, e o Senhor o chamou do alto da montanha
nestes termos: “Eis o que dirás á família de Jacó, eis o que anunciarás aos
filhos de Israel.Na manhã do terceiro dia, houve um estrondo de trovões e de relâmpagos; uma espessa nuvem cobria a
montanha e o som da trombeta soou
com força. Toda a multidão que estava no acampamento tremia. Moisés levou o
povo para fora do acampamento para o encontro de Deus, e pararem ao pé do
monte. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor tinha descido sobre ele no
meio das chamas; o fumo que subia do monte era como a fumaça duma fornalha, e
toda a montanha tremia com violência. O
som da trombeta soava ainda mas forte; Moisés falava e os trovões divinos respondiam-lhes.O
Senhor desceu sobre o cume do monte Sinai; e chamou Moisés ao cume do monte.
Moisés subiu, e o Senhor lhe disse: ...
ÊXODO
CAP.20,V.18, 22
Diante
dos trovões, das chamas, da voz de
trombeta e do monte que fumegava, o povo tremia e conservava-se à
distância.
O Senhor disse a Moisés: “Eis o que dirás aos israelitas: Vistes que vos falei dos céus.
ÊXODO
CAP.24,VS. 1 e 2
Deus disse a Moisés: “Sobe para o Senhor, com Aarão, Nacab e Abiú e
setenta anciãos de Israel e prostai-vos à distância. Só Moisés se aproximará do
Senhor, e não os outros, e o povo não subirá com ele”.
MATEUS CAP.3,VS. 16 e 17
Depois
que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu
descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: “Eis meu filho amado em que ponho minha
afeição.”
MATEUS
CAP.17,V.5
Falava
ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: Eis o meu filho muito
amado em que pus toda a minha afeição: ouvi-o”.
JOÃO
CAP.12,V.28
Entrada de Jesus em Jerusalém: Presentemente, a minha alma está perturbada. Mas que
direi?... Pai, salva-me desta hora...Mas é exatamente para isso que vim a esta
hora .Pia, glorifica o teu nome!”Nisso
veio do céu uma voz: “Já o glorifiquei e tornarei a glorifica-lo”.
ATOS
DOS APÓSTOLOS CAP. 9 VS. 3 a
15
Durante
a viagem, estando já perto de Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu.
Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me
persegues?” Saulo disse: “Quem és
Senhor?” Respondeu ele: “Eu sou Jesus a quem me persegues. Duro te é
recalcitrar contra o aguilhão.” Então trêmulo e atônito disse ele: “Senhor, que
queres que eu faça?” Respondeu-lhe o Senhor: “Levanta-te, entra na cidade. Aí
te será dito o que deves fazer.” Os
homens que o acompanhavam enchiam-se de espanto, pois ouviam perfeitamente a
voz, mas não viam a ninguém. Saulo levantou-se do chão. Abrindo, porém, os
olhos, não via nada . Tomaram-no pela mão e o introduziram em Damasco, onde
esteve três dias sem ver, sem comer, nem beber.
Para maiores esclarecimentos consultar a obra de
autoria de J.Arthur Findlay, No Limiar do Etéreo, edição da FEB, o mesmo
aborda o fenômeno da voz direta e suas explicações dadas pelos espíritos que
comparecerem as suas experiências explicando mais detalhadamente o processo das
gargantas ectoplasmáticas, bem como o fenômeno da música transcendental
estudada pelo eminente pesquisador Ernesto Bozzano em seu livro “Fenômenos
Psíquicos no Momento da Morte”, editado também pela FEB.
A
MEDIUNIDADE DE CURA
“Consiste a mediunidade desta
espécie na faculdade que certas pessoas possuem de curar pelo contato, pela
imposição das mãos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o concurso de qualquer
medicamento. Semelhante faculdade incontestavelmente tem o seu princípio na
força magnética; difere desta, entretanto, pela energia e instantaneidade da
ação, ao passo que as curas magnéticas exigem o tratamento metódico, mais ou
menos longo. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, se sabem
proceder convenientemente; dispõem da ciência que adquiriam. Nos médiuns
curadores, a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem nunca ter ouvido
falar de magnetismo.
A faculdade de curar pela
imposição das mãos deriva evidentemente de uma força excepcional de
expansão, mas diversas
causas ocorrem para
aumentá-la , entre as
quais hão de colocar-se, na primeira linha: a
pureza dos sentimentos, o
desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio, a prece fervorosa e a confiança em Deus; numa
palavra: todas as qualidades morais. A força muscular, ser partilha de toda
gente, mesmo do homem perverso; mas, só o homem de bem se serve dela
exclusivamente para o bem, sem idéias ocultas de interesse pessoal, nem
satisfação de orgulho ou de vaidade. Mais depurado, o seu fluido possui
propriedades benfazejas e reparadoras, que não pode ter o do homem vicioso e
interesseiro.Todo efeito mediúnico, como já foi dito, resulta da combinação dos
fluidos que emitem um Espírito e um médium. Pela sua conjugação esses fluidos
adquirem propriedades novas, que separadamente não teriam, ou, pelo menos, não
teriam no mesmo grau. A prece, que é uma verdadeira evocação, atrai os bons
Espíritos sempre solícitos em secundar os esforços do homem bem-intencionado; o
fluido benéfico dos primeiros se casa facilmente com o do segundo, ao passo que
o homem vicioso se junta ao dos maus Espíritos que o cercam. O homem
de bem, que não dispusesse da
força fluídica, pouca coisa conseguiria fazer por si mesmo, só lhe restando
apelar para a assistência dos Espíritos bons, pois quase nula seria a sua ação
pessoal; uma grande força fluídica, aliada à maior soma possível de qualidades
morais, pode operar em matéria de curas, verdadeiros prodígios.A ação fluídica,
ao demais, é poderosamente secundada pela confiança do doente, e Deus quase
sempre lhe recompensa a fé,
concedendo-lhe o bom êxito.Somente
a superstição pode
emprestar qualquer virtude
a certas palavras
unicamente Espíritos ignorantes ou mentirosos podem alimentar
semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto, acontecer
que, para pessoas pouco esclarecidas e
incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, o uso de uma fórmula
de prece ou de determinada prática contribua a lhes infundir confiança. Nesse
caso, porém, não é na fórmula que está a eficácia e sim na fé que não é na
fórmula que está a eficácia e sim na fé que aumentou com a idéia ligada ao
emprego de fórmula.Não se devem confundir os médiuns curadores com os médiuns
receitistas, que são simples médiuns escreventes, cuja especialidade consiste
em servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições
médicas; absolutamente mais não fazem
que transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem, de si mesmos, nenhuma influência.” (Obras Póstumas, Itens 52 a 55)
MATEUS CAP.8, VS. 2 e 3
Eis
que um leproso aproximou-se e prostou-se diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, podes curar-me”.
Jesus estendeu-se a mão, tocou-o e disse: “Eu quero ser curado.” No mesmo
instante, a lepra desapareceu.
MATEUS CAP.8 , VS.14 e 15
Foi
então Jesus à casa de Pedro, cuja sogra estava de cama, com febre. Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou.
Ela levantou-se e pôs-se a servi-los.
MATEUS
CAP. 12, V.13
Disse, então,
aquele homem: “Estende a mão.” Ele
a estendeu e ela tornou-se sã como a outra.
MATEUS
CAP.20, VS.32 a 34
Jesus
parou, chamou-os e perguntou-lhes: “Que quer que eu faça?” “Senhor, que nossos
olhos se abram!” Jesus, cheio de compaixão, tocou-lhes os olhos. Instantaneamente recobraram a vista e puseram-se a
segui-lo.
LUCAS CAP.8,VS. 43 a 47
Ora,
uma mulher padecia dum influxo de sangue
havia doze anos, e tinha gasto com os médicos todos os seus bens, sem que
nenhum a pudesse curar, aproximou-se
dele por detrás e tocou-lhe a orla do manto; e no mesmo instante lhe parou o influxo de sangue. Jesus perguntou;
“Quem foi que me tocou ?”Como todos negassem, Pedro e os que com ele estavam
disseram: “Mestre, a multidão te aperta de todos os lados...”Jesus replicou: “Alguém me tocou, porque
percebi sair de mim uma força.”
ATOS DOS APÓSTOLOS CAP.5, V.16
Também
nas cidades vizinhas de Jerusalém afluía muita gente, trazendo os enfermos e os atormentados por espíritos
imundos, todos eles eram curados.
ATOS DOS APÓSTOLOS CAP.9, V.33
Ali
achou um homem chamado Enéias, que havia
oito anos jazia paralítico num leito. Disse-lhe Pedro: “Enéias, Jesus Cristo te
cura: levanta-te e faze tua cama.”E
levantou-se imediatamente.
ATOS DOS APÓSTOLOS
CAP.14, V. 8 a
10
Em
Listra vivia um homem aleijado das pernas, coxo
de nascença, que nunca tinha andado. Sentado, ele ouvia Paulo a pregar.
Este, fixando nele os olhos e
vendo que tinha fé para ser curado,
disse em alta
voz: “Levanta-te direito sobre os teus pés!” Ele deu um salto e pôs-se a andar.
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