SATANÁS
UM DOGMA MILENAR
“A palavra daimon, da qual fizeram o termo demônio, não era, na antigüidade, tomada à má parte, como nos tempos modernos.
Não designava exclusivamente seres malfazejos, mas todos os Espíritos, em geral
dentre os quais destacavam os Espíritos superiores, chamados deuses, e os menos
elevados, ou demônios propriamente ditos, que se comunicavam diariamente com os
homens. Também o Espiritismo diz que os Espíritos povoam o espaço; que Deus só
se comunica com os homens por intermédio dos Espíritos puros, que são
incumbidos de lhe transmitir as vontades; que os Espíritos se comunicam com
eles durante a vigília e durante o sono. Ponde em lugar da palavra demônio, a
palavra Espírito e tereis a doutrina espírita; ponde a palavra anjo e tereis a
doutrina cristã.”(Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, págs.46 e 47).”
“Provada a patente a luta entre
o bem e o mal, triunfante este muitas vezes sobre aquele, e não se podendo
racionalmente admitir que o mal derivasse de um benéfico poder, conclui-se pela
existência de dois poderes rivais
no governo do mundo. Daí nasceu a doutrina dos dois princípios, alias lógica
numa época em que o homem se encontrava incapaz de, raciocinando, penetrar a
essência do Ser Supremo. Como compreenderia,
então, que o
mal não passa
de transitório do
qual pode emanar o bem, conduzindo-o
à felicidade pelo sofrimento e auxiliando-lhe o progresso? Os limites do seu
horizonte moral, nada lhe permitindo ver além do seu presente, no passado como
no futuro, também não lhe permitia compreender que já houvesse progredido, que
progrediria ainda individualmente, e muito menos que as vicissitudes da vida
resultavam as imperfeições do ser espiritual nele residente, o qual preexiste e
sobrevive ao corpo, na dependência de uma série de experiências purificadoras
até atingir a perfeição.”(Allan Kardec,O Céu e o Inferno,1º Parte, Cap. IX,
pág.117).
Essa doutrina suscita várias objeções:
Kardec faz em “O Céu e o
Inferno”, algumas considerações importantes a esse respeito:
“1º
- Se Satã e os
demônios eram anjos, eles eram perfeitos; como, sendo perfeitos, puderam falir
a ponto de desconhecer a autoridade desse Deus, em cuja presença se
encontravam? Ainda se tivessem logrado uma tal eminência gradualmente, depois
de haver percorrido a escala da perfeição, poderíamos conceber um triste retrocesso;
não porém, do modo por que no-los apresentam, isto é, perfeitos de origem. A
conclusão é esta: __ Deus quis criar seres perfeitos, porquanto os favorecerá com todos os dons,
mas enganou-se: logo, segundo a Igreja, Deus não é infalível!”
“2º
- Pois que nem a Igreja e nem os sagrados anais explicam a causa da rebelião
dos anjos para com Deus e apenas dão como problemática (quase certa) a
relutância no reconhecimento da futura missão do Cristo. “
“3º
- As palavras atribuídas a Lúcifer revelam uma ignorância admirável num arcanjo
que, por sua natureza e grau atingido, não deve participar, quanto à
organização do Universo, dos erros e dos prejuízos que os homens tem
professado, até serem pela Ciência esclarecidos. Como poderia, então, dizer que
fixaria residência acima dos astros, dominando as mais elevadas nuvens?! É
sempre a velha crença da Terra como centro do Universo, do céu como que formado
de nuvens estendendo-se as estrelas, e da limitada região destas, que a
Astronomia nos mostra disseminadas ao infinito no infinito espaço! Sabendo-se
como hoje se sabe, que as nuvens não se elevam a mais de duas léguas da
superfície terráquea, e falando-lhe em dominá-las por mais alto, referindo-se a
montanhas, preciso fora que a observação partisse da Terra, sendo ela, de fato,
a morada dos anjos. Dado porém, ser esta em região superior, inútil fora
alcançar-se acima das nuvens. Emprestar aos anjos uma linguagem tisnada de
ignorância, é confessar que os homens contemporâneos são mais sábios que os
anjos. A Igreja tem caminhado sempre erradamente, não levando em conta o
progresso da ciência.” (Allan Kardec,O Céu e o Inferno, 1º Parte, Cap.IX,
págs.121 a 123).
“Por esta doutrina, apenas uma
parte dos demônios está no inferno; a outra vaga em liberdade, envolvendo-se em
tudo que aqui se passa, dando-se ao prazer de praticar o mal e isso até o fim
do mundo, cuja época indeterminada não chegará tão cedo, provavelmente. Mas,
por que uma tal distinção? Serão estes menos culpados? Certo que não, a menos
que não se revezem, como se pode inferir dessas palavras: “Enquanto uns ficam
na tenebrosa morada, servindo de instrumento da justiça divina contra as almas
infelizes que seduzem” .(Allan Kardec, O Céu e o Inferno, 1º Parte, Cap. IX,
pág.126 e 127).
“Suas ocupações consistem, pois,
em martirizar as almas que seduziram. Assim, não se encarregam de punir faltas
livre e voluntariamente cometidas, porém as que eles próprios provocaram. São
ao mesmo tempo a causa do erro e o instrumento do castigo; e coisa singular,
que a justiça humana por imperfeita não admitiria __ a vítima que sucumbe por
fraqueza, em contingências alheias e porventura superiores à sua vontade, é o
tanto mais severamente punida do que o agente provocador que emprega astúcia e
artifício, visto como essa vítima, deixando eternamente, enquanto que o
causador da sua primeira falta, o agente provocador, goza de uma tal ou qual
dilação e liberdade até o fim do mundo.Como pode a justiça de Deus ser menos
perfeita que a dos homens?
Mas, ainda não é tudo: “Deus permite
que ocupem lugar nesta criação, nas relações que com o homem deviam ter e das
quais abusam perniciosamente” Deus podia ignorar, no entanto, o abuso que
fariam de uma liberdade por ele mesmo concedida? Então por que que Deus
abandona suas criaturas mercê delas mesmas, sabendo, pela sua onisciência, que
vão sucumbir, tendo a sorte dos demônios. Não serão elas de si mesmas bastante
fracas para falirem, sem
provocação de um
inimigo tanto mais perigoso como invisível? Ainda se o
castigo fora temporário e o
culpado pudesse remir-se pela reparação! ... Mas não: a condenação, lamentos,
tudo supérfluo!
Os demônios não passam portanto
de agentes provocadores e de antemão destinados a recrutar almas para o
inferno, isto com a permissão de Deus, que antevia, ao criar almas a sorte que
as aguardava. Que se diria na Terra de um Juiz que recorresse a tal expediente
para abarrotar prisões? Estranha idéia que nos dão da Divindade, de um Deus
cujos atributos essenciais são:
__
justiça e bondade soberanas! E dizer-se que é em nome de Jesus, d’Aquele que só
pregou o amor, perdão e caridade, que tais doutrinas são ensinadas! Houve um
tempo em que tais anomalias passavam despercebidas, porque não eram
compreendidas nem sentidas; o homem, curvado ao jugo do despotismo, submetia-se
à fé cega, abdicava da razão. Hoje, porém que a hora da emancipação soou, esse
homem compreende a justiça, e, desejando-a tanto na vida quanto a morte,
exclama; __ Não é, não pode ser tal, ou Deus não fora Deus.(Allan Kardec, O Céu
e o Inferno, 1º Parte, Cap. IX, pág.126 e 127).
“Segundo o Espiritismo, nem
anjos nem demônios são entidades distintas, por isso que a criação de seres
inteligentes é uma só. Unidos a corpos materiais, esses seres constituem a
Humanidade que povoa a Terra e outras esferas habitadas; uma vez libertos do
corpo material, constituem o mundo espiritual ou dos Espíritos, que povoam os
Espaços. Deus criou-os perfectíveis e deu-lhes por escopo a perfeição, com a
felicidade que dela decorre. Não lhes deu, contudo, a perfeição, pois quis que
a obtivessem por seu próprio esforço, a fim de que também e realmente lhe
pertencesse o mérito. Desde o momento da criação que os seres progridem, que
encarnados, quer no estado espiritual. Atingido o apogeu, tornam-se puros
espíritos ou anjos segundo a expressão vulgar, de sorte que, a partir do
embrião do ser inteligente até o anjo, há uma cadeia na qual cada um dos elos
assinala um grau de progresso.Do expresso resulta que há Espíritos em todos os
graus de adiantamento, moral e intelectual,
conforme a posição em que se acham, na imensa escala do progresso. Em
todos os graus existe, portanto, ignorância e saber, bondade e maldade. Nas
classes inferiores destacam-se Espíritos ainda profundamente propensos ao mal.
A estes pode-se denominar demônios, pois são capazes de todos os malefícios aos
ditos atributos. O Espiritismo não lhes dá tal nome por se prender a idéia de
uma criação distinta do gênero humano, como seres de natureza essencialmente
perversa, votados ao mal eternamente e incapazes de qualquer progresso para o
bem.( Allan Kardec, O Céu e o Inferno, 1º Parte, Cap. IX, Item ,págs.131 e 132).
Léon Denis, comenta:
“Uma lenta substituição se
produziu, na qual se encontram os vestígios das crenças desaparecidas. Os
deuses pagãos tornaram-se demônios. As divindades dos fenícios e dos assírios:
Baal-Zebud (Belzebu), Astarot, Lúcifer, foram transformados em potências
infernais. Os demônios do Platonismo, que eram Espíritos familiares,
tornaram-se diabos. Dos heróis, das personagens veneradas na Gália, na
Grécia, na Itália, fizeram
santos. Conservaram as festas religiosos dos antigos povos, dando-lhes
apenas formas diferentes, como a dos Mortos. Por toda parte, enxertaram no
antigo culto um culto novo, que era a
sua reprodução sob outros nomes. Os próprios dogmas cristãos se encontram na
Índia e na Pérsia.”(Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, pág.105).
Deus Pan
Centauro
Deus Cornífero - Nórdico
“Os
judeus adotaram as suas crenças o termo satan, mais ou menos três anos após a
morte de Zoroastro. Isso se seu na época em que foram levados em cativeiro para
Babilônia. Comprova-se esse procedimento verificando-se no capítulo `XXIV, do
livro II de Samuel, e do capítulo XXI do livro de Crônicas, onde se vê que os
Judeus reconheceram a inconseqüência de um Deus bom praticando o mal, matando
setenta mil pessoas, por isso talvez, adotaram o dualismo da teologia
Zoroastrica.
Mas
o termo originou-se da seguinte forma: A raça branca originaria do polo boreal,
era chamada pelos europeus, de raça boreana e hiperboreana. Moisés, a chamava
de Ghiboreana,. Esta raça tinha horror a raça negra pelas suas funestas
incursões, por isso é que a denominaram Sudeana. Deste termo se originaram os
termos Suth ou Soth dos egípcios, Sath dos fenícios e Shatan ou Satan dos
árabes e dos hebreus. Este nome serviu de raiz a Saturno entre os etruscos,
Sathur, Suthur, ou Surthur entre os escandinavos. Do celto saxônio South deriva
o termo inglês South, o belga Sudy, o alemão e o francês Sud, o português Sul,
etc. Esse termo foi criado para simbolizar a raça negra, inimiga da raça
branca, porque nessas épocas atrasadas, os povos ainda não conheciam o
princípio do mal, como entidade celestial decaída, que só muitíssimo mais tarde
é que foi surgindo da imaginação dos místicos.”(Jesus e sua Doutrina, A . Leterre,
pág. 201, Ed. Feb.)
A
personificação de uma figura antagônica aos poderes de Deus não existia,
acreditavam sim, que Deus é que punia os pecadores. Vejamos em alguma passagens
bíblicas que destacam este pensamento:
I
SAMUEL CAP.2,V.25
Se
um homem pecar contra o outro , Deus o julga; se ele pecar, porém contra o
Senhor, quem intervirá a seu favor? Mas não ouviam a voz de seu pai, porque Deus os queria perder.
II
SAMUEL CAP. 1,V.1
A
cólera do Senhor se inflamou novamente
contra Israel e excitou Davi contra eles; dizendo-lhe: “Vai recensear
Israel e Judá.”
II
REIS CAP. 22, V. 23
O Senhor pôs um espírito de mentira na
boca de todos os profetas aqui presentes,
ma é a tua perda que o Senhor decretou.
JÓ
CAP.14, V.13
Se,
pelo menos, me escondesses na região dos mortos, ao abrigo, até tua cólera tivesse passado, se me
fixasses um limite em que te lembrasses de mim!
SALMOS
CAP.29, VS. 4 a
6
Senhor
minha alma foi tirada por vós da habitação dos mortos; dentre os que
descem para o túmulo, vós me salvastes.
Ó vós, fiéis do Senhor, cantai a sua glória, dai graças ao seu santo nome Porque sua indignação dura apenas um
momento, enquanto sua benevolência é para toda a vida.
SALMOS,CAP.70
VS.20 e 21
Vós
me fizestes passar por numerosas e
amargas tribulações, para de novo, me fazer viver e dos abismos da terra novamente me tirar.
SALMOS
CAP.84,VS. 6 e 7
Acaso será eterna contra nós a vossa
cólera? Estendereis vossa ira sobre
todas as gerações? Não nos restituireis a vida, para que vosso povo se rejubile
em vós.
SALMOS,
CAP. 88,VS. 47 e 48
Até quando Senhor? Até quando continuareis escondido? Até quando estará acesa a vossa cólera?
Lembrai-vos de como é curta a nossa vida, e quão efêmeros os homens que
criastes.
ECLESIÁSTICO,
CAP.39, VS. 33 e 34
Há
espíritos que foram criados para a vingança: aumentaram o seu tormento pelo seu
furor. No tempo do extermínio manifestarão sua força, e apaziguarão a fúria daquele que os criou.
Eclesiástico, faz alusão aos
Espíritos malignos, destinados a tentar os vivos e a atormentar os condenados,
missão essa bárbara, injusta e abominável, que Deus não pode estabelecer, e que
só pode conceber um homem de coração rancoroso em sumo grau de crudelíssimo
coração. Mas, supondo mesmo que assim seja, embora não o aceitemos, deixando
isso somente a cargo dos caritativo inventores das fogueiras temporais ou
eternas, resultará, das palavras do Eclesiastes, que a salvação e o perdão são
o destino final dos Espíritos malignos, pois, no tempo da consumação, isto é,
passado o termo da iniquidade, derramarão a sua força, esgotarão a sua maléfica
atividade e, arrependidos, aplacarão o furor daquele que os fez e que espera o
seu arrependimento com amorosa solicitude e paternal carinho.
ISAÍAS,
CAP. 57, VS. 16 a
18
Realmente,
não desejo controvérsias sem fim, nem persistir sempre no descontentamento,
senão o espírito desfalecerá diante de mim, assim como as almas que criei. Por
causa de crime de meu povo me irritei um momento; feri-o, dando-lhe as costas na minha indignação, enquanto o rebelde
agia conforme a sua fantasia. Vi a sua conduta, disse o Senhor, e o curarei. Vou guiá-lo e consolá-lo.
MIQUÉIAS,
CAP.7, VS. 18 e 19
Qual
é o Deus que, como vós, apaga a iniquidade e perdoa o pecado do resto do seu
povo, que não se ira para sempre porque
prefere a misericórdia? Uma vez mais, tende piedade de nós! Esquecei as
nossas faltas e jogai nossos pecados nas profundezas do mar!
SALMOS,
CAP.95, V.5
Porque
os deuses dos pagãos, sejam quais
forem, não passam de ídolos, mais foi o Senhor que criou os céus.
O que
eqüivale a dizer que: Todos os deuses das nações são bagatelas, coisas pueris,
sem importância nem poder; mas o Senhor, que fez os céus, é que é todo
poderoso. Resulta disso, que o salmista não atribui aos demônios existência
pessoal nem os considera como individualidades reais.
ECLESIASTICO,
CAP.21,V.30
Quando
o ímpio amaldiçoa o adversário(diabo),
amaldiçoa-se a si mesmo.
Entendia Eclesiastico, que o
diabo, ou seja, o adversário era a própria falta de fé e entendimento das
verdades espirituais.
EZEQUIEL
CAP.28, VS.13 a 15
Estavas
num Edén, jardim de Deus,estavas coberto de gemas diversas:sardônia, topázio e
diamante, crisólito, ônix e jaspe,safira, carbúnculo e esmeralda; trabalhados
em ouro ,tamborins e flautas, a teu serviço,prontos desde o dia em que fostes
criado.Eras um querubim protetor colocado sobre a montanha de Deus;passeavas
entre as pedras de fogo.Foste
irrepreensível em teu proceder desde o dia em que fostes criado,até que a iniquidade apareceu em ti.
Aqui neste ponto da Bíblia, é
que a Igreja Católica e Protestante entende como a descrição de Lúcifer o anjo
decaído. Na relalidade é uma alegoria sobre o rei simbólico de Tiro.
Vejamos a inocente alegoria descrita por Jó.
JÓ
CAP.1,VS. 6 a
12
Um
dia em que os filhos de Deus se apresentavam diante do Senhor, veio também
Satanás entre eles O Senhor disse-lhe: “
Donde vens tu? ” __ “Andei dando volta pelo mundo, disse Satanás, e
passeando por ele.” O Senhor disse-lhe: “notaste o meu servo Jó? Não há ninguém
igual a ele na terra: íntegro, reto, temente a Deus, afastado do mal.” Mas
Satanás respondeu ao Senhor: “É a troco de nada que Jó teme a Deus? ” Não
cercaste como uma muralha a sua casa e todos os seus bens? Abençoas tudo quanto
ele faz e seus rebanhos cobrem toda a região. Mas estende sua mão e toca em
tudo o que ele possui; juro-te que te amaldiçoará na tua face.”__ “ Pois
bem! respondeu o Senhor. Tudo o que ele
tem está em teu poder; contra a sua pessoa.” E Satanás saiu da presença do
Senhor.
JÓ
CAP.2,VS. 1 a
9
Um
dia em que os filhos de Deus se apresentavam diante do Senhor, veio também
Satanás entre eles. O Senhor disse-lhe: “ Donde vens tu? ”__ “Andei dando volta
pelo mundo, disse Satanás, e passeando por ele.” O Senhor disse-lhe: “notaste o
meu servo Jó? Não há ninguém igual ele na terra: íntegro, reto, temente a Deus,
afastado do mal. Persevera sempre em sua integridade; foi em vão que me
incitaste em perdê-lo.
Pele por pele! respondeu Satanás. O homem dá tudo o que tem
para salvar a própria vida. Mas, estende tua mão, toca-lhe nos ossos, na carne;
juro que te renegará em tua face. O Senhor disse a Satanás: Pois bem, ele está em teu poder, poupa-lhe
apenas a vida. Satanás retirou-se da presença do Senhor e feriu Jó com uma
lepra maligna, desde a planta dos pés até o alto da cabeça. E Jó tomou um caco
de telha para coçar, e assentou-se sobre a cinza. Sua mulher disse-lhe:
“Persistes ainda em tua integridade? Amaldiçoas a Deus e morre! Falas como uma
insensata. A Aceitamos a felicidade da mão de Deus; não devemos aceitar a
infelicidade? Em tudo isso Jó não pecou por palavras.
Ao analisarmos as passagens
acima, as quais Satanás(segundo os nossos estudos é um personagem fictício)
dialoga com Deus. Esse colóquio, suscita-nos a muitas ilações, mais faremos
apenas algumas:
-Se
Deus não sabia dos passos de Satanás, sendo ele onisciente ?
-Se
Deus faz tratos com Satanás, ou o “mesmo” consegue desfrutar a presença de Deus
sem se contagiar por sua bondade?
-Se
a pessoa que escreveu o diálogo se encontrava na presença de Deus ?
-Se
a Bíblia assevera que ninguém jamais viu a Deus, como Satanás tem acesso ao
Onipotente? Sendo ele o último dos últimos.
-Se
os anjos são seres à parte da criação, como pode Deus ter criado um ser,
já sabendo de ante mão que ele iria
rebelar-se e transviar um terço de seu
exército celeste, de modo a atormentar a vida dos homens na face da terra, que
ao meu ver não teriam nada a ver com isso?
Podemos concluir que fazem parte
certas narrativas de alegorias de uma certa forma até ingênuas, descritas
segundo o entendimento e as crenças daqueles que as escreveram. Poderíamos
justificar estas passagens com muitas outras,
porém preferimos ficar com o que nos disse Jesus em João.
JOÃO
CAP.6,VS. 45 e 46
Está
escrito nos profetas: Todos serão ensinados por Deus. Assim, todo aquele que
ouviu o pai e foi por ele instruído, vem
a mim. Não que alguém tenha visto o Pai,
pois só aquele que vem de Deus, esse é que viu o Pai.
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