O
INFERNO EXISTE?
“Os
antigos judeus chamavam as regiões de sofrimento de Sheol. Na septuaginta, o
Sheol foi traduzido por Hades
que, na Teologia grega, era também região subterrânea povoada das almas dos
mortos. Na Vulgata Latina, Hades foi
traduzido por Infernus, um
substantivo derivado do adjetivo Infernus, significado que está em baixo, de região
inferior, ou ainda de local
subterrâneo.
O emérito
dr. Canuto Abreu, em sua obra “Iniciação Espírita”, escreveu: “A Teologia
cristã afirma que, descendo aos Infernos, Jesus levou consigo os Espíritos de
Abraão e de todos os patriarcas e heróis que faleceram antes dele, os quais
aguardavam o Messias Redentor nos planos inferiores e só com ele puderam dali
sair.”
Afirmou
Allan Kardec, no livro “O Céu e o Inferno”, que o Inferno cristão foi copiado
do Inferno pagão, acrescentando: “O inferno dos pagãos continha, de um lado os
Campos Elísios e, de outro, o Tártaro. (Um era lugar de gozo, e outro de
sofrimento); o Olimpo, morada dos deuses, dos homens divinizados, ficava nas
regiões superiores. Segundo a letra do Evangelho, Jesus desceu aos Infernos,
isto é, aos lugares baixos para
deles tirar as almas dos justos que aguardavam a sua vinda. Os infernos não
eram, portanto, um lugar unicamente de suplício; estavam tal como os pagãos
acreditavam nos lugares baixos. A
morada dos anjos, como o Olimpo, era nos
lugares elevados. Esta mistura de idéias cristãs e pagãs nada tem de
surpreendente.”(Casos Controvertidos do Evangelho-Paulo Alves Godoy, pags.91 e
92).
“A
palavra eterno, que tão freqüentes
vezes se encontra nas Escrituras, parece não dever ser tomada ao pé da letra,
mas como uma dessas expressões enfáticas, hiperbólicas, familiares aos
orientais. É um erro esquecer que tudo são símbolos e imagens em seus escritos.
Quantas promessas, pretensamente eternas,
feitas ao povo hebreu ou aos seus chefes, não tiveram realização! Onde está a
terra dos israelitas deviam possuir eternamente.
Onde essas pedras do Jordão, que Deus anunciava deverem ser, para o seu povo,
um monumento eterno (JOSUÉ,
CAP.7,V.7), Onde essa descendência de Salomão, que devia reinar eternamente em
Israel (CRÔNICAS, CAP. 22, V.10), e tantas outras idênticas promessas? Em todos
esses casos, a palavra eterno parece
simplesmente significar: uma longa duração. O termo hebraico ôlam, traduzido por eterno, tem como raiz o verbo alâm, ocultar. Exprime um período cujo
fim se desconhece. O mesmo acontece à palavra grega aion e à latina aeternitas.
Tem esta como raiz aetas, idade Eternidade, no sentido em que entendemos hoje,
di-se-ia em grego adios e em latin sempternus, de semper, sempre. As penas eternas siginificam então: sem duração
limitada. Para quem não lhes vê o termo, são eternas. As mesmas formas de
linguagem eram empregadas pelos poetas latinos. Horácio, Virgílio, Estácio e
outros. Todos os monumentos imperiais de que falam devem ser, diziam eles, de eterna duração.”(Léon Denis,
Cristianismo e Espiritismo, pág. 91, Ed. Feb.)
EFÉSIOS, CAP. 4, V. 9
Ora, isto ele subiu que é senão que também tenha descido às partes mais baixas da Terra?
Paulo
de Tarso, em sua carta aos Efésios,asim como outros autores na Bíblia, traduzem
um pensamento natural da sua época ,na qual delimita um espaço limitado para
uma região inferior, o qual seria nas profundezas da Terra. Isso, por naturalmente conhecerem a natureza dos
vulcões emanando por ocasião das erupções espetaculares as larvas
incandescentes, adotou assim um lugar para que fossem recambiados os espíritos
rebeldes naquela conjuntura.
Jesus
fez diversas citações a um lugar denominado “GEENA” que na realidade era um
sítio existente nas cercanias da cidade de Jerusalém aonde se atiravam detritos
de toda a sorte, bem como carcaças de animais mortos. Jesus enfatizava que ao
desencarnar os transgressores da s leis divinas iriam diretamente para o
“GEENA” aonde o fogo era constante os verme jamais deixa corroer, alusão aos
inúmeros cadáveres que ali jaziam em estado de decomposição. Mas o fogo que
Jesus se referia era naturalmente os dramas de consciência agravados pelos
remorssos,e estes por sua vez, não são de maneira nenhuma eternos, pois na
realidade, nós humanos e imperfeitos que somos não temos a condição de aquilatar
o que seja eternidade. A visão espírita é clara, quanto ao inferno, entendendo
assim que realmente existem na espiritualidade lugares de enormes sofrimentos,
nos quais os espíritos se depuram e saldam os seus dedítos perante sua
consciê6encia. Mas todavia esses lugares de nenhuma maneira são eternos,
cadendo aos espíritos sempre uma nova chance através das portas da
reencarnação. A Bíblia por ser um livro universal e transcendental, aborda o
tema e estes lugares aonde o sofrimento se faz necessário para a evolução do
espírito. Vejamos:
TOBIAS CAP.13,V.2
Porque vós provais e, em
seguida salvais, Conduzis a profundos abismos e deles tirais, E não há quem possa escapar da vossa mão.
SALMOS, CAP. 15,V. 9
Porque vós não abandonareis minha alma na manção dos mortos
SALMO CAP. 54,V.16
Que a morte os colha de improviso,Que eles desçam vivos a mansão dos mortos,Porque entre eles, em
suas moradas, só há perversidade
SALMOS, CAP.85,V.13
Porque vossa misericórdia foi grande para comigo, arrancastes
minha alma das profundeza das regiões dos mortos
SABEDORIA, CAP.11, V. 26
Mas poupai
todos os seres, porque todos são vossos,
ó Senhor, que amais a vida.
ECLESIÁSTICO CAP.21,V.11
O caminho dos pecadores é calçado de pedras unidas,Mas ele conduz à região dos mortos, as
trevas e aos suplícios.
ECLESIÁSTICO, CAP.39, VS. 33 e 34
Há espíritos que foram criados para a vingança:
aumentaram seus tormentos pelo seu furor. No tempo do extermínio manifestarão a
sua força, e apaziguarão a fúria daquele
que os criou.
Eclesiástico, faz alusão aos
Espíritos malignos, destinados a tentar os vivos e a atormentar os condenados,
missão essa bárbara, injusta e abominável, que Deus não pode estabelecer, e que
só pode conceber um homem de coração rancoroso em sumo grau de crudelíssimo
coração. Mas, supondo mesmo que assim seja, embora não o aceitemos, deixando
isso somente a cargo dos caritativo inventores das fogueiras temporais ou
eternas, resultará, das palavras do Eclesiastes, que a salvação e o perdão são
o destino final dos Espíritos malignos, pois, no tempo da consumação, isto é,
passado o termo da iniquidade, derramarão a sua força, esgotarão a sua maléfica
atividade e, arrependidos, aplacarão o furor daquele que os fez e que espera o
seu arrependimento com amorosa solicitude e paternal carinho.
OSÉAS, CAP.8,V.14
E eu o
libertaria do poder da região dos mortos, isenta-lo-ia da morte? Onde estão as tuas calamidades ó morte?
MIQUÉIAS, CAP.7,VS. 18 e 19
Qual é o Deus como vós, que apaga a iniquidade e
perdoa o pecado do resto do povo? Que
não se ira para sempre porque prefere a misericórdia?
MATEUS CAP.25,V.30
E esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores: ali haverá choro e ranger de dentes.
II CORÍNTIOS CAP.5,V.10
Porque
teremos que comparecer diante do tribunal do Cristo. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem o
mal que tiver feito enquanto estava no
corpo.
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