A OBSESSÃO
ESPIRITUAL NA BÍBLIA
“A
obsessão consiste no domínio que os maus Espíritos assumem sobre certas pessoas,
com o objetivo de as escravizar e submeter à vontade deles, pelo prazer que experimentam em fazer o mal.
Quando um Espírito, bom ou mau, quer atuar sobre um indivíduo, envolve-o, por
assim dizer, no seu perispírito, como se fora um manto. Interpenetrando-se os
fluidos, os pensamentos e as vontades dos dois se confundem e o Espírito,
então, se serve do corpo do indivíduo, como se fosse seu, fazendo-o agir à sua
vontade, falar, escrever, desenhar, quais os médiuns. Se o Espírito, é bom, sua
atuação é suave, benfazeja, não impele o indivíduo senão à prática de atos
bons; se é mau, força-o a ações más. Se é perverso e malfazejo, aperta-o como
uma teia, paralisa-lhe até a vontade e mesmo o juízo, que ele abafa com o seu
fluido, como se abafa o fogo sob uma camada de água. Fá-lo pensar, falar, agir
em seu lugar, impele-o, a seu mau grado, a atos extravagantes ou ridículos;
magnetiza-o, em suma, lança-o num estado de catalepsia moral e o indivíduo se
torna um instrumento de sua vontade. Tal a origem da obsessão, da fascinação e
da subjugação que se produzem em graus muito diversos de integridade. À
subjugação, quando no paroxismo, é que vulgarmente dão o nome de possessão. É de notar-se que, nesse
estado, o indivíduo tem muitas vezes consciência de que o faz é ridículo, mas é
forçado a fazê-lo, tal como se um homem mais vigoroso do que ele o obrigasse a
mover, contra a vontade, os braços, as pernas e a língua.Pois que os Espíritos
existiram em todos os tempos, também desde todos os tempos representaram o mesmo
papel, porque esse papel é da natureza e a prova está no grande número que
sempre houve de pessoas obsidiadas, ou possessas, se o preferirem, antes que se
falasse de Espíritos, ou que, nos dias atuais, se ouvisse falar de Espiritismo,
nem de médiuns.
É, pois, espontânea a ação dos Espíritos, bons ou maus; a destes produz uma imensidade de perturbações na economia moral e mesmo física, perturbações que, por ignorância da verdadeira causa, atribuíam a causas errôneas. Os Espíritos maus são inimigos invisíveis, tanto mais perigosos, quanto de ação deles não se suspeitava. Desmascarando-os, o Espiritismo revela uma nova causa de certos males da Humanidade. Conhecida a causa, não mais se procurará combater o mal por meios que já se sabem inúteis; procurar-se-ão outros mais eficazes. Ora, que foi o que fez se descobrisse aquela causa? A mediunidade. Foi pela mediunidade que esses inimigos ocultos traíram a sua presença; ela foi para eles o que o microscópio foi para os infinitamente pequenos: revelou todo um mundo. O Espiritismo não atraiu os maus Espíritos: desvendou-os e forneceu os meios de se lhes paralisar a ação e, por conseguinte, de afastá-los. Não foi ele quem trouxe o mal, visto que o mal existe desde todos os tempos; ele ao contrário, dá remédio ao mal, apontando-lhe a causa.Uma vez reconhecida a ação do mundo invisível, ter-se-á a explicação de um semi-número de fenômenos incompreendidos e a Ciência, enriquecida com o conhecimento dessa nova lei, verá abrir-se diante se si novos horizontes.
É, pois, espontânea a ação dos Espíritos, bons ou maus; a destes produz uma imensidade de perturbações na economia moral e mesmo física, perturbações que, por ignorância da verdadeira causa, atribuíam a causas errôneas. Os Espíritos maus são inimigos invisíveis, tanto mais perigosos, quanto de ação deles não se suspeitava. Desmascarando-os, o Espiritismo revela uma nova causa de certos males da Humanidade. Conhecida a causa, não mais se procurará combater o mal por meios que já se sabem inúteis; procurar-se-ão outros mais eficazes. Ora, que foi o que fez se descobrisse aquela causa? A mediunidade. Foi pela mediunidade que esses inimigos ocultos traíram a sua presença; ela foi para eles o que o microscópio foi para os infinitamente pequenos: revelou todo um mundo. O Espiritismo não atraiu os maus Espíritos: desvendou-os e forneceu os meios de se lhes paralisar a ação e, por conseguinte, de afastá-los. Não foi ele quem trouxe o mal, visto que o mal existe desde todos os tempos; ele ao contrário, dá remédio ao mal, apontando-lhe a causa.Uma vez reconhecida a ação do mundo invisível, ter-se-á a explicação de um semi-número de fenômenos incompreendidos e a Ciência, enriquecida com o conhecimento dessa nova lei, verá abrir-se diante se si novos horizontes.
Quando chegará ela a isso? Quando deixar de professar o materialismo,
porquanto o materialismo lhe detém o vôo, opondo-lhe intransponível
barreira.Pois que há Espíritos maus que obsidiam e Espíritos bons que protegem,
perguntam muitos se os primeiros são mais poderosos que os segundos. Não é que
o bom Espírito seja mais fraco; o médium é que não tem força bastante para
alijar de si o manto que lhe atiraram em cima, para se desprender dos braços
que o enlaçam e nos quais, cumpre dizê-lo, às vezes se compraz. Neste caso,
compreende-se que o bom Espírito não possa levar vantagem, pois que o outro é
preferido. Admitamos, porém, que a vítima deseje desembaraçar-se do envoltório
fluídico que penetra o seu, como a umidade penetra as roupas. Esse desejo nem
sempre bastará. A própria vontade nem sempre é suficiente. Trata-se de lutar
contra um adversário. Ora, quando dois homens lutam corpo a corpo, aquele que
dispõe de mais músculos é que abate o outro. Com um Espírito tem-se que lutar,
não no corpo a corpo, mas Espírito a Espírito e é ainda o mais forte que triunfa. Aqui, a força
reside na autoridade que se possa exercer sobre o obsessor e essa autoridade
está subordinada à
superioridade moral. Esta é como
o Sol que dissipa o nevoeiro pela potencialidade dos seus raios. Esforça-se por
ser bom, por ser tornar melhor se já é bom, por purificar-se de suas
imperfeições, por, numa palavra, elevar-se moralmente o mais possível, tal o
meio de o encarnado adquirir poder de mandar sobre os Espíritos inferiores,
para os afastar. De outro modo estes zombarão das suas injunções. (O Livro dos
Médiuns, nºs 252 e 279.)
“Entretanto, objetar-se-á, por que os Espíritos protetores não lhe
ordenam que se retirem? Sem dúvida, podem fazê-lo e algumas vezes o fazem. Mas,
permitindo a luta, deixam ao atacado o mérito da vitória. Se consentem que se
debatam criaturas que, sob certos aspectos, têm seus merecimentos, é para lhes
experimentar a perseverança e para levá-las a adquirir mais força no campo do bem.
A luta é uma espécie de ginástica
moral. Muitas pessoas prefeririam certamente outra receita mais fácil para
repelirem os maus Espíritos: por exemplo, algumas palavras que se proferissem,
ou alguns sinais que se fizessem, o que seria mais simples do que corrigir-se
alguém de sue defeitos. Sentimos muito; porém nenhum meio eficaz conhecemos de vencer-se um inimigo, senão o fazer-se
mais forte que ele. Quando estamos doentes, temos que resignar-nos a tomar
um medicamento, por muito amargo que
seja; mas também, se tivermos tido coragem de bebê-lo, como nos sentimos bem e
fortes! Temos pois que nos persuadir de que há, para alcançarmos aquele
resultado, nem palavras sacramentais, nem formulas, nem talismãs, nem sinais
materiais quaisquer. De tudo isso riem-se os maus Espíritos e não raro se
comprazem em indicar alguns, tendo sempre o cuidado de afirmá-los infalíveis,
para melhoramento captarem a confiança daqueles a quem querem iludir, porque, então, estes, confiantes nas virtudes
do processo aconselhado, se entregam sem
receio. Antes de pretender, quem quer que seja, domar um Espírito mau, precisa
cuidar de domar-se a si mesmo. De todos os meios de adquirir-se força para
chegar a isso, o mais eficiente é a vontade secundada pela prece, a prece do
coração, entenda-se, e não a de palavras, das quais a boca participa mais do
que o pensamento. Precisamos pedir ao nosso anjo guardião e aos bons Espíritos
que nos assistam na luta; não basta, porém, lembrar-nos desta máxima: ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará e
roga-lhes, sobretudo, a força que nos falta para vencermos os nossos maus
pendores, que são, para nós, piores que os maus Espíritos, portanto esses
pendores que os atraem, como a podridão atrai as aves de rapina. Orando também
pelo Espírito obsessor, retribuir-lhe-emos com o bem o mal que nos queira e nos
mostraremos melhores do que ele, o que já é uma superioridade. Com
perseverança, acaba-se as mais das vezes por induzi-lo à posse de melhores
sentimentos e a transformá-lo de perseguidor em amigo grato.
Em resumo: a prece fervorosa e os esforços
sérios que a criatura faça por melhorar-se constituem os únicos meios de ela
afastar os maus Espíritos, que reconhecem como seus senhores aqueles que
praticam o bem, enquanto que as fórmulas lhes provocam o riso, do mesmo modo
que a cólera e a impaciência os excitam. Precisa o perseguido cansá-los,
demonstrando-se mais paciente do que eles. Por vezes acontece que a subjugação
avulta até ao ponto de paralisar a vontade do obsidiado, do qual nenhum
concurso sério se pode esperar. Aí, principalmente, é que a intervenção de
terceiros se torna necessária, quer por meio da prece, quer pela ação
magnética. Mas, também a força dessa intervenção depende do ascendente moral
que os interventores possam ter sobre os Espíritos; se não valerem mais do que
estes, improfícua será a ação que desenvolvam. Ação magnética,
no caso, tem por efeito introduzir no fluido do obsidiado um fluido melhor e
eliminar o mau Espírito. Ao operar, deve o magnetizador objetivar duplo fim: o
de opor a uma força moral outra força moral e produzir sobre o paciente uma
espécie de reação química, para nos servimos de uma comparação material,
expelindo um fluido com o auxílio de outro fluido. Dessa forma, não só opera um
desprendimento salutar, como igualmente fortalece os órgãos enfraquecidos por
longa e vigorosa constrição. Compreende-se, em suma, que o poder da ação
fluídica está na razão direta não somente da energia da vontade, mas,
sobretudo, da qualidade do fluido introduzido e, segundo o que deixamos dito,
que essa qualidade depende da instrução e das qualidades morais do
magnetizador. Daí se segue que um magnetizador ordinário, que atuasse
maquinalmente, apenas por magnetizar, fraco ou nenhum efeito produziria. É de
toda a necessidade um magnetizador espírita,
que atue com conhecimento de causa, com intenção de obter, não o sonambulismo
ou uma cura orgânica, porém resultados que vimos de descrever. É, além disso,
evidente que uma ação magnética proveitosa nos casos de obsessão ordinária,
porque então, se o magnetizador tem o auxiliá-lo a vontade do obsidiado, o
Espírito se vê combatido por dois adversários em lugar de um. Cumpre também dizer amiúde se atribuem aos
Espíritos maldades de que eles são inocentes. Alguns estados doentios
e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa
oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo. As contrariedades que de
ordinário cada um concentra em si mesmo, principalmente os desgostos amorosos,
dão lugar, com freqüência, a atos excêntricos, que fora errôneo considerar-se
fruto da obsessão. O homem não raramente é o obsessor de si mesmo. Acrescentamos, por fim, que algumas obsessões tenazes,
sobretudo em pessoas de mérito, fazem às vezes parte das provações a que essas
pessoas estão sujeitas. Acontece mesmo que a obsessão, quando simples, é uma
tarefa imposta ao
obsidiado, qual a de trabalhar pela regeneração do obsessor, como um
pai pela de um filho vicioso. (Para maiores particularidades, veja-se O Livro dos Médiuns.)
Em
geral, a prece é poderoso meio de
auxiliar da libertação dos obsidiados;
nunca porém, a prece só de
palavras, dita com indiferença e como uma fórmula banal, será eficaz em
semelhante caso. Faz-se mister uma prece ardente, que seja ao mesmo tempo uma
como magnetização mental. Pelo pensamento, pode-se encaminhar para o paciente
uma corrente fluídica salutar, cuja potência guarda relação com a intenção. A
prece, pois, não têm apenas por efeito
invocar um auxílio estranho, mas exercer uma ação fluídica. O que uma pessoa, só, não pode fazer, podem-no, quase sempre, muitas pessoas unidas
pela intenção numa prece coletiva e reiterada, visto que o número aumenta a
potencialidade da ação. A experiência
comprova a ineficácia do exorcismo, nos casos de possessão, e provado está que
quase sempre aumenta o mal, em vez de atenuá-lo. A razão se encontra em que a
influência está toda no ascendente moral exercido sobre os maus Espíritos e não
num ato exterior, na virtude das palavras e dos gestos. O exorcismo consiste em
cerimônias e fórmulas de que zombam os maus Espíritos que, entretanto, cedem à
autoridade moral que se lhes impõe. Eles vêem que os querem dominar por meios
impotentes, que pensam intimidá-los por um vão aparato e, então, se empenham em mostrar-se os mais fortes e para isso redobram de
esforços. São quais cavalos espantadiços que dão em terra com o cavaleiro
inábil e que obedecem quando topam com um que os governa. Ora, aqui,
quem realmente manda é o homem de coração mais puro, porque é a ele que os bons Espíritos de
preferência atendem. O que pode um
Espírito fazer com um indivíduo, podem-no muitos Espíritos com muitos
indivíduos simultaneamente e dar à obsessão caráter epidêmico. Uma nuvem de
maus Espíritos invade uma localidade e aí se manifestam de diversas maneiras.
Foi uma epidemia desse gênero que se abateu sobre a Judéia ao tempo do Cristo.
Ora, o Cristo, pela sua imensa superioridade moral, tinha sobre os demônios ou
maus Espíritos tal autoridade, que bastava lhes ordenasse que se retirassem
para que eles o fizessem e, para isso, não empregava fórmulas nem gestos ou
sinais. O Espiritismo se funda na
observação dos fatos que resultam das relações entre o mundo visível e o
invisível. Estando na ordem dos da natureza, esses fatos se produziriam em
todas as épocas e abundam principalmente nos livros sagrados de todas as
religiões, pois que serviram de base à
maioria das crenças. Por não os terem os homens compreendido, é que a Bíblia e os Evangelhos apresentam
tantas passagens obscuras e que foram interpretadas em sentidos diferentes. O
Espiritismo traz a chave que lhes facilitará a inteligência.(Allan Kardec,
Obras Póstumas, págs.67 a 74).
Vejamos André Luiz em “Estude e Viva”, no capítulo , “Influenciações Espirituais Sutis” :
“Sempre que você experimente um estado de
espírito tendente ao derrotismo, pendurado há várias horas, sem causa orgânica
ou moral de destaque, avente a hipótese de um influenciação espiritual sutil.
Seja
claro consigo para auxiliar os Mentores Espirituais a socorrer você. Essa é a
verdadeira ocasião da humildade, da prece, do passe.
Dentre os fatores que mas revelam essa condição da alma, incluem-se:
1 - Dificuldade de concentrar idéias em motivos
otimistas;
2 - Ausência de ambiente íntimo para elevar os
sentimentos em oração ou concentrar-se em leitura edificante;
3 - Indisposição inexplicável, tristeza sem razão
aparente e pressentimentos de desastre imediato;
4 - Aborrecimentos imanifestos por não encontrar
semelhantes ou assuntos sobre quem ou que descarregá-los;
5 - Pessimismos sub-reptícios, irritações surdas,
queixas, exageros de sensibilidade e aptidão a condenar quem não tem culpa;
6 - Interpretação forçada de fatos e atitudes suas ou
dos outros, que você sabe não
corresponder à realidade;
7 - Hipermotividade ou depressão raiando na iminência
do pranto;
8 - Ânsia de investir-se no papel de vítima ou tomar
uma posição absurda de auto martírio;
9 - Teimosia em não aceitar, para você mesmo, que haja
influenciação espiritual consigo, mas, passados minutos ou horas do
acontecimento, vêm-lhe a mudança de impulsos, o arrependimento, a recomposição
do tom mental e, não raro, a constatação
de que é tarde para desfazer o erro consumado.
São
sempre acompanhamentos discretos e eventuais por parte do desencarnado e
imperceptíveis ao encarnado pela finura do processo.O Espírito responsável pode
estar tão inconsciente de seus atos que os efeitos negativos se fazem sentir
como se fossem desenvolvidos pela própria pessoa. Quando o influenciador é consciente, a ocorrência é preparada com antecedência e
meticulosidade, às vezes, dias e semanas antes do sorrateiro assalto, marcado
para a oportunidade de encontro em perspectiva, conversação, recebimento de carta, clímax de negócio ou crise
imprevista de serviço.Não se sabe o que tem causado maior dano à Humanidade: se
as obsessões espetaculares, individuais e coletivas, que todos percebem e ajudam a desfazer ou
isolar, ou essas meio-obsessões de quase-obsidiados, despercebidas, contudo bem
mais freqüentes, que minam as energias de uma só criatura incauta, mas
influenciando o roteiro de legiões outras.
Quantas desavenças, separações e
fracassos não surgem assim?Estude em sua existência se nessa última quinzena
você não esteve em alguma circunstância com características de influenciação
espiritual sutil. Estude e ajude a você mesmo.(Emmanuel/André Luiz, Estude e
Viva, págs.202 e 203).
“Desenvolvemos o estudo das obsessões através do seguinte gráfico, o
qual, convém esclarecer, deve ser considerado como exerção genérica do
fenômeno:
FASES DA
OBSESSÃO:
FASCINAÇÃO – Ilusão produzida pela ação direta do pensamento do médium
perturbando-lhe o
raciocínio.
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SUBJUGAÇÃO
– Domínio moral do Espírito sobre o
encarnado, controlando-lhe a vontade
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POSSESSÃO – Imantação do Espírito a determinada pessoa,
dominando-a física e moralmente.
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OBSESSÃO
(Sua definição) - Ação pela qual
Espíritos inferiores influenciam,
maleficamente, os encarnados.
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CAUSAS
HABITUAIS - Vingança, desejo do
mal, orgulho de falso saber, leviandade,
prevenções
religiosas, paixões, etc.
|
|
OBSESSÃO SIMPLES - Ação eventual dos Espíritos sobre os encarnados ð
Espíritos
sem real expressão de maldade.
|
( Martins
Peralva, Estudando a Mediunidade,
págs.65 e 66 ).
Diante da vasta literatura espírita podemos também
colaborar com algumas deduções nos processos obsessivos vejamos:
1 – DESENCARNADO è PARA ENCARNADO
2 – ENCARNADO è PARA DESENCARNADO
3 – DESENCARNADO è PARA DESENCARNADO
4 – ENCARNADO è PARA ENCARNADO
5 – AUTO OBSESSÃO
|
Vejamos exemplos da obsessão descritos na Bíblia:
I SAMUEL CAP. 11, VS . 6 e 7
Ouvindo isto, o espírito
do Senhor apoderou-se se Saul, e ele encolerizou-se. Tomando uma junta de
bois, fê-la em pedaços e mandou-os por mão de mensageiros por todo o território
de Israel, com este aviso: “Assim será feito aos bois de todo aquele que se não
puser em campanha com Saul e Samuel”. O
terror do Senhor apoderou-se do povo e este pôs-se em marcha como um só homem.
I SAMUEL CAP. 16, VS. 14 a 17
O espírito do Senhor retirou-se de Saul, e um espírito mau veio sobre ele, enviado
pelo Senhor. Os homens de Saul
disseram-lhe: “Heis que um mau
espírito de Deus
veio sobre ti. Que o nosso senhor ordene, e teus servos
aqui presentes procurarão um homem que saiba tocar harpa, quando o mau espírito de Deus estiver sobre ti, ele tocará o
instrumento para acalmar-te.” “Está bem, respondeu Saul, procurai-me um
bom músico e
trazei-mo”. Um dos servos declarou: Conheço um filho de Isaí de Belém
que sabe tocar muito bem: é valente e forte, fala bem, tem um belo rosto, e o Senhor está com ele.” Saul mandou
mensageiros e Isaí tomou um jumento carregado com pão, um obre de vinho e um
cabrito, e mandou estes presentes a Saul por seu filho. Davi chegou à casa do rei e
apresentou-se a ele. Saul afeiçoou-se a Davi e fê-lo seu escudeiro. Mandou
então dizer a Isaí: “Peço-te que deixes Davi a meu serviço, porque ele me é
simpático.” E sempre que o espírito mau
de Deus acometia o rei, Davi tomava a harpa e tocava. Saul aclamava-se,
sentia-se aliviado e o espírito mau o
deixava.
I SAMUEL CAP.18, VS.10 a 12
No dia seguinte apoderou-se
dele o mau espírito de Deus, e teve um acesso de delírio em sua casa. Como nos outros dias, Davi pôs-se a tocar a
harpa. Saul, que tinha uma lança na mão, arremessou-a contra Davi, dizendo:”
Vou cravá-lo na parede! Mas Davi
desviou-se do golpe por duas vezes. Saul temia Davi, porque o Senhor estava com o jovem, e
tinha-se retirado dele.
I SAMUEL CAP.19, VS. 9
e 10
O mau
espírito do Senhor porém, veio novamente sobre Saul. Estava ele sentado em sua casa, com a lança na mão;
Davi tocava harpa. Saul, então arremessou-lhe a sua lança, procurando cravá-lo na parede;
Davi desviou-se e a lança foi cravar-se na parede.
Davi esquivou-se e fugiu naquela mesma noite.
Comprovadamente a obsessão causa-nos a depressão e o profeta Jó e o rei
Nabucodonossor foram vítimas desse mal, tão comum nos dias atuais.
JÓ CAP. 10,VS. 1a 3
A minha alma
está desgostosa da vida,dou livre
curso a meu lamento,falarei da amargura do meu coração.Em lugar de me condenar
direi a Deus,mostra-me por que razão me tratas assim.Encontras prazer em me
oprimir,em renegar a obra de tuas mãos,em favorecer o plano dos mãos?
DANIEL CAP.2,V.1
No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos que lhe perturbaram a tal ponto
o espírito, que perdeu o sono.
Jesus atesta a influência de espíritos ignorantes
MATEUS CAP. 12,V.43 a 45
“Quando o
espírito impuro sai de um homem, hei-lo errante por lugares áridos à
procura de um repouso que não acha. Diz
ele então: Voltarei para casa
donde saí. E, voltando, encontra-a vazia, limpa e enfeitada. Vai, então, buscar sete outros espíritos
piores do que ele, e entram nessa casa e se estabelecem aí: e o último estado
daquele homem torna-se pior que o primeiro. Tal será sua sorte desta
geração perversa.”
MATEUS CAP. 17,V.18
Jesus ameaçou o
demônio, e este saiu do menino e ele ficou curado na mesma hora.
MARCOS CAP.5,VS. 1 a 10
Passaram à outra
margem do lago,
ao território dos
gesarenos. Assim que saíram da
barca, um homem possesso do espírito
imundo saiu do cemitério onde tinha se refugiado e veio-lhe ao encontro.
Não podiam atá-lo nem com cadeia, mesmo nos sepulcros: pois tinha sido ligado
muitas vezes com grilhões e cadeias, mas o despedaçara e ninguém o podia
subjugar. Sempre, dia e noite, andava
pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com pedras. Vendo a
Jesus de longe, correu e proseou-se diante dele, gritando em alta voz: “Que
queres de mim, Jesus, Filho de Deus
Altíssimo? Conjuro-te por Deus, que não me atormentes.” É que Jesus lhe dizia: “Espírito imundo, sai deste homem!” Perguntou-lhe Jesus: “Qual é o
teu nome? Respondeu-lhe: “Legião é o meu nome, porque somos muitos”.
E pediam-lhe com instância que não os lançasse fora daquela região.
MARCOS CAP.9,V.29
Vendo Jesus que o povo afluía, intimou o espírito imundo e disse-lhe: “Espírito mudo e surdo eu te
ordeno; sai deste menino e não tornes a entrar nele.” E gritando e
maltratando-o extremamente saiu. O menino ficou como morto, de modo que
muitos diziam: “Morreu ...” Jesus,
porém, tomando-o pela mão, ergueu-o, e ele levantou-se.
LUCAS CAP.8,VS. 2 e 3
Os doze estavam com ele, como também algumas mulheres
que tinham sido livradas de espíritos
malignos e curadas das enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual
tinham saído sete demônios, Joana
mulher de Cuza, procurador de Herodes,
Susana e muitas outras, que o assistiam com as suas posses.
LUCAS CAP.22,VS. 3 e 4
Entretanto, Satanás
entrou em Judas, que tinha por
sobrenome Iscariotes, um dos doze. Judas foi procurar os príncipes dos
sacerdotes e os oficiais para se entender com eles sobre o modo de lho
entregar.
ATOS DOS APÓSTOLOS CAP. 5,V.16
Também nas cidades vizinhas de Jerusalém afluía muita
gente, trazendo os enfermos e os atormentados por espíritos imundos, e todos
eles eram curados.
ATOS DOS APÓSTOLOS CAP.8,V.7
Pois os espíritos
imundos de muitos possessos saíam, levantando grandes brados. Igualmente foram curados muitos paralíticos e
coxo. Por esse motivo naquela cidade reinava grande alegria.
FILIPENSES CAP. 6 V.12
Pois não é contra os homens
de carne e sangue, que temos de lutar, mas contra os principados e potestades,
contra os príncipes desse mundo tenebroso, contra
as forças espiritual do mal, espalhadas pelos ares.
A
DESOBSESSÃO NA BÍBLIA
“A prece é meio eficiente para a cura da obsessão? “
“A prece é em tudo um poderoso auxílio. Mas, crede que
não basta que alguém murmure algumas palavras, para que obtenha o que deseja.
Deus assiste os que obram, não os que se limitam a pedir. É, pois,
indispensável que o obsidiado faça, por sua parte, o que se torne necessário
para destruir em si mesmo a causa da atração dos maus Espíritos.” (Allan
Kardec, O Livro dos Espíritos, Parte 2º, Cap. IX, Questão 479).
“Terapeutas diversas merecem estudos para a supressão dos males que
flagelam a Humanidade. Antibióticos atacam processos de infecção, institutos
especializados examinam a patologia do câncer, a cirurgia atinge o coração para
sanar o defeito cardíaco e a vacina constitui defesa para milhões. Ao lado,
porém, das enfermidades que suplicam o corpo, encontramos, aqui e além, as
calamidades da obsessão que desequilibram a mente. Para lá das teias filosóficas que enternecem
o carro orgânico de que se vale o Espírito para o estágio educativo no
mundo, é possível identificar os quadros
obscuros de semelhantes desastres, nos quais as forças magnéticas desajustadas
pelo pensamento em desgoverno assimilam forças magnéticas do mesmo teor,
estabelecendo a alienação mental, que vai do tique à loucura, escalando fobias
e moléstias-fantasmas. Vemo-los instalados em todas as classes, desde aquelas
em que se situam as pessoas providas de elevados recursos da inteligência
àquelas outras onde respiram companheiros carecentes das primeiras noções do
alfabeto, desbordando, muitas vezes, na tragédia passional que ocupa a atenção
da imprensa ou na insânia conduzia ao hospício.
Isso tudo, sem
relacionarmos os problemas
da depressão, os desvarios sexuais, as síndromes de angústias e as
desarmonias domésticas. Espíritos desencarnados e encarnados de condição
enfermiça sintonizam-se uns com os outros, criando prejuízos e perturbações
naqueles que lhe sofrem a influência vampirizadora, lembrando vegetais nobres
que parasitas arrasam, depois de solapar-lhes todas as resistências.(André
Luiz, Desobsessão, págs. 17 e 18).
TOBIAS CAP.6,V.16
O anjo respondeu-lhe: “Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se
casam, banindo a Deus de seu coração e
de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como cavalo e o burro, que não tem entendimento: sobre estes o
demônio tem poder.
TOBIAS CAP.8,V.3
MATEUS CAP. 12, VS. 22 a 30
Apresentaram-lhe, depois, um possesso cego e mudo. Jesus o curou de tal modo que este falava e
via. A multidão, admirada, dizia:“Não será este o filho de Davi?” Mas, ouvindo
isto os fariseus responderam.“ É por Beelzebul, chefe dos demônios, que ele
expulsa.” Jesus porém, penetrando nos seus pensamentos disse: “Todo reino
dividido contra si mesmo será destruído. Toda cidade, toda casa dividida contra
si mesma não pode subsistir. Se Satanás,
está dividido contra si mesmo. Como, subsistirá o seu reino? E se eu expulso os demônios por Beelzebul,
por quem é que vossos filhos os expulsam? Por isso, eles mesmos serão
vossos juizes. Mas, se é pelo Espírito de Deus que expulso os demônios, então,
chegou para vós o reino de Deus. Como pode alguém penetrar na casa de um homem
forte e rouba-lhe os bens, sem primeiro amarrado este homem forte? Só então
pode roubar sua casa. Quem não está
comigo, está contra mim, e quem não ajunta comigo, espalha.
MARCOS CAP. 5, VS. 9 e 10
“Perguntou-lhe Jesus: qual o teu nome ?” Respondeu-lhe Jesus: “Legião é o meu nome,
porque somos muitos.” E pediam-lhe
com instância que não os lançasse fora daquela região.
MARCOS CAP. 9, VS.38 a 40
João disse-lhe: “Mestre, vimos alguém que não nos
segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos” Jesus, porém, disse-lhe: “Não lho proibais; porque não há ninguém que
faça um prodígio em meu nome, e em seguida possa falar mal de mim.“Pois, quem
não é contra nós, é a nosso favor. E
quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em
verdade, não perderá a sua recompensa.
JUDAS CAP. 1,V.9
Ora quando o arcanjo
Miguel discutia com o demônio e lhe disputava o corpo de Moisés, não ousou fulminar contra ele uma sentença
de excreção, mas disse somente: Que
o próprio Senhor te repreenda!
OS ESPÍRITOS
OBSESSORES NA BÍBLIA
“Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?”
“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto,
que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Parte 2º, Cap.IX, Questão 459).
EFESIOS CAP.6, VS.11 e 12
Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais
resistir às ciladas do demônio. Pois
não é contra os homens de carne e sangue, que temos de lutar, mas contra os
principados e potestades deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.
TIAGO CAP.1,V.14
Cada um é
tentado pela sua própria
concupiscência, que o atrai e alicia.
“Muitos Espíritos, pervertidos no crime, abusam dos poderes da
inteligência, fazendo pesar tigrina crueldade sobre quantos ainda sintonizam
com eles pelos débitos do passado. A semelhantes vampiros devemos muitos
quadros dolorosos da patologia mental dos manicômios, em numerosos pacientes,
sob intensiva ação hipnótica, imitam costumes, posições e atitudes de animais
diversos.(Nos Domínios da Mediunidade,cap. XXVIII).
“Se o corpo espiritual de entidades desencarnadas pode assumir formas
animalescas, nada impede que determinados espíritos assumam as características,
por exemplo, do lobo. Aliás, conta André Luiz que nas zonas abismais do plano
espiritual, uma entidade cruel, a exercer funções de Juiz, hipnotizou certa
mulher desencarnada que era acusada de aborto e assassinato do marido. Pois
bem, por sugestão hipnótica do juiz implacável, o corpo espiritual da referida
mulher foi assumindo aos poucos a característica de uma loba.
Se é verdade que, em certos casos, a materialização pode assumir forma animal, nada há de estranho em que médiuns de ectoplasmia, obsidiados, emprestem sua força vital a espíritos malfazejos ou zombeteiros que assim podem aparecer com feições monstruosas ou grotescas, com o intuito de prejudicar ou simplesmente assustar. Note-se que os fenômenos de licantropia, na maioria esmagadora dos casos, são assinalados como tendo ocorrido à noite. Observe também, que o ferimento produzido numa aparição licantrópica se reflete naquele que é tido como lobisomem, do mesmo modo nas seções de materialização um ferimento produzido na forma ectoplasmática ou simples toque, não autorizado, em suas vestes, pode acarretar ao médium abalos por vezes mortais. Se através de transfiguração, espíritos desencarnados ou agentes teta podem atuar sobre o corpo físico quanto sobre o corpo espiritual dos médiuns, nada impede que espíritos malfazejos ou simplesmente brincalhões atuem sobre médiuns de transfiguração imprimindo-lhes uma forma animal.” (O lado Oculto do Folclore Brasileiro, Luiz Antônio Mileco,págs. 44 e 46).
Se é verdade que, em certos casos, a materialização pode assumir forma animal, nada há de estranho em que médiuns de ectoplasmia, obsidiados, emprestem sua força vital a espíritos malfazejos ou zombeteiros que assim podem aparecer com feições monstruosas ou grotescas, com o intuito de prejudicar ou simplesmente assustar. Note-se que os fenômenos de licantropia, na maioria esmagadora dos casos, são assinalados como tendo ocorrido à noite. Observe também, que o ferimento produzido numa aparição licantrópica se reflete naquele que é tido como lobisomem, do mesmo modo nas seções de materialização um ferimento produzido na forma ectoplasmática ou simples toque, não autorizado, em suas vestes, pode acarretar ao médium abalos por vezes mortais. Se através de transfiguração, espíritos desencarnados ou agentes teta podem atuar sobre o corpo físico quanto sobre o corpo espiritual dos médiuns, nada impede que espíritos malfazejos ou simplesmente brincalhões atuem sobre médiuns de transfiguração imprimindo-lhes uma forma animal.” (O lado Oculto do Folclore Brasileiro, Luiz Antônio Mileco,págs. 44 e 46).
Sendo
assim, a Bíblia encerra um caso de licantropia vivência do por Nabucodonosor,
rei da Babilônia, vejamos e tiremos nossas devidas conclusões:
DANIEL CAP.4, VS.13 e 14, 22 e 30 e 31
Que se mude seu espírito; que em lugar de um espírito humano lhe seja dado um espírito animal e sete
tempos passem sobre ele.Expulsar-te-ão dentre os homens para fazer habitar como animais do campo; pastarás
ervas como bois e serás molhado pelo orvalho do céu.No mesmo momento o
oráculo pronunciado sobre Nabucodonosor cumpriu-se; ele foi expulso dentre os
homens e pastou ervas como bois; seu
corpo foi molhado pelo orvalho do céu. Seu pelo cresceu como penas de águia e
suas unhas como unhas de pássaro.Ao terminar os dias marcados, eu Nabucodonosor,
levantei os olhos para o céu. A razão
voltou-me e eu bendisse o Altíssimo; louvei e glorifiquei aquele que vive
eternamente, cuja dominação é perpétua, cujo reino subsiste de idade em idade.
AS
CURAS POR DÍVIDAS CÁRMICAS
“O poder da fé se demonstra
de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua
sobre o fluido, agente universal, modifica-lhes as qualidades e lhe dá uma
impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande
poder fluídico normal juntar ardente fé, pode, só pela força da sua vontade
dirigida para o bem, opera esses singulares fenômenos de cura e outros,
tidos antigamente por prodígios, mas que
não passam de efeito de uma lei natural. Tal motivo que Jesus disse a seus
apóstolos: se não curastes, foi porque não tendes fé.”
“Como
se há visto, o fluido universal é o elemento primitivo do corpo carnal e do
perispírito, os quais são simples transformações dele. Pela identidade da sua
natureza, esse fluido, condensado no perispírito, pode fornecer princípios
reparadores ao corpo; o Espírito, encarnado ou desencarnado, é um agente propulsor que infiltrara num corpo
deteriorado uma parte da substância de seu envoltório fluídico. A cura se opera
mediante a substituição de uma molécula insana por uma molécula sã. O poder
curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas,
depende também da energia da vontade que, quanto maior for, maior a penetração
dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura,
seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são
substâncias medicamentosas alteradas. São extremamente variados os efeitos da
ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes
é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras
vezes é rápida, como uma corrente elétrica. Há pessoas dotadas de tal poder,
que operam curas instantâneas nalguns doentes,
por meio apenas
da imposição das mãos, ou, até, exclusivamente por ato da vontade. Entre
os dois pólos extremos dessa faculdade, há infinitos matizes. Todas as curas
desse gênero são variedades do magnetismo e só diferem pela intensidade e pela
rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: o fluido, a desempenhar o papel
de agente terapêutico e cujo efeito se acha subordinado à sua qualidade e a
circunstâncias especiais.”(Allan Kardec, A Gênese, Cap. XIX, Itens 31 e 32).
A
propósito, podemos concluir que a ação
magnética pode-se produzir das seguintes formas:
1 - pelo fluido do magnetizado;
2 - pelo fluido do Espírito;
3 - pela combinação dos dois, ou seja: do magnetizado
e do Espírito.
Verificamos em nossos estudos que Jesus, expulsava ao demônios ou seja,
espíritos ignorantes, muitas doenças realmente eram imposta ao obsidiado pela
ação direta dos obsessores, mas outras as quais destacamos abaixo, referem-se a
dívidas cármicas, ou seja, ações cometidas no passado, mas precisamente em
outras vidas.
MATEUS CAP.9,VS. 2,8
Eis que lhe
apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé
daquela gente, disse
ao paralítico estendido numa padiola. “Meu filho,
coragem! Teus pecados te são perdoados.”
Ouvido isto alguns escribas murmuraram entre si: “Este
homem blasfema.” Jesus, penetrando-lhe nos pensamentos, perguntou-lhes: “Por
que pensais mal em vossos corações? Que
é mais fácil dizer: Teus pecados te são perdoados, ou: Levanta-te e anda?
Ora, para que saibais que o filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os
pecados: Levanta-te - disse o paralítico - toma tua maca e volta para tua casa.
MATEUS CAP.12,V.13
Disse, então, àquele homem : “Estende a mão.” Ele a
estendeu e ela tornou-se sã como a outra.
MATEUS CAP.20, VS.32 a 34
Jesus parou, chamou-os e perguntou-lhes: “Que quereis
que eu vos faça?” “Senhor, que nossos olhos se abram!” Jesus, cheio de
compaixão, tocou-lhes os olhos.
Instantaneamente recobraram a vista e puseram-se a segui-lo.
LUCAS CAP.9,V.6
Partiram pois,
e percorriam as aldeias, pregando
o evangelho e fazendo curas por toda a
parte.
LUCAS CAP.14,VS. 1 a 4
Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável,
para uma refeição; eles o observaram. Havia ali um homem hipodríco. Jesus
dirigiu-se aos doutores da lei e os fariseus: “É permitido ou não fazer curas
em dia de sábado? Eles nada disseram. Então Jesus tomando o homem pelas mão curou-o e despediu-o.
JOÃO CAP.5,VS. 5
a 9
Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
Vendo-o deitado e sabendo que, já havia muito tempo que estava enfermo,
perguntou-lhe Jesus: “Quereis ficar curado?” O enfermo respondeu-lhe: “Senhor,
não tenho ninguém que ponha no tanque,
quando a água é agitada; enquanto vou, já outro desceu antes de mim”
Ordenou-lhe Jesus: “Levanta-te , toma o teu leito e anda.” No mesmo instante aquele homem ficou curado, tomou o seu leito e foi andando.
JOÃO CAP.9,VS. 1 a 5
Caminhando, viu Jesus um cego de nascença. Os seus
discípulos indagaram dele: “Mestre, quem foi que pecou, este homem ou seus
pais, para que nascesse cego? Jesus
respondeu: Nem este pecou, nem seus pais, mas é necessário que nele se
manifestem as obras de Deus. Enquanto for dia, cumpri-me terminar as provas
daquele que o enviou. Vira a noite, na qual ninguém pode trabalhar. Por isso,
enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
“O
pecado existiria, portanto, em alguma oportunidade anterior, daquela mesma
individualidade (não as de seus pais), em outra manifestação ou experiência
pessoal, ou seja, em outra existência terrena. Um espírito (ou alma) criado
especificamente para aquele corpo, vivendo sua primeira e única vida, não
poderia ter cometido pecado algum, muito menos da gravidade que acarretasse o
penoso corretivo de cegueira, a fim de aprender a valorizar a visão.Por isso, diz
o Cristo que
nele operavam as
leis de Deus, ou
seja, os dispositivos de reação que corrigem automaticamente, em nós, a
ação do desvio, à desobediência à lei do amor. Não foi, porém, com aquele corpo
físico cego que ele pecara, foi em outro, em alguma existência anterior.”(
Hermínio C. Miranda, Cristianismo: a mensagem esquecida, pág. 146).
ATOS DOS
APÓSTOLOS, CAP.3,VS. 7 a
9
E, tomando-o
pela mão direita, levanto-o.
Imediatamente os pés e os tornozelos se lhe firmavam. De um salto, pôs-se de pé e andava. Entrou com eles no
templo, caminhando saltando e louvando a Deus.
ATOS DOS APÓSTOLOS, CAP.9,V.33
Ali achou um homem chamado Enéias, que havia oito anos
jazia paralítico num leito. Disse-lhe Pedro: “Enéias, Jesus Cristo te cura: levanta-te e faz tua cama”. E levantou-se
imediatamente.
AS CURAS POR
OBSESSÃO NA BÍBLIA
“O folclore judaico com respeito ao Dybbuk era
consideravelmente mais exato e enfático acerca da verdadeira etiologia de tais
casos. O Dybbuk suplantou, em compreensão, a adulteração dogmática cristã do
fenômeno. Foi definido como “alma de uma pessoa morta residente no corpo de
outra pessoa e atuando por intermédio desta”. Nada existia de Satanás nisso.
Era lúcida explicação de verdadeiros fatos psíquicos, enfaticamente expressos
na singela linguagem da intuitiva sabedoria popular. A mesma que serviu para
engendrar todas as noções científicas.
O
adversário aqui descrito por Jesus no mundo espiritual passa a ser o obsessor.
MATEUS CAP.5,VS.23 a 26
Se estás, portanto, para fazer sua oferta diante do
altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti.deixa lá a tua
oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão: só então,
vem fazer a tua oferta. Entra em acordo
sem demora com teu adversário, enquanto
estás a caminho com ele, para não
suceda que te entregue o juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão.
Em verdade te digo,
dali não sairás antes de teres pago o último centavo.
Os
espíritos inferiores se reúnem em grandes números em associações trevosa,
geradas pela ignorância e inobservância da leis divinas.
MATEUS CAP.12,VS. 43 a 45
“Quando o espírito impuro sai de um homem, ei-lo
errante por lugares áridos à procura de um repouso que não acha. Diz ele então:
Voltarei para casa donde saí. E, enfeitada. Vai, então, buscar sete outros espíritos piores que ele, entram nessa
casa e se estabelecem aí; e o último estado daquele homem torna-se pior que o
primeiro. Tal será a sorte desta geração perversa.”
Como
já vimos demônio na antigüidade referia-se a algum espírito.
MATEUS CAP.15,VS. 21 a 24
Jesus partiu dali e retirou-se para os arredores de
Tiro e Sidônia, e eis que uma cananéia, originária daquela terra, gritava:
“Senhor, Filho de Davi, tem piedade de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio.” Jesus não lhe respondeu palavra
alguma. Seus discípulos vieram a ele e lhe disseram com insistência” Despede-a
ela nos persegue com gritos.” Jesus respondeu-lhes: “Não fui enviado senão as
ovelhas pedidas da casa de Israel.”
MATEUS CAP.17,V.14 a 21
E quando eles se reuniram ao povo, um homem
aproximou-se deles e proseou-se diante de Jesus, dizendo: “Senhor, tem piedade
de meu filho, porque sou lunático e sofre muito: ora cai no fogo, ora na
água... Já o apresentei a teus discípulos, mas eles não o puderam
curar.”Respondeu Jesus: “Raça incrédula e perversa, até quando estarei convosco?
Até quando hei de aturar-vos Trazei-mo.” Jesus
ameaçou o demônio, e este saiu do menino que ficou curado na mesma hora. Então
os discípulos lhe perguntaram em
particular: “Por que não pudemos nós
expulsar este demônio?
Jesus respondeu-lhes: “ Por causa
de vossa fé. Em verdade vos digo, se tiverdes fé, como um grão de mostarda,
direis a esta montanha: Transporta-te daqui para lá, e ela irá, e nada vos será
impossível. Quanto a esta espécie de
demônios, só pode expulsar a força de oração e de jejum.
Marcos
e Lucas, referem-se a espíritos imundos e malignos, imundos por que ainda por
meio de suas ações ainda não se purificaram e malignos por que ainda se
comprazem no mal.
MARCOS CAP.1,VS. 21 a 27
Dirigiram-se para Cafarnaum. E já no dia de sábado,
Jesus entrou na sinagoga, e pôs-se a ensinar. Maravilharam-se da sua doutrina,
porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.Ora na
sinagoga deles achava-se um possesso de
um espírito imundo, que gritou: “Que tens tu conosco, Jesus de Nazaré?
Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus !” Mas Jesus intimou-os
dizendo: “Cala-te, sai deste homem !” O
espírito imundo agitou-o violentamente e, dando um grande brado, saiu.
MARCOS CAP.9,VS. 25 a 27
Vendo Jesus que o povo afluía, intimou o espírito imundo e disse-lhe: “Espírito mudo e surdo eu te ordeno; sai
deste menino e não tornes a entrar nele.” E
gritando e maltratando-o extremamente saiu. O menino ficou como morto, de
modo que muitos diziam: “Morreu ...”
Jesus, porém, tomando-o pela mão, ergueu-o, e ele levantou-se.
LUCAS CAP.8,VS. 2 e 3
Os doze estavam com ele, como também algumas mulheres
que tinham sido livradas de espíritos
malignos e curadas das enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual
tinham saído sete demônios, Joana mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana
e muitas outras, que o assistiam com as suas posses.
LUCAS CAP.13,VS.10 a 13
Estava Jesus ensinando na sinagoga em um sábado. Havia
ali uma mulher que, havia dezoito anos, era possessa de um espírito que a
detinha doente: andava curvada, e não
podia absolutamente erguer-se. Ao vê-la,
Jesus a chamou e disse-lhe: “Estás livre da tua doença ” impôs-lhe as mãos e no mesmo instante
ela se endireitou, glorificando a Deus.
ATOS CAP.8,V.7
Pois os
espíritos imundos de muitos possessos saíam, levantando grandes brados.
Igualmente foram curados muitos paralíticos e coxo. Por esse motivo naquela
cidade reinava grande alegria.
ATOS DOS
APÓSTOLOS , CAP.28,VS. 8 e 9
Ora, o pai desse Públio achava-se acamado com febre e
sofrendo de disenteria. Paulo foi visitá-lo, e orando e impado-lhe as mãos, sarou-o. Depois deste fato, vieram
ter com ele todos os habitantes da ilha
que se achavam doentes, e
foram curados. Tiveram
assim conosco toda
sorte de considerações e,
quando estávamos a navegar, proveram-nos do que era necessário.
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