O NASCIMENTO
DE JESUS
“...Como conseqüência
disso, e por esperarem a um deus, passaram então os homens a admitir que ele, o
Senhor, não poderia nascer como qualquer outro ser humano, pelo contanto carnal impuro; e como não
conheciam outro processo de manifestação na carne que a reprodução segundo as
leis do sexo, por toda parte começou a formar-se também a convicção de que o
Salvador nasceria de uma virgem que deveria conceber de forma sobrenatural.Por isso na Índia lendária os avatares
divinos nascem de virgens, como de virgens nasceram Krihsna e Budha; no
zodíaco de Rama, a Virgem lá estava no seu quadrante,
amamentando o filho ; no Egito a deusa Iris, mãe de Orus, é virgem; na
China, Sching-Mou, a Mãe Santa, é
Virgem; virgem foi, a mãe de Zoroastri o iluminado iniciador da Pérsia, e todas
as demais tradições, como as dos druidas e até mesmo das raças nativas,
descendentes dos Atlantes, falavam dessa concepção misteriosa e inabitual.(Edgard
Armond, Os Exilados de Capela, págs.94 e 95)
O
mesmo pensamento vemos na Bíblia, que naturalmente herdou esse pensamento. Em
Gênese, cap. 6, v. 4, verificamos a idéia de uma concepção inabitual,
realizadda entre mortais e anjos. Diz o texto: “Naquele tempo viviam gigantes
na terra, como também daí em diante, quando
os filhos de Deus se uniam as filhas dos homens e elas geravam filhos.” Já
em Hebreus, vemos que a ídeia de um ser que não é gerado, ou seja, agênere, é
bem antiga, nesse caso Melquisedec citado em Gênese, cap.14, 18 a 20, Salmos cap. 110, v.
4, sendo melhor explicado em Hebreus, cap. 7, vs. 1 a 3.
“Este
Melquisedec, rei de Salém, sacerdote do rei altíssimo, que saiu ao encontro de
Abraão quando este regressava da derrota dos reis e o abençoou, ao qual Abraão
ofereceu o dízimo de todos os seus despojos, é, conforme seu nome indica ,
primeiramente “rei da justiça”e , depois, rei de Salém, isto é, “rei da paz”. Sem pai sem mãe, sem genealogia , a sua
vida não tem começo nem fim; comparável sob todos os pontos ao Filho de Deus,
permanece sacerdote para sempre.”
Na
Cabala Enoc, conta a Lameque seu neto, sobre a visão em que via seu bisneto
nascer, seu nome deveria ser Noé, “seria
um profeta” e “ele verá a humanidade
ser destruída,” recomeçando novamente com ele. Noé nasce, ao abrir seus
olhos pela primeira vez a sala se enche de luz e começa a profetizar diante de
sua família. Após o nascimento descreve o caso de Noé, aonde seu pai Lameque
apesar da profecia, suspeita de que sua mãe, Batenos teve um caso extraconjugal
com um anjo. Uma das passagens mais sugestivas estão na capítulo 104. Logo após
o nascimento de Noé, Lameque, seu, foi procurar Matusalém, que era filho de
Enoque, ” ...pois Noé não parecia em nada com as outra crianças da Terra. Sua
pele era extremamente branca, como também seus cabelos. Seus olhos apresentavam
um brilho incomum.” Segundo a narrativa, Lameque disse a Matusalém que
Noé não era um homem, e sim um anjo do céu, “... com certeza não é da nossa
espécie”, conclui o pai. Em seguida, Matusalém foi procurar Enoque, que
vivia com os anjos, para esclarecer a verdadeira origem de seu filho.
Lameque e seu filho Noé
Em
Mateus, cap.1,vs. 18 a
25, vemos:
Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria sua mãe, estava
desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo.José seu esposo, que era
homem de bem, não querendo famá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto
assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e disse: “José,
filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi
concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome
de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados.”Tudo aconteceu para
que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará a luz à um filho, que se chamará
Emanuel(Isaías, cap. 7, v.14), que siginifica: Deus conosco. Despertando, José
havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. E, sem que ele a tivesse
conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus.
Anunciação anjo Gabriel
Jesus e os Pastores
Indagado, o Espírito Ramatis nos fornece explicação cristalina sobre esse acontecimento:
”Pergunta: Qual o fundamento da tradição
religiosa que afirma haver Jesus concebido por obra de uma virgem? Cremos que
essa tradição deve ter alguma base lógica,
pois a própria Bíblia, no Velho Testamento, afirmava que o Messias
deveria nascer de uma virgem e o evangelista Mateus o confirma no Novo
Testamento quando diz que Maria, antes de coabitar com José, já havia concebido
naquelas condições.Ramatis: Os
velhos profetas procuraram deixar aos pósteros algumas indicações para que no
futuro pudessem reconhecer o Messias, mas a insuficiência humana não permitiu
que se entendessem tão prematuramente as alusões
feitas ao nascimento do Messias
através das deficientes traduções dos livros sagrados, por cujo motivo resultou obscurecido o
sentido exato de certas alegorias.
Através
da Bíblia, a posteridade ficou sabendo que o Messias teria de nascer de uma
virgem e ser concebido por obra e graça do espírito santo, mais interveio na profecia a interpretação
pessoal, que trouxe a confusão ao profetizado. Jesus, como primeiro filho que
se gerou em Maria, nasceu realmente de uma virgem, pois virgem era a sua jovem
genitora, quando retirada do templo de Jerusalém para a primeira núpcia.
Cumprira-se a profecia e se identificava o principal sinal, que seria o
nascimento de uma criança filha de uma virgem, ou seja, o primeiro filho
nascido da primeira concepção conjugal.Maria, na realidade era um espírito
“santo”, ou seja, um anjo descido dos céus na forma de mulher, para servir de
matriz carnal e santificada pelo espírito, isenta de provas redentoras e em
missão junto ao sublime Jesus. No seu corpo virginal e, por obra do seu espírito “santo”, gerou-se o
corpo de Jesus. Maria não era uma mulher dominada pelas paixões humanas, mas um
ser angélico, delicado, formoso e santo em espírito! Deveis atender sempre ao
espírito da palavra e não à palavra do espírito! etc.(Mensagens do Astral,
págs. 371 e seguintes).
Apresentação de Maria mãe de Jesus a Tamplo
“
A tradução grega traz “a virgem”, precisando assim o termo hebraico almah que designa quer a donzela, quer
uma jovem casada recentemente, sem explicar mais. O texto dos Setenta é, porém,
um testemunho precioso da interpretação judaica antiga, que será consagrada no
Evangelho. Mt. 1:23 encontra aqui o anúncio da concepção virginal do Cristo. Ou
seja, mesmo reconhecendo que o termo “virgem” utilizado na tradução grega da
Setuaginta coaduna-se melhor com a interpelação católica, a Bíblia de Jerusalém
é fiel ao texto original hebraico, no qual a palavra não é ‘virgem’, mas
‘almah’, ou seja, uma jovem moça.( Hermínio C. Miranda, Cristianismo: a
mensagem esquecida, pág.51).
GALÁTAS CAP.4,V.4
Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou
seu Filho que nasceu de uma mulher e
nasceu submetido a uma Lei.
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