O ORÁCULO DE DELFOS
O Oráculo de Delfos, assim como outros Oráculos da época,
eram na Grécia como em outras sociedades antigas, uma forma mais elevada de se
exercer a religiosidade e a transcedentalidade, significava uma ponte entre o
mundo espiritual; mundo dos deuses e o material; mundo dos homens. As
informações dos deuses eram recebidas em Delfos mediunicamente ao que tudo
indica, por mulheres chamadas pitonisas,
as quais sentavam-se sobre um banco de três pernas, daí o famoso nome “trípode” que localizava-se no interior
do templo, onde havia uma sala construída ao redor de uma fenda existente no
solo pétreo, no qual emanava um vapor frio e estonteante, que era capaz de
provocar delírios ou o transe mediúnico. Em seus rituais, as pitonisas também
mastigavam folhas de louro, que diziam ser a árvore do deus Apolo para poderem
através do transe profético invocar a alma imortal de Orfeu, filho de Apolo,
elemento de ligação entre os dois mundos, que ao som de sua mágica lira de sete
cordas revelaria todos os mistérios. Qualquer que fosse o método utilizado, a
sacerdotisa era tida como diretamente inspirada por Deus, o qual por meio de
seus mensageiros falavam através delas recitando oráculos completamente
ambíguos e enigmáticos. Muitas das vezes, quando a pergunta, dirigida pelo
consulente era difícil de ser respondida, o oráculo usava de ambigüidade como
resposta, como foi o caso da célebre passagem do rei Creso da Líbia, que
consultou o oráculo de Delfos, nas vésperas de uma batalha decisiva com os
persas. Indagou Creso se deveria ou não atravessar o rio Alísio e atacar o
persas. O oráculo respondeu-lhe: “atravessando o rio e dando o combate
imediato ao inimigo, o rei Creso veria a destruição de um grande reino”.
Creso, atravessou o rio e perdeu a batalha. Ao acusar o oráculo por ter feito
uma falsa predição, os sacerdotes do templo, defenderam-se alegando que ele não
havia interpretado perfeitamente a profecia; o reino a que se havia referido a
predição era o dele e não o dos persas. Além dos sacerdotes e sacerdotisas,
existiam também as sibilas, que eram mulheres dotadas do dom da profecia, uma
espécie de premonição.
Inúmeras são as passagens bíblicas nas quais os profetas e as profetisas de Israel também utilizavam-se comumente dos oráculos, através das suas faculdades psíquicas ou mediúnicas, como a clauriaudiência, clarividência, precognição, retrocognição, ou por meio de mecanismos como o Urim e Tumim(Êxodo cap.28 v.30), entre outras, para orientar o povo hebreu. Demonstrando-nos que essa prática era de caráter universal, e ainda hoje é largamente utilizada sob outras denominações.
Inúmeras são as passagens bíblicas nas quais os profetas e as profetisas de Israel também utilizavam-se comumente dos oráculos, através das suas faculdades psíquicas ou mediúnicas, como a clauriaudiência, clarividência, precognição, retrocognição, ou por meio de mecanismos como o Urim e Tumim(Êxodo cap.28 v.30), entre outras, para orientar o povo hebreu. Demonstrando-nos que essa prática era de caráter universal, e ainda hoje é largamente utilizada sob outras denominações.
Excelente!
ResponderExcluirExiste alguma religião que segue os fundamentos do oraculo de Delfos?
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