O POLITEÍSMO
O politeísmo crença em vários deuses divide-se
basicamente em três principais estágios: a idolatria
que consiste na adoração aos ídolos, no feiticismo,
adoração de objetos e coisas como rios, montanhas, lugares, plantas, árvores
amimais aos quais se atribuíam poderes, parentesco, ascendência ou
representação espiritual; e por último o sabismo
que era o culto dos astros cujas as supostas origens encontram-se no povo sabeu
que habitava país de Sabá. Esse mesmo país abrigou tempos mais tarde a rainha
que encantou o rei Salomão, como bem a Bíblia nos descreve. Reportando-se as
Sagradas Escrituras, mais especificamente no Antigo Testamento Hebraico, observamos
que as narrativas não falam apenas de um
deus, mais sim de vários deuses, em Gênesis (cap.1, v.26), vemos: ”Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”,
em outro trecho verificamos que o relator emprega o plural para identificar os
deuses que povoavam a Terra ao lado dos homens, isto verificamos em Gênese
(cap.6, v.2). A palavra hebraica para
Deus é Elobim, já em outras línguas semitas, e ocasionalmente no hebraico, essa
palavra reflete o plural “deuses”.
Portanto para os israelitas os “Filhos de
Deus” nada mais eram do que os deuses que pertenciam naturalmente ao culto
e a mitologia hebraica originalmente.
Com o passar dos tempos eles os substituíram por Jeová, transformando a adoração de um panteão de deuses para um deus único através de Moisés. Já o culto politeísta de uma forma geral e universal, se caracterizava em conferir aos deuses atitudes humanas. Na própria Bíblia, o próprio Javé ou Jeová, o Deus monoteísta de Israel, tinha vários atributos humanos, e por sinal bem inferiores. Nos tempos de guerra e conquista era denominado o “Deus dos Exércitos”(Jeremias cap.5,v.14), quando ao atendimento na questões espirituais das mas variadas formas denominava-se “Deus dos Espíritos”(Números cap.27,v.15), e na particularização da exortação da suprema vaidade do povo hebreu denominava-se “Deus de Israel”(I Reis,cap.1,v.48). Faltando ao homem, naqueles tempos a capacidade intelectual e moral para a compreensão das verdades espirituais mais elevadas, surge então o antropomorfismo, que é justamente a atribuição das virtudes e das imperfeições humanas aos deuses ou mesmo ao Deus único de Abraão. Dessa maneira o Supremo Criador, arrepende-se em Gênesis (cap.6,v.6); irrita-se em Deuteronômio (cap.4,v.21), entre outras.
Os
homens se retratam nos deuses, já dizia o grego Xenofónes, filósofo e fundador
da escola de Eléa, 600 anos antes de Cristo, que sustentava a idéia de que os
homens tinham criado os deuses, atribuindo-lhes as suas paixões, a sua voz, a
sua fisionomia. Diz o grande filósofo, que se os bois e os cavalos tivessem
mãos, se soubessem pintar e trabalhar com as mãos, como fazem os homens, os
cavalos utilizariam cavalos e os bois aproveitariam os bois para representar
seus deuses, dando-lhes corpo idêntico ao seu. Xenofónes, refutou as
superstições que consistiam em atribuir aos deuses a própria cor, como por
exemplo, a dos Etíopes que, em serem negros de nariz chato, assim representavam
os seus deuses; os Trácios, que lhe emprestavam olhos azuis e cabelos ruivos, e
os Medas e Persas, que não fugiam a regra.
Com o passar dos tempos eles os substituíram por Jeová, transformando a adoração de um panteão de deuses para um deus único através de Moisés. Já o culto politeísta de uma forma geral e universal, se caracterizava em conferir aos deuses atitudes humanas. Na própria Bíblia, o próprio Javé ou Jeová, o Deus monoteísta de Israel, tinha vários atributos humanos, e por sinal bem inferiores. Nos tempos de guerra e conquista era denominado o “Deus dos Exércitos”(Jeremias cap.5,v.14), quando ao atendimento na questões espirituais das mas variadas formas denominava-se “Deus dos Espíritos”(Números cap.27,v.15), e na particularização da exortação da suprema vaidade do povo hebreu denominava-se “Deus de Israel”(I Reis,cap.1,v.48). Faltando ao homem, naqueles tempos a capacidade intelectual e moral para a compreensão das verdades espirituais mais elevadas, surge então o antropomorfismo, que é justamente a atribuição das virtudes e das imperfeições humanas aos deuses ou mesmo ao Deus único de Abraão. Dessa maneira o Supremo Criador, arrepende-se em Gênesis (cap.6,v.6); irrita-se em Deuteronômio (cap.4,v.21), entre outras.
Assim o entendimento da
divindade refletia na humanidade muitas das vezes a necessidade momentânea de
conseguir os seus propósitos e objetivos. A Bíblia faz referência a este
politeísmo, que era de fato, vivenciado pelo povo hebreu, pois da mesma forma dos outros povos da antigüidade vivenciaram a
transição do politeísmo para o monoteísmo. Um exemplo disso, observamos em
Gênesis (cap.31,v.19), onde Raquel rouba os terafim de Jacó. Esses terafins, na
realidade, nada mais eram do que ídolos domésticos que podiam ter a forma e o
entalhe humano. No livro de Crônicas (cap. 28, vs. 2 e 3), o rei hebreu Acad, mandou esculpir várias estátuas dos ballins,
e passou a queimar seus próprios filhos, oferecendo-os em sacrifício aos deuses
fenícios que eram o motivo de sua adoração. Jefté
sacrificou a própria filha em holocausto ao Senhor(Juizes, cap.11, v.39). Os
povos pagãos substituíram o sacrifício humano pelo animal primeiramente que os
israelitas. Ao contrário que muita gente pensa, as deidades, foram por muito
tempo cultuadas pelos hebreus e por todos os povos semitas de uma maneira
geral, sendo posteriormente essas práticas condenadas pelos profetas, que
logicamente detinham uma visão mais abrangente da divindade e não concordavam
efetivamente com essa antropomorfização. Outro
aspecto importante que está diretamente ligado a adoração dos deuses por parte
dos israelitas, é a concepção que nos lugares altos como as montanhas
destinavam-se a ser a morada dos deuses, desses pontos as deidades poderiam
observar tudo o que se passava na terra interferindo quando fosse necessário na
ordem e nos destinos dos seres e das coisas. Seguindo essa linha de pensamento
a torre de Babel foi erigida na frustrada tentativa de se chegar mais perto de
Deus pelas vias materiais. O mesmo raciocínio, embora mais elevado, encontramos
na Grécia, onde o mítico Monte Olimpo, figurava como sendo a morada de todos os
deuses gregos. Os lugares altos eram cheios de mistérios e religiosidade, o
próprio Moisés o legislador
egípcio-hebreu é convocado a subir no monte Sinai para receber os Dez
Mandamentos e Jesus também não fugiu a regra,
sobe ao Tabor para encontrar com Moisés e Elias, assim como profere do
alto o “Sermão da Montanha”.
Dessa maneira, indaga o rei Davi em Deuteronômio (cap. 38, vs.15 a 22), “Quem
pode subir à montanha(o lugar elevado) do Senhor?” “Quem pode ficar de pé no lugar de seu Kadesh”. Os santos do
Kadeshuth da Bíblia eram idênticos, no que diz respeito aos deveres de seu
ofício, às donzelas Nautch dos pagodes hindus mais recentes. Os kadeshim
hebraicos viviam no “no Templo do
Senhor,onde as mulheres teciam véus para o bosquete”, ou busto de
Vênus-Astartê, diz o sétimo verso do capítulo vinte e três do II Livro dos
Reis.
Dessa maneira, indaga o rei Davi em Deuteronômio (cap. 38, vs.
Ainda em II Reis cap. (17, vs. 29 a 33), observamos
nitidamente aspectos da transição do politeísmo para o monoteísmo, no qual os
israletias adoravam um panteão diversificado de deuses babilônicos
conjuntamente com o “Senhor Jeová ”:
“Apesar disso cada nação conservou seu
próprio deus que colocou-os nos santuários nos lugares altos estabelecidos
pelos samaritanos; cada povo colocou seus deuses no lugar em que habitava. Os babilônios
fizeram uma estátua de Socot-Benot, os de Cuta uma de Nergal, os de Emat uma de
Asima, os de Ava uma de Neabaaz e uma de Tartac; os de Sefarvaim queimavam seus
filhos em honra de Adramelec e Anamelec, seus deuses. Adoravam também ao Senhor, mas constituíram sacerdotes para os
lugares altos, tirados dentre o povo, os quais oficiavam por eles nos
santuários dos lugares altos. Desse
modo, adoravam o Senhor, e ao mesmo tempo deuses, segundo o costume das nações
donde tinham sido transportados.”
Ainda na Bíblia, especificamente numa passagem em Daniel (cap.10, v.13), é
exposto um tipo de pensamento, que reflete exatamente a idéia de politeísmo nos
tempos antigos. Diz o trecho ressaltando que cada reino tem o seu anjo ou deus
local, onde cada anjo vela sobre cada reino. Esses guardiões muitas das vezes
necessitavam se enfrentar no mundo invisível,
para resolver as questões de natureza material e ideológica, que
afligiam os seres humanos em seus mais variados anseios, fossem eles amorosos,
políticos, econômicos, sociais ou de
guerra. Esta visão está diretamente ligada a concepção dos deuses, em outras
culturas, como a da própria mitologia grega e egípcia, por exemplo. O mundo na
antigüidade era politeísta, todos os povos da antigüidade veneravam os seus
deuses, a idéia monoteísta passa existir no cenário religioso a partir do pacto
de Abraão com Deus, na antiga Suméria, e
é justamente a partir desse
momento que a semente de um novo pensamento e entendimento, é percebido e
desenvolvido pelos homens ao longo dos tempos. A transição é realizada muito
lentamente em diversas partes do mundo antigo, os indivíduos por sua vez, vão incorporando a idéia do Deus
único lentamente. Entre esses dois extremos surgiu a Monolatria, que é justamente uma
crença intermediária ao politeísmo e o monoteísmo. Implica a adoração de um
único Deus, sem negar a existência de outro(s). Como por exemplo, na religião
germânica dentre muitos deuses, podia-se escolher entre Tor (deus da guerra) e
Odin (princípio de todas as coisas), aquele que se tivesse maior confiança.
Verificamos que esse estágio existe ainda hoje na Índia e de uma forma
disfarçada entre os santos do catolicismo das religiões afro-brasileiras.
Thor
A própria
Bíblia que figura como a suposta detentora da palavra de Deus aos homens, narra
fatos que denotam a adoração de deuses por parte desse povo, como citamos
acima. Sabemos portanto que Deus o Supremo criador, se faz sempre presente aos
homens, e é compreendido através de muitas formas, pensamentos e atitudes, que estão fragmentados nas diversas
religiões, criando um elo com a divindade, que sempre se estabelece segundo a
compreensão de cada época, de cada costume, e de cada povo, bem como da
elevação dos espíritos que encarnam em cada período do processo evolutivo do
planeta. Alguns desses, Espíritos missionários descem a Terra, com o propósito
e a missão de elevar o crescimento espiritual do homem, procurando através de
seus mais elevados pensamentos, traduzir
a natureza divina, segundo o entendimento que cada época consegue suportar e
abrigar. Zoroastro, Krisna, Buda, Confúcio, Lao-Tsé, Mêncio, Akenaton, Sócartes,
Platão, Abraão, Moisés e Jesus o
maior de todos, são apenas alguns exemplos dessa plêiade de abnegados espíritos
que vieram a Terra com o firme propósito de elevar o nível espiritual do
planeta, através do legado das suas nobres e sublimes lições. Deus nos criou a
sua imagem e semelhança em
espírito. E é em espírito e verdade é que devemos adorá-lo.
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