REENCARNAÇÕES EM DIFERENTES MUNDOS
“O céu indra é o mais alto dos céus, onde porém ainda existe a ilusão da separatividade dos seres, e , assim, por isso, não pode ser o estado perfeito e eterno. Também há mocidade e velhice, isto é, as forças espirituais exaurem-se, e o espírito entra em inconsciência e torna a renascer nesta terra ou em algum outro planeta.” Bhavagadgita.
Os Espíritos nos falam de inúmeros detalhes da vida em outros mundos, traçando sempre um paralelo com a Terra. Recortamos alguns trechos que fazem alusão a tais mundos sendo que outros recortes encontram-se descritos ao longo desse livro, dando-nos subsídios importantes ao nosso entendimento.
Questão 172; “As nossas diversas existências corporais se verificam em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as últimas; são; porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.”Pois, todos os mundos são solidários.”
Questao173;”A cada nova existência corporal a alma pode viver muitas vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante para passar a um mundo superior.”
Questão 174; “Caso o Espírito não progrida ele pode encarnar em mundos inferiores ao qual habita como expiação.”
Questão 177;”Para chegar à perfeição e à suprema felicidade, destino final de todos os homens, o Espírito não precisa passar pela fieira de todos os mundos existentes no Universo, porquanto muitos são os mundos correspondentes a cada grau da respectiva escala e o Espírito, saindo de um deles, nenhuma coisa nova aprenderia nos outros do mesmo grau.”
Questão 178; “Podem os Espíritos encarnar em um mundo relativamente inferior a outro onde já viveram, quando em missão, com o objetivo de auxiliarem o progresso, caso em que aceitam alegres as tribulações de tal existência, por lhes proporcionar meio de se adiantarem.”
Questão 179;“Os seres que habitam cada mundo não estão no mesmo nível de perfeição, dá-se em cada um o que ocorre na Terra: uns Espíritos são mais adiantados do que outros.”
Questão 180; “ Passando deste planeta para outro, conserva o Espírito a inteligência que aqui tinha Pode, porém, acontecer que ele não disponha dos mesmos meios para manifestá-la, dependendo isto da sua superioridade e das condições do corpo que tomar.”
Questão 184 “O Espírito tem a faculdade de escolher o mundo onde passe a habitar, a partir do momento que for permitido ir para este ou aquele e pode obtê-lo, se o merecer, porquanto a acessibilidade dos mundos para os Espíritos, depende do grau da elevação destes
Questão 186; ” Existe mundos onde o Espírito, deixando de revestir corpos materiais, só tenha por envoltório o perispírito e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.” “O Livro dos Espíritos, Allan Kardec”
Tendo como base as informações contidas no ”Livro dos Espíritos” verificamos maiores esclarecimentos através dos nossos escritores espirituais.
“Acolá, no entanto, instanciado e como perdido de seus irmãos de sistema, o minúsculo Plutão, gelado e inabitável por seres constituídos de órgãos vitais análogos aos do homem terreno, mas habitado por Espíritos primitivos ou muito endurecidos no mal, que para aí vão, detidos, expiar delitos cometidos algures, entre sociedades planetárias do mesmo sistema, inclusive da Terra. Mas, aproximando-se mais do Sol, Mercúrio, o primeiro a partir do Astro-chefe e por ele eclipsado, sem permitir exame em sua construtura, quer aos homens, quer as Espíritos pouco elevados. E Vênus, logo após, com seu arrebatador fulgor-azul cintilante... Eis Marte, com sua cor avermelhada, companheiro imediato da própria Terra, menor que esta, e ainda mais distante do Sol, em cujos os ambientes fluxo e refluxos reencarnatórios são estabelecidos ainda com a própria Terra, apresentando superfície semelhante `a desta e padrão científico mais ou menos idêntica à dos homens considerados honestos e progressistas na sociedade terrena...__Meu amigo, muito de vós, o que da Terra, tendes viajado por alguns destes mundos, que acabas de contemplar... Em suas sociedades falistes, expiastes erros, chorastes, amastes, progredistes! Porfiai, agora, na prática do Saber para que, dentro em breve, se descerrem para vossas futuras migrações planetárias os abismos que vos separam de Júpiter e de Saturno, os mais belos e felizes desta pequena família do vosso sistema, a par de Marte, sempre algo mais pacífico do que a vossa Terra. Disse-o e, arrastando seu pupilo, mergulhou na atmosfera da Terra, cuja instância de foco gerador__o Sol__é de cento e quarenta e nove milhões de quilômetros.(Ressurreição e Vida, Yvonne A. Pereira, pelo Espírito Leão Tolstoi, Ed. FEB, pág. 46 a 50).
“Incontestavelmente, grandes vultos da Humanidade gloriosamente vivem em outros climas celestes; mas, falando da esfera em que nos encontramos, compete-me afirmar que é ainda muito remota para nós qualquer transferência definitiva para outros lares suspensos da nossa comunidade planetária. Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, importantes companheiros da Terra, no sistema presidido pelo nosso Sol, acham-se milhões e milhões de quilômetros.E as constelações mais próximas ? Você já imaginou o que seja o espaço, esse domínio imenso, povoado de forças espirituais que ainda não conseguimos compreender em seus simples rudimentos? já calculou o que seja esse plano infinito, onde a luz viaja com a velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo?Francamente, hoje creio que um homem, dentro do nosso reino solar, é, comparativamente, muito menor que uma formiga no corpo ciclópico da montanha onde se oculta.” (Falando à Terra, Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Inácio Bittencourt, Ed. FEB.)
Texto extraído da Revista Espírita, de Allan Kardec, ano I, volume 3 – março/1858 falando da vidas em outros globos: Se a atmosfera da Lua não foi percebida, será racional inferir que não exista? Não poderá ser constituída de elementos desconhecidos ou bastante rarefeitos para não produzirem refração sensível? O mesmo diremos da água e dos líquidos aí existentes. Em relação aos seres vivos, não seria negar o poder divino julgar impossível uma organização diferente da que conhecemos, quando, às nossas vistas, a providência da natureza se estende com uma solicitude tão admirável até o menor inseto e dá a todos os seres órgãos apropriados ao meio em que devem habitar, quer seja a água, o ar ou a terra, quer mergulhados na escuridão, quer expostos à luz do Sol? Se jamais houveis sermos visto um peixe, não poderíamos conceber seres vivendo na água, não faríamos uma ideia de sua estrutura. Até bem pouco tempo, quem teria acreditado que um animal pudesse viver indefinidamente no seio de uma pedra? Mas sem falar desses extremos, os seres que vivem sob o fogo da zona tórrida poderiam existir nos gelos polares? Entretanto, nos gelos, há seres organizados para esse clima rigoroso que não poderiam suportar a ardência de um sol vertical. Por que, então, não admitir que certos seres possam ser constituí- dos de maneira a viver em outros globos e em um meio completamente diverso do nosso? Adaptação a outros mundos Por certo, sem conhecer a fundo a constituição física da Lua, nós sabemos o bastante para assegurar que ali não poderíamos viver, como não o podemos em companhia dos peixes no seio do oceano. Pela mesma razão, os habitantes da Lua, se um dia pudessem vir à Terra, uma vez que constituídos para viver sem ar ou em um muito rarefeito, talvez completamente diverso do nosso, seriam asfixiados em nossa espessa atmosfera como nós quando caímos na água. Ainda uma vez, se não temos a prova material e visual da presença de seres que vivem em outros mundos, nada prova que não possam existir organismos apropriados a um meio ou clima qualquer. Ao contrário, diz-nos o simples bom senso que assim deve ser, pois repugna à razão crer que esses inumeráveis globos que circulam no espaço sejam simples massas inertes e improdutivas. A observação aí nos mostra superfícies acidentadas, como aqui, por montanhas, vales, abismos, vulcões extintos e em atividade. Por que, então, não haveria aí seres orgânicos? Seja, dirão. Talvez haja plantas e até animais, mas seres humanos, homens civilizados como nós, conhecendo Deus, cultivando as artes e as ciências, será possível? Com certeza, nada prova matematicamente que os seres que habitam os outros mundos sejam homens como nós ou que sejam mais ou menos adiantados do ponto de vista moral. Mas quando os selvagens da América viram desembarcar os espanhóis, não tiveram mais dúvidas de que, além dos mares, existia um mundo cultivando artes que lhes eram desconhecidas. A Terra é pontilhada por uma inumerável quantidade de ilhas grandes e pequenas e tudo que é habitável é habitado, não surge no mar um rochedo sem que, imediatamente, o homem não plante aí sua bandeira. Que diríamos nós se os habitantes de uma das menores dessas ilhas, conhecendo perfeitamente a existência de outras ilhas e continentes, mas nunca tido relações com os que as habitam, se considerassem os únicos seres vivos do globo? Diríamos: “como vocês podem crer que Deus tenha feito o mundo somente para vocês? Por qual estranha bizarria a pequena ilha de vocês, perdida na solidão do oceano, teria o privilégio de ser a única habitada”? O mesmo podemos dizer em relação às outras esferas. Por que a Terra, pequeno globo imperceptível na imensidão do universo que não se distingue dos outros planetas nem por sua posição, nem por seu volume, nem por sua estrutura, pois nem é a maior ou menor, nem está no centro ou nos extremos, seria a única residência de seres racionais? Qual o homem sensato que poderia pensar que esses milhões de astros que brilham sobre nossas cabeças foram feitos para recriar nossos olhos? Qual seria, então, a utilidade desses milhões de globos invisíveis a olho nu e que não servem nem mesmo para nos iluminar? Não seria orgulho e impiedade pensar que assim fosse? Para aqueles a quem pouco importa a impiedade diremos que é ilógico. Por um simples raciocínio que muitos outros fizeram antes de nós, chegamos a concluir pela pluralidade dos mundos, raciocínio este confirmado pela revelação dos espíritos. Realmente eles nos ensinam que todos esses mundos são habitados por seres corpóreos apropriados à constituição física de cada globo, que entre os habitantes desses mundos, uns são mais e outros menos adiantados que nós do ponto de vista intelectual, moral e mesmo físico. E mais: hoje sabemos que é possível entrar em relação com eles e obter esclarecimentos sobre seu estado. Sabemos ainda que não só todos os globos são habitados por seres corpóreos, mas que o espaço é povoado por seres inteligentes, invisíveis para nós por causa do véu material lançado sobre nossa alma, que revelam sua existência por meios ocultos ou patentes. Assim, tudo é povoado no universo. A vida e a inteligência estão por toda a parte, em globos sólidos, no ar, nas entranhas da terra e até nas profundezas etéreas. Haverá em tal doutrina algo que repugne a razão? Não é, ao mesmo tempo, grandiosa e sublime? Ela nos eleva por nossa mesma pequenez, bem ao contrário desse pensamento egoístico e mesquinho que nos coloca como os únicos seres dignos de ocupar o pensamento de Deus.
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