Tele-Transportes, Desmaterializações e os Ovnis

TELE-TRANSPORTES ,  DESMATERILIZAÇÕES E OS OVNIS

“Por “outras dimensões” desejamos dizer “outros mundos”, compreendendo-se que a matéria pode variar ao infinito, em graus de densidade, em relação   aos temas fundamentais do progresso e do burilamento do Espírito, de  plano  a plano da evolução ou de mundo para mundo”(Astronautas do Além, Francisco Cândido Xavier/Herculano Pires, Pág.8, Ed. Feb.)

            Dimensão é uma palavra de origem latina que significa extensão, sendo cada espaço dessa extensão repleto ou preenchido por energia vibrante. Desta forma, é na quarta dimensão da matéria o chamado espaço quântico é aonde encontram-se as causas dos mais profundos mistérios e enigmas acessíveis ao entendimento humano atual. Acontecem  fatos que nos confundem unicamente por causa de nossa ignorância sobre a realidade do mundo etéreo ou espiritual. Por exemplo, uma descarga elétrica natural pode provocar uma alteração na estrutura de qualquer forma viva, e engendrar fenômenos extraordinários. Por causa dessa alteração, uma forma humana ou outra qualquer, pode ser teletransportada para um dos subplanos do mundo etéreo. Segundo diversos depoimentos a esse respeito, aconteceu algumas vezes que seres humanos, até mesmos aviões ou casas, desapareceram e reapareceram, no mesmo lugar ou a centenas de quilômetros num espaço de tempo que não obedece absolutamente às leis por nós conhecidas. Condições meteorológicas podem, naturalmente, provocar uma condensação anormal de ozônio, criando um campo eletromagnético no qual coisas materiais e vivas podem desaparecer ou mesmo tornarem-se momentaneamente invisíveis. É o caso de inúmeros relatos de pessoas que vivenciaram fenômenos desta natureza no Triângulo das Bermudas ou em outros lugares do planeta. Os Ovnis por sua natureza, e ao que se depreende podem provocar voluntária ou acidentalmente esse tipo de condição. Em razão disso, as dimensões geralmente atribuídas a um Ovni no campo físico, não são as mesmas observadas quando nele se penetra. Trata-se portanto de uma dupla realidade físico-etérea. Alguns Ovnis, parecem ser controlados pela mente de seus tripulantes, funcionando como uma célula viva,   alterando imediatamente o volume na medida em que alguns tripulantes deixam momentaneamente o objeto. A nave pode ter uma estrutura molecular aparentemente limitada no espaço físico, mas em sua  realidade  etérea/espiritual  sua  forma  e suas dimensões podem ser inteiramente diferentes, ou mesmo amplificadas. Isso implica para a testemunha submetida ao fenômeno, passar de seu estado normal para o estado etéreo, o que só pode ser feito pela  modificação da percepção da consciência num curto espaço de tempo e quase sempre esse fenômeno se traduz por uma perda momentânea da consciência. Verifica-se a partir daí as sensações de tempo perdido, languidez e estado sonambúlico, após determinados contatos com Ovnis. Satya Sai Baba, o grande mestre e médium hindu, profundo conhecedor dos fenômenos de materialização e transporte e que admite plenamente a existência dos Ovnis, em uma ocasião evitou que os dois ônibus se chocassem; interpenetrando-os, impedindo, desta forma a morte de muitos fiéis que viajavam para visita-lo. De uma maneira bem semelhante, algumas vezes se observam Ovnis penetrando através de rochas, montanhas, mares, ou de construções sem maiores problemas. É até possível que esses Ovnis que foram vistos penetrando nas florestas  ou oceanos atravessem inteiramente esses elementos para penetrar no mundo etéreo ou físico, através de portais dimensionais, denominados pelo Espírito André Luiz como  “campos de saída” , ou mesmo “Xendras” por alguns ufólogos.

É certo que a desmaterialização de um objeto, de um corpo físico não é um fenômeno habitual nem corriqueiro, mas  também  não  é impossível e nem muito menos sobrenatural. Esses tipos de fenômenos sempre presentes no fenômeno Ovni, foram largamente estudados pelo Dr. Friedrich Zollner, o qual  realizou diversas experiências de efeitos físicos com o médium inglês Henry Slade, nas quis obteve provas contundentes da interpenetração da matéria pela matéria, o que só poderia acontecer a partir de uma quarta dimensão. Utilizando-se se anéis de madeira que eram colocados em torno do pé de mesas sem levantá-las, naturalmente. Em suas experiências, dois desses anéis, de madeiras diferentes, foram entrelaçados em no outro, de modo inexplicável. De tais experimentos nasceu a expressão e o livro de Zollner, “Física Transcendental”, Zollner concluiu que os objetos sólidos atravessam o espaço tridimensional para o tetradimensional e, por fim retornam ao espaço tridimensional. Outro proeminente cientista e escritor Ernesto Bozzano em seu livro “Fenômeno de Transporte”, também pesquisou o mesmo fenômeno dando uma outra versão; admitia que os objetos desmaterializados e que assim desagregados atravessam os interstícios moleculares das barreiras materiais, ou seja, a transposição da matéria através da matéria. Cabe-nos ressaltar que o físico inglês Stephen Hawking, uma das mentes mais privilegiadas que o mundo já conheceu, admite perfeitamente que no Universo, existam não apenas quatro dimensões, mas cinco, onze ou até vinte uma delas, e que possuam algum tipo de vida. Gabriel Delanne, em “O Espiritismo perante a Ciência”, Ed. Feb.pág. 237 e 238 nos fala a  respeito da penetrabilidade da matéria: “Nas narrativas que temos reproduzido, uma coisa, sobretudo, parece estranha, é a facilidade do duplo fluídico passa através dos corpos materiais. Sem dúvida, há aí um fenômeno extraordinário, mas não sem analogia na natureza. A luz e o calor se propagam através de certas substâncias, a eletricidade caminha ao longo de um conduto e sabemos, pelas experiências de Cailletet e de Sainte-Calire Deville, que os gases passam facilmente através das paredes de um tubo aquecido. Todos os corpos são porosos; não se tocando, suas moléculas podem dar passagem a um corpo estranho. Os acadêmicos de Florença tinham demonstrado este ponto, fazendo violenta pressão sobe a água encerrada em uma esfera de ouro: ao fim de pouco tempo via-se o líquido transudar por pequenas gotas, na superfície da esfera. Verificamos, por esses diferentes exemplos, que a matéria pode atravessar a matéria. Nos casos que acabamos de citar, é preciso empregar a pressão ou calor para dilatar as substâncias que se quer fazer atravessar por outras. Mas, se supusermos um estado da matéria em que as moléculas sejam muito menos aproximadas e eminentemente tênues, poderá ela atravessar todas as substâncias, sem necessidade de manipulação”.

             Para não ficar ampliando demais a bibliografia de apoio, podemos recorrer, mais uma vez, às experiências da Sra. D’Esperance em seu livro “O País das Sombras” Ed. Feb  Em uma delas, por três vezes desapareceu de cima da mesa, à vista de todos, um par de abotoaduras que foi, da primeira vez, encontrado em outro cômodo, num vaso de plantas. As abotoaduras foram, por conseguinte, desmaterializadas à vista de todos e rematerializadas imediatamente ou pouco depois, em locais diversos, atravessando portas ou paredes, bem como a estatura de caixa fechada a chave ou a terra compacta do vaso plantado. Em 1.893, em Helsingfors, na Finlândia, em experiência realizada com a presença de testemunhas idôneas, a Sra. D’Ésperance teve quase metade de seu próprio corpo, da cintura para baixo, completamente  desmaterializado, ficando suas roupas dobradas sobre a cadeira em que estava sentada. O fenômeno está narrado por Alexander Asakof, em seu livro intitulado “Um Caso de Desmaterialização.” Inúmeros transportes de plantas das regiões da Índia para a Inglaterra foram realizados por sua maravilhosa mediunidade. O médium Francisco Peixoto Lins, mais conhecido como Peixotinho, realizou vários transportes de pedras e cristais de algum lugar do Pacífico, do Paraguai, da Inglaterra, dos estados do Espírito Santo e Riogrande do Sul(Brasil), do rio das Mortes e até mesmo do Mar Morto, assim como restos de animais marinhos e plantas de diversas regiões. Outro  sensitivo brasileiro Carlos Mirabelli, também foi protagonista de inúmeros fenômenos de materialização e desmaterialização em plena luz e à vista das testemunhas idôneas. Ele próprio  teria sido  “transportado” (desmaterialização e rematerialização), em dois minutos, da Estação da Luz, em São Paulo, à cidade de São Vicente, a 90 quilômetros de distância. Foi visto levitar em plena rua, a dois metros do solo, durante três minutos. Certa vez, amarrado e lacrado num cômodo, desapareceu e foi encontrado em outro, ainda em transe. Como sempre ocorre em tais situações, outros investigadores contestaram os fenômenos porque não os testemunharam pessoalmente ou porque acharam que não foram cientificamente observados e estudados. A mais sagrada relíquia cristã, o Sudário de Turim, pano de 4m x 1,10m de linho mesopotâmico, que possui a imagem gravada de um homem com altura média de 1,80m, com idade presumível entre 35 a 40 anos, ao qual a Igreja entende ser  Jesus é supostamente,  resultado da energia liberada pela desmaterialização ou desintegração dos componentes do seu corpo físico. Questionado Francisco Cândido Xavier, com referência ao desaparecimento do corpo de Jesus, ele afirmou categórico em “Mediunidade e Ação”, pág.153: “O corpo de Jesus foi desintegrado por vontade dele...” O Espírito André Luiz, pronunciando-se sobre o assunto através da mediunidade de Chico Xavier, escreve no cap. 26, em “Mecanismos da Mediunidade” da a entender que esse fenômeno realmente aconteceu: ”Em cada acontecimento, sentimo-lo(Jesus) a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe assessoram o minsitério de luz”. A Bíblia, por sua vez,  nos relata casos de desmaterialização e rematerialização, como o transporte  do Apóstolo Felipe de algum ponto desconhecido do caminho de Jerusalém a Gaza para Azot (Atos dos Apóstolos, cap. 8, vs. 38 a 40), e do profeta  Habaduc da Judéia para a Babilônia (Daniel, cap. 14, v. 32 a 38), assim como o transporte do profeta Ezequiel de Jerusalém para Tel Abid,  ajudando os deportados que lá se encontravam por sete dias. (Ezequiel cap.3, vs.14 e 15). Pelos relatos bíblicos concluímos que esses foram desmaterializados e rematerializados, não cabendo aqui serem classificados como fenômenos de projeção do corpo perispiritual.

            Em experiências realizadas sob a supervisão do Coronel Olcott, a sensitiva Elizabeth Compton, uma lavadeira americana, mãe de nove filhos, desmaterializou-se juntamente com todos os fios e a cerca que o Coronel havia usado para amarrá-la à cadeira. Ela foi encontrada, após a experiência, perfeitamente amarrada e lacrada, em total catalepsia, sem pulso e sem respiração. Levou 18 minutos para começar a reanimar o corpo. Não resta dúvida de que são casos um tanto raro esses, em virtude de condições especiais que exige  a  produção  do  fenômeno,  mas  nem por isso impossíveis. Se houvesse apenas um relato desses já seria suficiente para afirmar-se que o fenômeno é viável. São mais freqüentes tais experimentos com pequenos animais e plantas vivas. A Sra. D’Ésperance apresenta, no seu livro, fotos para documentar algumas destas experiências, numa das quais, no dia 28 de junho de 1.890, foi trazido para dentro de casa, portas fechadas e janelas fechadas,  naturalmente, um vaso com um belo lírio dourado, medindo dois metros e 27 centímetros de altura, com folhas e flores, inteiramente vivo e sadio. Ali permaneceu por uma semana, durante a qual foram tomadas seis fotografias. Em seguida, desmaterializou-se e desapareceu tão misteriosamente como tinha vindo.

            Esses fenômenos que para nós ainda se encontram no mundo do maravilhoso e do inexplicável aos quais a doutrina espírita e os abnegados cientistas através de suas experiências vem demostrar a possibilidade, são fatores que o próprio homem através do seu desenvolvimento moral e intelectual poderá vir a realizar, tal qual nossos irmãos de outras dimensões habitantes do cosmos já conseguem dominar. É o que se depreende no dizer do Espírito Áulus a André Luiz em “Nos Domínios da Mediunidade” pág. 270, psicografia de Francisco Cândido Xavier:

“As cidadelas atômicas, em qualquer construção da forma física, não são fortalezas maciças, qual acontece na nossa própria esfera de ação. O espaço persiste em todas as formações e, através, dele, os elementos se interpenetram. Chegará o dia em que a ciência dos homens poderá reintegrar as unidades e as constituições atômicas, com a segurança dentro da qual vai aprendendo a desintegra-las.”

            Portanto algumas aparições de Ovnis, por sinal são muito similares com  algumas manifestações de Espíritos que habitam as camadas vibratórias que circundam a Terra a que temos notícias. Por isso, não podemos afirmar que todos os Ovnis são de natureza espiritual, mas estou convencido de que a maior parte deles se constituem da mesma essência ou desfrutam aparentemente dos mesmos princípios de conhecimento.