quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Os Nazcas e os Ovnis

OS ÍNDIOS DE NAZCAS E OS OVNIS

            Dois membros do Internacional Explorers Club of Coral Gables, na Flórida, acreditaram que os engenheiros nazcas eram capazes de construir um aparelho que do ar pudessem observar os progressos das figuras do deserto. Para consubstanciar esta sua teoria, Jim Woodman e Julian Knott, foram inspirados pelos desenhos encontrados nas peças de cerâmica dos nazcas aonde algumas representações identificavam “papagaios” ou balões voando ao céu, com suas respectivas caudas balançando ao vento. Outro aspecto influente na sua pesquisa  foi a identificação de alguns rituais cerimoniais encontrados em algumas tribos da América do Sul, onde a prática resulta em soltar pequenos balões de ar quente ao término de festivais religiosos, como uma forma de lembrar o retorno ao céu dos deuses. Acrescido a isso, havia também uma lenda antiga que relatava os vôos de reconhecimento sobre os inimigos realizado por um jovem imperador no limiar da era inca. Sobre a tese dos balões um grande número de rochas escurecidas encontradas em grandes grupos circulares levaram as pesquisadores a concluir que fogueiras eram construídas com a finalidade de aquecer o ar e proporcionar o enchimento dos balões. Testes nestas pedras concluíram resquícios de fogo. Isto posto, partiram para o projeto e construíram um balão simples a que chamaram Condor I. Em 1.975, o balão voou duramente cerca de 20 minutos percorrendo 4,8 km e provando teoricamente que os Nazcas poderiam ter realmente voado ou mesmo que voavam, muito anos antes do registro oficial do primeiro vôo de um balão, que  data  de 1.709, na cidade de Lisboa em Portugal. Alguns pesquisadores do assunto afirmam que as lendas dizem que os líderes antigos dos nazcas, após sua morte eram colocados em balões, os quais se elevaram para os céus buscando o reencontro com os deuses, sendo os desenhos locais a  mensagem de despedida ou mesmo à identificação de algum deus em particular.
Outro aspecto a ser abordado que poderá auxiliar a construir chaves importantes do mistério das linhas de Nazca, são as comunidades isoladas dos índios aimarás que vivem no cimo das montanhas desde o século XVI, à beira  do lago Titicaca. Eles tem por hábito construir linhas retas semelhantes às de Nazca em volta de muitas aldeias, utilizando-as, em suas procissões de adoração aos seus antepassados. Os aimarás que hoje habitam a aldeia no sopé desta suave colina acreditam que os Espíritos dos seus antepassados pairam no topo dela, e em seus cerimoniais vestidos com roupas brilhantes celebram-os dançando na praça da povoação antes de se dirigirem para os santuários, parando freqüentemente para fazerem pequenos sacrifícios de animais. Observou-se também, que as linhas que correm ao longo da planície de Nazca, apontam para fontes de água, outrora existentes na planície, pois a água era entendida pelos nazcas como sagrada, e era ela, que abastecia a vida das planícies através da agricultura. A partir do século VI, um período de seca se instalou naquela região como vemos até hoje, e segundo alguns estudiosos, foi a partir desta data que as linhas de nazca se proliferaram, pois convergiam para pontos aonde provavelmente podia-se encontrar água. Segundo essa assertiva, assim como outras supracitadas, cai por terra a tese, de que as linhas objetivavam um direcionamento para naves extraterrestres.









            Ainda sobre os geóglifos, desenhos encontrados na planície como por exemplo: o lagarto, o condor, a aranha, o candelabro, o macaco, o beija flor, entre outros, existe outra teoria que diz respeito aos Xamâs, os quais eram os sacerdotes e curandeiros desse povo. Sabe-se portanto através do estudo da comparação de esculturas com pinturas em cerâmicas, que os curandeiros ingeriam uma substância alucinógena proveniente de uma planta nativa da região denominada de cactos de São Pedro. Essa substância teria a propriedade de causar alucinações, causando uma sensação de vôo. Observou-se em outras regiões das Américas desenhos similares na terra, e da mesma forma, os índios dessas regiões apresentavam ainda hoje, o mesmo comportamento em relação as drogas alucinógenas. Tendo pois, os xamâs uma relação estreita com os animais, considerando-os auxiliares diretos nos rituais de curandeirismo, reproduziam esses desenhos na terra para que os próprios pudessem observa-los e venerá-los em seus vôos astrais, favorecidos obviamente pela ingestão das substâncias aluginógenas advindas do cactos de São Pedro. Cabe-nos ressaltar, que os fatos observados em Nazcas, remontam a mais alta antigüidade, encontramos mesmo no período Paleolítico, marfins de mamute esculpidos com gansos voadores, os quais representam, segundo Joseph Campbell, o vôo astral. A prática xamã é tão antiga que até mesmo no Egito, os sacerdotes em seus rituais usavam máscaras de animais como evidenciam os murais egípcios.
Desta forma, analisando e comparando o comportamento e a cultura desses índios, decifrou-se em parte o mistério dos desenhos de Nazca, reforçando a tese da origem xamânica dos desenhos na planície de Nazca. Cabe ressaltar, em hipótese, que os desenhos poderiam já existir, e talvez possam ter sido cultuados e venerados no passado pelos próprios xamâs, que também não teriam uma idéia concreta da sua formação, atribuindo as deuses a sua criação. Muitos desses desenhos são atribuídos a seres de outro planetas, onde muitos pesquisadores e escritores afirmam que os  Ovnis faziam essas marcas no solo para a sua orientação ou como algum indicativo para um suposto trajeto que queriam demarcar. Além do mais figuras gigantescas não são exclusividade somente das planícies de Nazca, foram encontradas em outros países desenhos similares como:  o cavalo branco de Webtburg, O cavalo de Uffington(114m), O Cerne de Abbas(55m), O homem de Wilmington na Inglaterra(70m), e Manrre Man o gigante aborígene australiano(4.000m). Contestamos essas opiniões, pois entendemos que uma tecnologia superior, capaz de construir aparelhos tão sofisticados capazes de  viajar pela imensidão do cosmos, de maneira alguma precisariam deixar  marcas no solo para o seu direcionamento, uma vez que as nossas próprias naves e aeronaves possuem radares de altíssima precisão e alcance que permitem a mapeamento de grandes áreas, podendo prever as condições meteorológicas através da conexão com satélites. Esse conhecimento que hoje o homem terreno possui, nada significa se comparado com a ultraciência dos Ovnis.
Cabendo ressaltar, da enorme possibilidade dos desenhos de Nazca, terem também ligações, com civilizações ainda muito mais antigas que se desenvolveram nas próprias planícies de Nazca, as quais utilizavam o céu como parâmetro. Como exemplo, citamos a figura da aranha que é um modelo exato de todo cinturão de Orion. Além do mais, foram encontrados resquícios de pirâmides no deserto, reforçando a idéia que Nazca no passado tivesse interligações com a cultura egípcia por exemplo. Ao mesmo tempo esses indícios não anulam todos o que supracitamos, uma vez que todas as teses se apoiam em fatos que podem muito bem ter perfeitamente acontecido ao longo da vida desse povo em pontos específicos do passado da planície de Nazca. Preferimos entender que essas figuras de tamanhos gigantescos e todos os cerimoniais que as circundam, abordam temas do cotidiano da vida dos nazcas os ancestrais dos aimarás. Sendo assim, pelos motivos que apresentamos acima os nazcas ou seus ancestrais seriam os autores dessas intrigantes e enigmáticas obras e não seres extraterrestres em visita pela Terra.

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