terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Contradições Bíblicas


ALGUMAS CONTRADIÇÕES BÍBLICAS
               
‘”Invariavelmente, todas as religiões procuram interpretar determinados ensinamentos exarados nos Evangelhos, fazendo-o a seu modo, com o objetivo de outorgar autenticidade aos seus dogmas, aos seus postulado, ou de servir aos seus interesses mais imediatos.Dentre os temas que permanecem obscuros nos Evangelhos, destacam-se a chamada Trindade, a existência do Espírito Santo, a chamada Ressurreição dos Mortos, a consagração da Idolatria, as Aparições de Jesus após a sua morte (com o corpo perecível), o Batismo de Água, a Circuncisão, a decantada Descida de Jesus aos Infernos, a existência do Purgatório, do Céu e do Inferno como lugares geograficamente localizados e circunscritos, a existência de Demônios criados para viverem eternamente devotados à prática do mal, as Penas Eternas, o Pecado Original, a chamada Salvação pela graça, a existência de Anjos já criados perfeitos, o Pecado Irremissível, além de alguns outros.Quando por exemplo, Jesus Cristo discorreu sobre a chamada Ressurreição, não pretendeu falar sobre a ressurreição dos mortos ou ressurreição da carne. Ele se referiu ao ressurgimento do Espírito (sem o corpo perecível), para desfrutar da vida eterna no seio de Deus, representando isso não a estagnação, o marasmo, a inércia, mas o desempenho de uma ação constante no sentido de executar a soberana vontade do Pai Celestial num Universo  incomensurável e harmonioso, uma ação que requer trabalho, alegria, amor, dedicação e vibração, pois Deus não é Deus dos mortos, mas daqueles que vivem a verdadeira vida, nas noites da Eternidade.Além disso, é notório que muitos dos ensinamentos do Cristo sofreram o impacto das adulterações, das desfigurações no decurso dos séculos, introduzindo-se-lhes conceitos distanciados da Verdade, em flagrante atentado à sentença proferida por Jesus: “Conhecei a Verdade e ela vos libertará.” “Muitos pontos evangélicos se tronaram obscuros e controvertidos, não por terem sidos emanados de uma fonte de água turva e duvidosa, mas porque os homens lhes introduziram agregados estranhos, vestindo-os com roupagem diferente, nada condizente com os ninfos preceitos emanados do generoso coração de Jesus. As excrescências introduzidas nos Evangelhos jamais coadunam com os ensinamentos que foram legados à Humanidade, há cerca de vinte séculos, e para cuja revelação o Cristo de Deus sofreu agruras e dores indiscritíveis, tanto de natureza física como de fundo moral e espiritual.”(Casos Controvertidos do Evangelho-Paulo Alves Godoy, pag. 9).
               
“Acreditam alguns comentaristas e exegetas que a alegoria bíblica da criação da mulher tinha uma finalidade social: incutir no homem o respeito pela companheira tirada de sua própria carne. A verdade, ao que parece, é outra. Esse objetivo seria melhor atingido se Deus criasse o casal ao mesmo tempo. A Bíblia deu preferência ao homem e colocou a mulher em segundo plano. O motivo deve ser a necessidade de atender aos preconceitos da época. Mas é incrível que até hoje, no mundo inteiro, multidões de pessoas acreditem que Adão  dormiu  sozinho  e  acordou  acompanhado  de  Eva,  porque  Deus  lhe  tirou  uma costela e dela fez a primeira mulher.A passagem figura no cap. II do Gênesis, versículos 18 a 25. Note-se que Deus já havia criado todas as coisas, o mundo , já estava feito e povoado de animais, com Adão solitário no Éden, quando a mulher foi criada. Tudo ocorre para a sua situação de dependência e subserviência das sociedades patriarcais.”

“... Basta recordar os processos mitológicos de criação, em que os próprios deuses eram tirados do corpo de outros deuses e as criaturas humanas também, como no caso muito conhecido da descendência de Brama, na Índia. Aceitar, pois, literalmente, o relato bíblico da criação da mulher é deixar de lado a nossa faculdade de pensar, que Deus nos deu para que seja usada e desenvolvida cada vez mais. A situação de dependência da mulher se justifica ainda com a alegoria do pecado original, pois é as mulher, criatura inferior, que põe o homem a perder.” (J. Herculano Pires, Visão Espírita da Bíblia, págs.49 e 50).

A própria Bíblia assevera que a criação foi feita no sexto dia. Portanto o homem e a mulher já existiam, aptos a se multiplicaram e lavrarem a terra. Entretanto em Gênesis, cap.2, v5, diz que no sétimo dia, ainda “não havia nem planta , nem erva do campo, nem homem para lavrar a terra” A contradição já está patente. Em Gênesis, cap.2, v7, lê-se “Por isso que, não havendo no sétimo dia ninguém para lavrar a terra , formou Deus o homem do pó da terra e deu-lhe vida e o chamou de Adão.” Em Gênesis, cap.2, v18, ....mas, Deus entendeu não era bom estar o homem só ...., Em Gênesis cap.2, v21, ... por isso que o adormeceu, lhe arrancou uma costela...Em Gênesis, cap.2, v 22, e formou com ela uma mulher.





                Não precisamos ser teólogos  nem sábios, para identificarmos inúmeras contradições nessas narrativas. Mas elas existem e isso é inegável. Prosseguindo nossa pesquisas encontramos idêntica contradição ao observamos quanto a vegetação, em Gênesis cap.1, v 29, “... deu ao homem toda a erva que dá semente e toda a árvore que dá fruto, para o seu mantimento, isto no sexto dia. Mas, no sétimo dia em Gênesis, cap. 2,v5, “....ainda não havia plantas, as quais não tinham nascido por falta de chuvas”. Portanto mais uma contradição, Deus não havia dado nem ervas nem árvores. Nos versículos 14 e 15 do cap.4, da Gênesis, vemos Caim temer que “outros”o matem e o Senhor “pôs um sinal em Caim, para que não o ferissem de morte quem quer que o “encontrasse”. Perguntamos como alguém poderia  matá-lo se  pela  própria  Bíblia  só  existiam  três indivíduos  na  face da  Terra, ou seja, Adão, Eva e Caim? O mesmo raciocínio utilizamos para compreender que o paraíso não era um lugar circunscrito, pois a própria Bíblia indica no versículo 16 do cap. 4, da Gênesis, vemos  que Caim foi habitar a terra de Node, ao oriente do Éden.  Perguntamos  ainda quem se casou com Caim, ao se retirar da terra de Node, se só existiam na face da terra três pessoas, Adão, Eva e o próprio Caim? As indagações continuam, e seguimos questionando para quem Caim construía uma cidade a qual chamou de Henoc, dando-a o nome de seu filho? Caim era lavrador e Abel pastor, isso já pressupõe uma sociedade que possuía profissões definidas, aspecto incomum se analisarmos a história antropológica do homem.
                Como entender, segundo a Gênesis cap.2, v2, que o Criador do Universo tenha descansado, é atribuir ao Supremo imperfeições humanas, quando o próprio Jesus asseverou que o Pai trabalha incessantemente?
                Não nos parece coerente,  depois de Noé ter capturado um casal de cada espécie vivente na terra, tenha levado a extinção algumas espécies compreendidas como animais e aves considerados puros oferecendo em holocausto ao Senhor?
                Assim lemos em Gênesis cap. 8, v.20 e 21, “E Noé levantou um altar ao Senhor:  tomou de todos os animais puros e de todas as aves puras, e ofereceu-os em holocausto ao Senhor sobre o altar. O Senhor respirou um agradável odor, e disse em seu coração: “Doravante, não mais amaldiçoarei a terra por causa do homem  porque os pensamentos do seu coração são maus desde a sua juventude, e não ferirei mais todos os seres vivos, como o fiz.”



                Perguntaríamos também se as dimensões da arca teriam capacidade para abrigar todas as espécies animais, répteis, aves, anfíbios, etc...? Como prover a alimentação dessas espécies com suas centenas para não dizer milhares de particularidades e peculiaridades? Sabendo que muitos deles, naturalmente são predadores, alimentando-se praticamente  de  outros  animais?
                Como Noé teria capturado todas as espécies viventes, se naquela época, o resto do mundo era uma grande incógnita. Não se tinha a mínima idéia do continente Americano ou  da Oceania, e das inúmeras espécies viventes que se desenvolvem e se reproduzem sob determinadas condições ambientais e climáticas?  
                Segundo a Bíblia o homem foi “criado” em um determinado momento por Deus, e todos os animais existentes são os que estavam a bordo da Arca de Noé , então os dinossauros, por esta visão, não embarcaram muito embora sua existência é comprovada? O episódio da destruição de Sodoma e Gomorra, parece está ligado primeiramente a uma causa de ordem transcendente, mais em contrapartida a manifestação dos anjos não apresentam ingredientes de uma aparição divina como em outros relatos bíblicos, pois os anjos, possuem necessidades físicas: comem, dormem e bebem. Uma erupção vulcânica, ou mesmo um terremoto em grande escala poderia ter sido a causa da destruição das cidades. Seres com uma maior capacidade de percepção intelectual poderiam antever essa catástrofe, livrando a família de Lot, primo do patriarca Abraão do cataclismo iminente. As filhas de Ló consideradas justas pelos anjos, e salvas no julgamento de Sodoma e Gomorra, na primeira oportunidade embebedam  Lot e engravidam do próprio pai. Praticando assim um dos primeiros atos de incesto a que se tem notícia em  Gênesis cap. 19 vs 30 a 38.




                Contradições no Velho Testamento, são constantes como em Números, cap.31, v.17, que diz: “Ide! Matai todos os filhos varões e todas as mulheres que tiverem tido comércio com um homem. São ordens de pessoas que diziam-se seguir a Deus, isso depois de terem recebido as tábuas da Lei cuja uma das dez ordens expressas é não matar!. Na realidade o Antigo Testamento está repleto de matanças e iniquidades que tais umas, segundo ali se diz, por Deus presenciadas, outras por ele consentidas, outras, ainda, por ele ordenadas, e outras, mesmo, por ele praticadas pessoalmente. Diante disto é de perguntar-se: Que idéia de Deus e da religião poderão fazer aqueles a quem forem apresentadas essas leituras?  Pois o que se admite como ensino de religião é isso. É isso o que se proclama com o carater de religião. Vemos o rei Salomão tido como temente a Deus, praticar inúmeras atrocidades, assim como o rei Davi, que contrariavam diretamente as leis promulgadas no  Sinai. Em  Números cap 21, vs 8 e 9, vemos: “E o Senhor disse a Moisés: “Faz para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido olhando para ela será salvo. Moisés fez, pois uma serpente de bronze e fixou-a sobre um poste. Se alguém era  mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze conservava a vida.”



                Tudo aqui indica nessa passagem que Moisés utilizava-se de um talismã egípcio, e não a Deus para intimidar o seu povo. O rei Salomão, em   I Reis cap.6, vs .23,29 e 32, contraria o mandamento de não adorar e não fazer esculturas:  “Fez no santuário dois querubins de pau de oliveira, que tinham dez côvados de altura.Mandou esculpir em relevo em todas as paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins palmas e flores abertas. Nos dois batentes de pau de oliveira mandou esculpir querubins, palmas e flores desabrochadas, e cobriu-as  de ouro: cobriu de tanto ouro os querubins e as palmas.”  E ainda o próprio Jeová assevera em Levítico cap. 26 v.1: “Não farás para ti escultura , nem imagem daquilo que existe no alto, no céu, ou aqui em baixo, na terra, ou daquilo que existe debaixo da terra, nas águas.” Já em Êxodo cap. 25 v.18, ordena : “Farás dois querubins de ouro, trabalhados a martelo, na duas extremidades do propiciatório.” As contradições se apresentam das mais variadas formas.  Vemos que Josué queimou a cidade de Hai e a reduziu-a a um monte de ruínas.(Josué cap. 8 vs. 28) Hai ainda existe como uma cidade.(Neemias cap. 7 v. 32). Josué destruiu totalmente os habitantes de Daber (Josué cap. 10. Vs 38 e 39) Os habitantes de Daber ainda existem (Josué cap. 15 v.15). Davi tomou 1.700 cavaleiros de Adadezer (II Samuel cap. 8 v.4) Davi tomou 7000 cavaleiros de Adadezer. (I Crônicas cap. 18 v.4). Satã provocou Davi para fazer um censo em Israel.(I Crônicas cap. 21 v.1). Deus sugeriu Davi a fazer um censo em Israel. (II Samuel cap. 24 v.1).Aterra vai durar para sempre (Salmos 104).5) A terra perecerá (II Pedro cap. 3 v10).Várias profecias efetivamente não se cumpriram. Como as descritas em Gênesis cap. 15, v. 18; Josué cap. 1, vs. 3 e 4; Isaías cap. 17 v.1; Isaías cap. 34 vs. 8 a 10; Jeremias cap. 9 v.11; Jeremias cap. 42 v. 17; Jeremias cap. 49 v.3; Jeremias cap. 51 vs. 24 a 26; 28 a 31, 40, 53 a 55; Isaías cap. 14 v. 23; Ezequiel cap. 26 vs. 3 e 4; 7 a 12; Ezequiel cap. 28 v. 19; Ezequiel cap. 29 v.s 9 a 12; Ezequiel cap. 29 v. 15; Ezequiel cap. 30 vs. 4 a 16; 22 a 26; Miqueias cap. 7 v. 13; Sofonias cap. 1, vs. 2 e 3, 18, entre outras.
 Já em  Ezequiel cap.36,v.7, vemos que o próprio Senhor fazendo juramentos: “Por isso, eis o que diz o Senhor Javé: Eu o juro. As nações que vos rodeiam terão elas que sofrer ignomínia, enquanto vos montes de Israel, vos lançareis os vossos ramos e trareis vosso fruto para o meu povo de Israel,  porque sua volta está próxima. “ Quando o próprio Jesus que falava por Deus na Terra ensina em Mateus cap.5, vs .33 a 37, :”Ouvistes ainda o que foi dito aos antigos: Não juraras falso, mas cumprirás para com Senhor os teus juramentos. Eu  porém, vos digo: Não  jureis  de  modo  algum: nem pelo céu , porque é o trono de DEUS  nem pela terra, porque é escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei. Nem jurarás pela tua cabeça,  porque não podes fazer um cabelo branco ou negro. Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não”. Este ensinamento é confirmado em Tiago cap.5, v.12, que diz: “Antes de mais nada, meus irmãos, abstende-vos de jurar. Não jureis nem pelo o céu nem pela terra, nem empregues qualquer outra fórmula de juramento. Que vosso sim, seja sim: que vosso não, seja não. Assim não caireis ao golpe do julgamento.”
                Encontramos também muitas contradições no Novo Testamento Mateus, Marcos e Lucas, escrevem que Jesus pregou sua doutrina, durante um ano só, e João escreve que ele levou três anos a pregá-la. Uma contradição bem significativa, para atribuirmos a uma falta de memória, ao entendermos o antagonismo dois apóstolos Mateus e João, que conviveram diretamente com Jesus, pois  Marcos e Lucas eram discíplulos de outros apóstolos. Desta forma, identificar uma divergência entre os dois é até admissível. Sobre a lenda da “virgem Maria”, Mateus cap. 2, v1,escreve que José habitava em Belém, e só foi por um acaso que ele foi para Nazaré na sua volta do Egito. E o apóstolo Lucas cap 1, vs 26 e 27, escreve que José habitava em Nazaré e para lá voltou depois de ter ido ao templo fazer a apresentação do menino. Mateus desconhece totalmente a visita dos pastores, diz que os Magos chegaram logo após a partida de José para o deserto é que eles se retiraram. Lucas que desconhece ou não menciona a história dos Magos, escreve que são os pastores que chegaram logo após a nascimento de Jesus, e diz que José esperou 40 dias em Belém antes de apresentar seu filho ao templo, de onde se retirou logo, não para o Egito, mas para Nazaré onde permaneceu. A considerar Lucas não ouve a famosa fuga para o Egito, e muito menos aviso de anjo algum nesse sentido. Em Mateus, José tem pai Jacob, com 28 gerações desde David. Em Lucas é Heli, o pai, com 40 gerações desde David. Nas duas genealogias unicamente dois nomes é que conferem Zoroboel e Salathiel, somente. A se admitir  o espaço de tempo implícito em cada um dos três grupos é grande demais para conter apenas catorze gerações, de vez que transcorreram 750 anos de Abraão a Davi,  400  de  Davi ao exílio da Babilônia e cerca de 600 daí até o nascimento de Jesus. Tomando-se 30 anos para cada geração,  chegamos a apenas 420 anos, ou seja, um total de 1260 anos para as 42 gerações, quando em realidade, passaram-se cerca de 1750 anos ( 750 +  400  +  600 = 1750 ). Marcos cap.1, v 39, escreve que Jesus ensinou em toda a Galiléia , já Lucas cap. 4, v 40, escreve que Jesus ensinou na Judéa. Lucas  cap.28, v 35, escreve que Jesus curou um cego e Mateus, cap.20, v 29, escreve que foram dois. Marcos diz que muitos foram curados, o que significa que nem todos o foram; mas, Mateus diz que ele curou toda doença e toda enfermidade. Mateus cap. 27, v 32; Marcos  CAP.15,v 21; Lucas  cap.23, v 26; concordam em suas narrativas que foi Simão, o Cirineu, quem levou a cruz ao Calvário e não Jesus que a deixou cair logo; mas. João cap.19, v 17; escreve que foi Jesus quem a levou ao ombro, sem nada mas explicar. João diz que Jesus morreu no dia 14 de Nisan, Lucas, Mateus e Marcos, escrevem que foi no dia 16. Mateus cap. 18, v 15; escreve “... repreender seu irmão sem testemunha”, Paulo, Timóteo cap. 1, v 5 a 20, escreve: “....manda repreender perante a todos”.Marcos 15, v 32, escreve que foram dois ladrões crucificados ao lado de Jesus, e que ambos o insultaram. Lucas  cap. 28,  vs 39 a 42, descreve que foi só um que o insultou. Os outros evangelistas nada comentam. Marcos cap 5, v 2 e Lucas cap. 8, v 27, escrevem que surgiu um homem endemoninhado. Mateus  cap. 8, v 38, escreve que foram dois. João cap 10 vs 16,30, escreve; “....que Jesus sabe tudo”. Marcos cap.13, vs  30 e 31, escreve “....ninguém sabe quando a de ser, nem os anjos, nem o Filho, mas só o pai.”                João cap. 5, v. 31, escreve: “...se eu dou testemunho de mim mesmo, não é verdadeiro meu testemunho.” O próprio João cap. 8, v 14, escreve “...ainda que eu mesmo sou o que dou testemunho de mim, meu testemunho verdadeiro.”  Mateus e Paulo escrevem: “... Deus prepara as tentações”, Thiago cap 1,v 13, vemos: “...Deus não tenta ninguém.” Paulo em Romanos cap 13, v 1, escreve ”...as autoridades são todas de Deus, já Pedro cap.13, v 1, escreve “....as autoridades são todas dos homens. Lucas cap 1, v 70, escreve: “Zacarias profetizou dizendo:”Como falou pela boca de seus santos profetas desde o princípio do mundo”, Em Atos dos Apóstolos cap 3, v 21, Pedro arroga para si esta frase. Lucas cap.1, v 1, diz que relata o curso dos acontecimentos, e, pouco depois, no versículo 65, escreve que colheu tudo da tradição na montanha da Judéa.
O nome de Jesus, era para ser Emmanuel, conforme a profecia de Isaías, cap. 7. v.14 e cap.8, v.8, e este fato foi confirmado por Mateus cap.1, v 23, contrariado por Lucas cap I, v  31 que o substituiu pelo nome de Jesus. Marcos cap.16, v 7, narra que Jesus apareceu após a morte na Galiléia; mas Lucas cap.29, v 36, escreve que foi em Jerusalém. João cap.20, v 14,escreve que foi a Madalena. Marcos cap.16, v 9, narra que ele apareceu sob outra forma. Na hora do desenlace Mateus cap.27, v 46 , escreve: “Próximo a hora nona, Jesus exclamou em voz forte: Eli, Eli, lamma sabactáni?” - o que quer dizer: “ Meu Deus,  Meu Deus,  porque que me abandonastes? ”, Marcos cap. 15, v 34, escreve: “E na hora nona Jesus bradou em alta voz: Elói, Elói, lamma sabactáni? “que quer dizer: Meu Deus, Meu Deus por que me abandonastes?”, Lucas cap 23, v 46, escreve: “ Jesus então deu um grande brado e disse: “Pai, nas suas mãos eu entrego o meu espírito”. E dizendo isto, expirou.”, João cap. 19, v 30, escreve: “Havendo Jesus tomado o vinagre disse: “Tudo está consumado.” Inclinou a cabeça e rendeu o espírito.
                Segundo alguns especialistas, a  correta tradução desta frase é: “Meu Deus, Meu Deus,quanto que me glorificais!” . Entende que essa tradução foi articulada propositadamente, apesar se ser um contracenso e uma imensa contradição vinda de Jesus. No momento crucial de seu desencarne Jesus alega que Deus o teria abandonado. Ninguém  utilizando o raciocínio lógico há de aceitar esse tipo de adulteração das escrituras, justamente para remeter o leitor ao Salmo cap.12,v2. Sempre as discordâncias entre os evangelistas, agora após sua morte a quem ele se manifesta?na chamada ressureição. Em Marcos cap.  16, vs .14 ,19, escreve que  por fim apareceu aos onze, Lucas  cap.14, vs. 50 e 51, escreve: “Depois os levou para Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao céu.”e isso se deu no terceiro dia. Agora em Atos dos Apóstolos  cap.1, v 3, vemos que Jesus ainda permaneceu com eles durante 40 dias.
No Novo Testamento intercalaram-se muitos episódios para que se cumprissem as profecias do Velho Testamento. Diz o Evangelho de João que Jesus foi o Verbo; seria patente a intervenção, visto que a palavra grega logos, o verbo, era desconhecida do judeus. Lucas refere-se que Cirinêus governa a Síria quando Jesus nasceu; ora, o governador da Síria, ao nascimento do Cristo, era Varo.Nas Bodas de Caná, o Cristo renega sua mãe quando exclama  ” Que há, mulher entre mim e ti?”.Contribuindo para que dois mil porcos se afogassem, numa terra, aliás, em que era proibido comer carne de porco, Jesus teria arruinado muita gente. Expulsando a chicote os vendilhões do templo, não só comete a violência, como uma iniquidade, visto que os comerciantes, naquela época, tinham licença para o seu comércio, pagavam impostos e, provavelmente, estavam ali tão inocentes e descansados, como barraqueiros nas festas de Igreja.
                Essas  expressões segundo  Lucas,  proferidas por Jesus, na realidade são expressões  inspiradas em Isaías e Habaduc. Aonde, encontramos supostas palavras saídas da boca de Jesus, que na realidade são ensinamentos contidos em forma de alegoria entendidos como maldições. Da mesma maneira que existem ensinamentos bem explícitos com relação a lei do amor e da caridade como: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos difamam. A quem te ferir numa face, oferece a outra, a quem te arrebatar a capa, não recuses a túnica.  Dá a quem te pedir, e não reclames de quem tomar o que é teu. Como quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Se amais os que vos amam, que graça alcançais? Pois até mesmo os pecadores amam aqueles que os amam.
                De qualquer forma, o amor a Deus e ao próximo são os atributos  básicos e elementares  da doutrina de Jesus. A sua vida de pregação consistia em ensinar e demonstrar, no exercício de sua compaixão e caridade, e do exemplo que culminou com o inenarrável  sacrifício  do Gólgota. Ensinamentos que estão contidos nas Escrituras que estão em consonância com a lei do amor e do perdão são perfeitamente aceitáveis,  ainda que alguns eventualmente, possam não ser originários diretamente dele, ou expressos com as exatas palavras de que ele se utilizou. O que estiver em desacordo ou dissonância com isso deve ser considerado suspeito ou francamente rejeitado. Então atribuir a Deus questões que o próprio Criador adverte através dos Dez Mandamentos seria ilógico. Deus não se contradiz! Então atribuímos aos homens e aos Espíritos dos homens certas questões que por desconhecimento das verdades espirituais e do constante intercâmbio com o mundo espiritual, atribuíam a Deus, comunicações e intuições sem passá-las  pelo crivo da razão.
                Evidenciamos algumas passagens das muitas existentes na Bíblia nas quais se observa contradições. É bem verdade que se existem contradições elas não vem de Deus e sim dos homens como já observamos. Saibamos portanto separar o joio do trigo na própria Bíblia, examinando tudo e retendo o que é bom como bem nos ensinou o apóstolo Paulo, acrescentando porém que as contradições Bíblicas de nenhuma forma tiram a credibilidade de muitos fatos ocorridos,  dos fenômenos e sobretudo dos ensinamentos do Divino Mestre, que é a bússola que norteia os nossos caminhos no orbe terrestre.

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