terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Influência do Paganismo no Catolicismo


AS INFLUÊNCIAS DO PAGANISMO NO CATOLICISMO


            A partir de morte de Constantino, que aliás é o marco do próprio catolicismo, seus filhos continuaram a luta contra o paganismo, embora não tivessem a mesma força de sua avô e de seu pai, e em razão disso não lograram o êxito que almejavam. Julião, imperador de Roma entre 361 e 363, sobrinho de Constantino foi educado na religião cristã, mas acabou por renegá-la perseguindo os cristãos e tentando reviver o paganismo. Ferido mortalmente numa campanha contra os Persas, morreu pacificamente conversando com seus amigos sobre a imortalidade da alma. Assim é que o imperador Graciano(375-383), retomou a ofensiva contra o paganismo, até que o imperador Teodósio I, o Grande(379 a 395), submetendo-se a penitência imposta por “Santo” Ambrósio, por ocasião da matança dos rebeldes de Tessalonica, tornou o Cristianismo através do Catolicismo, a religião oficial  completando a obra iniciada por Helena e Constantino. O Catolicismo através de inúmeras conveniências começava a desfigurar o Cristianismo dos primeiros séculos, a reunião simples que outrora era realizada na catacumbas revivendo ao ensinamentos do Cristo, recebe o nome de missa que na realidade relembrava a antiga ceia dos mistérios mitológicos, e das posteriores cerimônias maçons transformadas e adaptadas numa encenação do Cristianismo. A vela é um ritual originariamente pagão dedicado exclusivamente aos deuses ancestrais; a vela acendida está fazendo renascer o ritual do solstícios, mantendo  vivo o deus sol. Os banquetes do solstício a exemplo das comemorações do natal 24/25, começavam sempre a meia-noite.



As procissões sagradas dos santos derivavam de adaptações egípcias do Culto a Osiris, esquartejado e depois ressuscitado, como também através delas revivia-se as procissões romanas dos deuses lares, dos manes antepassados das grandes famílias que eram cultuados pelos descendentes. A origem do terço remonta aos anacoretas orientais, que usavam pedrinhas para contar suas orações vocais. A extrema-unção rememorava-se das unções piedosas dos cadáveres com óleos rituais, praticada no Antigo Egito. O latim, língua do Império dos Césares, por parte dos padres mantinha o prestígio dos ritos e dos sacerdotes, pois a linguagem misteriosa, que ninguém mais compreendia, resguardava o poder secreto de um mundo invisível. As vestes sacerdotais, pesadas e solenes, em parte foram herdadas de cultos orientais, assim como a batina negra dos padres católicos romanos é a roupagem dos sacerdotes de Mithra, assim chamada por ser a cor dos corvos. A vestimenta de linho branco é a mesma dos sacerdotes de Isis; A casula dos padres cristãos é cópia da vestimenta que usavam os sacerdotes fenícios, vestimenta chamada calársis, como diz Blavatsky, que, presa ao pescoço, descia aos pés. A coroa recortada de couro cabeludo dos padres, representava o disco solar das religiões pagãs, que com essa simbolismo guardava o poder das clareiras abertas no mistérios das florestas profundas e escuras cultuadas pelos sacerdotes druidas. A auréola dos santos foi usada pelos artistas antediluvianos da Babilônia toda a vez que desejavam honrar ou decifrar a cabeça de um mortal. Esse costume é tão antigo que Krishna e sua mãe, Devanaguy encontram-se representados por uma auréola, muito antes do catolicismo existir. O culto exterior tornou-se uma marca registrada na economia da Igreja Católica, multiplicavam-se os sacramentos: o batismo, o crisma para confirmar o batismo, o matrimônio religioso, as benções, os santos e os milagres.Todas as formas de culto romano são uma Herança do passado. Suas cerimônias, seus vasos de ouro e prata, os cânticos, a água lustral, são legados do Paganismo. Pois os antigos pagãos usavam a água santa, ou lustral , para purificar suas cidades, seus campos seus templos e os homens Os deuses do passado e semideueuses, titas, deusas, sílfides, cíclopes, mensageiros dos deuses, foram rebatizados pelo cristianismo com os nomes de anjos, arcanjos, serafins, querubins, potestades, virtudes e tronos. Assim como os sacerdotes pagãos chamavam-se druidas, flamens, hierofontes, dionísios ou sacrificadores foram rebatizados com os sagrados títulos de clérigos, pastores, prelados, papas, ungidos, abades e teólogos. O Rei Sacerdote da Babilônia possuía sinete que trazia no dedo, um anel de ouro. Suas sandálias eram beijadas pelos ponteados submissos a seu domínio; um manto branco, uma tiara de ouro com pequenas faixas. Os papas possuem o anel de ouro, as sandálias para o mesmo uso, um manto branco bordado de estrelas de ouro, a tiara com pequenas faixas cobertas de pedras preciosas. A abóbada das catedrais das igrejas gregas e romanas são muitas vezes adornadas de azul e salpicadas de estrelas douradas, para representar o firmamento. Semelhante quadro observamos nos templos egípcios onde o Sol e as estrelas eram adorados e referenciados. Do Bramanismo tomaram o altar, o fogo sagrado que nele arde, o pão e o licor consagrados à Divindade. Do Budismo copiaram o celibato dos padres e a hierarquia sacerdotal assim como parte de suas vestes. O culto cristão ligou-se aos cultos agrários e pastoris, revelando suas raízes na alegoria do Cordeiro rememorando os sacrifícios de animais exercido pelos judeus, tão comum no Templo de Jerusalém. Jesus seria o cordeiro ritual, que o próprio Deus enviara à Terra para se sacrificado em seu louvor, a fim de que o sangue do sacrifício lavasse os pecados da humanidade. O ato exterior do Batismo do essênio João Batista, foi transformado no culto cristão num processo mágico de purificação espiritual, destinado a lavar a mancha do pecado original, cometido não só pelas figuras lendárias de Adão e Eva, mas pelo ato da concepção. Os cultos matrimoniais são elementos absorvidos das práticas do paganismo ancestral, das homenagens prestadas às deusas Diana, Ceres, Afrodite, dentre outras, tanto na Grécia quanto em Roma, dessas práticas é que surgiram os trajes pomposos, ricos, luzentes e complexos, sem que alguma coisa tenham a ver com a humilde Maria, Mãe de Jesus, como se costuma apregoar. Roma na realidade adaptava os seus velhos hábitos e costumes a nova crença, na realidade fazia uma associação com as suas divindades pagãs.
                        A ressurreição de toda a natureza na primavera, a germinação das sementes que estiveram mortas e repousaram durante o inverno e que a alegoria representava como elas estivessem aprisionadas no mundo inferior Hades, motivaram a idéia na antigüidade de renascimento. Esse pensamento em Roma assumiu tal importância, por uma razão óbvia: colocar Jesus no nível de Tammuz, Adônis, Attis, Osiris e todos os outros deuses que, morrendo e revivendo, povoaram o mundo e a consciência de seu tempo. Pela mesma razão, foi promulgada a doutrina do  nascimento virgem e o festival da Páscoa, onde se celebrava a  morte e ressurreição, elaborado para coincidir justamente com os rituais da primavera de outros cultos e escolas de mistérios contemporâneos. O próprio Jesus não fugiu a isso, sendo associado ao deus sol. Os humildes seguidores de Jesus foram substituídos pelos deuses greco-romanos, e chamados de santos ao longo dos tempos, ocupando um lugar de destaque nas Igrejas, assim mesmo como eram os chamados templos pagãos. O culto interior apregoado por Jesus, asseverando que o reino de Deus está dentro de nós, transforma-se puramente em exterioridade sob o teto das imensas e luxuosas catedrais do Olimpo cristão. O quadro do juízo após a morte do cristão,  foi uma fiel adaptação do papiro de Hunefer, escrito aproximadamente 1350 a. C. um procedimento descrito no “Livro dos Mortos”  egípcio, onde Anúbis conduz o defunto Hunefer a sala do Juízo onde encontra a grande balança. Num dos pratos da balança é colocado o seu coração e, no outro, a pena da verdade da deusa Maat. Sob o fiel, encontra-se Amemet, o devorador de almas, um monstro que come o coração dos injustos. Thot, o de cabeça de íbis, registra o veredicto. A direita Hórus conduz Hunefer, que passou imune no julgamento, perante a Osíris, soberano do mundo dos mortos. Comparando essa descrição observamos a mesma coisa na pintura do séc. XII na Espanha em Siriguerola. No altar,  São Miguel, em frente as portas do céu está a discutir com o diabo sobre quem deve levar uma determinada alma que se encontra a espera do veredicto. Em cada um dos pratos da balança são postas as boas e más ações do cristão, enquanto o diabo e seus asseclas tentam aumentar o peso do lado das más. Um anjo entrega a alma julgada a são Pedro.  É ainda na tradição egípcia que o “diabo” começa a ser formar através de Set,  um deus Sol, ou do Céu, um dos doze deuses e deusas do panteon egípcio e irmão do principal deus Osíris, a quem ela assassinou e esquartejou. Por esse motivo Set, representa na mitologia popular do antigo Egito uma força maligna e destruidora. Os hebreus incluíram Set em sua mitologia, deram-lhe uma linhagem adâmica e o identificaram com os anjos rebeldes decaídos, cuja mitologia foi completamente incorporada pelo Catolicismo.
                        Notadamente  a partir do IV século, é que surgiram as primeiras reformas radicais no Catolicismo, o culto os santos instituído por Basílio de Cesaréia e Gregório Nazianzeno, na Idade Média (476 a 1453), a Igreja Católica, incrementou o seu poder acentuando a supremacia e a perseguição implacável aos demais credos principalmente através das terríveis cruzadas, suprimindo a idéia da reencarnação que fazia parte dos preceitos da igreja primitiva. Vários templos considerados pagãos foram totalmente destruídos desde a Grécia ao Egito, por conta do fanatismo católico. Emmanuel em seu livro “Emmanuel”,psicografia de Francisco Cândido Xavier, Ed. Feb., págs. 29, 30 e 31 nos esclarece com mais detalhes a desfiguração do Cristianismo através do Catolicismo: “A doutrina de Jesus, concentrando-se à força na cidade dos césares, aí permaneceu como encerrada pelo poder humano e, passando por consecutivas reformas, perdeu a simplicidade encantadora das suas origens, transformando-se num edifício de pomposas exterioridade. Após a instituição do culto aos santos, surgiram imediatamente os primeiros ensaios de altares e paramentos para as cerimônias eclesiásticas, medias aventadas pelos pagãos convertidos, os quais, constantemente, foram adaptando a Igreja a todos os sistemas religiosos do passado.(...) A história do papado é a do desvirtuamento dos princípios do cristianismo, porque, pouco a pouco, o Evangelho quase desapareceu sob as suas despóticas inovações. Criaram os pontífices o latim nos rituais, o culto das imagens, a canonização, a confissão auricular, a adoração da hóstia, o celibato sacerdotal e, atualmente, noventa por cento das instituições são de origem humaníssima, fora de quaisquer características divina. O Vaticano, porém, não soube, se não produzir obras de caráter exclusivamente material, tornando-se potência de poder e autoridade temporal. Afogou-se na vaidade, obtendo o que procurava, porquanto tem o seu império na Terra, que ainda não é o reino de Jesus. O seu fastígio, as suas suntuosas basílicas, as suas pomposas solenidades recordam o politeísmo e as dissipações da sociedade romana e, quando o sumo pontífice aparece em vossos dias na sédia gestatória, é o retrato dos cônsules do antigo senado quando saíam a público precedidos de litores. O símile é perfeito”.
Conceitos como o céu, o inferno, purgatório, juízo final, a eternidade das penas, a ressurreição da carne, o diabo, o papado e sua  infabilidade, o celibato, a virgindade e ascensão de Maria, os santos, o pecado original, dentre outros, foram disseminados e impostos ao povo, através de inúmeros concílios ao longo dos séculos que visavam única e exclusivamente manipular as massas e assegurar a unidade da Igreja e do Estado.


A MITOLOGIA CATÓLICA


SANTO
ATRIBUIÇÃO/PROTEÇÃO
SANTA ÁGUEDA
SEIOS E MAMAS
SANTA ANA
GRAVIDEZ
SANTA APOLÔNIA
DENTISTAS
SANTA BÁRBARA
RAIOS E TEMPESTADES
SANTA CATARINA
ESTUDANTES
SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA
BIBLIOTECARIOS
SANTA DOROTÉIA
FLORISTAS
SANTA EDWIGES
DÍVIDAS E FALÊNCIAS
SANTA EFIGÊNIA
CASA PROTEGIDA
SANTA GÊNOVEVA
CATÁSTOFRES
SANTA ISABEL DE PORTUGAL
GUERRAS
SANTA JOANA D’ARC
SOLDADOS
SANTA MARGARIDA
RINS E PARTO DIFÍCIL
SANTA MARIA DE MADALENA
PROSTITUTAS/PERFUMISTAS
SANTA RITA DE CÁSIA
CASOS DESESPERADOS/INFERTILIDADE
SÃO AGRÍCOLA DE AVIGNON
AZAR E MÁ SORTE
SÃO ALBERTO MAGNO
CIENTISTAS
SÃO ANTÃO
ANIMAIS DOMÉSTICOS
SÃO ANTÔNIO DE PÁDUA
COISAS PERDIDAS
SÃO BENEDITO
NEGROS
SÃO BENTO DE NÚRSIA
ENVENENAMENTO
SÃO BERNADO DE MENTHON
ALPINISTAS
SÃO BEUNO DE GALES
CRIANÇAS DOENTES
SÃO BRÁS
ANIMAIS SELVAGENS/GARGANTA
SÃO BRIACO
DOENÇAS NERVOSAS
SÃO CRISTÓVÃO
ACIDENTES DE VIAGEM
SÃO DÂMASO
ARQUEOLOGISTAS
SÃO EGÍDIO
PÂNICO
SÃO ERASMO
MALES DO VENTRE
SÃO ESTÁQUIO
CAÇADORES/CAUSAS DIFÍCIES
SÃO ESTEVÃO
DORES DE CABEÇA
SÃO FLORIANO
ENCHENTES
SÃO FRANCISCO DE ASSIS
AVES
SÃO GIL
AMAMENTAÇÃO
SÃO IVO
ADVOGADOS E JURISTAS
SÃO IVO DE KERMANTIN
CRIANÇAS ABANDONADAS
SÃO JERÔNIMO
TRADUTORES
SÃO JOÃO EVANGELISTA
TEÓLOGOS
SÃO JOAQUIM E SANTA ANA
AVÓS
SÃO JOSÉ
CARPINTEIROS
SÃO LUCAS
ESCULTORES
SÃO LUCAS APÓSTOLO
ARTESÃOS
SÃO MATEUS APÓSTOLO
BANQUEIROS
SÃO MEDARDO
AGRICULTORES
SÃO MELQUIOR,GASPAR E BALTAZAR
ASTROFÍSICOS
SÃO NICLOLAU DE MIRA
CRIANÇAS
SÃO NOTKAAR BALBULUS
CRIANÇAS SURDO-MUDAS
SÃO PEDRO
CHAVES DA CASA/PESCADORES
SÃO POLICARPO
DORES DE OUVIDO
SÃO TOMÉ
CEGOS
SÃO VALENTIM
AMOR PERDIDO
SÃO VESCELAU
CERVEJEIROS
SÃO VITO
ATORES
SÃO ZENON DE VERONA
BEBÊS

Um comentário:

  1. Santa Joana Darc...que foi queimada pela prṕria igreja católica, tornarm-na santa (hipocrisia!), como se ela, Joana Darc prcisasse da canonização para ser Santa. Faz me rir esses católicos!

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