terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Mediunidade e Fenômenos mediúnicos na Bíblia


OS MÉDIUNS FALANTES

                “Os médiuns audientes, que nada fazem do que transmitir o que ouvem, não são propriamente médiuns falantes,  os quais as mais das vezes, nada ouvem. Com eles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atuam sobre a mão dos médiuns escreventes. Querendo comunicar-se, o Espírito se serve do  órgão  que  acha  mais  maleável: de  um, utiliza-se  da  mão, de  outro  da  palavra, de  um  terceiro da audição. Em geral, o médium falante se exprime sem ter consciência do que diz amiúde coisas inteiramente fora do âmbito de suas idéias habituais, de seus conhecimentos e, até do alcance de sua inteligência. Não é raro verem-se pessoas iletradas e de inteligência vulgar expressar-se, em tais momentos, com verdadeira eloqüência e tratar, com incontestável superioridade, de questões sobre as quais seriam incapazes de emitir, no estado ordinário, uma opinião. Se bem esteja perfeitamente acordado quando exerce a sua lembrança do que disse. Nem sempre, porém, é integral a sua passividade. Alguns há que tem intuição do que dizem, no próprio instante em que proferem as palavras.Estas, no médium falante, são o instrumento de que se serve o Espírito com quem uma pessoa estranha pode entrar em comunicação, do mesmo modo que o pode fazer com o concurso de um médium audiente. Entre o médium falante e o médium audiente, há uma diferença de que este fala voluntariamente para repetir o que houve, ao passo que o outro fala involuntariamente.” (Allan Kardec, Obras Póstumas, item 44, pág. 60 e 61).
               
A Bíblia narra um episódio o qual podemos classificar como um caso típico dessa mediunidade  aonde Balac é impelido a proferir palavras que eram completamente contrárias ao seu modo de pensar.Vejamos: 

NÚMEROS CAP.23,VS.11 e 12
Balac disse a Balaão: “Que me fizeste? Mandei-te chamar para amaldiçoares os meus inimigos; e eis o que abençoas!”__”Porventura __ respondeu o advinho__não devo eu cuidar de só dizer o que o Senhor põe na minha boca?”

NÚMEROS CAP.24,VS. 1 a 3,10
Balaão vendo que era do agrado do Senhor que abençoasse Israel, não foi como antes ao encontro de agouros. Voltou-se para o deserto e, levantando os olhos, viu Israel acampado nas tendas segundo as suas tribos. O Espírito de Deus vê-lo sobre ele, e pronunciou o oráculo seguinte:Balac, encolerizado contra Balaão, bateu as mãos e disse-lhe: “Foi para amaldiçoar os meus inimigos que te chamei, e eis que já pela terceira vez os abençoa.


A  PSICOFONIA

                “Esta  forma  de  mediunidade  se  caracteriza  pela  transmissão,  oral  ou  escrita, da comunicação do Espírito e pode ser parcial ou total, como já dissemos. Há uma corrente de investigadores psiquista que não considera a incorporação como uma faculdade real porque segundo alegam, os médiuns desta classe não revelam possuir força psíquica, especial e definida, que se manifeste por si mesma, produzindo fenômenos; trata-se, ajuntam, de um estado passivo que denota unicamente capacidade sonambúlica por parte do médium.                Mas tais investigadores não têm razão, segundo penso,  porque:

1 ) para ser médium não é necessário possuir “uma força psíquica especial definida” que produza fenômenos; já vimos que a mediunidade é capacidade de percepção de vibrações mais altas e vimos também que todos possuem essa capacidade em maior ou menor grau;

2 ) mesmo aceitando a incorporação como um estado passivo, isso não seria argumento porque o médium de efeitos físicos ( que pertence à classe dos que possuem, segundo muitos admitem, “força psíquica própria”), esse médium, em transe sonambúlico, inteiramente passivo, concorre da mesma forma para produção de fenômenos;  passivo, concorre da mesma forma para produção de fenômenos;

3 ) a incorporação, como vamos ver , nem sempre é uma forma passiva. Por outro lado consideramos a incorporação   uma   das   formas   mais  interessantes  de mediunidade e das mais úteis porque não só nos faculta entendimento direto e pessoal com os Espíritos, como inconscientes, imersos em escuridão mental, bem como os maldosos, realizando assim um ato de verdadeira caridade espiritual e cooperando com os companheiros que dirigem as organizações assistências do Espaço, dedicados a esse trabalho.”(Edgard Armond, Mediunidade, 1º Parte, pág.52).

                “O ato mediúnico é o momento em que o espírito comunicante e o médium se fundem na unidade psico-afetiva da comunicação. O espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais. Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual atingindo o corpo espiritual do médium. A esse toque vibratório, semelhante a um brando choque elétrico, reage o perispírito do médium. Realiza-se a fusão fluídica. Há uma simultânea alteração no psiquismo de ambos. Cada um assimila um pouco do outro. Uma percepção visual desse momento comove o vidente que tem a ventura de captá-la. As irradiações perispirituais projetam sobre o rosto do médium a máscara transparente do espírito. Compreende-se então o sentido profundo da palavra intermúndio. Ali estão, fundidos e ao mesmo tempo distintos, o semblante radioso do espírito e o semblante humano do médium, iluminado pelo suave clarão da realidade espiritual. Essa superposição de planos dá aos videntes a impressão de que o espírito comunicante incorpora no médium.”(Herculano Pires, Mediunidade,pág.37)

                Expressões como o Espírito; “apoderou-se”, “desceu”, “virá sobre ti”, “apossou-se”, “cheio do espírito santo”, “falando com desassombro”, “delírio”, etc., caracteriza este tipo de mediunidade na Bíblia. Vejamos;

JUIZES CAP. 6,V.34
O Espírito do Senhor apoderou-se de Gedeão, o qual, tocando a trombeta, convocou os filhos de Abieser para que o seguissem.




JUIZES  CAP.15,V.14
Chegando a Lequi, os filisteus acolheram-no com gritos de alegria, Apoderou-se, porém, de Sansão o Espírito do Senhor, e as duas cordas que ligavam meus braços tornaram-se como fios de linho queimado, caindo de suas mãos as armaduras.




JUIZES CAP. 11,V.29
O Espírito do Senhor desceu sobre Jefte, e ele, atravessando Galaad e Manasses, passou dali até Masfa de Galaad, donde marchou contra os amonitas.

I SAMUEL CAP.10, VS.6, 7 e 9
O Espírito do Senhor virá também sobre ti, profetizarás com eles e tornaste-ás um outro homem. Quando vires acontecer todos estes sinais, faz o que a circunstância te ditar,  porque Deus estará contigo. Logo que Saul voltou as costas, despedindo-se de Samuel, Deus transformou-lhe o coração.Todos estes sinais se cumpriram no mesmo dia.Chegando a Gabaa, veio-lhe ao encontro um grupo de profetas; o Espírito de Deus apoderou-se de Saul e ele pôs-se a profetizar no meio deles.

I SAMUEL CAP. 16, V.13 e 14
Samuel tomou o corno de óleo e  ungiu-o  no meio de seus irmãos. E  a partir daquele momento o Espirito do Senhor apoderou-se de Davi. Samuel porém, retomou o caminho de Rama.O Espírito do Senhor retirou-se de Saul, e um espírito mau veio sobre ele, enviado pelo Senhor. Os homens de Saul disseram-lhe: “Eis que um mau espírito de Deus veio sobre ti.”




I SAMUEL CAP.19,VS. 9 e 10
O mau espírito do Senhor, porém, veio novamente sobre Saul. Estava ele sentado em sua casa, com a lança na mão; Davi tocava harpa. Saul então, procurando cravá-lo na parede; Davi desviou-se e a lança foi cravar-se na parede. Davi esquivou-se e fugiu naquela mesma noite.

I SAMUEL CAP.19,VS18 a 24
Davi fugiu, pois e foi ocultar-se junto a Samuel, em Rama, e contou-lhe tudo o que Saul lhe fizera. E foram ambos morar em Naiot. Disseram-no a Saul: “Davi está em Naiot,  perto de Rama.” Saul mandou homens para prendê-lo, mas quando viram a comunidade dos profetas em delírio, que tendo Samuel a sua frente, o espírito de Deus veio sobre os enviados de Saul e começaram a profetizar.

II CRÔNICAS CAP.15, VS.1 e 2
O espírito do Senhor se apoderou de Azarias, filho de Oded. Este saiu ao encontro de Asa, e lhe disse: “Escutai-me, Asa, com todo o Judá e Benjamin: O Senhor está convosco assim como vos estais com ele. Se  vos  o  procurais, ele se manifestará a vós, mas se vós o abandonais, ele vos abandonará.

II CRÔNICAS CAP. 18,V.22
O Senhor infundiu,  portanto,  um espirito de mentira na boca de todos os profetas aqui presentes: mas foi a tua perda que decretou o Senhor.”

II CRÔNICAS CAP.24, VS.19 e 20
Enviou-lhes o Senhor, profetas para os converterem a ele; porém, pregaram em vão, e não foram escutados. Então o Espírito de Deus apossou-se de Zacarias, filho do sacerdote Jojada, o qual se apresentou diante do povo: “Eis, disse ele, o que diz o Senhor: Por que transgredis as ordens do Senhor ? Nada conseguireis. Porque abandonastes o Senhor, o Senhor abandonará.

ISAÍAS CAIP.29,V.10
Porque o Senhor espalhou sobre vós um espírito de torpor, fechou vossos olhos e cobriu vossas cabeças.

EZEQUIEL CAP.2,V.2
Enquanto ela falava, entrou o espírito em mim, e me fez ficar de pé; então ouvi aquele que me falava.

EZEQUIEL CAP.3 V.24
Mas o Espírito do Senhor entrou em mim para me por em pé enquanto me falava o Senhor: “Vai encerrar-te em tua casa.”

LUCAS CAP.1,V.67
Zacarias, seu pai , ficou cheio do Espírito Santo e profetizou, nestes termos:

ATOS  DOS APÓSTOLOS  CAP.14, V.3
Não obstante, eles se demoraram ali por muito tempo, falando com desassombro e confiança no Senhor, que dava testemunho à palavra da sua graça pelos milagres e prodígios que ele operava por meio das mãos dos apóstolos.

HEBREUS CAP. 11 V.4
Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício bem superior ao de Caim e mereceu ser chamado de Justo, porque aceitou as suas ofertas. Graças a ela é que apesar da sua morte, ele ainda fala.


A MEDIUNIDADE EXTÁTICA

                “O  êxtase  é  o estado  em que  a  independência da alma, com relação ao corpo, se manifesta de modo mais sensível e se torna, de certa forma, palpável.No sonho e no sonambulismo, o Espírito ainda em giro pelos mundos terrestres. No êxtase, penetra em um mundo desconhecido, e dos Espíritos etéreos, com os quais entra em comunicação, sem todavia, lhe seja lícito ultrapassar certos limites, porque, se os transpusesse, totalmente se partiriam os laços que o prendem ao corpo. Cerca-o então resplendente e desusado fulgor, inebriam-no harmonias que na Terra se desconhecem, indefinível bem-estar o invade: goza antecipadamente da beatitude celeste e bem se pode dizer que pousa em pé no limiar da eternidade.No estado de êxtase, o aniquilamento do corpo é quase completo. Fica-lhe somente, pode-se dizer, a vida orgânica. Sente-se que a alma se lhe acha presa unicamente por um fio, que mais um pequenino esforço quebraria sem remissão.
                Nesse estado, desaparecem todos os pensamentos terrestres, cedendo lugar ao sentimento apurado, que constitui a essência mesma do nosso ser imaterial. Inteiramente entregue a tão sublime contemplação, o extático encara a vida apenas como passagem momentânea. Considera os bens e os males, as alegrias grosseiras e as misérias deste mundo quais incidentes fúteis de uma viagem, cujo termo tem a dita de avisar.Dá-se com os extáticos o que se dá com os sonâmbulos:  mais ou menos perfeita podem ter a lucidez e  o  Espírito mais ou menos apto a conhecer e compreender as coisas, conforme seja mais ou menos elevado.
 Muitas vezes, porém, há neles mais excitação do que verdadeira lucidez, ou, melhor, muitas vezes a exaltação lhes prejudica a lucidez. Daí o serem, freqüentemente suas revelações um misto de verdades e erros, de coisas    grandiosas    e    coisas   absurdas,  até   ridículas.  Dessa   exaltação,  que  é  sempre  uma  causa  de fraqueza,quando o indivíduo não sabe reprimi-la, Espíritos inferiores costumam  aproveitar-se  para dominar o extático, tomando, com tal intuito, aos seus olhos, aparências que mais o aferram às idéias que nutre no estado de vigília. Há nisso um escolho, mas nem todos são assim. Cabe-nos tudo julgar friamente e pesar-lhes as revelações na balança da razão.”(Livro do Espíritos,Parte 2ª,Cap.VIII, Resumo teórico).

Vejamos algumas passagens Bíblicas que evidenciam esta mediunidade:   

ATOS DOS APÓSTOLOS CAP.10,VS. 10 e 11
Então, como sentisse fome, quis comer. Mas enquanto lho preparavam, caiu em êxtase. Viu o céu aberto e descer uma coisa parecida  com uma grande toalha que baixava do céu a terra, segura pelas quatro pontas.




ATOS DOS APÓSTOLOS CAP. 22 VS. 17 a 21  
“Voltei para Jerusalém, e orando no templo,  fui arrebatado em êxtase: E vi Jesus que me dizia: Apressa-te e saiam logo de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho a meu respeito.

APOCALIPSE  CAP.1, V.10
Num  domingo, fui arrebatado em êxtase, e ouvi, por trás de mim, voz forte como trombeta, que dizia: “O que vês, escreve-o num livro e manda-o as sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéa”.


A  XENOGLOSSIA

                O termo “xenoglossia”,  foi inicialmente proposto pelo professor Richet, com intuito de distinguir, de modo preciso, a mediunidade propriamente dita, pela qual os médiuns falam ou escrevem em línguas que eles ignoram totalmente e, às vezes, ignoradas de todos os presentes, dos casos afins, mas radicalmente diversos de “glossolalia”, nos quais os pacientes sonambúlicos falam ou escrevem em pseudo-línguas inexistentes, elaboradas nos recessos de suas subconsciências, pseudo-línguas que não raro se revelam orgânicas, pelo serem conformes às regras gramáticas.
 Do ponto de vista da classificação dos casos, observou Bozzano que os fenômenos de “xenoglossia” se produzem nas seguintes modalidades evidenciando várias características extrínsecas: com ou sem “automatismo falante” (possessão mediúnica); com a “mediunidade audiente” (clariaudiência), caso em que o médium repete foneticamente as palavras que subjetivamente percebe; com o “automatismo escrevente”  (psicografia e tipologia); com a “voz direta”. Neste último caso, trata-se, quase sempre, de mãos materializadas, visíveis ou invisíveis, que escrevem diretamente as suas mensagens. Acrescentando os casos de espíritos materializados ou não que falaram em línguas ignoradas do médium ou até mesmo dialetos já completamente extintos.Procuramos  relacionar na Bíblia fatos similares que venham corroborar a existência do fenômeno, porquanto o que as igrejas Católica e Protestante entendem como a vinda do “Espírito Santo", nada mais é do que o fenômeno estudado e classificado como mediunidade Xenoglóssica.

ATOS  DOS APÓSTOLOS CAP. 2, VS.4 a 9
Achavam-se  então em Jerusalém  judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilha-se de que cada um os ouvia falar em sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: “Não são porventura galileus todos estes que falam?  Como então  todos  nós  os  ouvimos falar, cada  um em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas, os que habitam a Mesopotâmia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto. Ásia, a Frígida, a Panfília, o Egito, e as províncias da Líbia próximas a Cirene, peregrinos romanos, judeus ou prosélitos, cretenenses e árabes, ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!”.

ATOS  DOS APÓSTOLOS CAP.10, VS. 44 a 46
Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a (santa) palavra. Os féis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram, vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos;  pois eles o ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus.

ATOS  DOS APÓSTOLOS CAP.19,V.6
E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam.


A  PSICOGRAFIA

                “Essa denominação é dada às pessoas que escrevem sob a influência dos Espíritos. Assim como um Espírito pode atuar sobre os órgãos vocais de um médium falante e fazê-lo pronunciar palavras, também pode servir-se da sua mão para fazê-lo escrever. A mediunidade psicográfica apresenta três variedades bem distintas: os médiuns mecânicos, os intuitivos e os semimecânicos.Com o médium mecânico, o Espírito lhe atua diretamente sobre a mão, impulsionando-a . O que caracteriza este gênero de mediunidade é a inconsciência absoluta, por parte do médium, do que sua mão escreve. O movimento desta independe da vontade do escrevente; movimenta-se sem interrupção, a despeito do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa a dizer, e pára desde que este último haja concluído.O médium intuitivo, a transmissão do pensamento serve de intermediário o Espírito do médium. O outro Espírito,  nesse caso,  não atua sobre a mão para movê-la, atua sobre a alma, identificando-se com ela e imprimindo-lhe sua vontade e suas idéias. A alma recebe o pensamento do Espírito comunicante e o transcreve. Nesta situação, o médium escreve, embora não grafe seus próprios pensamentos.Torna-se freqüentemente difícil distinguir o pensamento do médium do que lhe é sugerido, o que leva muitos médiuns deste gênero a duvidar da sua faculdade. Podem reconhecer-se os pensamentos sugeridos pelo fato de não serem nunca preconcebido; eles surgem à proporção que o médium vai escrevendo e não raro são opostos idéia que este previamente concebera. Podem mesmo estar fora dos conhecimentos e da capacidade do médium; por intuição, pode este último tratar de um assunto que lhe seja completamente estranho. A inspiração se estende por um campo mais vasto e geralmente vem do auxílio das capacidades e das preocupações do Espírito encarnado. Os traços da mediunidade são, de regra, menos evidentes.O médium semimecânico, ou semi-intuitivo participa dos outros dois gêneros. No médium puramente mecânico,  o  movimento da mão independe da sua vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semimecânico sente na mão uma impulsão, dada mau grado seu, mas ao mesmo tempo tem consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam. Com o primeiro, o pensamento vem depois do ato de escrever; com o segundo, precede-o; com o terceiro, acompanha-o.Sendo o médium mais do que um instrumento que recebe e transmite o pensamento de um Espírito estranho, que obedece à impulsão mecânica que lhe é dada, nada há que ele não possa fazer fora do campo de seus conhecimentos, se possui a maleabilidade e a aptidão medicina necessárias. Assim é que há médiuns desenhistas, pintores, músicos, versejadores, embora estranhos às artes do desenho, da pintura, da música e da poesia; médiuns iletrados, que escrevem sem ler, nem saber ler, nem escrever; médiuns polígrafos, que reproduzem escritas de diversos gêneros e, algumas vezes, com perfeita exatidão, a que o Espírito tinha quando encarnado; médiuns poliglotas, que escrevem ou falam em línguas que lhes são desconhecidas, etc.”(Obras Póstumas,Itens 50 e 51.)





CRÔNICAS, CAP. 28,VS. 11 a 19
Deu Davi a Salomão, seu filho, a planta do pórtico com as suas casas, as suas tesourarias, os seus cenáculos e as suas câmaras interiores, como também da câmara do propiciatório; também a planta de tudo quanto tinha em mente com referência aos, átrios da casa do Senhor(e os detalhes de todos os utensílios sacros)...Tudo isto, disse Davi, me foi dado por escrito por mandado do Senhor, a saber, todas as obras desta planta.

ISAÍAS, CAP.8, V.1
E o Senhor disse-me: “Toma uma grande placa e escreve nela em caracteres legíveis: Maer-chala-hach-baz.

JEREMIAS  CAP.36, VS 1 e 2, 27 ,28,32
No quarto ano de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, foi dirigida a palavra do Senhor a Jeremias nestes termos: “Toma um rolo de um livro e nele escreverás todos os oráculos que ditei a propósito de Israel, de Judá e as nações pagãs, desde que te comecei a falar, no tempo de Cosias, até o presente.Depois que o rei queimou o rolo que continha os oráculos escritos por Baru e que Jeremias lhe ditara, foi a palavra do Senhor dirigida ao profeta, foi a palavra do Senhor dirigida ao profeta, nestes termos: “Toma outro rolo, e nele escreverás todos oráculos contidos no primeiro, que foi queimado por Joaquim, rei de Judá.Tomou Jeremias outro rolo e o entregou a Baruc, filho de Néria, seu secretário, o qual nele escreveu, sob o ditado do profeta, todos os oráculos contidos no rolo atirado ao fogo por Joaquim, rei de Judá. E vários outros oráculos lhes foram acrescentados.

HABADUCK CAP.2,V. 2 a 4
E o Senhor respondeu-me assim:“Escreve esta visão,  grava-a em tabuinhas, para que ela possa ser lida facilmente; porque há ainda uma visão para o termo fixado, ela se aproxima rapidamente de seu termo e não falhará. Mas se tardar, espera-a, Eis que sucumbe o que não tem alma íntegra, mas o justo vive por sua felicidade.

                Os Dez Mandamentos, poderiam ser também classificados em nossos estudos como psicografia.


A  MEDIUNIDADE  PRECOGNITIVA

Neste tipo de mediunidade o indivíduo consegue prever fatos futuros, seja através de sonhos ou em estado de vigília.

                “Pode o futuro ser revelado ao homem ?
                “Em princípio, o futuro lhe é oculto e só em casos raros e excepcionais permite Deus que seja revelado.”(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Part.3º,Cap. X, Questão 868). 

                “Os fenômenos premonitórios atestam a possibilidade da presciência com relação ao futuro?
                __Os Espíritos de nossa esfera não podem devassar o futuro, considerando essa atividade uma característica dos atributos do Criador Supremo, que é Deus. Temos de considerar, todavia que as existências humanas estão subordinadas a um mapa de provas gerais, onde a personalidade deve movimentar-se com o seu esforço para a iluminação do porvir, e, dentro desse roteiro, os mentores espirituais mais elevados podem organizar os fatos premonitórios, quando convenham à demonstração de que o homem não se resume a um conglomerado de elementos químicos, de conformidade com a definição do materialismo dissolvente.( Emmanuel, O Consolador, Questão 144).

                “Como é possível o conhecimento do futuro?
Compreende-se a possibilidade da previsão dos acontecimentos que devam resultar do estado presente; porém, não a dos que nenhuma relação guardem com esse estado, nem ainda menos, a dos que são comumente atribuídos ao acaso. Não existem as coisas futuras, dizem; elas ainda se encontram no nada; como pois, se há de saber que se darão? São, no entanto, em grande número os casos de predições realizadas, donde forçosa se torna a conclusão de que ocorre aí um fenômeno para cuja causa que vamos tentar  descobrir  e  é  ainda  o  Espiritismo, já de si mesmo chave de tantos mistérios, que no-la fornecerá,
mostrando-nos, ao demais, que o próprio fato das predições não se produz com exclusão das leis naturais.
                Tomemos, para comparação, um exemplo nas coisas usuais. Ele nos ajudará a compreender o princípio que teremos de desenvolver.
                __Suponhamos um homem colocado no cume de uma alta montanha., a observar a vasta extensão da planície em derredor. Nessa situação, o espaço de uma légua pouca coisa será para ele, que poderá facilmente apanhar, de um golpe de vista, todos os acidentes do terreno, de um extremo a outro da estrada que lhe esteja diante dos olhos. O viajor, que pela primeira vez percorra essa estrada, sabe que, caminhando, chegará ao fim dela.Constitui isso uma simples previsão da conseqüência que terá a sua marcha. Entretanto, os acidentes do terreno, as subidas e descidas, os cursos d’água que terá de transpor, os bosques que haja de atravessar, os precipícios em que poderá cair, as casas hospitaleiras onde lhe será possível repousar, os ladrões que o espreitem para roubá-lo, tudo isso independe da sua pessoa; é para ele o desconhecido, o futuro, porque a sua vista não vai além da pequena área que o cerca. Quanto a duração, mede-a pelo tempo que gasta em perlustar o caminho. Tirai-lhe os pontos de referência e a duração desaparecerá. Para o homem que está em cima da montanha e que o acompanha com o olhar, tudo está presente. Suponhamos que esse homem desce do seu ponto de observação e, indo ao encontro do viajante, lhe diz: “Em tal momento, encontrarás tal coisa, serás atacado e socorrido”. Estará predizendo o futuro, mas futuro para o viajante, não para ele, autor da previsão, pois que, para ele, esse futuro é presente.(Allan Kardec, A Gênese, Cap. XVI, págs.357 e 358).

                “Muitas vezes pessoas dotadas da faculdade de prever, seja no estado de êxtase, seja no de sonambulismo, vêem os acontecimentos como que desenhados num quadro, o que também poderia explicar pela  fotografia  do  pensamento.  Atravessando  o  pensamento, o  espaço como  os sons atravessam o ar, um sucesso  que  esteja  no  dos  Espíritos  que trabalham para que ele se dê, ou no dos homens cujos atos devam provocá-lo, pode formar uma imagem para o vidente; mas, como a sua realização pode ser apressada ou retardada por um concurso de circunstâncias, este último fato, sem poder, todavia, determinar o momento em que se dará. Não raro acontece que aquele pensamento não passa de um projeto, de um desejo, que se não concretizem em realidade, donde os freqüentes erros de fato e de data nas previsões.” (Allan Kardec, A Gênese, Cap. XVI, pág.361, Item 7).
               
“A adivinhação propriamente dita é uma visão problemática das coisas futuras, seja por uma introspecção do pensamento dos vivos, que contém em gérmem dos atos do porvir, seja pela influência oculta de espíritos superiores que desenrolam o futuro em imagens vivas ante o olhar do clarividente. Em ambos os casos, são projeções do pensamento na luz astral. Finalmente, o êxtase, define-se como uma visão do mundo espiritual, onde os espíritos bons ou maus aparecem ao vidente sob formas humanas e comunicando-se com ele. Parece realmente que a alma se desentranha do corpo, quase abandonado pela vida e reduzido a uma catalepsia muito vizinha da morte.”(Os Grandes Iniciados;Pitágoras,Édouard Schuré, págs.40e 41).

II REIS CAP. 8 VS. 13 a 15
Eliseu e Hazael“Será o teu servo porventura um cão, disse-lhe Hazael, para fazer estas coisas ?” Eliseu respondeu: “O Senhor mostrou-me numa visão que serás rei da Síria. Deixando Eliseu, voltou Hazael para junto de seu amo, o qual lhe perguntou: “Que te disse Eliseu?”- “Disse-me, respondeu ele, que serás curado.” No dia seguinte, (Hazael) tomou uma cobertura, molhou-a em água e aplicou-a sobre o rosto do rei, e este morreu. E Hazael sucedeu-lhe no trono.

DANIEL CAP.2,V.29
“Senhor os pensamentos que vieram ao teu espírito, enquanto estavas em teu leito, são previsões do futuro: aquele que revela os mistérios mostrou-te o futuro...”

ZACARIAS CAP.1,V.8
Visão dos cavalos: Tive uma visão durante a noite.  Percebi, entre as murtas do fundo do vale, um homem montado num cavalo vermelho, e atrás dele estavam cavalos ruços, alazões e brancos.




ZACARIAS CAP. 11, V.12
Eu disse-lhes: “Dai-me o meu salário, se o julgais bem, ou então retende-o!”Eles pagaram-me apenas trinta moedas de prata pelo meu salário.

                Zacarias aqui faz uma alusão profética a traição de Judas.

MATEUS CAP. 17.V.21 e 22
Enquanto caminhava pela Galiléia , Jesus lhe disse: “O Filho do homem deve ser entregue às mãos dos homens. Matá-lo-ão, mas ao terceiro dia ressucitará.”E eles ficaram profundamente aflitos.

MATEUS CAP. 17, VS. 25 e 26
Jesus replicou: ...”Vai ao mar, lança o anzol, e ao primeiro peixe que pegares, abrirás a boca, e encontrarás um estatere. Toma-o e da-o por min e por ti.”

MATEUS, CP. 21, VS. 1 e 2
Aproximaram-e de Jerusalém perto do Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: “Ide à aldeia que está defronte. Encontrareis logo uma jumenta amarrada com ele seu jumentinho. Desamarrai-os  e trazei-os.




MATEUS CAP.26,VS.2, 20 a 23, 34
“Sabeis que daqui a dois dias será a Páscoa, e o Filho do homem será traído para ser crucificado”.Ao declinar da tarde, pôs-se Jesus à mesa com os doze discípulos. Durante a ceia, disse:”Em verdade vos digo,um de vós me há de trair.”Com profunda aflição cada um começou a perguntar: “Sou eu Senhor? Respondeu ele: “Aquele que pôs comigo a mão no prato esse me trairá...Disse-lhes Jesus: “Em verdade te digo, nesta noite mesma, antes que o galo cante, três vezes me negará.”




JOÃO CAP.21,VS. 5 e 6
Perguntou-lhe Jesus: “Amigos, não tendes alguma coisa para comer? ” “Não ”, reponderam-lhes. Disse-lhes ele: “Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis.”Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes.




ATOS DOS APÓSTOLOS, CAP.11, VS. 27 e 28
Por aqueles dias desceram em Jerusalém a Antióquia. Um deles, chamado Ágabo, levantou-se e deu a entender pelo Espírito que haveria grande fome em toda a terra. Esta, com efeito, veio no reinado de Cláudio.

ATOS  DOS APÓSTOLOS CAP.20, VS.22 e 23
“Agora constrangido pelo Espírito, vou a Jerusalém, ignorando a sorte que ali me espera. Só sei que, de cidade em cidade, o Espírito me assegura que me esperam em Jerusalém cadeias e perseguições.


PSICOMETRIA

                A psicometria permite ao medium ver e ouvir fatos que aconteceram no passado pelo simples toque em seres vivos ou objetos, ou mesmo identificar fatos através de emanações psíquicas do próprio ambiente, descobrindo assim, a história recente ou pregressa, tanto dos seres vivos, como do objetos inanimados, através da captação das energias mentais impregnadas nesses mesmos objetos ou ambientes ao longo dos tempos.

JOSUÉ CAP.24, VS 26 A 28
Josué escreveu tudo isto no livro da lei de Deus, tomou em seguida uma pedra muito grande e erigiu-a ali, debaixo do carvalho que estava no santuário do Senhor e disse ao povo: “Esta pedra servirá de testemunho contra nós porque ela ouviu as palavras que o Senhor nos disse; ela servirá de testemunho contra vós, para que não abandoneis o vosso Deus.


A MEDIUNIDADE PARA INTERPRETAR SONHOS

                Com relação a este tipo de mediunidade os mentores espirituais muitas das vezes fornecem telas mentais ao médium, com as quais dão o significado do sonho quando lhe é permitido. A Bíblia por sua vez, narra bem claramente que José e Daniel possuíam esta faculdade.




GÊNESIS CAP.40,VS. 8 e 9
“Tivemos um sonho, responderam; e não há ninguém para no-los interpretar”. - Porventura, não pertence a Deus, replicou José, a interpretação dos sonhos? Rogo-vos que nos conteis.”

GÊNESIS CAP.44,V.15
José disse-lhes: “Que é isto que fizestes? Não sabeis que sou um homem dotado da faculdade de advinhar?”




JEREMIAS CAP. 23, V.28
Conte o profeta o sonho que tiver! Mas a quem for dado ouvir-me a palavra, que fielmente a reproduza. Que vem fazer a palha com o grão? - oráculo do Senhor.

DANIEL CAP. 1, V. 17
A estes quatro jovens, Deus concedeu talento e saber no domínio das letras e das ciências. Daniel era particularmente entendido na interpretação de visões e sonhos.




Daniel interpreta sonho de Nabucodonosor 




A MEDIUNIDADE PROFÉTICA

Na literatura mais ou menos especializada, o fenômeno paranormal de conhecimento do futuro recebe vários nomes. Preferimos os nomes prognosis ou precognição (gnóis em grego e cognitivo em latim =  conhecimento; pró e pre = antes ) que simplesmente denotam o fato do conhecimento antecipado de um acontecimento futuro.



“É igualmente uma variedade dos médiuns inspirados. Recebem, com a permissão de Deus e com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação das coisas futuras, de interesse geral, que eles recebem o encargo de tornar conhecidas dos homens, para lhes servir de ensinamento.De  certo  modo, o  pressentimento é dado à maioria dos homens, para uso pessoal deles; o dom da profecia, ao contrário, é excepcional e implica a idéia de uma missão na Terra.Todavia, se há verdadeiros profetas, maior é o número de falsos, que tomam os devaneios da sua imaginação como revelações, quando não são velhacos que por ambição se fazem passar como profetas. O profeta verdadeiro é um homem de bem, inspirado por Deus; pode ser reconhecido pelas suas palavras e pelas suas ações. Não é possível que Deus se sirva da boca do mentiroso para ensinar a verdade.(Obras Póstumas, Item 49, págs.63 e 64).
               
“Médiuns proféticos; variedade dos médiuns inspirados ou de pressentimentos; recebem, com a permissão de Deus, e com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação das coisas futuras de um interesse geral, e que estão encarregados de dá-las a conhecer aos homens para sua instrução.Se há verdadeiros profetas, mais ainda os há falsos, e que tomam os sonhos de sua imaginação por revelações, quando não são velhacos que, por ambição, se fazem passar como tais.”(Allan Kardec, Livro dos Médiuns,2º Parte,Cap. XVI, pág.209 e 210).

“ Os Espíritos vêem ou pressentem por indução os acontecimentos futuros; vêem se cumprirem em um tempo que não medem como nós; para precisar-lhes a época, lhes seria preciso se identificar com a nossa maneira de calcular a duração, o que não julgam sempre necessário; daí, com freqüência, uma causa de erros aparentes.”  (Allan Kardec, Livro dos Espíritos, 3º Parte, Cap.I, pág.308).

“Qual o caráter do verdadeiro profeta?”
“O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos.  Impossível é que Deus se sirva da boca do mentiroso para ensinar a verdade” (Allan Kardec, Livro dos Espíritos, 3º Parte, Cap.I, pág.308).

                “A forma geralmente empregada até agora nas predições faz delas verdadeiros enigmas, as mais das vezes indecifráveis. Essa forma, misteriosa e cabalística, de que Nostradamus nos oferece o tipo mais completo, lhe dá certo prestígio perante ao vulgo, que tanto mais valor lhe atribui, quanto mais incompreensíveis se mostrem. Pela sua ambigüidade, elas se prestam a interpretações muito diferentes, de tal sorte que, conforme o sentido que se atribua a certas palavras alegóricas ou convencionais, conforme a maneira por que se efetue um pouco de boa vontade, nelas se encontram quase tudo o que se queira.
                Seja como for, não se pode deixar de convir em que algumas apresentam caráter sério e confundem pela sua veracidade. É provável que a forma velada tenha tido, em certo tempo, sua razão de ser e mesmo sua necessidade.”( Allan Kardec, A Gênese, Cap. XVI, Item 17, pág. 367).

                “É  de notar-se que, entre os antigos , os tremores de terra e o obscurecimento do Sol eram acessórios forçados de todos os acontecimentos e de todos os presságios sinistros. Com eles deparamos, por ocasião da morte de Jesus, da de César e um sem número de outras circunstâncias da história do paganismo. Se tais fenômenos se houvessem produzido tão amiudadas vezes quantas são relatados, fora de ter-se por impossível que os homens não houvessem guardado deles lembrança pela tradição. Aqui, acrescenta-se a queda das estrelas céu, como que a mostrar às gerações futuras, mais esclarecidas, que não há nisso senão uma ficção, pois que agora se sabe que as estrelas não podem cair.   Entretanto, sob essas alegorias, grandes verdades se ocultam. Há, primeiramente, a predição das calamidades  de  todos  gêneros  que  assolarão  e  dizimarão  a Humanidade, calamidades decorrentes de lutas  suprema  entre o  bem  e  o mal, entre a fé e a incredulidade, entre as idéias progressistas e as idéias retrógradas. Há, em segundo lugar, a da difusão, por toda a Terra, do Evangelho restaurado na sua pureza primitiva; depois, a do reinado do bem, que será o da paz e da fraternidade universais, a derivar do código de moral evangélica, posto em prática por todos os povos. Será, verdadeiramente, o reino de Jesus, pois que ele presidirá a sua implantação, passando os homens a viver sob a égide da sua lei. Será o reinado, portanto diz ele __ “depois dos dias de aflição, virão os de alegria”.(Allan Kardec, A Gênese, Cap. XVII, Itens 55 e 56). 

ESTER CAP.11VS.5 a 11
Esta foi sua visão: clamores repentinos, tumultos, trovões , um tremor de terra, o terror por toda a terra. Em seguida,  repentinamente avançaram dois grandes dragões, dispostos para acometer um ao outro. Ao grito que lançaram, as nações se comoveram para combater contra a nação dos justos. Foi um dia de escuridão e trevas: tribulação, angústia, perigo e terror sobre toda a terra. O povo inteiro dos justos cheio de terror, temendo todos os males, julgou-se a ponto de perecer, e clamou a Deus. Enquanto levantavam clamores, eis que uma pequenina fonte toma proporções de um grande rio, uma massa de água. A luz apareceu com o sol; os que estavam na humilhação foram exaltados e devoraram os nobres. Depois de ter visto este sonho e o que Deus queria fazer, Mardoqueu se levantou. Até a noite conservou este sonho gravado no seu espírito, procurando conhecer o seu sentido.

ISAÍAS CAP.13,VS.9 a 13
Eis que virá o dia do Senhor,dia implacável, de furor e cólera ardente,para reduzir a terra a um deserto,e dela exterminar os ecadores.Nem as estrelas do céu, nem suas constelações brilhantes,farão resplandecer sua luz.Punirei o mundo por seus crimes,e os pecadores por suas maldades.Abaterei o orgulho dos arrogantes e  humilharei a pretensão dos tiranos. Tornarei os homens mais raros que o ouro fino,e os mortais mais raros que o metal de Ofir.Verei oscilar os céus,e a terra abalada será sacudida. Pela ira do Senhor dos exércitos,no dia de seu furor ardente.

ISAÍAS CAP.29,V.6
Serás visitada pelo Senhor dos exércitos com forte trovão, tremor de terra e estrondos,tempestade, furacão e chamas de fogo devorador...

ISAÍAS CAP.66,VS.15 e 16
Pois o Senhor virá no meio do fogo com seus carros semelhantes ao furacão,para satisfazer sua cólera num braseiro,e cumprir suas ameaças em chamas ardentes;porque o Senhor fará a justiça de toda a terra pelo fogo e todo o ser vivente pela espada,e muitos cairão sob os golpes do Senhor.

EZEQUIEL CAP.32,VS. 7 a 10
Quando estiveres morto, velarei aos céus, obscurecerei as estrelas,cobrirei o solo de nuvens, e a lua cessará de clarear. u obumbrarei todos os astros do céu por tua causa;sobre a terra estenderei trevas ___ oráculo do Senhor Javé.Mergulharei na dor o coração de inúmeras gentes,enviando seus cativos entre as nações,e as terras que não conheces;farei tremer por causa de ti numerosos povos, cujos reis serão enregelados de horror;quando eu brandir diante deles a minha espada,eles tremerão sem cessar , pela sua própria vida,no dia de sua queda.

EZEQUIEL CAP.38,VS.18 a 23
Naquele dia futuro, o dia em que Gog penetrar o solo de Israel ___ oráculo do Senhor JAVÉ ___ , o furor me subirá ao nariz. Na explosão de meu ciúme e na exasperação de minha raiva, eu o afirmo, naquele dia, eu o juro, haverá terrível abalo na terra de Israel. À minha vista, tremerão de pavor os peixes do mar e os pássaros do céu, os animais dos campos e os répteis que se movem pela terra, assim como todos os homens que vivem na crosta terrestre. As montanhas desmoronar-se-ão, os rochedos cairão e todas as muralhas serão derrubadas por terra. Chamarei contra Gog toda a espécie de terríveis flagelos __ oráculo do  Senhor  JAVÉ. Cada  qual  voltará  a  espada  contra  seu  companheiro. Farei  seu  processo  com a peste mortífera, farei chover sob as hordas que acompanham um aguaceiro, saraivada, fogo e enxofre. É assim que manifestarei a minha glória e a minha santidade, revelando-me aos olhos de inúmeras nações, a fim de que saibam que eu sou o Senhor.”

JOEL CAP.3,VS. 3 a 5
Farei aparecer prodígios no céu e na terra,sangue, fogo e turbilhões de fumo;O sol converter-se-á em trevas e a lua em sangue,ao se aproximar o grandioso e temível dia do Senhor.Mas todo aquele que invocar o nome do Senhor será  poupado,
porque sobre o monte Sião e em Jerusalém,haverá um resto, como o Senhor disse;e entre os sobreviventes estarão os que o Senhor tiver chamado.

JOEL CAP.4, VS.15 e 16
O sol e a lua se obscurecem,as estrelas empalidecem. O Senhor rugirá de Sião e trovejará de Jerusalém;Os céus e a terra serão abalados.Mas o Senhor será o refúgio para seu povo,uma fortaleza para os israelitas.

AMOS CAP.8,VS. 9 a 11
Acontecerá naquele dia __que farei o sol se pôr ao meio-dia,e encherei a terra de trevas em pleno dia.Converterei vossas festas em luto,e vossos cânticos em elegias fúnebres,Porei o saco em volta de todos os rins,e a navalha em todas as cabeças.E farei (a terra) debulhar-se em pranto,como se chora um filho único,e seu porvir será dia de amargura.Virão dias __ oráculo do Senhor Javé,em que enviarei fome sobre a terra,não uma fome de pão, nem sede de água,mas (fome e sede) de ouvir a palavra do Senhor.

ABADIAS CAP.1,VS.14 e 15
Não te ponhas nas encruzilhadas para matar os fugitivos,e não entregue os sobreviventes no dia da tribulação.Porque o dia do Senhor está próximo para todas as nações:como tiveres feito, assim se fará contigo;carregarás sobre a cabeça o peso de seu atos.

SOFONIAS CAP.1,VS. 14 a 18
Ei-lo que se aproxima o grande dia do Senhor,Ele se aproxima rapidamente.Terrível é o ruído que faz o dia do Senhor,o mais forte soltará gritos de amargura nesse dia.Esse dia será um dia de ira,dia de angústia e de aflição,eles andarão como cegos porque pecaram contra o Senhor.Seu sangue será derramado como pó, e suas entranhas como lixo.Nem sua prata, nem seu ouro poderão salvá-los no dia da cólera do Senhor.Toda a terra será devorada pelo fogo de seu zelo, porque ele aniquilará de repente toda a população da terra.

MATEUS CAP.5,V.5
Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra.

MATEUS CAP.24,VS.11 a 14 , 29
Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o processo crescente da iniqüidade, a caridade de muitos esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo. Este Evangelho do reino será pregado pelo mundo inteiro para servir de testemunho a todas as nações, e então chegará o fim. Logo após esses dias de tribulação, o sol escurecerá, a lua não terá claridade, cairão do céu as estrelas e as potências dos céus serão abaladas.

LUCAS CAP.21,VS. 7 a 14 
Então o interrogaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir?” Jesus respondeu: “Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo : Sou eu e: o tempo está próximo. Não sigais após eles. Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis: porque é necessário que isto aconteça primeiro, mas não virá logo o fim.Disse-lhes também: “Levantar-se-á  nação contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terremotos por várias partes,  fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu. Mas, antes de tudo, isto vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos a presença dos reis e governadores,  por causa de mim. Isto vós acontecerá para que sirva de testemunho Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa. 

II PEDRO CAP.3,V.10
Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia, os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra e todas as obras que ela contém.

APOCALIPSE CAP.6,VS.12 a 14
Depois vi o Cordeiro abrir o sexto selo; e sobreveio então um grande terremoto. O sol se escureceu como um tecido de crina, a lua tornou-se toda vermelha como sangue e as estrelas do céu  caíram na terra , como frutos verdes que caem da figueira agitada por forte ventania. O céu desapareceu como um pedaço de papiro que se enrola, e todos os montes e ilhas foram tirados de seus lugares.

APOCALIPSE CAP.8, VS.7 a 12
O primeiro anjo tocou. Saraiva e fogo, misturados com sangue, foram lançados à terra; e queimou-se uma terça parte da terra, uma terça parte das árvores e toda erva verde.O segundo anjo tocou. Caiu então no mar uma como que grande montanha, ardendo em fogo, e transformou-se em sangue e uma terça parte do mar, morreu uma terça parte das criaturas que estavam no mar,  e pereceu uma terça parte dos navios.O  terceiro  anjo  tocou  a  trombeta.  Caiu então do céu uma grande estrela a arder como um facho; caiu  sobre a terça parte dos rios e sobre as fontes. O nome da estrela era “Absinto”. Assim  uma  terça  parte  das  águas  transformou-se  em  absinto,  e  muitos homens morreram por ter bebido dessas águas envenenadas.O quarto anjo tocou. Foi atingida então uma terça parte do sol, da lua e das estrelas, de modo que se obscureceram em um terço da claridade,  bem como a noite.


A MEDIUNIDADE PROFÉTICA E A ANUNCIAÇÃO DO MESSIAS

                “Essa era, pois naqueles tempos, a esperança geral do mundo: o Messias. “ Uma santa intuição __ conta Emanuel __ clarificava o espírito divinatório das massas populares”.Todos os povos O esperavam em seu seio acolhedor; todos O queriam, localizando em seus caminhos sua expressão sublime e divinizada”.Os  tibetanos  O  aguardavam  na  forma de um herói que regularizava a vida do povo e O redimiria de seus erros.Era Kin-Tsé, o Santo que não tinha pai humano, era concebido de uma virgem e existia antes mesmo que a Terra existisse”. Diziam d’Ele:
__ “Será o deus-homem, andará entre os homens e os homens não o conhecerão.
                Feri o Santo __ dizia a tradição __ rasgai-o com açoites,  ponde o ladrão em liberdade”.
                Veja-se em tão curto trecho quanta realidade existia nesta profecia inspirada!
                Pelo ano 500 AC., muito antes do drama do calvário e no tempo de Confúcio, que era então ministro distribuidor da justiça do Império do Meio, foi ele procurado por um homem Santo: quem era, onde vivia, como prestar-lhes honras ...
                O sábio, com a discrição e o entendimento que lhe eram próprios, respondeu que não conhecia nenhum homem santo,  nem ninguém que,  no momento fosse digno desse nome; mas que ouvira dizer (quem o disse não sabia) que no ocidente (em que lugar não sabia) haveria num certo tempo (quando, não sabia) um homem que seria aquele que se esperava. E suas palavras foram guardadas; transcorreu o tempo e quando, muito mais tarde e com enorme atraso, devido às distâncias e às dificuldades de comunicações, a notícia do nascimento de Jesus chegou àquele longínquo e isolado país, o imperador Ming-Ti enviou uma embaixada para conhecê-lo e honrá-lo: porém já se haviam passado sessenta anos desde quando se consumara o sacrifício do Calvário.Na índia toda sagrada dos templos estava cheias de profecias a respeito da Vinda do Messias.O Barta-Chastran, por exemplo, dizia em um de seus belos poemas, que em breve nasceria um brahma, na  cidade  de Sçambelan, na morada de um pastor, que libertaria o mundo dos daítias(demônios), purgaria a terra dos seus pecados, estabeleceria um reino de justiça e verdade e ofereceria um grande sacrifício.
                Nesse poema, além de outras notáveis concordâncias com a futura realidade dos fatos, destaca-se esta: Sçambelan em sânscristo significa “pão de casa”; Beth-leem, em hebraico, significa: “casa de pão”.        O Scanda-Pouana dizia que:
__ “Quando três mil e cem anos de Kali-Yuga se esgotarem o Rei da Glória aparecerá e libertará o mundo da miséria e do mal”.
                O Agni-Pourana assinalava:
__ “Que um poderoso espírito de retidão e de justiça apareceria em dado tempo, nascendo de uma virgem.
                E o Vrihat-Gatha anunciava:
__ “Que nasceria em breve tempo uma encarnação divina com o nome de Vicrama”.
                Ouçamos agora a palavra profética das nações cujos sacerdotes tinham a primazia na comunhão misteriosa com os astros.
                Na Pérsia o primeiro Zoroastro, três milênios antes do divino nascimento, já o anunciava a seus discípulos dizendo:
                __ “Oh! vós, meus filhos, que já estais avisados do seu nascimento antes de qualquer outro povo; assim que virdes a estrela, tomai-a por guia e ela vos conduzirá ao lugar onde Ele  o Redentor, nasceu.Adorai-o e ofertai-lhe presentes porque Ele é a Palavra. O Verbo  que formou os céus”.Na Caldéia, no tempo da Cambyzes Zerdacht __ o sacerdote magno __ anunciou a sua vinda e a estrela que brilharia por ocasião do seu nascimento.E no Egito, o país das portentosas construções iniciáticas, Ele era também esperado, desde muito tempo, e em sua honra os templos sacrificavam nos seus altares.Na grande pirâmide de Ghizet lá estava gravada a profecia do seu nascimento, em caracteres hieroglíficos, para conhecimento da posteridade.E  o  tebano  Pamylou,  quando  certa  vez  visitava o templo de Amon conta que ouviu, vindo de suas profundezas, uma voz misteriosa e imperativa a bradar-lhe:“Oh! tu que me ouvis, anuncia aos mortos o nascimento de Osiris, o grande rei salvador do mundo”.E quanto à Grécia lá está Ele o Messias __ simbolizado no “Prometeu” de Eschilo, uma das mais poderosas criações do intelecto humano.E d’Ele disse Platão  o iluminado: “Virtuoso até a morte Ele passará por injusto e perverso e, como tal , será flagelado, atormentado e,  por fim,  posto na cruz”.E a essa corrente sublime de vozes inspiradas que o anunciavam em todas as partes do mundo vêm então, juntar-se e de forma mais objetiva e impressionante, a palavra profética do povo hebreu. (Edgar Armond, Os Exilados da Capela, págs.95 a 106).




NÚMEROS CAP.24,17
Eu o vejo, mas não é agora,Percebo-o mas não de perto:Um astro sai de Jacó, Um cetro levanta-se em Israel,Que fratura a cabeça de Moab,O crânio dessa raça guerreira.

SALMO CAP.21,VS. 27 a 31
Os pobres comerão e serão saciados;Louvarão o Senhor aqueles que o procuram:“Vivam para sempre os nossos corações.”Hão de lembrar o Senhor e a ele se converter Todos os povos da terra.E diante dele se prostrarão Todas as famílias das nações.Porque a realeza pertence ao Senhor,E ele impera sobre as nações.Todos os que dormem no seio da terra o adorarão, diante dele se prostrarão os que retornam ao pó.Para ele viverá a minha alma,Há de servi-lo minha descendência.Ela falará do Senhor às gerações futuras e proclamará sua justiça ao povo que vai nascer:“Eis o que fez o Senhor.”

ISAÍAS CAP.7,VS.15 e 16
Ele será nutrido com manteiga e mel até que saiba rejeitar o mal e escolher o bem. Porque antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra,  cujos dos reis tu temes, será devastada.

ISAÍAS CAP.9,VS.1 e 5
O povo que andava nas trevas viu a grande luz ;sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz.Vós suscitais um grande regozijo,provocais uma imensa alegria;rejubilaram-se diante de vós como na alegria da colheita,como exultam na partilha dos despojos.Porque o jugo que pesava sobre ele,a coleira de seu ombro e a vara do feitor,vós os quebrastes, como no dia de Madiã.Porque todo calçado que se traz na batalha,e todo manto manchado de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão proeza das chamas;porque o menino nos nasceu,um filho nos foi dado;a soberania repousa sobre seus ombros e ele se chama:Conselheiro admirável, Deus forte,Pai eterno, Príncipe da Paz.O seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino.Ele firmará e o manterá pelo direito e pela justiça,desde agora e para sempre.Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos.

ISAÍAS CAP.26,VS. 17 a 19
Como uma mulher grávida, prestes a dar à luz retorce e grita em suas dores,assim estamos diante de vós, Senhor:Nós concebemos e sofremos para dar à luz (o vento),sem poder dar a salvação à nossa terra;não nasceram novos habitantes no mundo.Que vossos mortos revivam! Que seus cadáveres ressuscitem!Que despertem e cantem aqueles que jazem sepultos,
porque vosso orvalho é um orvalho de luz e a terra restituirá o dia às sombras.

ISAÍAS CAP.40,V.3
Uma voz exclama: Abri no deserto um caminho para o Senhor, traçai reta estepe uma pista para vosso Deus.

ISAÍAS CAP.42, VS.1 a 4
Eis meu servo que eu amparo,meu eleito ao qual dou toda minha afeição,faço repousar sobre ele meu espírito,para que leve as nações a verdadeira religião.Ele não grita, nunca eleva a voz,não clama nas ruas.Não quebrará o caniço rachado,
não extinguirá, nem desfalecerá,até que tenha estabelecido a verdadeira religião sobre a terra,e até que as ilhas desejem seus ensinamentos.

ISAÍAS CAP.53,V.11
Após suportar em sua pessoa os tormentos,alegrar-se-á de o conhecer até ao enlevo.O justo, meu servo, justificará a muitos homens,e tomará sobre si suas iniquidades.

OSÉAS CAP.11,V.1
Israel era ainda criança, e eu o amava,e do Egito chamei meu filho.

MIQUEIAS  CAP.5,VS.1,4, 12 ?
Mas tu,  Belém-Efrata,tão pequena entre os clãs de Judá,é de ti que sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel.Suas origens remontam dos tempos antigos,aos dias do longínquo passado.Por isso, (Deus) os deixará, até o tempo
em que der à luz aquela que há de dar à luz.Então o resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel.Ele se levantará para (os) apascentar, com o poder do Senhor,com a majestade do nome do Senhor, seu Deus.Os seus viverão em segurança,  porque ele será exaltado até os confins da terra.E assim será a paz...

ZACARIAS CAP.11,VS. 12 e 13
Exulta de alegria, filha de Sião,solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém;eis que vem a ti o teu rei, justo e vitorioso;Ele é simples e vem montando o jumento,no potro de uma jumenta.Ele suprimirá os carros de guerra na terra de Efraim, e os cavalos de Jerusalém. O arco de guerra será quebrado.Ele proclamará a paz entre nações,seu império estender-se-á de um mar a outro,Desde o rio até às extremidades da terra.


                Entre os cristãos primitivos havia o texto chamado:“Dvid cum sibyla”, conhecido como “Dies irae”referindo-se ao juízo final.E nos tempos pagãos dos gregos, romanos, egípcios, caldeus e persas, como nos santuários, tantas vezes tenebrosos, onde sibilas pontificavam, fazendo ouvir as vozes misteriosas, dos manes e dos pitris, todas elas, univocamente, profetizaram sobre o Messias esperado. 






 Afinal esse acontecimento era planetário em não exclusivo do povo hebreu.Daí vários médiuns terem sido avisados a esse respeito. Ouçamo-las uma por uma:




Cassandra, a sibila Titurbina
Nos tempos de Bethleem, em lugar do agreste,,Eis que uma virgem se torna mãe de um deus!E o menino, nascido em carne mortal,Suga o leite puro do seu seio casto.Oh! Três vezes feliz! Tu aleitarás O filho do Eterno, protegendo-o com os teus braços.



A sibila Europa
Sob um pequeno alpendre, aberto, inabitado.O Rei dos Reis nasce pobremente.Ele que tem o poder de dispor de todos os bens!Vejam: sobre o feno, seu corpo descansa.Os mortos, do Inferno, piedoso tirará.Depois, triunfante, em glória, subirá aos céus.



A sibila Helespônica (Que viveu 560 A.C.)
Os povos não sofrerão mais, como no passado.Verão em abundância as colheitas de Ceres.Uma santa Jovem, sendo mãe e virgem. conceberá um filho de poder imortal,Ele será deus da paz, e o mundo perdido,Será salvo por ele.





A sibila Egípcia
O verbo se fez carne, sem poluição.Duma virgem ele toma seu corpo.Exprobrará o vício; e a alma depravada. Ante ele cobrirá a face.Aqueles que ante ele se arrependeram terão socorro e graça na hora do sofrimento.






Amalthea, sibila cumana
Deus, para nos resgatar, toma a humana vestidura.Mais do que a nossa salvação, nada lhe é mais caro.A paz, à sua vinda, descerá à Terra,A tranqüilidade florirá; e o Universo, sem guerra.Não será mais de perturbações agitado.A idade de ouro retomará seu brilho.



Cimeria de Cumes (Sacerdotisa de Apolo)
Num século surgirá o dia,Em que o Rei dos Reis habitará conosco.Três reis do oriente, guiados pela luz.Dum astro rutilante, que ilumina a jornada, Virão adorá-lo e humildes, prosternados,Lhe oferecerão ouro, incenso e mirra.




Prisca, sibila Eritrea
Vejo o Filho de Deus, vindo do Olimpo,Entre os braços de uma virgem hebréia.Que lhe oferece o seio puro.Em sua vida viril, entre penas cruéis, Sofrerá por aqueles.Que o fizeram nascer, mostrando. Que, como um Pai, se afligiu por eles,




A sibila Líbica (Filha de Nonnulio)
Um rei do povo hebreu será o redentor.Bom, justo e inocente. Pelo homem pecador.Padecerá muito. Com olhar arrogante
Os escribas o acusarão de se dar,Como Filho de Deus. Ao povo ele ensinará. Anunciando-lhe a salvação.




Sambeta, sibila Pérsica (Filha de Berosi)
Do Filho do Eterno uma virgem. Será mãe. Seu nascimento trará ao mundo.A vida e a salvação. Com grande modéstia
Conquanto rei, montado sobre um asno,Ele fará sua entrada em Solyeme(Jerusalém), onde injuriado,E condenado pelos maus, sofrerá a morte.




Daphné, a sibila Délfica
Depois que alguns anos passarem.O deus, duma virgem nascido, aos homens aflitos.Fará luzir a esperança da redenção.
Conquanto tudo possa (e quão alto está .O seu trono) ele sofrerá.A morte para, da morte , resgatar os povos.







Phito-sibila samiense
Eis que os santos decretos se cumprem.Entre os dias mais claros, este é,Duma bela caridade que tudo ilumina.As trevas se vão. Deus, seu filho nos manda.Para abrir nossos olhos. Eia! Vede o imortal.Que de espinhos se cobre e por nós se entrega à morte.




Sibila Ancyra, da Phrígia
O Filho excelso do Pia Poderoso,Tendo sofrido a morte abate-se, frio, inerte,Sobre o colo débil de sua mãe.Vendo-lhe o corpo dessangrado.Ela sofre profundo golpe. Ei-lo! Está morto!Sem ele nós morreríamos em nossos próprios pecados.





                “De todas as sibilas celebradas pela tradição ou pela história, que viveram naqueles recuados tempos, como instrumentos das revelações do Plano Espiritual, da Pérsia ao Egito e à Grécia, poucas foram as que deixaram de referir-se ao advento do Messias esperado.E como poderiam essas mulheres inspiradas, fechar os olhos a luz radiante que descia dos céus? Essas profecias foram rigorosamente cumpridas, o que demonstra o sublime encadeamento dos eventos da vida espiritual planetária, como também prova o quanto eram iluminados pela Verdade os instrumentos humanos que a proferiam.E o próprio mestre, nos inesquecíveis dias da sua exemplificação evangélica, não disse __ “que não vinha destruir a lei, mas cumpri-la? E quantas vezes não advertiu: __ “que era necessário que assim procedesse para que as escrituras se cumprissem! Portanto,  nas  tradições que cultuamos,  a Verdade se contém indestrutível e do passado se projeta no futuro como uma luz forte que ilumina todo o caminho da nossa marcha evolutiva.” (Edgar Armond, Os Exilados da Capela, págs.95 a 106).


A  MEDIUNIDADE  DE  TRANSPORTE

                “Necessariamente, é preciso, para se obterem fenômenos desta ordem, ter consigo médiuns que eu chamaria sensitivos, quer dizer, dotados, no mais alto grau, de faculdades medianímicas de expansão e de penetrabilidade; porque o sistema nervoso destes médiuns, facilmente excitável, lhes permite, por meio de certas vibrações projetar ao seu redor, com profusão, seu fluido animalizado.”(Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, 2º Parte, Cap. V, Item 98).

                Vejamos algumas elucidações de Ernesto Bozzano sobre o assunto.

                “Vimos, no caso exposto, que a personalidade mediúnica operante dissera “ser impossível passar a matéria através da matéria”, mas, como depois a mesma entidade produziu um fenômeno que demonstrava praticamente ao contrário, deve-se entender que, com tal afirmativa, quis referir-se à penetração da matéria sólida através de outra matéria sólida, mas, em igual tempo, demonstrou, com fatos, como era possível fazer passar através da matéria sólida outra matéria desintegrada em estado molecular fluídico.”(Ernesto Bozzano,Fenômenos de Transportes,pág.4)

                “Em geral, em que objetos transportados, de pedra ou metal, foram muitas vezes encontrados tépidos, quentes ou quentíssimos, segundo a estrutura atômica dos mesmos objetos, o que, na base da lei da transformação das forças físicas, deve justamente produzir-se toda vez em que nos defrontarmos com um fenômeno de desintegração e reintegração rapidíssima da matéria e, assim sendo, então se deveria inferir que, no caso aqui considerado, em que se tratava de argolas de madeira, o incidente do “leve cheiro queimado” estaria a indicar que a muito rápida desintegração molecular das argolas tenha provocado uma reação calórica bastante notável para atacar e queimar, em pequena parte, a celulose da madeira.”(Ernesto Bozzano. Fenômeno de Transporte, pág.6.)

                “Ora, a circunstância exposta é notável do ponto de vista teórico das modalidades com que se produzem os fenômenos do gênero, já que, se Moses notou a passagem do arco do tamborim através do próprio braço, experimentando a sensação de algo de morbidíssimo como lanugem, que logo cedera frente ao obstáculo encontrado, isto faz presumir que a desintegração fluídica da matéria lenhosa e metálica do tamborim não foi levada ao grau máximo de sublimação, mas reduzida a estado de  “pastosidade” suficiente para produzir o fenômeno.
                Nos casos dos “transportes”, ao contrário, a desintegração da matéria deverá ser constantemente levada ao grau máximo de sublimação molecular ou fluídica. Naturalmente que dirigimos muitas perguntas ao “iogue”acerca da natureza e extensão de seus poderes mágicos. Ele respondeu, com franqueza, a algumas de nossas perguntas, mas as outras não o fez ou não pode. Achando-nos tão sinceramente interessados, ele observou que poderia ter-se colocado em estado de ver o que acontecia durante a produção dos fenômenos e explicou que a sua iniciação, com os grandes sacrifícios que ela  exigia  e  a  austeridade  da  vida  que  levava,  lhe  tinha  conferido  autoridade  sobre certa categoria de “elementais”, seres do mundo etéreo que lhe obedeciam instantânea e cegamente. Acrescentou que, se nós quiséssemos submeter-nos a uma iniciação preparatória, que ele nos explicaria, poderíamos ver o que realmente se produz durante as manifestações. A iniciação preparatória, consistia em jejuar, em nutrir-se unicamente  de  substâncias  especiais,  em  concentrar-se  na  meditação,  evitando  toda  relação com  outras pessoas. Tudo isso nos tornaria suscetíveis de apurar o nosso poder visual a ponto de perceber os “seres etéreos” que operavam por seu intermédio”.(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte, pág. 28).
               
“Dir-se-ia , em tais circunstâncias, que a obscuridade é indispensável para a rematerialização do objeto  transportado  em  condições  fluídicas.  Nas célebres experiências deste gênero, com a mediunidade da sra. D’Esperance, experiências,  por sua vez feitas com suficiente luz, a personalidade mediúnica “Yolanda” cobria também, com um pano, o recipiente em que deviam se rematerializar as plantas transportadas. Entretanto,  para muitos outros objetos transportados, tais preocupações não parecem necessárias e viu-se que segundo o “iogue”,cobria com um pano, o recipiente em que devia se produzir o fenômeno dos “transportes” também maravilhosos. Por que? Ninguém o sabe, e seria inútil esforçar-se em penetrar o mistério das diferenças existentes entre os objetos materializáveis em plena luz e os que exigem obscuridade. Aos pósteros cadê a solução do mistério.”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte, pág.29).
               
“Noto ainda o incidente, estranho e bastante freqüente nos fenômenos de “transporte”(como em numerosos  outros  fenômenos físicos) das fortíssimas pancadas que se produziam nas duas fases de subtração e transporte do objeto designado.Observo que o incidente se verificava, com freqüência, nas célebres experiências do rev. Willian Stainton Moses, especialmente antes da produção dos globos luminosos. Essas manifestações ruidosas e inúteis, porém, não agradavam a Moses, pelo que pediu explicações ao seu espírito guia “Rector”, que informou que não podia evitar tal coisa, pois que se produziam todas as vezes que houvesse abundância de “forças físicas exteriorizadas”, abundância que era preciso dissipar logo para impedir a invasão de entidades inferiores e vulgares, as quais seriam favorecidas pela existência de uma “força” de que podiam servir-se melhor do que os outros e,  assim sendo,  o modo mais rápido para libertar-se dela,  à medida que se produzia, era o de consumi-la produzindo, ruídos e estrondos.”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte, pág.36). 

                “Nenhuma dúvida há de que tal plausividade poderá sustentar-se, e não tenho nenhuma intenção de constatá-la, mas ao mesmo tempo julgo verossímil presumir que tais estampidos, ouvidos por algumas pessoas e comparados ao estrondo que produziria um móvel que se partisse em pedaços, tenham origem no fenômeno instantâneo da desintegração a tal ponto fulminante que determinasse, em menor grau, um barulho correspondente ao produzido por um explosivo deriva, por sua vez, de um fenômeno de desintegração instantânea de um preparado químico, que é matéria sólida, como o é a madeira móvel.”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte,págs. 43 e 44).

                “Os objetos transportados, especialmente as pedras, estavam quentíssimas. As plantas, ao contrário, pareciam úmidas.”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte,pág. 45).

                “E isto é o que basta,  porquanto serve para confirmar que os fenômenos são produzidos por força de um processo de desintegração e reintegração molecular rapidíssima dos objetos transportados, salvo uma variante que não muda, de modo algum, os processos não obstante sejam esses aplicados em sentido inverso, isto é, que a vontade operante se serve, nas janelas, nas paredes, introduzindo, em tal ponto, um objeto em um ambiente hermeticamente fechado, sem desintegrá-lo. Esta última variante do fenômeno foi indicada pela mesma personalidade mediúnica com a qual se obteve o “transporte” incompleto de que se trata. Nós já havíamos notado que, muitas vezes, as pedras e os objetos metálicos transportados estavam notavelmente quentes e outras vezes se mostravam tecnicamente normais.      Perguntei, pois, ao “espírito guia” por que causas se davam tais alternativas de condições térmicas contraditórias e este nos informou que, quando os objetos estavam quentes, isto acontecia porque eles haviam desintegrado fulminantemente a matéria constituinte do objeto transportado, provocando, de tal modo, uma reação térmica mais ou menos considerável, conforme a constituição molecular dos objetos e que, quando, ao contrário, esses chegavam termicamente normais, isto acontecia porque, em lugar de desintegrar o objeto, eles haviam  desintegrado  a  madeira  da  porta  ou  da janela. Tal explicação desde logo nos pareceu inteiramente satisfatória pela concordância admirável entre os efeitos termodinâmicos previstos pela ciência na hipótese de um agrupamento instantâneo de átomos e isto era o que se verificava em numerosos fenômenos de transporte”.(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte, págs. 61 e 62).

                “Fica por responder a seguinte pergunta: “onde se achava a penca de chaves ou matéria das chaves, reduzida ao estado fluídico, nas horas que decorreram entre o fenômeno de asport e o aporá? Nos comentários ao caso X se acha bem desenvolvida a declaração do médium e dos experimentadores, que viram muitas  vezes  a  “sombra” dos  objetos  transportados  antes  que  os  mesmos  aparecessem materialmente no aposento, enquanto que algumas personalidades mediúnicas, entre as quais “Salter”, guia da sra. D’Esperance, afirmam várias ocasiões que a matéria fluídica do objeto transportado ficava provisoriamente acumulado, no ambiente em que ele deveria ser materializado.”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte, pág.77).
               
“A respeito da possibilidade de tais restituições supra normais de objetos em condições absolutamente idênticas à precedente, convém repetir as explicações fornecidas pela sonâmbula do Sr. Suasse, que assim explicou: Durante a   desmaterialização,  vejo   as   moléculas   do   objeto  se   desintegrarem  e  se  separarem singularmente, ainda que conservando cada uma a sua respectiva posição. Adquirem, em tal maneira, dimensões muito maiores, porém a forma inicial do objeto não muda. Para a rematerialização, produz-se o fenômeno inverso: as moléculas, que constituem o objeto, voltam a tomar o seu lugar primitivo...”(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte, pág.93).

                “Esta última importantíssima observação do relator é bem oportuna por completar a elucidação sugerida para o caso precedente, em relação com a modalidade com que se determina a desintegração e a reintegração  das  moléculas que constituem os objetos transportados. Viu-se consoante os resultados obtidos que, em tal circunstância, era-se levado a inferir que as moléculas dissociadas conservavam, no espaço, sua respectiva posição. E agora, com a observação complementar deste outro experimentador, segundo o qual “parecia que a totalidade das moléculas, que constituíam o objeto transportado, se precipitavam instantaneamente sobre um espécie de trama que os experimentadores vagamente conseguiam descortinar, faz espontar na mente a idéia de que os experimentadores tenham tido ali a visão do duplo etéreo, primitivo e intangível, que fazia o papel de trama, sobre a qual viriam à precipitar-se , condensar-se e materializar-se, pela lei da afinidade, as moléculas dissociadas que, em nosso caso, constituíam o corpo do objeto transportado. Daí se conclui que, se assim for, seremos logicamente levados a generalizar, de forma bem mas ampla e fecunda, tal princípio por “lei da natureza”.(Ernesto Bozzano, Fenômeno de Transporte, pág. 95).

                A Bíblia relata alguns transportes que segundo a nossa análise não podem ser considerais como emancipação da alma. Vejamos:

I REIS  CAP.19,VS. 4 a 8
Elias no monte Heron: E andou pelo deserto um dia de caminho. Sentou-se debaixo de um junípero e desejou a morte: “Basta, Senhor, disse ele; tirai-me da vida porque não sou melhor que os meus pais.”Deitou-se por terra, e adormeceu debaixo do junípero. Mas eis que um anjo tocou-o, e disse: “Levanta-te e come.” Elias olhou e viu junto à sua cabeça um pão cozido debaixo da cinza, e um vaso de água. Comeu e bebeu e tornou a dormir. Veio o anjo do Senhor uma segunda vez, tocou-o e disse: “Levanta-te e come, porque tens um longo caminho a percorrer”. Elias levantou-se comeu e bebeu e, com o vigor daquela comida, andou quarenta dias e quarenta noites, até Horeb,  montanha de Deus.

EZEQUIEL  CAP.3, VS.14 e 15
Então o espírito se apoderou de mim e ouvi atrás de mim uma vozeria de violento rumor: “Bendita seja a glória do Senhor, onde ela repousa!” Ouvi o rumor do bater das asas  dos seres vivos e o ruído de suas rodas ao lado deles, um barulho portentoso. O espírito, a seguir, me transportou e me levou. Eu ia, com o coração repleto de amargura e furor, desde a mão do Senhor havia pesado sobre mim. Cheguei a Tel Abib, junto dos deportados que se haviam instalado às margens do Cobar. E ali fiquei sete dias no meio deles, em sombria estupefação. 

DANIEL  CAP.14, V.32 a 38
Ora, o profeta Habacuc vivia naquele tempo na Judéia. Acabava de cozinhar um caldo e picava pão dentro dele numa panela, para levá-lo aos ceifadores no campo. Mas um anjo do Senhor disse-lhe: “Leva esta refeição  a  Babilônia,  a  Daniel,  que  se  encontra  na  cova  dos  leões.” Senhor, disse a Habacuc, nunca vi Babilônia, e não conheço essa cova.” Então, o anjo, segurando-o pelo alto da cabeça, transportou-o pelos cabelos, num fôlego, até a Babilônia, em cima da cova. Daniel respondeu: “Ó Deus, vós pensastes em mim ! Vós não abandonastes os que vos amam!” Depois disto se pôs a comer enquanto o anjo do Senhor transportava de volta Habacuc a seu domicílio

ATOS  DOS APÓSTOLOS CAP.8 , V.38 e 40
E  mandou  parar  o carro.  Ambos  desceram  à  água  que  Filipe  batizou  o  eunuco.  Mal saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe dos olhares do eunuco que, cheio de alegria, continuou o seu caminho. Filipe, entretanto, foi transportado a Azot. Passando além, pregava o Evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesária.





A   LEVITAÇÃO

                “Como um Espírito pode operar o movimento de um corpo sólido?
                 Combina uma parte do fluido universal com o fluido que o médium libera, próprio para esse efeito.
                Os Espíritos levantam a mesa com a ajuda de seus braços de certo modo solidificados?
Esta resposta não conduzirá, ainda , ao que desejais. Quando uma mesa se move sob vossas mãos, o Espírito evocado vai tomar, no fluido universal, do que animar essa mesa de vida factícia. Assim preparada a mesa, o Espírito a atrai e a põe sob a influência do seu próprio fluido, liberado por sua vontade. Quando a massa que quer por em movimento lhe é muito pesada, chama em sua ajuda outros Espíritos que estão em suas mesmas condições. Em razão de sua natureza etérea, o Espírito, propriamente dito, não pode agir sobre a matéria grosseira sem intermediário, quer dizer, sem o laço que o une à matéria; esse laço, que constitui o que chamais perispírito, vos dá a chave de todos os fenômenos espíritas. Creio ter-me explicado bastante claramente para me fazer compreender.

                Os Espíritos que chamam em sua ajuda, lhe são inferiores? Estão sob suas ordens?
                Iguais quase sempre; freqüentemente, vêem por si mesmos.

                Todos os Espíritos estão aptos para produzir os fenômenos desse gênero?
                Os Espíritos que produzem essa espécie de efeito são sempre Espíritos inferiores, que não estão, ainda, inteiramente despojados de toda a influência material.



               
                Compreendemos que os Espíritos superiores não se ocupam de coisas que estão abaixo deles; mas, perguntamos se,  em razão de serem mais desmaterializados, teriam a força de fazê-lo, se estivessem disso vontade?
                Eles têm força moral como os outros têm a força física; quando têm necessidade dessa força, servem-se daqueles que possuem. Não vos foi dito que se servem dos Espíritos inferiores como fazeis com os carregadores?
                “Foi dito que a densidade do perispírito, se pode exprimir assim, varia segundo o estado dos mundos; parece que varia também no mesmo mundo segundo os indivíduos. Nos Espíritos avançados moralmente, é mais sutil e se aproxima da dos Espíritos elevados; nos Espíritos inferiores, ao contrário, se aproxima da matéria, e  é  o  que faz que esses Espíritos de baixo estágio conservem por tempo tão longo as ilusões da vida terrestre; eles pensam e agem como se estivessem ainda vivos; têm os mesmos desejos e, se poderá dizer, a mesma sensualidade. Essa grosseria do perispírito, dando-lhe mais afinidade com a matéria, torna os Espíritos inferiores mais próprios para as manifestações físicas. Pela mesma razão, um homem do mundo, habituado aos trabalhos de inteligência, cujo o corpo é débil e delicado, não pode erguer um fardo pesado como um carregador . A matéria,  nele,  de alguma sorte, é menos compacta, aos órgãos menos resistentes e tem menos fluidos nervosos. O perispírito, sendo para o Espírito o que o corpo é para o homem, e sua densidade estando em razão da inferioridade do Espírito, supre nele a força muscular, quer dizer, lhe dá, sobre os fluidos necessários às manifestações, uma força maior do que aqueles cuja a natureza é mais etérea. Se um Espírito elevado produzir tais efeitos, faz o que fazem,  entre nós,  as pessoas delicadas:  manda fazê-lo um Espírito de ofício.
               
                Qual o papel do médium nesse fenômeno?
                Já o disse, o fluido próprio do médium se combina com o fluido universal acumulado pelo Espírito; é necessária a união desses dois fluidos, quer dizer, do fluido animalizado com o fluido universal, para dar  vida à mesa. Mas, note bem,  esta vida não é senão momentânea; e ela se extingue com a ação e, muitas vezes, antes do fim da ação, logo que a quantidade do fluido não é mas suficiente para animá-la.

                O Espírito pode agir sem o concurso de um médium?
                Pode agir com desconhecimento do médium; quer dizer que muitas pessoas servem de auxiliares dos Espíritos para certos fenômenos, sem disso desconfiarem. O Espírito toma delas, como de um fonte, o fluido animalizado de que tem necessidade; é assim que o concurso de um médium, tal como entendeis, não é necessário, e é o que tem lugar, sobretudo, nos fenômenos espontâneos.

                Por que todo o mundo não pode produzir o mesmo efeito, e por que todos os médiuns não tem a mesma força?
                Isso depende do organismo e da maior ou menor facilidade com qual a combinação dos fluidos pode se operar; depois, o Espírito do médium simpatiza mais ou menos com os Espíritos estranhos que nele encontram a força fluídica necessária. Ocorre com esta força, como com a dos magnetizadores, ser maior ou menor. Sob esse aspecto, há pessoas que são inteiramente refratárias; outras, nas quais a combinação não se opera senão por um esforço de sua vontade; outras, enfim, nas quais ocorre tão naturalmente e tão facilmente, que nem desconfiam disso, e servem de instrumento sem o saberem, como já dissemos. .(Allan Kardec, Livro dos Médiuns, 2º parte, Cap. IV,Itens 9 a 15.)

II REIS CAP. 6,VS. 5 a 7
Ora, estando um deles a cortar uma árvore heis que o machado caiu na água. “ Ah, meu senhor !”exclamou ele. Porque o machado era emprestado. “Onde caiu ele ?” perguntou o homem de Deus. Ele mostrou-lhe o lugar. Eliseu cortou em pedaço de madeira, jogou-a na água, e o machado veio a tona. “Tira-o”, disse ele. O homem estendeu a mão e tomou-o.




MATEUS CAP.14, V.26 a 29
Quando os discípulos o perceberam caminhando pelas águas, ficaram com medo:“É um fantasma!” disseram eles, soltando gritos de terror. Mas Jesus logo lhes disse: “Tranqüilizai-vos, sou eu, não tenhais medo!”





                Vejamos o codificador como se expressa a respeito:

                “Exemplos análogos provam que ele nada tem de impossível, nem de miraculoso, pois que se produz sob a ação das leis da Natureza. Pode operar-se de duas maneiras.Jesus, embora estivesse vivo, pôde aparecer sobre a água, com uma forma tangível, estando alhures o seu corpo. É a hipótese mais provável. Fácil é mesmo descobrir  na narrativa alguns sinais característicos das aparições tangíveis.
                Por outro lado, também pode ter sucedido que seu corpo fosse sustentado e neutralizada a sua gravidade pela mesma força fluídica que mantém no espaço uma mesa, sem ponto de apoio. Idêntico efeito se produz muitas vezes com os corpos humanos.( Allan Kardec, A Gênese, Cap. XV, pág. 335.)

                Vejamos Lombroso como se pronuncia à respeito do fenômeno:

                “Entre fenômenos mais freqüentes que se verificam, entre os extáticos cristãos, está o denominado pelos espiritistas de __ levitação.Gorres, em sua Mística, cita uma infinidade de exemplos, em sua maior parte bem documentados.Margarida da Hungria eleva-se do solo depois de cada comunhão. S.Domingos, na abadia de Castres, recolheu-se para rezar na igreja, onde um frade, que o foi buscar, o encontrou suspenso entre o céu e a terra. O mesmo ocorreu com S. Bernado, enquanto pregava aos monges reunidos em capítulo; a Santa Lutgarda, enquanto religiosas cantavam o “Veni Creator”; a S.Francisco Xavier, enquanto dizia missa dava comunhão as fiéis; a Santo Alberto, enquanto recitava,  à noite, os Salmos,  ajoelhado ante o crucifixo.Durante suas preces ou meditações, aconteceu o mesmo a Santo Inácio de Loiola, a Santa Catarina de Siena, à carmelita Catarina Texada,  a Santo Estevão, rei da Hungria, a Ângela de Milão, a Nicolau Fattori, a Gaspar de Florença, a Teresa, rainha de Castela, a Maria Gomes, a Camilo de Lellis, a Ângelo de Bressanome, a Domingos do Paraíso, a Francica Olímpia, a úrsula Benincasa, a Catarina de Seins, a Matias de Baseio, a Maria Villani, a Inês de Assis, a Joana de Orvieto, a Liberta de Civitella, a Pedro de Garde e a Francisco de Assis.Os historiadores das diversas Ordens regorgitam de relatos em torno de fatos semelhantes, ocorridos ante ás multidões. Bernadette, a extática de Lourdes, que morreu em a893, foi também muitas vezes a vista muitas vezes elevar-se e flutuar enquanto rezava. S Luís Gonzaga ficou por vezes suspenso no espaço, privado dos sentidos e imóvel.De S. Pedro de Alcântara, célebre por suas levitações, dizem que superava, nos vôos, a altura da copa das mais elevadas árvores. Santa Tersa de Jesus assim fala das suas levitações estáticas: Algumas vezes, meu corpo se sentia atraído até o ponto de se elevar do solo; mas, isto me ocorria raramente. Aconteceu uma vez enquanto estava no coro com as outras religiosas, e ajoelhada para comungar...”“Mas também os fenômenos de levitação não eram exclusivos dos santos, de vez que se viam com freqüência nos endemoninhados. “Vi __ refere-se Suplício Severo __ um possesso, ao aproximar-se de S. Martinho, elevar-se suspenso no ar.”( César Lombroso, Hipnotismo e Mediunidade, pág. 213 e 214).

                Kardec em o “Livro dos Médiuns” faz dois pronunciamentos em notas que elucidam bastante a questão:

“Nota 1: O contato das mãos não é sempre necessário para fazer mover um objeto. O mais freqüentemente,  o  é  para  dar o primeiro impulso, mais uma vez que o objeto está animado,  pode obedecer à vontade sem contato material; isto depende, seja da força do médium , seja da natureza dos Espíritos. Um primeiro contato não é mesmo sempre indispensável; disso temos a prova nos movimentos de deslocamentos espontâneos, que não se sonha provocar.” .(Allan Kardec, Livro dos Médiuns, 2º parte, Cap. IV,Itens 9 a 15.)

“Nota 2: O magnetismo, sem nenhuma dúvida, é o princípio desses fenômenos, mas não como se entende geralmente; a prova é que há magnetizadores muito poderosos que não fariam mover uma mesinha, e pessoas que não podem magnetizar, mesmo crianças, a quem basta pousarem os dedos sobre a mesa pesada para faze-la agitar-se; logo, se a força medianímica não está em razão da força magnética, é que há uma outra causa.”(Allan Kardec, Livro dos Médiuns, 2º parte, Cap. IV,Itens 9 a 15.)


PNEUMATOGRAFIA:  A  ESCRITA DIRETA

                Segundo Kardec, a escrita direta, ou pneumatografia, é aquela que se produz espontaneamente, sem o concurso, quer da mão do médium, quer do lápis.(2ª Parte-Cap.VIII,127), tratando o assunto mais especificamente no “Livro dos Médiuns”, Kardec (no Cap. XII, 146) observa ser a pneumatografia, a escrita direta produzida diretamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário; logo em seguida no item 147, faz uma citação a qual reproduziremos na íntegra para maiores esclarecimentos sobre a natureza das nossas conclusões no que concerne ao entendimento do fenômeno estudado em questão. “Quaisquer que tenham sido os resultados obtidos em diversas épocas, não foi senão depois da vulgarização das manifestações espíritas que se tomou a sério a questão da escrita direta. O primeiro que parece tê-la feito conhecer,  foi o Barão de Guldenstuble, que publicou a esse respeito obra muito interessante, contendo inúmeros casos das escritas que obteve através de suas pesquisas. Cabe ressaltar que o fenômeno já era conhecido na América desde algum tempo. A posição de Guldenstubble, sua independência, a consideração que desfrutava no mundo mais elevado, descartam, incontestavelmente, toda suspeição de fraude voluntária, porque não pode ter sido movido por nenhum motivo de interesse. Poder-se-ia, quando muito, crer que ele mesmo era joguete de uma ilusão; mas a isso o fato responde peremptoriamente, que é a obtenção do mesmo fenômeno por outras pessoas que se cercavam de todas as precauções necessárias para evitar todas as fraudes e toda causa de erro.”  Prossegue Kardec no mesmo capítulo  item  148. “ Nessa  escrita  o  Espírito  não  se  serve  nem  das  nossas  substâncias,  nem dos nossos instrumentos; ele próprio faz a matéria e os instrumentos dos quais tem necessidade, tirando seus materiais do elemento universal primitivo fazendo sofrer, por sua vontade, as modificações necessárias ao efeito que quer produzir.”
                 Contudo o Barão de Guldenstuble, citado por Kardec com certo elogio e admiração pelo seu importante trabalho (A Realidade dos Espíritos), observou mais detalhadamente este fenômeno, identificando que a escrita direta também se dava por intermédio de transportes de substâncias existentes no plano físico como grafite, glóbulos sangüíneos, tintas, etc..., todos naturalmente comprovados através de  exames e  testes  laboratoriais.
 Prosseguindo nosso estudo no item 177, sobre a designação de médiuns pneumatógrafos,  Kardec  assevera  que  dá-se  esse  nome  aos médiuns aptos a obterem a escrita direta, o que não é dado a todos os médiuns escreventes. Essa faculdade, diz Kardec: “até o presente, é muito rara; se desenvolve provavelmente pelo exercício; mas, como já dissemos, sua utilidade prática se limita a uma constatação patente da intervenção de um potência oculta nas manifestações. Só a experiência pode fazer conhecer se a possui; pode-se pois, experimentar e também se pode perguntar a um Espírito protetor por outros meios de comunicação. Segundo  o  maior  ou  menor  potência do médium, obtêm-se  simples traços, sinais,  letras,  palavras, frases,  e  mesmo  páginas  inteiras.  Basta  ordinariamente  colocar  uma  folha de papel dobrada em um lugar qualquer,  ou  designado  pelo  espírito,  durante  dez  minutos  ou  um  quarto  de  hora, algumas vezes mais. A prece e o recolhimento são condições essenciais; por isso , pode-se esperar como impossível a obtenção de alguma  coisa  em  uma  reunião  de  pessoas  pouco  sérias,  ou  que não estivessem animadas de sentimentos simpáticos e benevolentes”.  Esse procedimento encaixa-se perfeitamente  com o episódio em que Moisés, o grande legislador hebreu serviu de intermediário no monte Sinai após seu recolhimento e purificação de quarenta dias e quarenta noites , servindo desta forma, as entidades responsáveis pela tarefa de transmitir aos homens as designações da espiritualidade superior, através do Decálogo. Segundo esse critério de análise podemos classificar as passagens do Decálogo bem como a do festim de Baltazar respectivamente como fenômenos de escrita direta.  

ÊXODO CAP.31, V.18
Tendo o Senhor acabado de falar com Moisés sobre o monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do testemunho,  tábuas de pedras,  escritas com dedo de Deus.

                “É contudo,  possível que os Espíritos, que envolvem freqüentemente em uma substância sutil, com um corpo etéreo, segundo todas as sagradas tradições da antigüidade ( o que torna explicável a realidade objetiva das aparições),  possam  concentrar,  por  sua  força  de  vontade e auxílio de seu corpo sutil, uma corrente de eletricidade sobre um objeto qualquer...”(Epes Sargent, Bases Científicas do Espiritismo, Cap.I,pág.67, Ed. Feb).

ÊXODO CAP.32,VS.15, 19
Moisés desceu da montanha segurando nas mãos as duas tábuas da lei, que estavam escritas dos dois lados, sobre uma e outra faca. Eram obra de Deus,  e a escritura nelas gravada era a escritura de Deus. Aproximando-se do acampamento, viu o bezerro de ouro e as danças. Sua cólera se inflamou, arrojou de suas mãos as tábuas e quebrou-as ao pé da montanha. Em seguida, tomando o bezerro que tinham feito, queimou-o e esmagou-o até o reduzir a pó, que lançou na água e a fez beber aos israelitas.

ÊXODO CAP.34,VS.1,28
O Senhor disse a Moisés: “Talha duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras: escreverei nelas as palavras que se encontravam nas primeiras tábuas que quebraste. Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras.

DEUTERONÔMIO  CAP.4,V.13
Ele deu-vos a conhecer a sua aliança, e ordenou-vos que a observásseis: as dez palavras que escreveu nas duas tábuas de pedra.

DEUTERONÔMIO CAP.9,V.10
E o Senhor entregou-me as duas tábuas de pedra,  escritas com o dedo de Deus, nas quais estavam gravadas todas as palavras que o Senhor vos tinha dirigido no monte, do meio do fogo, no dia da assembléia.




DEUTERONÔMIO CAP.10,VS. 1 a 5
“Naquele mesmo tempo o Senhor disse-me: Corta duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras, e sobe para junto de mim no monte, depois de ter fabricado uma arca de madeira. Escreverei nessas tábuas as palavras que se achavam nas primeiras que quebraste, e tu as porás na arca. - Fiz, pois, uma arca de madeira de acácia, e cortei duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras, depois disso, com as duas tábuas na mão, subi ao monte.O Senhor gravou nas novas pedras o que tinha escrito nas primeiras, as dez palavras que ele vos tinha dirigido no monte, do meio do fogo, no dia da assembléia. Devolveu-mas em seguida, e desci da montanha para depô-las na arca que tinha feito. E elas lá estão, como o Senhor me tinha ordenado.

ÊXODO CAP.31, V.18
Tendo o Senhor acabado de falar com Moisés sobre o monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedras, escritas com dedo de Deus.



EZEQUIEL, CAP. 2,VS. 9 e 10
Olhei e vi avançando para mim uma mão que segurava um manuscrito enrolado. E foi desdobrado diante de mim: estava coberto com escrita de um e outro lado: eram cânticos de luto, de queixumes e de gemidos.

DANIEL CAP.5,V.5
Ora, nesse momento, eis que surgiram dedos de mão humana a escrever, defronte do candelabro, no revestimento da parede do palácio real. O rei, à vista dessa mão que escrevia, mudou de cor; pensamentos tétricos assaltaram-no; os músculos de seus rins relaxaram-se e seus joelhos entrechocaram-se.

                Um caso bastante interessante, a  não dizer maravilhoso, é a pintura da Virgem de Guadalupe, na qual estudos e análises científicas comprovaram que os corantes utilizados para a pintura e outras fascinantes particularidades que envolvem a obra obedecem a uma técnica não encontrada no planeta Terra.  Abaixo transcrevemos um trecho do livro de Benítez, que observou mas de perto o fenômeno:

 “As assombrosas descobertas científicas que se fizeram recentemente e que ainda continuam sendo feitas em torno da imagem da Virgem de Guadalupe(México), tem deixado literalmente pasmados todos os que a conheceram.Para entender a importância dessas descobertas, é preciso fazer uma breve recapitulação de uma antiga e piedosa lenda, que falava a respeito de uma forma milagrosa como a imagem foi feita, que não foi pintada pela mão do homem __ segundo essa tradição __, porém impressa na túnica ou tilma de um índio chamado Juan Diego, em 1531. E chegamos aos nossos dias, ou melhor, ao nosso século, quando se forma uma comissão de estudos para investigar os não poucos fenômenos inexplicáveis da famosa tilma de Juan Diego.Em primeiro lugar, o que chama a atenção dos peritos em têxteis é a singular conservação do tosco tecido. Hoje em dia, está protegido por vidros, mas, durante mais de um século, esteve exposto à bondade de Deus, ao relento, aos rigores do calor, ao pó e à umidade, sem desafiar nem ficar turva a sua rara policromia. Atribui-se esta virtude ao tipo de pintura que cobre a tela e que podia muito bem atuar como poderosa matéria protetora. Em conseqüência disso, enviou-se uma amostra para ser analisada pelo sábio alemão Richard Khun, prêmio Nobel de Química. Sua resposta deixou atônitos os consultantes. Os corantes da imagem guadalupiana __ respondeu o cientista alemão __ não pertencem ao reino vegetal nem ao mineral, tampouco ao animal, pediu-se a dois estudiosos norte-americanos (o Dr. Callagan, da equipe científica da NASA, e o professor Jody B. Schmidt, catedrático de Filosofia da Ciência no Pensacolla College) que submetessem a imagem guadalupiana à análise fotográfica com raios infravermelhos. E, entre outras conclusões,  os  cientistas  afirmam  que  o  ayate,  tecido  de  ralo fio de pita (maguey) __ carece de qualquer preparação, o que torna inexplicável, à luz dos conhecimentos humanos, que os corantes impregnem e se conservem numa fibra tão inadequada. Não existem pinceladas e a técnica é desconhecida na história da pintura. “Não é usual __ dizem eles __, incompatível e não dá para ser reproduzido”.Paralelamente a isso Torija Lavoignet, conhecido oftalmologista de sobrenome hispano-francês, examinou  com seu oftalmoscópio de alta potência a pupila da imagem e observou maravilhado, que na córnea se via uma minúscula figura que parecia o busto de um homem.E foi o que aconteceu imediatamente a investigação que passo a explicar: a “digitalização”dos olhos da Virgem de Guadalupe. Sabe-se que a córnea do olho humano se reflete que está sendo visto naquele instante. O Dr. Aste Tonsmann mandou fotografar (sem ele estar presente) os  olhos  de  uma  de  suas filhas. Utilizou o chamado  “processo de digitalizar imagens” e conseguiu, desta forma, saber tudo o que ela estava vendo no momento de ser fotografada.
 Este mesmo cientista, cuja profissão atual consiste em captar as imagens da Terra transmitidas do espaço pelos satélites artificiais, digitalizou no ano passado a imagem guadalupiana e agora os resultados começam a ser conhecidos.Nos olhos da Virgem foram observados os seguintes pormenores: um índio, no ato de ser despojar de sua tilma, ou túnica, diante de um franciscano; o próprio franciscano, em cujo rosto se vê uma lágrima deslizando; um camponês muito jovem, com a mão no rosto barbado, num gesto de consternação; um índio de tórax nu, numa atitude quase de oração; uma mulher de cabelo crespo, provavelmente uma negra da criadagem do bispo; um homem , uma mulher e umas crianças de cabeças meios raspadas, além de outros religiosos, mas com hábito franciscano, isto é ... o mesmo episódio relatado pela língua náuatle pelo escritor indígena na primeira metade do século XVI, que em 1649 foi editado na língua asteca e em castelhano por Lasso de La Vega!...”(J.J.Benítez, O Mistério da Virgem de Guadalupe, págs. 10 e 11).

Segundo o termo “Virgem de Guadalupe”, observamos que esta imagem foi gravada na tilma ou bata do índio Juan Diego, como prova das aparições de uma entidade que apresentou-se a ele algumas vezes com pedido de fundação de uma Igreja naquele local. Contudo segundo estudo criterioso de J.J.Benítez, concluímos que o índio nunca se referiu a entidade como a “Virgem de Guadalupe” do que foi dito infere-se que o podia dizer o índio Juan Diego, no seu idioma, foi a palavra “tequantlanopeuh”, cujo significado é “a que teve origem nos penhascos”, porque entre aqueles penhascos Juan Diego viu, pela primeira vez, o Espírito comunicante, convencionado pela Igreja como a Virgem Santíssima...


PNEUMATOFONIA:  A  VOZ   DIRETA

                “Os Espíritos,  podendo produzir  ruídos e  pancadas,  podem muito bem  fazer ouvir gritos de toda a natureza, e sons vocais imitando a voz humana, ao nosso lado ou no vago do ar; é a esse fenômeno que designamos sob o nome de pneumatofonia. Segundo o que conhecemos da natureza de pneumatofonia. Segundo o que conhecemos da natureza dos Espíritos, pode-se pensar que alguns, dentre eles, quando são de ordem inferior, se iludem e crêem falar como em sua vida.( Ver, Revista Espírita, fevereiro 1858: História do fantasma da senhorita Clarion.)Seria preciso, todavia, guardar-se de tomar por vozes ocultas todos os sons que não tem causa conhecida, ou simples zunidos do ouvido, e sobretudo de crer que haja a menor verdade na crença vulgar de que o ouvido que zune nos adverte de que se fala de nós em algum lugar. Esses zunidos, cuja causa é puramente fisiológica, não tem aliás nenhum sentido, ao passo que os sons pneumatofônicos exprimem pensamentos, e só por isso pode-se reconhecer que são devidos a uma causa inteligente e não acidental. Pode-se tomar como princípio de que os efeitos notoriamente inteligentes são os únicos que podem atestar a intervenção dos Espíritos; quando aos outros, há pelo menos cem chances contra uma de que sejam devidos a causas fortuitas.Ocorre com bastante freqüência que, meio adormecido, ouve-se distintamente pronunciar palavras, nomes, algumas vezes mesmo frases inteiras, e isso com bastante força para nos acordar sobressaltados. Embora possa acontecer que em certos casos seja realmente uma manifestação, esse fenômeno não tem nada de positivo para que não se possa atribuí-lo a uma causa análoga àquela que desenvolvemos na teoria das alucinações, capítulo VI,  números 111 e seguintes. O que se ouve dessa maneira, não tem, de resto, nenhuma continuidade; não ocorre o mesmo quando se está desperto, porque então, se é um Espírito que se faz ouvir, quase sempre se pode fazer com ele uma troca de pensamentos e iniciar uma conversação regular.          Os sons espíritas ou pneumatofônicos têm duas maneiras de se produzirem: algumas vezes, é uma voz íntima que repercute no foro interior; ainda que as palavras sejam claras e distintas, não tem, entretanto, nada de material; de outras vezes, são exteriores e bem distintamente articuladas, como se proviessem de uma pessoa que estivesse ao seu lado.De qualquer maneira que se produza, o fenômeno da pneumatofonia, quase sempre, é espontâneo e não pode, senão raramente, ser provocado.” ( Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, Parte 2º ,Cap. XII, Itens 150 a 151).

                “Existe quando os Espíritos comunicantes, ao invés de falarem incorporados em um médium, ou usando de processos telepáticos, já estudados, fazem-no diretamente, através de um aparelho vocal improvisado no plano invisível.Modalidades deste fenômeno são os assobios,  canto etc.,  e para  sua  produção, em geral , é utilizada pelos Espíritos a matéria plástica fluídica denominada ectoplasma. Quando a quantidade de fluido é suficiente podem falar vários Espíritos ao mesmo tempo e em diversos pontos de aposento no qual se realiza o trabalho e quando ele escasseia os Espíritos são obrigados a falar o mais junto possível do médium de efeitos físicos, doador principal de fluidos.Não temos espaço neste trabalho para entrar em análise mais detalhada do assunto e citamos apenas alguns de seus aspectos mais interessantes; mas podemos entretanto, acrescentar que estas manifestações de voz direta apresentam modalidades que são: fenômenos de classe inferior e fenômenos de classe superior, sendo os primeiros aqueles que os Espíritos provocam usando fluidos pesados, obtidos no próprio ambiente em que, no momento, atuam e os segundos aqueles que exigem purificação e filtragem dos fluidos, combinados com fluidos mais finos, obtidos do reservatório cósmico e com alcance da maioria dos operadores, exigindo por outro lado médiuns de maior capacidade.Em geral, para a obtenção dos fenômenos de efeitos físicos, entre os quais se enquadram os de voz direta, forma-se no plano invisível um grupo de Espíritos que agem em comum, sob a chefia do mais autorizado, com uma mais ou menos perfeita e detalhada distribuição das tarefas. Uns, por exemplo, se encarregam de colher os fluidos pesados fornecidos pelo médium e assistentes; outros de misturar e manipular estes fluidos em recipientes apropriados ou moldá-los em suas próprias mãos; outros  de  isolar  o  ambiente  de  trabalho,  tanto  no  plano  físico  como  no  etéreo,  estabelecendo cordões vibratórios de segurança às vezes a distância apreciáveis; outros de ligar entre si fluidicamente os assistentes encarnados, para estabelecer a necessária corrente magnética; outros produzir fenômenos diversos como levitações  ( de pessoas e coisas),  transportes,  etc.,  outros  de  purificar o ambiente e higienizá-lo segundo as necessidades vibratórias do trabalho a produzir; outros enfim, de produzir pancadas etc.Nas manifestações de voz direta, de que estamos tratando, surge ainda o trabalho mais delicado de preparar a máscara ou a garganta fluídica, conforme o caso para a emissão de sons.

Vejamos com o Espírito já citado André Luiz, descreve uma manipulação desse gênero:
               
__’André, falou o meu orientador em tom grave improvisamos a garganta ectoplasmática. Não podemos perder tempo ...
                “E identificando-me a inexperiência acrescentou:
“__Não precisa inquietar-se. Bastará ajudar-me na mentalização das minúcias anatômicas do aparelho vocal. A força nervosa do médium é matéria plástica e profundamente sensível às nossas criações mentais.

                “Logo após Alexandre tomou pequena quantidade daqueles eflúvios leitosos, que exteriorizavam, particularmente através da boca, narinas e ouvidos do aparelho mediúnico, e como se guardasse nas mãos reduzida quantidade de gesso fluídico começou a manipulá-lo, dando-me a impressão de estar completamente alheio ao ambiente, pensando com absoluto domínio de si mesmo, sobre a criação do momento,“Aos poucos vi formar-se, sob meus olhos atônitos, um delicado aparelho de fonação. No íntimo do esqueleto cartilaginoso, esculturado com perfeição na matéria na matéria ectoplasmática, organizavam-se os fios tenuíssimos das cordas vocais, elásticas e completas, na fenda glótica e, em seguida Alexandre experimentou emitir alguns sons, movimentando as cartilagens aritenóides. Formam-se, ao influxo mental e sob a ação técnica de meu orientador, uma garganta irrepreensível. “Com assombro verifiquei que, através do pequeno aparelho improvisado e com a cooperação do som de vozes humanas guardadas na sala, nossa voz era integralmente percebida por todos os encarnados presentes”.( Edgard Armond, Mediunidade, 1º Parte, págs. 70 e 71).

ÊXODO CAP.19,VS.3, 16 a 20
Moisés subiu  para Deus, e o Senhor o chamou do alto da montanha nestes termos: “Eis o que dirás á família de Jacó, eis o que anunciarás aos filhos de Israel.Na manhã do terceiro dia, houve um estrondo de trovões e de relâmpagos; uma espessa nuvem cobria a montanha e o som da trombeta soou com força. Toda a multidão que estava no acampamento tremia. Moisés levou o povo para fora do acampamento para o encontro de Deus, e pararem ao pé do monte. Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor tinha descido sobre ele no meio das chamas; o fumo que subia do monte era como a fumaça duma fornalha, e toda a montanha tremia com violência. O som da trombeta soava ainda mas forte; Moisés falava e os trovões divinos respondiam-lhes.O Senhor desceu sobre o cume do monte Sinai; e chamou Moisés ao cume do monte. Moisés subiu, e o Senhor lhe disse: ...

ÊXODO CAP.20,V.18, 22
Diante dos trovões, das chamas, da voz de trombeta e do monte que fumegava, o povo tremia e conservava-se à distância.
O Senhor disse a Moisés: “Eis o que dirás aos israelitas: Vistes que vos falei dos céus.

ÊXODO CAP.24,VS. 1 e 2
Deus disse a Moisés: “Sobe para o Senhor, com Aarão, Nacab e Abiú e setenta anciãos de Israel e prostai-vos à distância. Só Moisés se aproximará do Senhor, e não os outros, e o povo não subirá com ele”.

MATEUS  CAP.3,VS. 16 e 17
Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: “Eis meu filho amado em que ponho minha afeição.”

MATEUS CAP.17,V.5
Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: Eis o meu filho muito amado em que pus toda a minha afeição: ouvi-o”.

JOÃO CAP.12,V.28
Entrada de Jesus em Jerusalém: Presentemente, a minha alma está perturbada. Mas que direi?... Pai, salva-me desta hora...Mas é exatamente para isso que vim a esta hora .Pia, glorifica o teu nome!”Nisso veio do céu uma voz: “Já o glorifiquei e tornarei a glorifica-lo”.

ATOS DOS APÓSTOLOS CAP. 9 VS. 3 a 15
Durante a viagem, estando já perto de Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Saulo disse:  “Quem és Senhor?” Respondeu ele: “Eu sou Jesus a quem me persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão.” Então trêmulo e atônito disse ele: “Senhor, que queres que eu faça?” Respondeu-lhe o Senhor: “Levanta-te, entra na cidade. Aí te será dito o que deves fazer.” Os homens que o acompanhavam enchiam-se de espanto, pois ouviam perfeitamente a voz, mas não viam a ninguém. Saulo levantou-se do chão. Abrindo, porém, os olhos, não via nada . Tomaram-no pela mão e o introduziram em Damasco, onde esteve três dias sem ver, sem comer, nem beber.





Para maiores esclarecimentos consultar a obra de autoria de  J.Arthur Findlay,  No Limiar do Etéreo, edição da FEB, o mesmo aborda o fenômeno da voz direta e suas explicações dadas pelos espíritos que comparecerem as suas experiências explicando mais detalhadamente o processo das gargantas ectoplasmáticas, bem como o fenômeno da música transcendental estudada pelo eminente pesquisador Ernesto Bozzano em seu livro “Fenômenos Psíquicos no Momento da Morte”, editado também pela FEB.


A  MEDIUNIDADE  DE  CURA

                “Consiste a mediunidade desta espécie na faculdade que certas pessoas possuem de curar pelo contato, pela imposição das mãos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento. Semelhante faculdade incontestavelmente tem o seu princípio na força magnética; difere desta, entretanto, pela energia e instantaneidade da ação, ao passo que as curas magnéticas exigem o tratamento metódico, mais ou menos longo. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, se sabem proceder convenientemente; dispõem da ciência que adquiriam. Nos médiuns curadores, a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem nunca ter ouvido falar de magnetismo.




                A faculdade de curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de uma força excepcional de expansão,  mas  diversas  causas  ocorrem  para  aumentá-la ,  entre  as  quais  hão de colocar-se,  na primeira linha:  a  pureza dos sentimentos,  o desinteresse,  a benevolência,  o desejo ardente de proporcionar alívio,  a prece fervorosa e a confiança em Deus; numa palavra: todas as qualidades morais. A força muscular, ser partilha de toda gente, mesmo do homem perverso; mas, só o homem de bem se serve dela exclusivamente para o bem, sem idéias ocultas de interesse pessoal, nem satisfação de orgulho ou de vaidade. Mais depurado, o seu fluido possui propriedades benfazejas e reparadoras, que não pode ter o do homem vicioso e interesseiro.Todo efeito mediúnico, como já foi dito, resulta da combinação dos fluidos que emitem um Espírito e um médium. Pela sua conjugação esses fluidos adquirem propriedades novas, que separadamente não teriam, ou, pelo menos, não teriam no mesmo grau. A prece, que é uma verdadeira evocação, atrai os bons Espíritos sempre solícitos em secundar os esforços do homem bem-intencionado; o fluido benéfico dos primeiros se casa facilmente com o do segundo, ao passo que o homem vicioso se junta ao dos maus Espíritos que o cercam. O  homem  de  bem, que não dispusesse da força fluídica, pouca coisa conseguiria fazer por si mesmo, só lhe restando apelar para a assistência dos Espíritos bons, pois quase nula seria a sua ação pessoal; uma grande força fluídica, aliada à maior soma possível de qualidades morais, pode operar em matéria de curas, verdadeiros prodígios.A ação fluídica, ao demais, é poderosamente secundada pela confiança do doente, e Deus quase sempre lhe recompensa a fé,  concedendo-lhe o bom êxito.Somente   a  superstição  pode  emprestar  qualquer  virtude  a  certas  palavras   unicamente Espíritos ignorantes ou mentirosos podem alimentar semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto, acontecer que,  para pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, o uso de uma fórmula de prece ou de determinada prática contribua a lhes infundir confiança. Nesse caso, porém, não é na fórmula que está a eficácia e sim na fé que não é na fórmula que está a eficácia e sim na fé que aumentou com a idéia ligada ao emprego de fórmula.Não se devem confundir os médiuns curadores com os médiuns receitistas, que são simples médiuns escreventes, cuja especialidade consiste em servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas;  absolutamente mais não fazem que transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem, de si mesmos,  nenhuma influência.” (Obras Póstumas, Itens 52 a 55)




MATEUS  CAP.8, VS. 2 e 3
Eis que um leproso aproximou-se e prostou-se diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, podes curar-me”. Jesus estendeu-se a mão, tocou-o e disse: “Eu quero ser curado.” No mesmo instante, a lepra desapareceu.



MATEUS  CAP.8 , VS.14 e 15
Foi então Jesus à casa de Pedro, cuja sogra estava de cama, com febre. Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela levantou-se e pôs-se a servi-los.

MATEUS CAP. 12, V.13
Disse,  então,  aquele homem: “Estende a mão.” Ele a estendeu e ela tornou-se sã como a outra.

MATEUS CAP.20,  VS.32 a 34
Jesus parou, chamou-os e perguntou-lhes: “Que quer que eu faça?” “Senhor, que nossos olhos se abram!” Jesus, cheio de compaixão, tocou-lhes os olhos. Instantaneamente recobraram a vista e puseram-se a segui-lo.




LUCAS  CAP.8,VS. 43 a 47
Ora, uma mulher padecia dum influxo de sangue havia doze anos, e tinha gasto com os médicos todos os seus bens, sem que nenhum a pudesse curar, aproximou-se dele por detrás e tocou-lhe a orla do manto; e no mesmo instante lhe parou o influxo de sangue. Jesus perguntou; “Quem foi que me tocou ?”Como todos negassem, Pedro e os que com ele estavam disseram: “Mestre, a multidão te aperta de todos os lados...”Jesus replicou: “Alguém me tocou, porque percebi sair de mim uma força.”



ATOS  DOS APÓSTOLOS CAP.5, V.16
Também nas cidades vizinhas de Jerusalém afluía muita gente, trazendo os enfermos e os atormentados por espíritos imundos, todos eles eram curados.

ATOS  DOS APÓSTOLOS CAP.9, V.33
Ali achou um homem chamado Enéias, que havia oito anos jazia paralítico num leito. Disse-lhe Pedro: “Enéias, Jesus Cristo te cura: levanta-te e faze tua cama.”E levantou-se imediatamente.

ATOS  DOS APÓSTOLOS  CAP.14, V. 8 a 10
Em Listra vivia um homem aleijado das pernas, coxo de nascença, que nunca tinha andado. Sentado, ele ouvia  Paulo  a pregar.  Este,  fixando nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado,  disse  em  alta  voz: “Levanta-te direito sobre os teus pés!” Ele deu um salto e pôs-se a andar.





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