terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Evangelhos Apócrifos

OS EVANGELHOS  APÓCRIFOS E OUTROS ESCRITOS ANTIGOS


            Logo após a morte de Jesus, muitas Igrejas se formaram, dando início a uma nova religião, conhecida como Cristianismo primitivo. Esse novo movimento não era unificado, havendo portanto, inúmeras divergências entre as Igrejas, onde de uma forma geral cada uma apresentava uma maneira bem particular de entender Jesus e sua nova doutrina. Cerca de três séculos, após a morte de Jesus, surgiu a necessidade de estruturação da Igreja romana, daí a canonização dos textos aparece como um meio de sistematizar e organizar a enorme quantidade de escritos que haviam desde a época de Jesus. A imensa maioria dessas narrativas foi  considerada apócrifa por parte dos concílios da Igreja Católica. No grego clássico, a palavra apocrypha significa “oculto”ou “difícil de entender”. Posteriormente , tomou sentido esotérico , algo que só os iniciados podiam decifrar. A Igreja Católica, incumbiu-se de marginaliza-los considerando-os sem autenticidade, ou cuja a autenticidade não havia se provado, embora tenham sido, durante séculos classificados como portadores de lendas e mitos. Hoje em dia, já estão sendo reconhecidos como importantíssimas referências históricas do cristianismo primitivo, por muitos estudiosos, uma vez que muitos historiadores acreditam que vários deles podem conter proposições verdadeiras que não foram consignadas pelos autores dos textos classificados como sagrados, preenchendo lacunas importantíssimas deixadas pelos Evangelhos Canônicos, além de esclarecer alguns aspectos históricos da época em que foram escritos ou mesmo demonstrando as idéias religiosas de certos núcleos cristãos considerados heréticos. As inúmeras provas arqueológicas, portanto científicas,  não nos deixam dúvidas que muitos desses manuscritos, existiam ao tempo de Jesus e até mesmo muitíssimo antes dele, e eram regularmente consultados, como por exemplo o de Tomé e o de Felipe,  os quais foram encontrados em  Qunram, no Mar Morto, e ao que parece também foram objeto de estudos da seita dos essênios e de outros grupos simpatizantes do gnostismo.



Muitos desses manuscritos, retratam fatos anteriores e posteriores da vida de Jesus e principalmente o relacionamento dos cristãos e judeus naquela época. Segundo o  evangelista Mateus, havia um grupo de cristãos que interpretava as citações de Jesus de forma apocalíptica  e messiânica. Por outro lado Tomé demonstra em seus escritos que existia no século I um grupo de cristãos que interpretava as citações de Jesus de forma esotérica e mística. Assim os estudiosos concluíram que nenhum tipo de cristianismo pode afirmar que possui a verdadeira  interpretação das declarações de Jesus. Em sua visão Tomé não é necessariamente mais autêntico que Mateus, é apenas diferente. Além do mais alguns dos registros mais antigos da arte cristã primitiva através de representações nas catacumbas de pinturas e esculturas, muitas das  vezes se baseavam em episódios descritos nos evangelhos apócrifos.Isto representa uma consistente prova de que os cristãos primitivos não só estavam cientes da existência desses livros como os consultavam  largamente. Muito antes do cristianismo, Eclesiástico no cap. 39 vs.1 a 3 , aborda esse assunto dessa maneira: ”O sábio procura cuidadosamente a sabedoria de todos os antigos, e apoia-se ao estudo dos profetas. Guarda no coração as narrativas dos homens célebres e penetra ao mesmo tempo nos mistérios das máximas. Penetra nos segredos dos provérbios, e vive com o sentido oculto das parábolas” Essas referências são bem antigas, no Velho Testamento, encontramos algumas delas. Em Números cap. 21 v.14, é citado o livro ”Livro das Guerras do Senhor”, no livro de Josué cap.10 v13 e em II Samuel cap.1 v 18, é citado passagens do “Livro do Justo”, que não pertencente aos livros do Antigo Testamento ainda em II Samuel cap. 1, v.18 a menção do livro de Jasar e em I Samuel a referência no cap. 10 v. 25 do Livro dos Estatutos.  Em Exôdo cap. 24, v. 7, encontranmos menção ao livro do Convênio. Em I Reis cap. 11,v.41 encontramos menção a um livro desconhecido como: “Livro de Atos de Salomão”. No Livro de Crônicas encontramos várias menções a esses escritos como,  em I Crônicas cap. 29, v.29,  ao “Livro de Gade, O vidente”,  em II Crônicas cap. 29, v.29, ao “Livro do Profeta Natã”, em II Crônicas cap. 9, v.29, a  “A profecia de Aías”, em II Crônicas cap. 13, v.22, ainda “A história do profeta Ado”., em II Crônicas cap. 12, v.15. temos o “Livro de Semaías, o profeta”, em II Crônicas cap. 20, v. 34 temos “As crônicas de Jeú”. No livro I Macabeus cap. 12, vs. 20 e 21, existe um trecho de uma escritura não pertencente a Bíblia, que faz referência a ascendência dos judeus: “Achou-se aqui uma escritura sobre os espartanos e os judeus, que eles eram irmãos e que todos vem da linhagem de Abraão.” Em Ester cap. 9 v 32, vemos a menção a um livro importante para o povo judeu, que foi consignado mas não entrou nas Escrituras. Lemos :”Deste modo a ordem de Ester confirmou a instituição dos Purim e tudo isto foi consignado num livro. Ainda em Ester cap.10 v.2  aparece um livro de Crônicas dos reis medos e persas: “Tudo o que concerne a seu poder e suas façanhas e os detalhes sobre a elevação de Mardoqueu pelo rei, estão escritos no Livro de Crônicas dos reis dos medos e dos persas.” No primeiro livro dos reis (cap.4 vs. 29 a 34), revela que Salomão produziu numerosíssimos provérbios de Sabedoria. Muito deles provavelmente bastantes difundidos na antigüidade não foram incluídos na Bíblia. No Prólogo do Livro de Eclesiástico ou Sabedoria de Jesus, filho de Sirac, observamos que uma das fontes por ele utilizada foram os livros apócrifos. Escreve: “Pela Lei, pelos Profetas e por outros escritores que os sucederam, recebemos inúmeros ensinamentos importantes e cheios de sabedoria, que tornam Israel digno de louvores pela sua doutrina e sabedoria, pois não somente esses autores deverão ter sido muito esclarecidos, mas os próprios estranhos podem tornar-se, graças a eles, muito hábeis em falar e escrever. É assim que, após entregar-se particularmente ao estudo atento da Lei, dos Profetas e dos outros Escritos, transmitidos por nossos antepassados também meu avô Jesus quis escrever algo instrutivo e cheio de sabedoria, a fim de que as pessoas desejosas de se instruir, esclarecidas por suas lições, pudessem dedicar-se mais e mais a reflexão e progredir na vida conforme a Lei. Exorto-vos então a consagrar à leitura deste livro boa vontade e atenção muito particular, e a perdoar-nos também quando, embora querendo dar uma imagem exata da sabedoria, não encontrarmos, entretanto, os termos desejados para expressá-la. Com efeito, as palavras hebraicas perdem sua força quando traduzidas em língua estrangeira, fato que não acontece apenas com esse livro somente, pois a Lei e os Profetas e os outros Escritos são, quando traduzidos, muito diferente do que no texto original. No ano trinta e oito do reinado de Ptolomeu Evergeta, vim ao Egito, onde permaneci muito tempo. Aí encontrei deixado ao abandono, este livro, encerrando uma doutrina que não se deve desprezar. Por isso julguei que fosse útil e mesmo necessário trabalhar com cuidado para traduzi-lo. Durante muito tempo dediquei a esse fim muitas vigílias e todos os cuidados para executar essa obra e publicá-la no interesse daqueles que quisessem entregar-se à reflexão e aprender como se devem conduzir, se estiverem resolvidos a pautar a sua vida segundo a lei do Senhor.” A própria condição de elevação de Henoc citada em Gênesis cap. 5 v 24, reforçada pelo  comentário de Eclesiástico  no cap. 49 v16, onde escreve: “Ninguém nasceu no mundo comparável a Henoc”. Demonstra a importância que tinha o profeta Henoc no contexto religioso judaico-cristão, tanto é que verificamos que o próprio Paulo de Tarso consultava o “Livro de Henoc”, pois  quando escreve a Judas irmão de Tiago,  transcreve em sua epístola uma de suas profecias. Em Judas cap. 14 v.15, escreve: “Também Henoc, que foi o oitavo patriarca depois de Adão, profetizou a respeito deles, dizendo.”Eis que veio o Senhor entre milhares de seus santos para julgar a todos e confundir a todos os ímpios por causa das obras da sua impiedade que praticavam, e por causa de todas as palavras imperiosas que eles ímpios, tem proferido contra Deus.” Na própria epístola de Judas desta vez no versículo 9, encontramos uma nítida referência ao livro “Assunção de Moisés”, bastante difundido na tradição judaica. Em II Timóteo, observamos citações de escritos que fazem referência a dois profetas, Janes e Jambres da tradição judaica não mais mencionados nas narrativas bíblicas.  Ainda nas epístolas de Paulo de Tarso desta vez em I Coríntios cap. 15 v 33, uma citação do poeta grego Meandro: “Más companhias corrompem bons costumes.” Em Atos dos Apóstolos cap. 17 v .28 , Paulo cita o grego Arato: “Nós somos também de sua raça...”. Na epístola de Tito cap. 1 v. 12, existe um termo: “Os cretenses são sempre feras selvagens, glutões preguiçosos” , retirado do “Livro dos Oráculos”, do poeta  Emimêde, que viveu na Ilha de  Creta, no Mediterrâneo,  no séc. VI antes de Cristo. No livro de Judite cap. 16 v.6 faz referência aos Titãs, gigantes que segundo a mitologia grega, pretendiam escalar os céus, para destronar Júpiter. O profeta Isaías em seus escritos cita os sátiros(cap. 13 v.21 e cap. 34 vs. 12;14) e o Leviatã,(27 v.1), figuras pertencentes a mitologia grega e fenícia respectivamente. Possivelmente o profeta Ezequiel no (cap. 26 v.17 e cap. 32) do seu livro, referia-se aos escritos de Platão sobre a Atlântida, quando escreveu “Como perecestes habitantes dos mares, cidade altiva, tão poderosa do mar, com teus habitantes que se faziam temer por todos os continentes”; “... Disse o senhor: E fazendo lamentações sobre ti, dir-te-ão: como presente tu que existia no mar, ó cidade altiva ínclita, que tens sido poderosa no mar e teus habitantes a quem temiam? Agora passarão nas naus, no dia da tua espantosaruína, e ficarão mergulhadas as ilhas no mar, e ninguém saberá dos teus portos; e quando tiver feito vir sobre ti um abismo e te houver coberto com um dilúvio de água, eu te terei reduzido a nada, e tu não existirás, e ainda que busquem não mais te acharão para sempre...” O profeta Isaías no cap. 18 vs. 1 e 2, parece também descreve-la “...Ai da terra dos navios que está além da Etiópia; do povo que manda embaixadores por mar em navios de madeira sobre as águas. Ide, mensageiros velozes, a uma gente arrancada e destroçada; a uma gente que está esperando do outro lado, e a quem as águas roubaram suas terras...”. Essas referências prova-nos que os grandes profetas ou iniciados recorriam a outras literaturas religiosas-mitológicas, para compor os seus escritos e divulgar o conhecimento, e muitas das vezes de forma velada. Em Ezequiel cap. 14 v.4, verificamos  uma citação a Noé, Jó e a Daniel, três tipos de justos. Os dois primeiros conhecidos e célebres na tradição judaica. Já Daniel ou segundo a versão grega Danel, é na verdade um personagem considerado herói num poema fenício muito antigo. No cap. 28 v. 3  do mesmo livro, é considerado por Ezequiel, um dos homens mais sábios do mundo. Naturalmente não poderia tratar-se do profeta Daniel, pois este era mais jovem que Ezequiel. Em  II Timóteo cap. 4, v.13, observamos referências a esses livros:“Quando veres, traze a capa que deixei em Trôade em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos”. Pois os pergaminhos sabemos que eram escritos sobre os ensinamentos de Jesus, mas os livros aqui descritos são certamente alusão as antigas fontes de estudos paralelos que os antigos apóstolos e discípulos, e todos os estudiosos da teologia na antigüidade consultavam para complementar e ampliar os conhecimentos. Hoje todo esse manancial de informações que influenciaram diversas passagens descritas nas Escrituras, são considerados apócrifos pelas igrejas tradicionais.



 Na realidade, até o ano de 393 não havia uma definição oficial sobre quais eram os livros  reconhecidamente inspirados por Deus, e os apócrifos eram bastante difundidos, tendo a traição da Igreja incorporado muitas das informações neles contidas. Entre essas informações estão: os nomes do pais de Maria (Joaquim e Ana); a apresentação de Maria ao Templo após três anos de idade; a presença do boi e do burro na gruta onde nasceu Jesus; o nome dos três reis magos (Gaspar, Melquior e Baltazar); o nome dos ladrões crucificados com Jesus(Dimas e Gesta), Consta  também o  nome dos soldado que abriu o lado de Jesus com uma lança (Longino) como o que deu-lhe uma esponja de vinagre para beber (Estefânio); a história de Verônica que enxugou o rosto de Jesus; a assunção perpétua de Maria e sua assunção corporal ao céu; a concepção da rebelião celeste e os anjos decaídos que encontram-se mais precisamente nos livros de Henoc e dos Jubileus, apócrifos judaicos, os quais narram como Azael, chefe dos filhos de Deus, e suas hostes angelicais caíram do céu por causa da desobediência ao Deus Altíssimo e uniam-se ao casamento com os seres humanos, e também como esses anjos passaram a ser os antepassados diretos de uma raça insigne em conhecimento e habilidades mágicas.
Terminaremos esse capítulo com a lista dos considerados “apócrifos” ao longo dos tempos.


Ascensão de Maria






Apresentação de Maria ao Templo



Pais de  Maria - Joaquim e Ana





Anunciação da Gravidez de Ana a Joaquim por um anjo



Jesus caminha pelos raios de sol.



Verônica



Jesus e a morte de seu pai José



Hino cantado por Jesus segundo evangelho de João



Simão Cirineu leva a cruz de Jesus




Sonho da esposa de Pilatos sobre Jesus



ANTIGO TESTAMENTO

Apocalipse de Adão
Apocalipse de Baruc
Apocalipse de Moisés
Apocalipse de Sidrac
As Três Estelas de Seth
Ascensão de Isaías
Assunção de Moisés
Caverna dos Tesouros
Epístola de Aristéas
Livro dos Jubileus
Livro dos Justos
Martírio de Isaías
Oráculos Sibilinos
Prece de Manassés
Primeiro Livro de Adão e Eva
Primeiro Livro de Enoc
Primeiro Livro de Esdras
Quarto Livro de Macabeus
Revelação de Esdras
Salmo 151
Salmos de Salomão ou Odes de Salomão
Segundo livro de Adão e Eva
Segundo Livro de Enoc ou Livro dos Segredos de Enoc
Segundo Livro de Esdras
Segundo Tratado do Grande Seth
Terceiro Livro de Macabeus
Testamento de Abraão
Testamento dos Doze Patriarcas
Vida de Adão e Eva


NOVO TESTAMENTO

A Hipostase de Arcontes
Ágrafos de Origens Diversas
Ágrafos  Extra-Evangelhos
Apocalipse da Virgem
Apocalipse de João o Teólogo
Apocalipse de Tiago
Apocalipse de Pedro
Apocalipse de Tomé
Atos de André
Atos de André e Mateus
Atos de Barnabé
Atos de Felipe
Atos de João
Atos de João o Teólogo
Atos de Paulo
Atos de Paulo e Tecla
Atos de Pedro
Atos de Pedro e André
Atos de Pedro e os Doze Apóstolos
Atos de Pedro e Paulo
Atos de Tadeu
Atos de Tomé
Correspondência entre Paulo e Sêneca
Declaração de José de Arimatéia
Descida de Cristo ao Inferno
Discurso de Domingo
Ditos de Jesus ao Rei Abgaro
Ensinamento dos Apóstolos
Ensinamentos de Silvano
Ensinamentos do Apóstolo Tadeu
Epístola aos Laodicenses
Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
Epístola de Jesus ao Rei Abgaro
Epístola de Pedro a Felipe
Epístola de Poncho Pilatos a Herodes
Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos
Epístola do Rei Abgaro a Jesus
Epístola dos Apóstolos
Eugnósticos, O Bem-Aventurado
Evangelho Apócrifo de João
Evangelho Apócrifo de Tiago
Evangelho Árabe da Infância
Evangelho Armênio da Infância
Evangelho da Verdade
Evangelho de André
Evangelho de Bartolomeu
Evangelho de Felipe
Evangelho de Judas Iscariotes
Evangelho de Judas Tadeu
Evangelho de Marcião
Evangelho de Maria de Madalena ou Evangelho de Maria de Betânia
Evangelho de Matias
Evangelho de Nicodemos
Evangelho de Pedro
Evangelho de Tiago Maior
Evangelho de Tomé o Dídimo
Evangelho do Pseudo-Mateus
Evangelho do Pseudo-Tomé
Evangelho dos Nazarenos
Evangelho dos Ebionitas ou Evangelho dos Doze Apóstolos
Evangelho dos Egípcios
Evangelho dos Hebreus
Evangelho dos Setenta
Evangelho Secreto de Marcos
Exegese Sobre a Alma
Exposições Valentinianas
Fragmentos Evangélicos Conservados em Papiros
Fragmentos Evangélicos de Textos Coptas
História de José o Carpinteiro
Infância do Salvador
Julgamento de Pôncio Pilatos
Livro de João o Teólogo Sobre Assunção da Virgem Maria
Martírio de André
Martítrio de Bartolomeu
Martírio de Mateus
Morte de Pôncio Pilatos
Natividade de Maria
O Evangelho de Gamaliel
O Evangelho de Zacarias
O Pensamento de Norea
O Testemunho da Verdade
O Trovão, Mente Perfeita
Passagem da Bem-Aventurada Maria
Pistis Shopia
Prece de Ação de Graças
Prece do Apóstolo Paulo
Primeiro Apocalipse de Tiago
Proto-Evangelho de Tiago
Retrato de Jesus
Retrato do Salvador
Revelação de Estevão
Revelação de Paulo
Revelação de Pedro
Sabedoria de Jesus Cristo
Segundo Apocalipse de Tiago
Sentença de Pôncio Pilatos Contra Jesus
Sobre A Origem do Mundo
Testemunho Sobre o Oitavo e Nono
Tratado Sobre a Ressurreição
Vingança do Salvador
Visão de Paulo


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