terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Diógenes e a filosofia Cínica


DIÓGENES E A FILOSOFIA CÍNICA


            Os Cínicos, por sua vez, foi uma seita fundada por Antístenes(444-365 a. C.), discípulo de Sócrates(470-399 a. C.) e notabilizada por Diógenes(413-327 a. C.). Embora o termo cínico passasse a significar sarcástico ou duvidoso, o Cinismo tem um significado muito mais amplo. Diógenes de Sínope, o modelo dos Cínicos, afirmava que se podia alcançar a verdadeira liberdade rejeitando os valores tradicionais como a riqueza, o prazer e as responsabilidades familiares. Eles  promoveram um estilo de vida simples e errante, intencionado em criticar e a polemizar os costumes convencionais da sua época. A filosofia cínica intentava ajudar o homem a desenvolver uma concepção de análise mais profunda da sociedade e a maneira como ela interferia na sua vida. Verificamos, portanto que o estilo de vida de Jesus apresentava considerável semelhança com a tradição grega da filosofia popular característica dos Cínicos. Um exemplo flagrante disso está indicado na passagem em que Jesus é apresentado como dando motivo a divisões e as discórdias. Mateus cap. 10 vs. 34 a 36: “Não penses que eu vim trazer a paz à terra. Não vim trazer paz, mas a espada. Com efeito, vim contrapor o homem ao seu pai, a sua filha à sua mãe e a nora à sua sogra. Em suma: os inimigos do homem serão os próprios familiares”.
            A diferença entre os seguidores Jesus e os Cínicos estava justamente focalizada na seriedade com a qual o movimento de Jesus enfrentava a nova visão social do reino de Deus. Desta forma os ensinamentos conferidos a Jesus, segundo os evangelistas eram bastantes freqüentes entre as tradições gregas dos Socráticos e dos Cínicos, ambas possuíam o mesmo humor, a mesma inteligência e por conseguinte a mesma lógica. Os cínicos eram conhecidos pelos poucos utensílios que levavam; um saco ou alforje, nem alparcas, nem bordão, nem dinheiro. Mais uma vez em Lucas cap. 12, v. 22 vemos: “Não estejais apreensivos pela nossa vida, sobre o que comereis; nem pelo corpo, sobre o que vestireis.”Os cínicos aconselhavam a seus discípulos a cultivarem um espírito de perseverança e paciência e a amarem o homem que os açoita. Isto convida-nos a uma comparação direta a citação de Jesus em Lucas cap. 6, v.28: “Bendizei os que vos maldizem”.


            O filósofo Diógenes, desprezava as riquezas e amava sobremaneira a natureza, andava descalço dormia embaixo dos pórticos , envolvido por sua única e pobríssima capa e tinha por seu domicílio um tonel , que se tornou popular em toda a Grécia. Em uma certa ocasião viu um menino bebendo , numa fonte água no côncavo da mão, disse ele: “Esta criança  mostra-me que ainda possuo coisas supérfluas.” e quebrou a escudela de que habitualmente se servia para beber. Em uma outra ocasião foi visto a passear pelas ruas de Atenas com uma lanterna acesa na mão, perguntada qual a razão de tanta excentricidade, o filósofo respondeu: “Ando a procura de um homem.” Vejamos agora algumas comparações das assertivas de Jesus com a dos Cínicos. Vejamos:



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