terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Magia, Conhecimento ou Milagre


A MAGIA E CONHECIMENTO


Do grego “mageía”, é a princípio um conjunto de atividades rituais e crenças, que se pretende modificar por meio de atos,  palavras, oferendas, comportamentos e procedimentos humanos, que visa, interferir no curso dos acontecimentos, por ação direta de forças místicas transcendentais, ou mesmo de espíritos,  objetivando efeitos e fenômenos extraordinários. Por meio desta ciência, o indivíduo se acha investido de uma espécie de onipotência relativa e pode agir de modo que ultrapassa a capacidade comum dos homens. A magia constitui o núcleo de diversas religiões, e na sua essência é um tipo de religião. Na realidade existe um paradoxo ente antropólogos, teólogos e sociólogos em saber identificar se a magia originou a religião, ou se esta originou a magia. A ciência dos magos ensinam os ocultistas era a arte sacerdotal e a arte real, porque , pela iniciação , os sábios se habilitavam para exercer os poderes sobre as almas e as vontades. Os magos na Antigüidade eram tão numerosos chegaram até mesmo a formar castas na Pérsia, Babilônia, Egito, etc. 




O endereçamento da magia desvirtuou-se muito, daí verificamos a “magia branca” e a “magia negra”, chegando até muitos ocultistas afirmarem que essa ruptura ocasionou no passado longínquo a destruição da Atlântida. Na realidade a magia é uma expressão de uma vontade, sendo assim,  quando estamos direcionando nossa vontade estamos desenvolvendo a “magia” e esta será boa ou má dependendo da natureza de nossos pensamentos. O que distingue a religião de magia é mais precisamente a posição do homem em relação aos poderes divinos. O religioso suplica humildemente a proteção divina, o mago entrega-se as práticas de evocação e imantação para submeter supostamente a divindade aos seus caprichos e a sua vontade. O religioso adora a Deus, o mago o “utiliza” como fonte de poder ao seu alcance. Pela afirmação da existência em um mundo invisível e a crença de que o homem pode participar deste mundo, e comunicar-se com ele, a magia desta forma,  liga-se em alguns aspectos a religião. A magia é de uma forma primitiva uma das fontes primeiras da ciência, e engloba de certa forma um determinismo científico, no qual pressupõe-se que certos fenômenos não se produzem a revelia, mais dependem exclusivamente e diretamente de existências e ações bem determinadas e dirigidas para se realizarem. 



Os magos acreditam que ao desempenharem rituais pré-determinados alcançarão sempre os mesmos objetivos. A menos que um outro ritual realizado por outro mago mais poderoso possa de alguma maneira neutralizar o encantamento inicial. Seria na realidade uma força contrária com maior intensidade, que o combate e o anula. Desta forma, existe de fato, certo determinismo científico, como bem falamos, no qual vigora através das leis de causa e efeito, ação e reação, que são impulsionadas a partir da vontade do mago ou sacerdote. A própria arte no passado remoto aponta para o uso da magia, através das pinturas rupestres, que são desenhos efetuados nas rochas e nas paredes das cavernas, na pré-história parecem estar diretamente ligadas a algum ritual mágico. As cenas de caças ligadas às grutas representam quase sempre animais feridos ou aprisionados. Isto pressupõe que o mago, feiticeiro ou Xamã, ao ter representando tal cena pretendesse assegurar uma caça plena e abundante para sua comunidade. As mulheres por sua vez, nessas pinturas são sempre na sua grande maioria representadas obesas, o que está sem dúvida alguma ligado aos ritos mágicos de fecundidade, que visava pura e simplesmente a garantia da perpetuação da espécie para épocas vindouras.
A magia de certa forma representa a capacidade e a vontade inata que o homem tem de interagir com o seu universo e modifica-lo. Ao tempo que imagina, inventa, procura sempre além das aparências, procedendo assim, adentra no mundo extra-físico, o mundo espiritual. Segundo o médico alquimista e ocultista Papus(1865-1916), a magia representa a ação da vontade sobre a vida.




A natureza possui um papel vital na magia, por isso o mago estuda profundamente os seus ritmos e os seus mais profundos mistérios. A magia em seus princípios básicos, esboça em seus rudimentos mais profundos aspectos transcendentes, embora ainda não muito bem explicados mais praticados com a finalidade de atender os fatores materiais por meios espirituais. Muitos destes processos ainda se encontram enraizados nos indivíduos, através da prática de rituais que perduram por séculos e séculos, como por exemplo, os atos de exorcismo, ainda praticados por muitas Igrejas. As religiões atuais muito absorveram da magia ancestral, o próprio catolicismo, como não poderia deixar de ser, está impregnado de atos e ritos mágicos, resquícios de eras remotas da humanidade, desde o nascimento a morte do suposto cristão, identificamos os poderes mágicos influenciando as ações nos cultos da Igreja. Os óleos da extrema-unção garantem magicamente a exemplo da mumificação egípcia, a transição segura do espírito para as regiões celestes. Este tipo de cerimonia foi desenvolvida também pelos judeus que absorveram estes princípios egípcios, fazendo logicamente as devidas adaptações. Tanto isso é uma verdade, que podemos identificar esse processo na própria preparação do corpo de Jesus para o devido sepultamento, como judeu, passou por este processo ritualístico (João,cap.19,vs. 39 e 40).







 A água purifica, o óleo santifica e pela magia da água, livra-se a criança inocente do pecado original gerado pelo ato da concepção. A manifestação de Deus e sua materialização pela hóstia dada pelo sacerdote, à benção de imagens e medalhas, levava os cléricos e seguidores a aceitarem a eficiência dos ritos e dos amuletos mágicos. A Umbanda e o Candomblé, religiões afro-brasileiras, também são doutrinas, ou linhas de pensamentos que ainda utilizam-se  muito dos ritos mágicos em seus cultos, aonde defumadores, velas, charutos, bebidas, são elementos de ligação com as entidades extra-físicas, ou melhor com os Espíritos comunicantes.
Destacamos do livro “ Loucura e Obsessão”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, um trecho(págs.114 e 115), no qual o Espírito Manoel P. Miranda, realiza um explicação bem elucidativa com relação a magia: “A magia respondeu sem afetação é uma ciência-arte tão antiga quanto as primeiras conquistas culturais do homem. Reservada à intimidade dos santuários da antigüidade oriental, é o uso do magnetismo, que começava a ser descoberto, da hipnose e do intercâmbio mediúnico, que os próprios imortais desencarnados propiciaram aos homens. A superlativa ignorância das leis vestiu essas práticas de rituais e fórmulas ensinadas pelos Espíritos , a maioria deles constituída de presunçosos e prepotentes, que se acreditavam deuses, exigindo sacrifícios humanos, animais e vegetais, conforme o processo de evolução de cada povo... Conhecendo através da repetição das experiências, a exteriorização magnética das chamadas “forças vivas” da Natureza e dos seres, manipulavam-nas com grande aparato, para impressionar, colhendo alguns resultados, que projetavam os seus sacerdotes e quanto as praticavam. Pela mesma forma, percebeu-se que a aplicação de tais recursos podia ajudar ou entorpecer as criaturas, promovendo-as ou perturbando-as daí nascendo as duas correntes referidas. Os mesmos Espíritos, em toda a parte, ensinaram aos seus familiares e afetos que ficaram na Terra, com as variações compreensíveis, em concordância com os níveis culturais e sociais, os referidos valores que, pela sua complexidade, passaram a constituir suas crenças seitas e cultos religiosos. Todos vivemos dentro de nossos limites ou larguezas que as nossas conquistas evolutivas nos facultam. Assinalados mais pelas necessidades do que pelas realizações superiores, possuímos disposições naturais para a mais fácil sintonia com as forças primárias e violentas. A maioria das criaturas ainda reage mais a uma ação negativa com a qual facilmente sintoniza, do que com um gesto, um ato sutil de afetividade, de gentileza. Disso decorre que nas práticas de magia negra, sempre há aqueles que se fazem receptivos às mesmas. Consciência de culpa inata, insegurança emocional, desajustes temperamentais, invigilância moral, insatisfação pessoal, ociosidade mental, conduta irregular, e , além desses fatores, os débitos passados constituem campo vibratório propício à sintonia com as induções mentais dos maus __ telepatia e telementalização perniciosas __, assim como as ondas da magnetização de objetos ofertados para as práticas nefastas __ imantações fluídicas __e, por fim, afinidade vibratória com os perversos e com os Encantados que se deixam utilizar, na sua grande ignorância para fins ignóbeis como os para os de ordem elevadas. Na cultura religiosa do passado e do presente encontraremos esses seres sob a denominação de devas, elementais, fadas, gênios, silfos, elfos, djins, faunos... A senhora Helena Blavatsky fez uma exaustiva pesquisa a tal respeito e os classificou largamente.”


MAGIA, CONHECIMENTO APLICADO OU MILAGRE


 Por causa da magia, o Egito era considerado a “terra negra”(Kemt) e nekros os seus habitantes, como narram os antigos escritos, tornaram-se negros não pela utilização da magia, mas pelo direcionamento que deram a ela. Isto posto, os egípcios através dos sacerdotes de Ramissés usavam de magia, conhecimento e  ilusionismo, e desses pontos valeram-se para combater o próprio Moisés como a Bíblia bem nos descreve no Antigo Testamento em Êxodo Cap.7,vs.11 e 12, 19, 22: “Mas o Faraó, mandando vir os sábios, os encantadores e os mágicos, estes fizeram mesmo com seus encantamentos: jogaram cada uma de suas varas, que se transformaram em serpentes.”



Alguns estudiosos acreditam que tanto os sábios egípcios como Moisés, tinham conhecimento da  propriedade que possui a víbora Hajé, uma espécie de ovídeo do Egito, em torna-se rígida uma vez que se lhe cospe na boca. Basta depois constrange-la a fechar a boca e carregar a mão sobre a cabeça para acordá-la do devido transe e isso também sugere uma espécie de mágica. Segundo algumas passagens bíblicas entendias por milagres, na realidade podem ser meros registros da aplicação de técnicas e conhecimentos não conhecidos pela maioria dos espectadores. A suposta vara mágica que Moisés utilizou em Números (cap. 20 v11) , era muito provavelmente, um galho de alveleira, o qual  tem a propriedade de voltar com força uma das pontas para o lado em que houver água. Foi assim que ela indicou haver precioso líquido  e uma vez encontrada a fonte fácil foi captá-la. Diz o trecho: “Moisés levantou a mão e feriu o rochedo com sua vara duas vezes; as águas jorraram com abundância, de sorte que bebeu o povo e os animais.“




 Cabe-nos ressaltar, que naquele tempo os egípcios já conheciam a radiestesia, e o suposto milagre descrito nas Escrituras, nada mais pode ter sido do que o uso dessa técnica, desconhecida pela maioria do povo hebreu. Moisés sendo naturalmente criado desde tenra infância no Egito conhecia estes artifícios, os quais foram da mesma forma utilizados pelos magos do faraó, como a Bíblia nos atesta, mas com uma diferença de interpretação. Por parte dos egípcios era magia e por parte de Moisés eram milagres extraordinários. Não estamos induzindo ao leitor deduzir que Moisés não possuía poderes paranormais ou mediúnicos, pois isso é inegável, segundo os próprios relatos bíblicos e suas associações com os fatos hoje conhecidos. Mas a  grande maioria das passagens sugerem-nos apenas um  homem utilizando técnicas e conhecimentos superiores aos normalmente desconhecidos pela maioria dos espectadores. Daí a dificuldade em se distinguir conhecimento aplicado de prodígios, ou de fenômenos espirituais, ou de magia propriamente dita, gerando inúmeras controvérsias a esse respeito. Observamos que o método utilizado por Jacob descrito em Gênesis (cap. 30 vs. 37 a 39),  para que os cordeiros nascessem com pintas , foi segundo os estudiosos da mitologia e do esoterismo, adstrito a magia conhecida pelo nome de “homeopatia”, que se baseia na chamada lei das semelhanças. Segundo o princípio imitativo, o mago pode produzir qualquer efeito, com a simples condição de imitá-lo. 




Desta forma, “os efeitos assemelham-se as suas causas”. Em Tobias (cap. 6 vs 5 a 9) , recebendo instruções do anjo protetor utiliza o coração de um peixe para praticar o exorcismo através de um suposto ato mágico: “E o anjo, respondendo , disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do seu coração sobre essas brasas acesas, o seu fumo afugenta toda a casta de demônios, tanto do homem como da mulher, de sorte que não tomam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que tem algumas névoas, e sararão.” 




Existe também o caso de sugestão hipnótica vivenciado pelo rei da Babilônia, Nabucodonosor, que aparentemente foi transformado numa espécie de “lobisomem”, como podemos observar em Daniel (cap.4, vs.13 e 14) : ”Que se mude seu espírito; que em lugar de um espírito humano lhe seja dado um espírito animal e sete tempos passem sobre ele.Expulsar-te-ão dentre os homens para fazer habitar como animais do campo; pastarás ervas como bois e serás molhado pelo orvalho do céu. No mesmo momento o oráculo pronunciado sobre Nabucodonosor cumpriu-se; ele foi expulso dentre os homens e pastou ervas como bois; seu corpo foi molhado pelo orvalho do céu. Seu pelo cresceu como penas de águia e suas unhas como unhas de pássaro. “




            A Bíblia nos apresenta diversos casos em que diferentes espécies de amuletos mágicos foram largamente utilizados, confundindo-se portanto magia ou conhecimento aplicado com milagre. O profeta Isaías chamava de “pedras sagradas”,  as pedras dotadas de virtudes mágicas do santuário.(Lamentações cap.4,v.1). O manto de Elias,  utilizado por Eliseu, em  II Reis (cap. 2, v 14), o qual  separa as águas do rio: “Apanhou o manto que Elias deixara cair, e voltando até o Jordão, pairou à beira do rio. Tomou o manto que Elias deixara cair, feriu com ele as águas, dizendo: “Onde está o Senhor, Deus de Elias? Onde está ele? Tendo ferido as águas, estas separaram-se para um e outro lado, e Eliseu passou.”.







 Ainda em II Reis (cap. 13, 21), os ossos de Eliseu ressuscitam um cadáver: “Ora, aconteceu que um grupo de pessoas , estando a enterrar um homem, viu uma turma desses guerrilheiros e jogou o cadáver no túmulo de Eliseu. O morto, ao tocar os ossos de Eliseu, voltou à vida, e pôs-se de pé.”.




 Em Mateus (cap. 9,v 20), a túnica de Jesus produzia efeitos miraculosos em quem a tocasse: “Ora, uma mulher atormentada por um fluxo de sangue, havia doze anos, aproximou-se dele por trás e tocou-lhe a orla do manto. Dizia consigo: “Se eu somente tocar na sua vestimenta serei curada”. Jesus virou-se, viu-a e disse-lhe: “ Tem confiança, minha filha, tua fé te salvou.”E a mulher ficou curada instantaneamente.” 





Em Atos dos Apóstolos (cap. 19, v11), fatos similares acontecem com Paulo: ”Deus fazia milagres extraordinários por intermédio de Paulo, de modo que lenços e outros panos que tinham tocado o seu corpo eram levados aos enfermos; e afastavam-se deles as doenças e retiravam-se os espíritos malignos.” Paulo de Tarso, em carta aos hebreus (cap. 9, v.4), ainda refere-se a vara de Araão que era cultuada como relíquia sagrada no tabernáculo.





            Nesses casos como em muitos outros, a  “magia,” ou “conhecimento aplicado” chamado de milagre, é na realidade, uma forte concentração fluídica, que se agrega aos objetos, de forma intencional ou não,  transformando-os em amuletos. Esse conhecimento ao longo dos tempos, foi utilizado muitas das vezes, pela maioria dos povos de cultura e civilizações ancestrais, onde os ensinamentos eram transmitidos aos iniciados de geração em geração, principalmente pela tradição oral pelos sacerdotes detentores do conhecimento oculto. Durante milênios por questão de segurança a ciência oculta ficou guardada como ultra-secreta em cavernas, nas regiões montanhosas do Tibet. Os registros originais nunca foram encontrados, as supostas cópias ao longo dos anos foram sendo acrescidas de novos conhecimentos. Alguns desses escritos antigos formaram o livro Dzyan, segundo alguns iniciados composto no Himalaia, pelos habitantes da cidade de Shambala. Esses ensinamentos chegaram ao Japão, a Índia e a China, e até mesmo nas tradições sul-americanas foram encontrados vestígios de seus postulados. Dizem os ocultistas, que o livro Dzyan era possuidor de um imenso magnetismo, os altos sacerdotes ao manuseá-lo, viam passar, como um filme diante de seus olhos os acontecimentos descritos tanto passado como futuro, ao tempo que simultaneamente ouviam em suas línguas a descrição dos textos misteriosos.
Muitos desses preceitos foram desvirtuados e confundidos intencionalmente, por parte das instituições religiosas preconceituosas e dogmáticas, que no afã de sedimentar seus conceitos, através de preconceitos, acabaram por estigmatizar o que era naturalmente contrário aos seus propósitos e conveniências. Muitos esquecem-se que o próprio Jesus, no episódio do seu nascimento, segundo o evangelista Lucas, foi recepcionado por três reis magos oriundos do oriente, que guiados por uma misteriosa estrela, vieram  adorará-lo e presentea-lo.




 A magia é decerto em alguns aspectos uma ilusão, e essa ilusão pode ser também fomentada pela ignorância e por interpretações errôneas e partidárias. A propósito, muitos estudiosos questionam se passagem ocorreu mesmo pelo Mar Vermelho, conforme está narrada nas Escrituras em (Exôdo,cap.14), ou se isso é mais um erro de interpretação da Bíblia. Segundo os cientistas o Mar Vermelho é muito profundo para que os ventos pudessem dividi-lo. Então indagamos que fenômeno natural poderia  ter ocasionado essa divisão a qual a Bíblia nos relata?




 Aprofundando mais os nossos estudos, verificamos que na realidade a palavra Vermelho, é um mais um erro na tentativa de  tradução das Escrituras. Na Bíblia hebraica a palavra Yam Sûph, significa mar de juncos, quando foi traduzida para o idioma grego, a palavra Sûph em hebraico que significa juncos foi traduzida para o grego como Reed, o que quer dizer junco em grego, séculos mais tarde  foi traduzido erroneamente para o latim por red que significa vermelho em inglês. Desta forma ficando assim Mar vermelho, o que na realidade era Mar de Juncos. Restaria-nos agora entender a narrativa da separação das águas a que Moisés se refere. Abordando o lado científico da questão, indagamos, que tipo de força poderia atuar fazendo com que as águas do mar de juncos, se subdividissem para que os hebreus pudessem passar, e logo após afogar os egípcios que estavam a perseguí-los como a Bíblia nos relata. Cientistas entendem que encontraram a explicação para esses fatos, associando-os a  erupção do vulcão conhecido por Santorini, nessa mesma época, em que ocorreu o Êxodo de Moisés. A  erupção desse vulcão poderia ter gerado uma tsunami, que seria uma gigantesca onda, devastadora, e segundo observações científicas,  sua chegada em  terra firme, é sempre precedida por um imenso recuo das águas do mar e dos afluentes mais próximos que a ele estejam de alguma forma ligados. No momento desse recuo, é que supostamente segundo os cientistas, os hebreus poderiam ter atravessado o “mar de juncos”, pois o mesmo era um afluente do “Mar Vermelho”, desta forma se enquadraria perfeitamente na hipótese lançada por eles. Recentemente arqueólogos, escavavam o delta do Nilo, quando subitamente encontraram inúmeras pedras pomes, e após posteriores análises foi constatado que essas mesmas pedras eram originárias do vulcão Santorine, as quais teriam sido levadas ao delta do Nilo, na crista  das ondas gigantes, conhecidas por tsunamis, geradas por sua descomunal erupção. Fato que corrobora essa hipótese científica é  pois, que do vulcão Santorini ao delta do Nilo, praticamente não existem barreiras que poderiam de uma certa forma impedir ou mesmo minimizar o avanço das gigantescas ondas. Ainda segundo os relatos Bíblicos, uma imensa nuvem de fumaça guiava os hebreus de dia e a noite a mesma apresentava-se como uma coluna de fogo. Também esses relatos estão associados, (segundo os cientistas que procuram verificar a autenticidade das histórias bíblicas), a erupção do vulcão Santorini, e alguns dos acontecimentos gerados por ele, foram interpretados pelo povo hebreu, como uma manifestação direta de Deus. Mesmo localizado a 800 km de distância a erupção gerou imensas nuvens de fumaça, que chegaram a atingir 65 km de altura, segundo cálculos atuais, podendo assim, serem percebidas tranqüilamente a milhares de quilômetros, como tudo indica que foi, segundo os relatos bíblicos. Nas próprias inscrições egípcias encontramos um relato que podemos associar ao que nos descreve o Êxodo, e por conseguinte a erupção do vulcão Santorini. A inscrição Egípcia nos revela: “Quando eu o faraó permiti que essas aberrações dos deuses; os imigrantes partissem. A terra engoliu as suas pegadas. Essa foi a vontade da Deusa Neith , água primitiva que um dia chegou inesperadamente.”
 Citando ainda outros exemplos temos; As Dez Pragas do Egito (Êxodo,cap.7,8,9,10), o domínio do movimento dos elementos e do Astro Rei,  por Josué (Josué, cap.10,v.12), bem como a multiplicação dos pães e peixes, a levitação, a invisibilidade, a transfiguração, a ressuscitação, as diversas curas, as premonições, as profecias e o magnetismo de Jesus são fatos que podem ter tido causas bastantes diferentes e naturais, e se relacionadas ou mesmo associadas a outros fatores podem desencadear um pensamento coletivo de concordância e veracidade, fazendo-nos aceitar algo natural por milagroso ou mesmo mágico. (Algumas das dez pragas ainda hoje costumam ocorrer no Egito, como nos tempos bíblicos. A água do Nilo “converte-se em sangue”, quando o aluvião dos lagos abissínios colore de vermelho-pardo, dando a  impressão de sangue, principalmente a água do curso superior do Nilo. No tempo das enchentes, as rãs e os mosquitos proliferam de tal maneira que se transformam em verdadeiras pragas. As moscas da Bíblia devem ser os moscardos que chegam a invadir regiões inteiras, entrando nos ouvidos e nos olhos das pessoas, causando dores fortíssimas. Em todo o Egito ainda existem pestes de animais. Quanto as úlceras, que vitimaram homens e animais, podem tratar-se de fogagem ou sarna do Nilo, uma erupção da pele que arde e coça, podendo transforma-se em graves úlceras. O granizo outra praga citada, é raro mas não desconhecido no Egito. Os gafanhotos, por sua vez,  ainda são flagelo típico do Oriente. As trevas podem ser devidas ao simum, um vento forte que carrega grandes nuvens de areia e escurecem o sol.)
A exemplo de Moisés com seu “cajado mágico”, em Êxodo (cap.17, vs. 11 a 13) entre outros supracitados,  muitos artefatos ainda hoje, são utilizados como catalisadores ou disperssores para combater as forças do mal pelos sacerdotes e xamãs, que intentam  absorver da divindade evocada ou dos elementos,  as correntes e os fluidos energéticos através da sintonização e modulação específica no intuito de atingir o seu objetivo, concentrando dessa maneira no amuleto uma suposta força misteriosa e sobrenatural.



 A base de todo ritual e de toda operação requer dois simples exercícios: a atração e a repulsão, o amor e o ódio. A magia sem dúvida nenhuma abre caminho para os deuses através do politeísmo.






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